Claire Miller é uma jovem recém formada com honras na faculdade de design de interiores. Com o apoio dos pais, resolve buscar por novos ares, novos horizontes. Decidida a se mudar do Rio de Janeiro para Nova York por uma excelente proposta de emprego em um dos mais conceituados escritório de arquitetura.

Com 22 anos, pele bronzeada, cabelos castanhos, olhos cor de chocolate, estatura mediana (que seria 1,69m), corpo com curvas definidas pela prática do surf e academia, mas nada exagerado, cabelos de comprimento médio e um sorriso cativante.

Hoje é o grande dia para Claire, ela irá se mudar e junto com ela, uma nova etapa da vida começará, longe de sua cidade natal, de seus pais, dos seus amigos, do surf, longe do seu mundo. Logo que ela fez aniversário, à pouco tempo, seus pais, seu Otávio e dona Luiza a presentearam com um belo apartamento, que só tinha os móveis principais, pois ela decoraria ao seu gosto. O apartamento não era grande, mas perfeito para ela, ele possuía dois quartos, um banheiro, uma bela cozinha e uma sala espaçosa.

No aeroporto,, a despedida de Claire com seus pais foi regada a lágrimas, porém, eles sabiam que estava na hora dela crescer, de ser independente e apesar deles a quererem por perto, acima de tudo, é a felicidade da filha que eles queriam, e se a mesma fosse longe deles, eles aceitariam. Claire embarcou no avião com o coração na mão, ela sabia que isso era o certo, mas a insegurança permanecia e isso é completamente normal.

Algumas horas depois, o avião que Claire estava pousou. Ao pisar em solo americano, a primeira sensação que teve foi conforto. Ela não sabia porque, mas uma sensação boa se apoderou dela nesse momento. 

Em seguida, pegou suas malas e se dirigiu ao ponto de táxi, lhe disse o endereço do seu apartamento. Quase 1 hora depois, ela finalmente entrou em seu novo lar.

Como ela já havia decorado seu aoartamento porque já o conhecia, ela somente guardou suas roupas, coisa que levou cerca de 2 horas, tomou um banho demorado e relaxante, vestiu seu pijama e foi logo pra cama, pois amanhã ela começaria no escritório.

=> POV CLAIRE

Me acordei com o despertador tocando, são exatamente 6 hotas da manhã. Depois de quase 10 minutos me espreguiçando, levantei, tomei um banho excelente para acordar, fui até o meu closet e comecei a escolher uma roupa. Meu primeiro dia de trabalho, preciso estar pelo menos apresentável. Como estava um clima meio frio na rua, optei por um vestido branco até o joelho com algumas listras na altura dos seios para baixo  nas cores escuras e de manga longa, um scarpin preto, um sobretudo bege, uma bolsa preta, deixei meus cabelos castanhos soltos com suas ondulações naturais, coloquei um par de brincos médios, fiz uma maquiagem leve, somente destacando os olhos. Chamei um táxi e resolvi descer uma quadra antes do escritório. Fui numa cafeteria, peguei meu cappucino, já que não como nada pela manhã e fui andando até o escritório. Antes de entrar, coloquei o copo no lixo, respirei fundo e entrei. Eu já sabia onde era, pois já vim aqui 1 vez para acertar os detalhes, por isso hoje começo direto. Fui até a sala da minha chege, Rebeca Carter, passei pela Lucy Price, secretária da chefe e a mesma me comunicou que eu poderia entrar. Fui até a porta, dei uma leve batida me anunciando e entrei.

- Sra.Carter? - falei assim que entrei

- Sente-se sta.Miller. - me disse

- Obrigada. - lhe agradeci

- A propósito me chame apenas de Rebeca, por favor. - falou sorridente, e pela primeira vez prestei atenção no seu sorriso, que é simplesmente lindo

- Claro, então me chame apenas de Claire, por favor. - lhe disse

- Ok Claire. Bom, o seu horário e os dias você já sabe, certo? - me perguntou

- Sim, você já me informou na outra vez. - disse

- Ótimo, então você pode ir pra sua sala e se instalar, daqui a pouco a Lucy leva dois projetos pra você analisar. - falou

- Obrigada. - agradeci

- Por nada. - respondeu o agradecimento

Já ia me levantando quando lembrei de algo pra lhe perguntar.

- Ah, já ia esquecendo. Sabes me dizer onde fica a concessionária mais próxima do escritório? - lhe perguntei

- Olha, meu amigo tem uma, posso te levar lá no almoço se quiseres. - me disse ainda sorrindo

- Se não for incômodo, quero sim. - disse também sorrindo

- Ok então, na hora do almoço te chamo na sua sala. - falou

- Obrigada. - disse

- Por nada. - respondeu

Sorri e saí da sala, indo direto pra minha. Dei uma boa olhada na sala e já comecei a ensar em como decorá-la. Alguns minutos depois, Lucy me entregou os dois projetos e eu comecei a analisá-los. Nem vi o tempo passar, só parei quando bateram na sala. 

- Entra. - disse tirando meus óculos de leitura e fechei meus olhos, quando os abri novamente Rebeca me olhava divertida.

- Cansada? - me perguntou

- Não, mas acho que esqueci as horas, nem percebi elas passando. - falei sorrindo

- Sei como é, mas ainda quer ir na concessionária? - me perguntou

- Lógico. Vamos? - perguntei

- Vamos. - falou

Fomos em silêncio até o seu carro, um chevrolet volt preto, sem dúvidas um belo carro. Entramos e ela ligou o rádio baixinho e começou a tocar My destiny da Katherine McPhee, uma das minhas músicas preferidas. Estava olhando pela janela e não aguentei, comecei a cantar baixinho, nem me lembrei onde estava ou com quem, apenas continuei cantando. Percebi que o carro estava parado e me dando conta de onde estava, olhei para o lado e vi Rebeca sorrindo pra mim. Droga!

- Você canta bem. - me disse 

- Obrigada, eu acho. - eu disse tímida 

- Você fica linda tímida. - falou olhando nos meus olhos e sorrindo

- Obrigada. - sorri tímida

Descemos do carro e logo entramos. Tudo muito lindo aqui.

- Beca! - um homem alto e muito bonito, gritou, abrindo os braços e vindo até nós. 

- Henri. - Rebeca falou sorrindo e o abraçando

- Você está linda, uma verdadeira diva! - disse ele e logo de cara percebi que ele é gay

- Obrigada. Henri, essa é a Claire, ela trabalha comigo, chegou a pouco no país e precisa de um caror. - falou pro amigo

- Deus do céu, de onde saiu essa bela deusa? - ele perguntou fazendo drama, eu ri

- Brasil, mais especificamente do Rio de Janeiro. - falei sorrindo

- Que corpão mona. - ele disse me analisando, corei

- Muito surf e academia. - disse

- Adorei. Bom, você quer ver alguns modelos ou já tem um em mente? - me perguntou

- Quero ver alguns, pois não pensei em nenhum. - disse

Ok, vamos ver então. - falou

Ele me mostrou alguns modelos, mas assim que eu coloquei o olho em um Toyota Prius, na cor grafite, eu simplesmente amei.

- É esse. - falei sorrindo e apontando para o carro

- Um belo carro, excelente escolha. - ele disse

- Por acaso aqui tem a Fun 125 Es? - perguntei me referindo a uma moto muito linda que estava querendo comprar

- Tem sim, quer ver? - perguntou e eu me limitei a assentir

Fomos até as motos e tinha uma amarela, vermelha e preta do modelo que eu pedi. Eu amei a amarela, sem sombra de dúvidas, é essa.

- Sem dúvidas, quero a amarela. - disse me imaginando andando nela

- Não era só o carro? - Rebeca me perguntou confuda e eu dei de ombros sorrindo

- Eu queria essa moto à uns dois anos já, e quando ia comprar recebi a proposta de emprego aqui, não valia à pena comprar e deixar no Rio, e como agora estou morando aqui de vez, resolvi comprar. - disse sorirndo

- Entendi. - falou

Depois de resolver todos os papéis e documentos da moto e do carro, deixei a moto lá e o Henri me prometeu levar no meu apartamento. Sai sorridente ao lado da Rebeca, enquanto esperava ele trazer meu carro, fiquei conversando com a Rebeca.

- Aqui está seu carro, minha deusa. - ele falou e eu sorri

- Obrigada lindo. - dei um beijo em sua bochecha e ele ficou vermelho e eu gargalhei junto com a Rebeca

- De nada. - falou constrangido

Demos tchau a ele e fomos até nossos carros, que por coincidência estavam lado a lado. Parei de frente pra Rebeca e a encarei, acho que pela primeira vez desde que a vi, reparei nla. Sem dúvidas, uma das mulheres mais bonitas que já vi. 

Devia ter uns 25, 26 anos no máximo, pele clara, cabelos loiro escuro, olhos azuis, lindos como o céu, cerca de 1,66 de altura eu acho, um corpo simplesmente lindo, os cabelos longos e lisos, linda. Ela está com uma saia preta até o joelho, uma regata rosa bebê de cetim, um peep toe rosa claro, os cabelos soltos, ela esta perfeita e eu acho que estou babando porque ela deu um risinho e continuou me encarando, olho no olho, e eu simplesmente me perdi na imensidão daqueles lindos olhos azuis, só sai do meu transe com um pigarreio de sua parte, sinto que estou vermelha.

- Então... - Rebeca começou sem jeito

- Ainda temos tempo pra almoçar? - perguntei

- Temos 30 minutos. - falou depois de olhar no relógio

- O que você sugere? - preguntei

- Fast food? - respondeu minha pergunta com outra, detesto isso, mas com ela nem brava eu fiquei

- Ok, eu te sigo. - falei

- Sem probemas. - disse

Me aproximei dela e lhe dei um beijo no cantinho da boca e sai correndo em direção ao meu carro. Entrei e olhei em direção ao carro da Rebeca, ela estava no mesmo lugar cm um sorriso no rosto. Buzinei e parece que isso a fez sair do transe momentâneo e foi quase correndo pro carro dela. Alguns poucos minutos depois, estacionamos em frente a um fast food aparentemente bem frequentado e popular. Nos sentamos em uma mesa mais reservada e fizemos nossos pedidos, com muita gordura.

- Você nasceu aqui mesmo? - preguntei quebrando o silêncio 

- Sim, à exatos 28 anos. - disse

- Você tem 28 anos? - preguntei desacreditada

- Achou que eu tinha mais? - perguntou

- Não, o máximo que eu te dei foi 26, você nem de londe aparenta 28 anos. - falei analisando ela dos pés à cabeça

- Que bom, academia deu resultado. - disse sorrindo

- Verdade, mas você também deve ter uma boa genética, acertei? - preguntei

- Eu e meu irmão demos sorte, somos os dois abençoados nesse quesito. - disse

- Que ótimo, já eu não tive muita sorte neste quesito, meu pai é barrigudo e careca, minha mãe é baixinha, mas pelo menos baixinha eu não sou. - disse sorrindo

- Mas você é linda. - me disse e eu logo fiquei envergonhada

- Obrigada. - dise tímida

- E os namorados? - perguntou, pensei no que responder, mas optei pela verdade, sempre

- Terminei um relacionamento de 2 anos à uns 2 meses atrás. - respondi 

- Terminaram porque você viria pra cá? - perguntou

- Não. Peguei ela trans*ndo com outra na minha cama. - falei e ela engasgou

- Ela? - preguntou

- Sim. Ela viria morar aqui comigo, ela se formou em gastronomia, recebeu uma proposta para trabalhar aqui, mas não sei onde, também não me importa. Mas e você, namorando? - perguntei

- Não, faz mais de um ano que não namoro ninguém, minha ez namorada não soube aproveitar meu amor, então eu terminei. - disse

- Que burra. - resmunguei, mas acho que saiu alto suficiente pra ela ouvir, pois deu uma uma deliciosa gargalhada

- Se passaram 5 meses desde que cheguei aqui, no escritório as coisas estão indo muito bem, meu trabalho está sendo reconhecido e eu muito feliz com isso. 

E quanto a Rebeca, eu e ela nos aproximamos demais nesse tempo, nos tornamos bem amigas, e o meu coração está começando a me trair, o que eu mais temia aconteceu. Estou me apaixonando por Rebeca Carter, ou melhor, estou completamente apaixonada por ela. 

Nesse período eu e ela ficamos algumas vezes, mas nada que estragasse nossa amizade, e o pior de tudo é que tenho quqe me controlar quando estou perto dela.  Pois quando estou com ela, seja em qualquer lugar, sinto sensações indescritíveis, como se tivesse umas 500 borboletas no meu estômago, todas voando ao mesmo tempo porém em direções diferentes. Eu me arrepio toda com um toque seu, essa mulher causa um estrago em mim.

Me acordei, fiz minha higiene, tomei meu banho e me vesti com uma calça jeans azul marinho, uma blusa branca simples, um blaser verde água com as mangas dobradas até o joelho, uma ankle boot preta com salto fino, deixei meus cabelos soltos, coloquei meus óculos escuros, fiz meu café, tomei, tranquei o apartamento, peguei meu carro na garagem e fui para o escritório. Estava decidida a começar ou terminar o que quer que existe entre mim e a Rebeca, espero com todas as minhas forças e energias que seja pra começar algo hoje.

Cheguei no escritório e logo me encaminhei pra sala da Rebeca. Lucy me disse que eu poderia entrat. Bati na porta e entrei. Fui até ela, tirei meu óculos de sol e lhe dei um beijo no canto da boca, me sentei na cadeira de frente à sua.

- Preciso falar com você. - disse séria

- Aconteceu algo? - perguntou preocupada

- Aconteceu. - disse ainda séria

- Me diz o que aconteceu. - falou

- Agora não posso, podemos almoçar juntas? - perguntei

- Claro. - respondeu

- Ótimo, no almoço nos falamos e eu te conto tudo. - falei e me levantei, dei outro beijo no canto de sua boca e fui pra minha sala.

A manhã passou rápido, logo já estava saindo para o almoço com a Rebeca. Cada uma foi no seu carro e optamos por um restaurante de comida caseira à uns 20 minutos do escritório. Assim que chegamos, nos sentamos, fizemos nosso pedido e começamos a comer em silêncio, estávamos quase terminando quando ela pergunta.

- Então, o que você queria me falar? - perguntou

- Uma coisa que guardo à 5 meses, mas que não aguento mais guardar. - falei tomando coragem

- E o que é? - perguntou

- Me apaixonei. - disse

- Isso não é bom? - perguntou

- O problema é que não sei se ela sente o mesmo por mim. - disse

- E se ela sentir? - perguntou 

- Mas se eu falar, ela não sentir o mesmo e ainda se distanciar de mim? - perguntei

- Eu acho que só tentando pra saber no que vai dar. - disse

- Pode ser. - falei mais pra mim mesma porém ela escutou

- Não vai me contar quem é ela? - perguntou

- Preciso de coragem. - disse

- Porquê? - perguntou

- Porque é você. - disse de uma só vez e bem baixinho

- Fala mais alto Claire, não ouvi. - disse

- Porque ela é você. - quase gritei, porém, mantive a cabeça baixa, sem coragem de encarar ela - Me desculpa se você não sente o mesmo, eu não queria que acontecesse, mas que bom que foi por você que meu coração acelera, eu me apaixonei por você à 5 meses atrás, eu não espero nada em troca, só precisava falar, não aguentava mais guardar isso só pra mim. - disse

- Por mim? - perguntou incrédula

- Sim, por você Rebeca Carter. - falei com coragem

Ela não disse nada, apenas começou a rir, eu a olhei incrédula. Eu digo que estou apaixonada por ela e ala começa a rir?! Peguei o dinheiro da minha parte, deixei em cima da mesa. Coloquei meus óculos de sol e me levantei, caminhei até meu carro e quando fui entrar, ela segurou meu braço, me virei pra ela e falei séria.

- O que foi? - disse

- Posso falar agora? - perguntou

- Cansou de rir? - falei sarcástica

- Eu também me apaixonei por você, mas quando você me disse que está apaixonada por mim, só consegui rir porque eu jamais pensei que você correspondesse meus sentimentos, foi surreal. Me desculpa por ter rido, só fica comigo. - me pediu e percebi uma lágrima escorrer dos meus olhos

- Só se tu aceitar ser minha namorada - disse - Aceita? 

- É o que eu mais quero! - falou sorrindo

A puxei para um beijo, sem me importar com absolutamente nada.

- Janta lá em casa hoje? - perguntei depois de nos separarmos do beijos

- Claro. Você vai cozinhar amor? - perguntou

- Repete. - disse sorrindo

- Repetir o quê? - perguntou

- Do que você me chamou? - perguntei

- De amor, só meu amor! - falou sorrindo

- Só tua amor! - falei e lhe dei muitos selinhos

- Fala de novo. - falou

- Amor, meu amor, só meu! - disse e lhe beijei

 

Fim do capítulo