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ESTELA / GUINHERME / ANTONIO

 

--Mãe nada ainda? – a menina entrava no consultório da mãe

--Oi filha por enquanto nada, mas ela está reagindo bem a retirada do coma, como eu te expliquei é um processo lento pois como ela está dormindo não sabemos ate onde podemos ir, mas ela já não está mais sedada, e também estamos diminuindo os aparelhos respiratórios, creio que daqui para o final de semana a retiramos da UTI e a colocamos em um quarto.

--Mais mãe já faz um mês será que ela vai reagir?

--Não sabemos filha, eu entrei em contato com uma neurologista americana para vim examina-la está vindo esses dias.

--Tudo bem mãe vamos esperar não é mesmo – Deu um beijo na bochecha da mãe e foi para casa.

--Mana, vamos dá uma voltinha no shopping, dá uma ajeitada nesse visual, olha esse cabelo nunca te vi assim – Disse Toninho assim que chegou com o Pedro e viu a irmã deitada no quarto em pleno sábado à tarde.

--Ai Tony vou não – Ela virou-se para a parede

--Estelinha a Paola não iria querer te ver assim, vai que ela acorde?  A tia Carol disse que ela vai para o quarto essa semana e se com essa mudança ela acorde? vai te ver assim acabada? Vai vamos deixa de ser turrona  - Disse Pedro pulando na cama a abraçando

--Ai! Como vocês são chatos, está certo vamos, mas não quero demorar ainda vou dá uma passadinha lá no hospital hoje.

--Oba então vamos dá uma ajeitada nesse visual caído, não é querida – Disse Tony passando o braço pelo braço da irmã, logo eles estavam batendo perna no shopping, depois foram a um salão e depois foram os três ao hospital, ao chegar lá a mãe de Paola estava lá na sala de espera, cumprimentou os meninos que ficaram ali conversando um bom tempo, cada um entrou e ficou cinco minutos com Paola, cada um que conversasse e pedisse para que ela acordasse, quando já estava bastante tarde eles retornaram para casa.

-- E ai como foi às compras? – Perguntou Anne se juntando a eles no quarto

--Foi legal, pensei em te chamar, mas você só faz dormir- Disse Tony que estava deitado no colo de Pedro

--E o que eu posso fazer, se só quero dormir, vocês tem que ver eu parar um minuto e o sono chega, você tem que ver. – Ela sentou ao lado de Estela

--E eu não vejo, e ai como vai o ou a sobrinha mais bonita desse mundo?

--A barriga já está um mostrando veja – ela mostrou a barriga e ficaram ali conversando o resto da noite, no final daquela semana a Paola foi transferida para um quarto e pouco tempo que ela chegou ao quarto todos chegaram para vê-la, estavam lá Estela, Antonio, Pedro, Guinherme, Anne, os pais dela Emile e Carol.

--Ai doutora será que ela nos escuta? Jussara perguntou

--Alguns especialistas dizem que sim, já outros dizem que não, mês eu acredito que sim, acredito que ela possa sentir nossa presença e nos ouvir, mas não consegui falar.

--Mãe e aquela sua amiga realmente vai chegar essa semana?

--Vai sim filha ela me ligou ontem disse que terça feira está chegando, já mandei fazer a reserva do hotel e preparar o laboratório para ela, espero que ela consiga reverter esse quadro.

--Eu não sei como agradecer a vocês, estão fazendo tudo isso pela nossa filha, gastando tanto dinheiro, muito obrigada mesmo – O pai de Poala disse com lagrimas nos olhos

--Não se preocupe com nada, como já dissemos a Paola é da nossa família, e nós damos tudo que temos pelos que amamos. – Carol falou alisando o braço do homem que não resistiu e abraçou ela deixando as lagrimas escorrerem.

--Não se preocupe vai ficar tudo bem, logo logo ela acorda e vai ficar tudo bem. – Emy falou também de forma compreensiva.

--Nós vamos ser eternamente gratas por tudo, muito obrigada mesmo.

--Bem já que agora ficamos um pouco com a Paola gostaria de propor que o senhor desse uma passada lá no clube segunda o contrato da empresa de limpeza está acabando esses dias e quem sabe não fechamos negocio?

--Tudo bem Emile eu irei sim, ficamos muito grato por isso. – Ele novamente agradeceu

--Agora vamos poder ficar com ela aqui no quarto? – Estela perguntou

--Sim filha, ao menos uma acompanhante, mas que isso apenas em horários de visitas, e nada de chantagear as enfermeiras, pois já avisei a elas que vocês – Apontou para os filhos – Não iriam ficar de entra e sai quando bem entendesse, as regras são feitas para serem cumpridas.

--Tudo bem eu não chantageava as enfermeiras – Estela disse com cara emburrada

--Serio mesmo? E aquela vez que você disse que se a coitada da enfermeira deixasse você entrar na UTI iria pedir para a Camila a promover? – Tony disse e todos riram

--Sim mas foi só dessa vez – Ela fechou a cara, ficaram ali conversando logo todos se foram e só ficaram a Estela e a Jussara no quarto

--Estela você gosta mesmo da minha filha não é? É uma ótima amiga – Disse a mulher enquanto alisava os cabelos da filha

--Eu sou sim – Ela respondeu de cabeça baixa com vontade de dizer que amava a filha dela

--Nem o Pedro se importa tanto com ela, e tudo que sua família faz não tem comparação

--Não é nada todos nós amamos muito a Paola – ela alisou a mão da garota, depois de mais um pouco de conversa a Jussara sentou na poltrona e acabou cochilando, Estela aproveitou e ficou ali fazendo um carinho no rosto dela, mais alguns dias se passaram a medica chegou e bem dizer trancou-se dentro do laboratório junto com Carol e algumas vezes Bernardo, fizeram vários enxames e depois de mais quase um mês começou um tratamento experimental nela.

--Dona Jussara pode ir eu durmo aqui hoje, amanha não vou ter aula, dai não vai ter problema.

--Tudo bem Estela, eu vou sim, mas qualquer coisa me liga está bem? – Ela pegou a bolsa e saiu

--Oi minha nerdizinha, volta para mim vai? Estou louca de saudades de sentir teu abraço, teu beijo, volta para mim meu amor. – Estela se abaixou e encostou seus lábios aos de Paola, nessa hora Estela sentiu uma pequena pressão em sua mão. –Paola você? Foi você meu amor? Faz novamente minha linda – Ela esperou e nada, então resolveu repetir o que tinha feito anteriormente e beijou a garota que novamente apertou levemente a mão de Estela. –Ai meu amor que coisa boa, espera vou chamar a minha mãe – Ela saiu correndo procurando a sua mãe.

--Minha mãe está com paciente? – perguntou a secretaria da mãe

--Não ela estar com a doutora Marina

--Valeu – Ela disse e entrou no consultório da mãe rapidamente – Mãe você não vai acreditar no que aconteceu ela apertou minha mão eu sentir mãe – A garota estava exaltante de alegria

--Como assim filha ela se mexeu foi isso?

--Ela apertou mina mão duas vezes

--Vamos lá fazer conferir – A neurologista disse e as três saíram da sala rapidamente para o quarto ondo Paola estava

--Filha nos explica direito o que houve? – Carol perguntava enquanto a doutora Marina examinava Paola

--Eu estava aqui conversando com ela, dai teve uma hora que dei um selinho nela ai nessa hora eu sentir ela apertar minha mão dai depois eu fiz novamente para ver se eu não estava ficando louca, dai assim que a beijei ela apertou minha mão – Ela contava com uma enorme alegria

--A beije novamente Estela. – Disse Marina ficando próxima a elas então Estelinha pegou na não dela e juntou seus lábios, na mesma hora as medicas puderam ver dois dedos de Paola mexendo.

--Nossa foi verdade ela mexeu a mão- Carol disse animada

--Isso mesmo, o tratamento está dando certo, Estela ela pode te sentir então tente ao máximo ficar próximo a ela e converse bastante, você pode fazer isso?

--É só isso que ela faz desde que Paola chegou nesse hospital. – Carol disse sorrindo.

--Carolina amanha quero uma nova tomografia, e também alguns exames, vamos continuar com o tratamento, e quem sabe ser mais evasivo e aumentar a dosagem quem sabe.

--Ok Marina vamos fazer isso, filha vamos voltar para o consultório qualquer coisa me liga, mas evite deixa-la só está bem? – Estela afirmou mexendo a cabeça afirmativamente e logo as mulheres saíram deixando as meninas lá, no outro dia foi uma festa só quando disseram aos demais o que aconteceu com a Paola e a possibilidade de ela acordar mais cedo ou mais tarde.

--Dona Jussara a Marina disse que era para conversar, fazer carinho, para que ela reaja.

--Que bom Estelinha, que ela vai voltar eu não vejo a hora de ter minha filha de volta sabia?

--Eu também Dona Jussara eu não vejo a hora de tê-la novamente. – Estela alisava os cabelos dela.

--Bom dia, essa aqui é a Marina ela é fisioterapeuta, nos vamos começar uma nova fase do tratamento mesmo ela ainda dormindo vamos fazer duas seções de fisioterapia por dia, para fortalecer a musculatura e estimula os movimentos dela.- Doutora Marina disse entrando no quarto.

--Que bom, doutora será que já temos alguma previsão?

--Não dona Jussara ainda não temos previsão, mas não se preocupe que ela está reagindo melhor do que esperávamos.

--Perfeito, não vejo a hora dela acorda e voltar para nós, agora doutora, será que ela não vai ter nenhuma sequela?

--Olhe só poderemos saber quando ela acordar, infelizmente sem ela consciente é impossível.

--Se Deus quiser ela vai acorda e isso não vai passar de um pesadelo.

--É se Deus quiser, agora vamos deixar a Marina trabalhar, e estela sua mãe disse que você a encontrasse daqui a dez minutos na sala dela ela está indo e disse que era para você ir com ela.

--Mas eu queria ficar o dia aqui, hoje é sábado – A menina fez uma cara de quem não gostou

--É melhor Estelinha, você já dormiu aqui querida vá para casa, a tarde você volta, o pessoal da igreja vai vim dai você participa do grupo de oração que iremos fazer.  – Disse alisando o braço da menina

--Tudo bem , eu vou. – Ela saiu juntamente com Marina.

--Ela não sabe de vocês não é? – A medica perguntou enquanto andavam pelos corredores do hospital.

--Não, e o pior que acho que se ela souber vai me proibir de vê-la

--É uma situação bem complicada mesmo – Disse fazendo um carinho no braço da menina

--É mas me diga, seu português é tão bom, parece ate que você é do Brasil

--Eu já morei dois anos aqui Estela, e fui casada com uma brasileira então é quase que impossível não falar bem o português.

--Serio? Então você já foi casada? Ela é medica também? Quantos anos vocês ficaram casadas? – Ela começou a fazer varias perguntas, isso fez Marina sorrir

--Calma vamos a primeira pergunta, sim ela também é medica pediatra, fomos casadas seis anos, e temos uma filha um ela tem quinze anos, e mora aqui no Brasil, elas moram no Rio, será que esqueci alguma pergunta ?  - Marina disse rindo.

--Acho que não agora deixa eu ir na mãe para ela não ficar brava, afinal quero voltar aqui a noite, pois a tarde não volto nem a pau, uma vez fui nessa igreja com a Paola, eles ficavam olhando para mim dizendo que se eu quisesse levantar a mão aquela era a hora o problema é que era isso a todo minuto, o povo chato – Disse rindo sendo acompanhado por Marina, ela foi ao encontro da sua mãe e ao chegar em casa teve a alegria de dá a boa notícia aos irmãos que festejaram, a tarde o Pedro ainda a chamou para ir ao hospital, participar do Grupo de oração mas ela se recusou, a noite foi para o hospital junto com os irmãos

--Gui a Anne vai ficar o final de semana todo com a mãe?

--É Tony ela está doente e o padrasto dela está viajando, dai sobrou para ela  - Falavam enquanto desciam no estacionamento do hospital.

--Gui ela ainda está dormindo dia e noite?

--Pior que não Estelinha, ela dorme de dia e de noite fica com insônia, Esperem ai olha que gatinha está entrando, gente que coisinha linda

--Gui deixa a Anne escutar você falar assim – Disse Tony procurando a “gatinha”-- É ela é jeitosinha, adorei o cabelo afro.

--Realmente ela é gata – Estelinha disse também admirando – Mas vamos para o quarto, mas antes ver com o Pedro se os irmãos já foram

--É mesmo deixa eu mandar uma mensagem – Ele enviou a mensagem e depois de alguns segundos ele respondeu—Ainda estão lá, vai demorar uns vinte minutos

--Então vamos esperar lá na lanchonete – Elas saíram rumo a lanchonete

--Gui vai lá pegar eu quero um suco de laranja – Tony falou depois que os três sentaram

--Vou não estou com preguiça vá você.

--Vocês são dois preguiçosos isso sim, o que você quer Gui? – Estela pegou os pedidos dos irmãos e foi fazer os pedidos, depois de alguns minutos pegou a bandeja e saiu caminhando, e sem que ela visse esbarrou em alguém fazendo com que a bandeja caísse sobre a pessoa.

--Desculpa, eu não te vi – Ela levantou a cabeça para ver quem foi a pessoa que recebeu toda aquela comida sobre a roupa e viu que era a mesma menina que avistaram anteriormente

--Droga, agora estou toda suja. – A garota tentava limpar-se

--Perdão mesmo deixa eu te ajudar – Ela tentava enxugar a blusa toda suja de sujo da garota

--Nossa mana que desastre, olha ai melou a menina – Gui chegou já mostrando charme

--Credo Estelinha realmente melou tudo. – Agora foi a vez de Tony

--Obrigada pela ajuda de vocês. – Olhou com uma cara de brava para os irmãos. –Deixa eu te ajudar por favor?  - Olhou para a garota suplicante

--Como você vai me ajudar? Olha o estrago que você fez – Mostrou a roupa toda suja a menina

--Por favor vem comigo?

--Ai está bem, droga minha mãe vai me matar –  Estelinha a levou para o consultório da mãe sabia que ela não estaria lá pois ela estava em casa.

--Pronto aqui tem um banheiro tira essa roupa que a levo para a lavanderia, consigo deixar ela enxuta rapidinho.

--Como assim e eu vou ficar nua? Esse tempo?

--Não veste isso  - Entregou uma camisola utilizada por pacientes no hospital.

--Meu Deus se eu não soubesse que minha mãe iria ficar brava eu não passaria por isso me dá isso aqui , o banheiro é ali? – Apontou para uma porta, tirou a roupa suja, colocou a camisola e saiu com a roupa na mão – Cruzes como isso aqui é brega toma – Entregou a roupa a Estela

--Rapidinho eu volto – Estela pegou a roupa e por sorte encontrou a secretaria da sua mãe chegando em sua mesa

--Estelinha o que você faz com essas roupas suja na mão?

--Boa tarde meu amor, nossa como você está tão linda hoje, e esse cabelo vai sair com o namorado é?- Disse Estelinha já agarrada no pescoço da secretaria

--Estelinha o que você quer ?

--Nossa não posso nem elogiar – Fingiu está magoada

--Eu te conheço diz logo

--Está bem, quebra um galho para mim? Eu sujei a roupa de uma garota e para me redimir eu pedir para que ela deixasse eu levar na lavanderia do hospital para lavar, faz esse favorzinho para mim vai, amor da minha vida  - Disse beijando a bochecha da mulher

--Ai menina você é igualzinha a sua mãe sei não, nunca vi parecer tanto, dona Emy quando quer algo chega do mesmo jeito, me dar isso me espera na  sala da sua mãe que eu já volto . – Pegou a roupa suja e saiu rumo a lavanderia, Estela voltou para a sala da sua mãe e ao entrar viu a garota com a foto da família que ficava sob a mesa da sua mãe.

--Prontinho daqui a pouco sua roupa está limpa. – Ela analisou bem a garota que olhava para o porta retrato

--Sua família? - Perguntou agora voltando seus olhos entristecido para Estela

--Sim. – Foi a penas o que conseguiu responder

--Quem é a medica das duas? – Perguntou voltando os olhos para a foto

-- A loira  - Não compreendia o por que ela estava tão triste

--Suas mães são lindas – Estela ficou tentando entender como ela sabia que as duas são suas mães

--Como você sabia que as duas são minhas mães? -   Ela exteriorizou sua duvida

--Também tenho duas mães, e sempre quis ter uma família assim? Vocês estão tão felizes na foto. – Ela deixou uma lagrima escorrer

--É realmente somos uma família muito feliz, mas não chora – Estela se comoveu com a fragilidade dela e instintivamente foi para junto da garota e enxugou a lagrima da menina.

--É que eu sou uma manteiga derretida não liga , pois eu... – Sua fala foi interrompida pela entrada de Gui e Tony que já estava curiosos para saber o que estava acontecendo

--Estelinha o que... – Tony parou de falar quando viu a proximidade das meninas.

--Oi Tony, mandei a roupa dela para a lavanderia, já já a Cidinha trás  as roupas limpas. – Ela se afastou da garota sem nenhum constrangimento. –Sim mas ainda não sei seu nome – Olhou para a menina

--Meu nome é Yasmim , o seu já sei que é Estela, mas o de vocês? – Disse olhando para os meninos.

--Esse aqui é o Guilherme, mas pode chamar de Gui e esse é o Antonio e pode chamar de Tony -  Estela falou apontando par aos irmãos

--Prazer meninos. – Ela disse acenando com a mão para eles

--Prazer é meu. – Disse Gui com seu olhar conquistador

--AFF! Não liga para ele  - Disse Tony olhando feio para o irmão – Yasmim ate de Camisola de hospital você fica linda garota, só não peço para você dá uma voltinha pois sei que vai mostrar a sua bunda – Falou de forma afetada a garota não resistiu e começou a rir, emendaram uma conversa que foi interrompida pelo celular de Yasmim tocando

--Minha mãe só um instante – Yasmim atendeu o celular –OI mãe?

--...

--Como é o nome da sua mãe? – Perguntou a garota Estela

--Carolina .

--Oi mãe , sim estou, aconteceu um acidente com minhas roupas eu estou no consultório da doutora Carolina.

--...

--Não mãe calma não foi nada comigo só com minhas roupas – Ela ainda falou algumas coisas com a mãe e desligo.

--Onde sua mãe está? –Gui perguntou curioso

--Está vindo, estava em cirurgia, credo, por que mãe é tão desesperada? Quase ela teve um treco só por que eu falei o nome acidente  ela surtou

--Mas é assim mesmo, mas me diz sua mãe trabalha aqui? Como nunca te vimos no hospital? – Tony perguntou e antes de ela respondesse a porta abriu .

--Yasmim o que aconteceu? – Marina entrou na sala olhando para os quatro jovens jogados, no sofá e nas cadeiras da sala

--Não acredito, você é filha da Marina? – Estela perguntou sem acreditar na coincidência

--Sou sim você conhece minha mãe? Mas ela nem trabalha aqui – Ficou sem entender

--Antes de explicar me diga o que houve? Por que está vestida assim?

--Foi culpa minha, eu derrubei uma bandeja de comida nela,  daí a convenci a deixar eu mandar para a lavanderia, a Cidinha já deve está trazendo as roupas.

--Tudo bem, Estelinha o que vocês três estão fazendo uma hora dessas aqui? A já sei fugindo do culto que estão fazendo no quarto de Paola, acertei? – Marina mesmo respondeu sua pergunta

--Isso mesmo, será que já acabaram? – Estela se perguntou

--Estavam se despedindo quando eu fui ver ela, faz uns dois minutos  - Marina respondeu

--Ai que bom, então vou lá meu boy já deve está me esperando – Tony disse levantando da cadeira que estava sentado – Yasmim, ver se não some está bem – Deu dois beijinhos na garota e saiu rumo ao quarto de Paola

--Que bom que vocês se conheceram e se deram bem, olha ai filha agora você tem com quem conversar quando eu estiver trabalhando – Maria disse abraçando a filha

--É ao menos agora não vou ficar plantada naquele hotel

--Ai filha desculpa por isso mas eu vim para o Brasil a trabalho você sabe queria ter o tempo do mundo para você, mas não dá – Nesse meio tempo Cida interrompeu a conversa ao chegar com as roupas da garota que tratou logo de vestir ,assim que saiu do banheiro

--Nunca dá não é mesmo mãe, mas deixa para lá vamos?

--Vamos sim.

--Estela, eu te ligo para marcar algo – Falou olhando para a menina com um brilho no olhar.

--Tudo bem, agora deixa eu ir para o quarto da Paola, foi um prazer te conhecer – Paola disse saindo da sala da mãe

--Estelinha a Paola mexeu um dedo hoje, na hora da fisioterapia.  – Disse a medica antes dela sair

 

--Foi mesmo, ai que bom – Ela saiu correndo para o quarto de sua amada, lá ficaram até tarde da noite.

 Depois de uns dias assim que a Estela chegou ao hospital recebeu uma ligação de Yasmim .

--Estela, tudo bem?

--Olá! Tudo bem sim e com você ?

--Minha mãe me deixou aqui no hotel, e foi trabalhar queria saber se vocês não gostariam de sair para algum lugar distrair a cabeça

--Ai desculpa é que vou ficar aqui com a Paola se você quiser vim ficar aqui comigo, só assim você não fica sozinha e também conversamos.

--É mas eu não vou atrapalhar?

--Claro que não vem

--Tudo bem, vou pegar um taxi e já chego aí. – Elas deligaram o celular e a Estela aproveitou que a Jussara foi para casa e deitou ao lado de sua amada na esperança de ter mais sinais que ela estava a escutando, acabou cochilando e sóo acordou com as batidas na porta

--Er desculpa atrapalhar – Yasmim disse sem jeito ainda com metade do corpo fora do quarto

--Nada vem é que cochilei só isso, entra vem aqui deixa eu te apresentar a Paola – Ela disse levantando da cama.

--É  a minha mãe falou sobre ela, nossa deve estar sendo uma barra pesada mesmo.

--É muito difícil, mas senta ai e me diz como foi o domingo passeou muito com a Marina?

--É eu amo está com ela, mas é tão raro isso acontecer que ate penso que não vai durar muito e ela vai voltar para sua casa, e tudo vai acabar.

--Nossa deve ser bastante difícil ter uma das mães morando tão longe, não consigo me imaginar nessa situação.

-- Nem eu conseguia, ate que elas se separaram e  passou a ser tudo difícil – Elas ementaram em uma conversa que durou a tarde toda, só pararam quando o a mãe de Paola chegou.

--Dona Jussara essa é a Yasmim, filha da doutora Marina

--Mas a dona marina não mora na Inglaterra?

--É sim, mas ela é divorciada e a Yasmim mora aqui no Brasil.

--A está explicado, muito prazer Yasmim – Estendeu a mão para a menina que retribuiu o cumprimento – Agora você pode ir Estelinha para não ficar tarde para você e a doutora não reclamar.

--Eu já vou então – Ela deu um beijo na testa de Paola e sai junto com Yasmim --E ai o que vai fazer a noite? – Estela perguntou assim que saíram do quarto

--Ir para o hotel e ficar esperando a boa vontade da minha mãe chegar

--Nada disso, vamos lá para casa dai você janta conosco e também conhece as mães

--Não quero incomodar, vai que atrapalhe? Ou suas mães achem ruim você levar alguém assim sem aviso

--Não se preocupe, elas não vão se importar com isso, vem? – Estela saiu arrastando ela

--Deixa eu avisar a dona marina senão ela põe um ovo de preocupação – Elas sorriram e saíram a procura da medica, essa ficou feliz que a filha estava se divertindo e logo elas foram pegar um taxi.

--Tia Estelinhaaaa... – Foi a recepção que elas ganharam ao chegar em casa

--Oi Gaby tudo bem meu amor? – Abraçou a sobrinha

--Tudo bem sim, tia a tia Paola está melhor?

--Está melhorando minha linda, deixa eu te apresentar essa aqui é a Yasmim

--Oi meu nome é Gabriele, tudo bem – Cumprimentou a outra com animação

--Olá Gabriele tudo bem sim nossa como você é linda

--Você também é muito bonita, agora vem, deixa eu te mostrar a minha irmãzinha a Pri. – E saiu arrastando a menina para dentro da casa, as maiores apenas ria da garota extrovertida

Elas andaram por toda casa e depois de um tempo voltaram para junto dos demais que estavam sentados na sala conversando animadamente

--Boa noite família essa aqui é a Yasmim – Estela falou assim que entraram na sala e viram todos reunidos conversando

--Boa noite Yasmim, nossa você é mais linda pessoalmente – Carol disse vindo abraçar a menina

--Mãe como assim? Você já conhecia a Yasmim? – Tony perguntou

--Apenas por foto, desde que chegou a Marina não parou de falar dela, e não exagerou nem um pouquinho no quesito beleza, vem deixa eu te apresentar a todos. – Carol foi supersimpática e fez as devidas apresentações a todos ali presente, logo Yasmim estava totalmente à vontade, logo foram jantar depois do jantar elas foram caminhar pelo jardim da casa.

--Nossa bela casa a sua, e suas mães são demais mesmo

--É mas elas também sabem ser bravas quando querem

--É as minhas também, vamos voltar que já vou – Elas voltaram para junto das demais.

--Eu já vou, está tarde, senão minha mãe fica histérica, onde posso conseguir um taxi por aqui – Ela perguntou sentando junto de Emy e brincando com Pri que sorria com as caretas da menina

-- Nada disso vou pedir para o Zé levar você, e não se preocupa que a Marina já ligou e eu me comprometi em leva-la, se quiser ficar mais um pouco pois ela acabou de entrar na sala de cirurgia,

--Yasmim sua mãe acabou de ligar, eu disse que o nosso motorista vai te levar para  o hotel.

--Ela já está lá?

--Acho que não ela disse que estava entrando em uma cirurgia.

--É bom que você fica um pouquinho mais.  – Emy falou

--Muito obrigada dona Emile

--Cruzes tira esse dona por favor, eu posso ate ser mas não pareço ser tão velha assim – Elas ficaram conversando um bom tempo e surgiu uma grande amizade entre Yasmim e Estela

Fim do capítulo