Capítulo 1
Oh, meu amor! Vou te dizer: Foi Platão que em linhas tortas, escreveu nosso destino certo. Cego ou zombador, em sua historia nós uniu e depois separou.
Juro que é assim amor! Eu sei por que estive sentada observando, e descobri que há muito tempo fui desenhada contigo numa caverna. Então não suportei mais esse segredo, e me revelei.
Não, não quero te dar o susto do meu amor, pois bem sei que nós sempre disfarçávamos o que sabíamos “ Uma era o silencio do barulho da outra”.
Ah! se eu pudesse te transmitir as lembranças só agora vivas, do que nós duas já vivemos antes; compreenderias que para mim sua beleza é tão certa quanto o pôr-do-sol; suas curvas entardecem a minha noite e me sorriem ao chegar o dia. Como sei? Apenas sei, que por detrás de cada sol que me aquece os quadris, faz morada os sentimentos mais sutis. Portanto, preciso me expor sem medo de dar vexame, ao dizer que quando te observo, encontro uma mulher bem parecida comigo; mesmo que isso tudo pareça a toa.
A verdade é que não sou boa com números. Com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é. O que quero dizer, é que pode ser tudo fruto do meu imaginário, pode ser que a mitologia não nos explique, que seja apenas eu procurando razões. No entanto, como não temos nenhuma explicação cientifica, vamos acreditar no mito, que conta das almas que foram separadas, por que juntas formavam a perfeição.
Estou escrevendo sobre esse assunto, por que honestamente não sei o que fazer com ele, mas escrevo sem esperança de que isso altere nada; apenas estou sendo alegre nesse momento, então me recuso a ser vencida, e te amo como resposta. Tenho que dizer também que acho Deus de uma infinita delicadeza, quando colocou minha metade assim tão próxima a mim, para que quando eu te conhece-se pudesse elevar os degraus da minha compreensão da beleza; desejando esquecer meu mundo em você, como se a porta da gaiola estivesse escancarada, e eu pudesse enfim voar sem medo. Lembro- me de quando te percebi pela primeira vez, e era tão linda que me deixava cega,eu quase não podia pensar com claridade. E quando pela primeira vez colocou seus lábios junto ao meu, Deus havia poder nos teus beijos e naquele momento eu tinha todos, sua boca era daquelas boa de morder, que você não quer beijar, simplesmente precisa! Então criou-se entre nós uma coisa altamente perigosa, química! Sabe aquela coisa que te dá um tesão só de olhar? de imaginar? coisa de pele, de loucura, arrepios incontroláveis?
E agora? Vai ou fica? Arrisca ou espera? Aceita ou recusa? Que o destino, de vez em quando, decida por nós. A gente merece uma trégua.
Fim do capítulo
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