Capítulo 22
--Vamos, olha a hora, Lu, amor acorda
--Ai anjinha vem aqui está cedo, deita um pouquinho.
--Nada disso trate de levantar, já está tarde, vou acordar aqueles dois. – Lucy contra a sua vontade levantou e foi tomar um banho enquanto Patrícia chamava os amigos.
--San, você realmente acha que eles estão vigiando a casa dela afim de ti pegar?
--Não sei meu amigo, mas não quero arriscar, sei que se eles quisessem mesmo iriam atrás de mim lá na capital, mas ate agora não fizeram nada a respeito.
--Então vamos ficar de prontidão na casa dela, não se preocupe que nada irá acontecer a vocês, eu e o Ricky vamos ficar circulando a casa e a Paty fica na frente no carro.
--Assim fico mais tranquila, agora vamos comer, esse café está divino – Sandrele falou animada porem com muito medo de ser rejeitada, após comerem saíram rumo à pequena casa da moça.
--San estaremos por aqui –Lucy disse conferindo sua arma e a colocando na cintura, sendo seguida por Ricky.
-- Paty para aqui, eu vou andando é aquela casa ali, tem saída pelos fundos, porem para sair tem que ser por aquele portão ali na frente. – Sandrele disse repirando fundo e descendo do carro junto dos outros dois detetives.
--San, boa sorte minha amiga – Lucy disse apertando as mãos da amiga, essa que abaixou mais o boné para esconder mais o rosto e seguiu para a casa da mulher que tinha seu coração, ela caminhou discretamente observando tudo, não notou nenhum perigo a vista, respirou fundo buscando coragem e bateu de leve na porta, demorou para abrirem, dai ela bateu novamente.
--Já vai, só um pouquinho de calma. – Sandrele escutou a voz que iluminara sua vida nos últimos meses. – Só um instante que não é nada fácil – Ela falou e logo escutou a porta abrindo, os olhos de Sandrele encontraram os mais belos e doces olhos que ela já pode visualizar, elas ficaram um tempo assim em um profundo silencio apenas se encarando e foi a própria Ana que desfez o silencio. – Olá San – Ela a encarava de uma forma que Sandrele não compreendia, não conseguia ler naqueles olhos o que se passava, ela desceu os olhos por toda extensão daquela cadeira, depois voltou-se para o corpo da mulher com cabelos castanhos claros que antes possua um corpo com belas curvas, hoje ela via uma mulher magra e abatida.
--Er... Oi Aninha será que eu poderia entrar? –
--É claro vem entra – A garota afastou a cadeira de rodas para dá passagem a mulher que estava a sua frente.
--Bem... Ana eu ... – Ficou sem palavras
--San como você está? O que houve com seus cabelos, e essas roupas? – Falou analisando cada detalhe da outra
--É apenas um trabalho, lá na capital eu trabalho muito infiltrada.
--Hum, você fica linda de qualquer forma. – Ela disse olhando intensamente a mulher a sua frente, Ana mostrou tanta doçura naquele olhar que Sandrele não resistiu e se ajoelhou e abraçou intensamente aquela mulher que despertará tantas coisas boas em si.
--Desculpas meu amor, desculpas – Foi a única coisa que a detetive conseguiu dizer entre as lagrimas que escorriam abundantemente do seu rosto, a outra nada falava apenas afagava os braços e passava as mãos nos cabelos curtos.
--Ei calma, vem aqui senta um pouco precisamos conversar – Ana levantou sua cabeça e a guiou para um pequeno sofá que estava próximo. – Agora me diz por que você fugiu de mim? – Ana falava com a voz calma e demonstrando um imenso carinho.
--Eu estava com medo de acontecer algo pior ao que houve, afinal foi minha culpa você está nessa cadeira de rodas hoje, eu juro que eu não queria, me desculpas?
--Ei você não teve culpa de nada San, ninguém controla os desígnios da vida, se meu destino é estar nessa cadeira eu aceito sem nenhum problema, só não aceito é não viver mais, não aceito é parar de respirar e para isso eu teria que te perder, eu estava te esperando sempre soube o que te fez se afastar assim de mim no começo eu fiquei muito mal, porem depois que aquele homem veio aqui e perguntou sobre você, se eu teria informações se você voltaria para aqui, foi naquele momento que eu entendi que toda essa distancia era apenas para me defender.
--Então vieram aqui? Te fizeram algum mal? – Perguntou preocupada
--Sim vieram, mas logo perceberam que eu não sabia de nada, e eu escutei falando no celular que eles não tinham conseguido o que queriam, mas ao menos você sumiu, eles queriam te matar não é?
--Sim eu estava investigando umas pessoas muito perigosa, bem aquela é a maneira deles me avisarem para eu me calar e distanciar, foi o que eu fiz, eu não poderia te prejudicar mais do que já fiz, me culpo todos os dias por você está nessa cadeira.
--Não se culpe já te pedi, agora me fale onde você está trabalhando?
--Voltei para minha antiga DP – Ela conversava sem encarar a mulher a sua frente
--Senti saudades – Ana disse tocando o rosto de Sandrele e o levantando fazendo os olhares se cruzarem e transmitir todo sentimento guardado dentro delas
--Eu também, mas meu medo de te machucar era maior, por isso eu não vim antes – Ela falava com os olhos fechados sentindo o carinho da mulher a sua frente.
--Você está com outra pessoa? – Suas mãos ainda acariciavam a face da outra
--Não! – exclamou abrindo os olhos. –Meu coração é seu, desde do primeiro momento que te vi, meu coração e minha vida passou a te pertencer eu te amo muito Aninha, não sei viver sem você na minha vida.
--Então me beija? – Ana pediu com um carinho que fez a outra encher co peito de alegria, então Sandrele selou os lábios com docilidade e calma queria sentir todo sabor daquela que era dona de seu amor, porem o beijo foi interrompido ao escutarem um grito no lado de fora da casa
--Fica ai vou ver o que é isso – Sandrele disse retirando a pistola da cintura
--Mas é a voz do meu pai- Ana disse ao ver a outra ir ate a porta e abri-la vagarosamente e ver os três amigos com armas em punho e um homem confuso no meio.
--Ai meu Deus podem abaixar as armas ele é o pai da Ana – Sandrele saiu rapidamente para se desfazer do equivoco
--Mas ele tá armado – Ricky disse sem abaixar a arma.
--Ricky ele vende água de coco por isso da faca, desculpe seu Severino esses são meus amigos eles só estão querendo nos proteger.
--Menina Sandrele você ? – Ele parou de falar e olhou para filha na porta – Você voltou foi isso?
--Papai vamos entrar e conversar aqui dentro, e vocês três façam o mesmo entrem – Ana disse para todos.
--Não é melhor ficarmos aqui San? – Lucy perguntou
--Nada disso, já falei entrem todos - Os quatro policiais se encararam e com um sorrisinho discreto Lucy disse.
--Tudo bem, vamos – E ela cochichou para Ricky – Brabinha ela não é ? – O amigo apenas balançou a cabeça confirmando.
--Bem, queira nos desculpar senhor é que vimos o senhor olhando pela janela antes de entra, dai ficamos pensando que o senhor poderia querer fazer algum mal as duas – Foi Patrícia a primeira a se explicar
--Credo mais eu nunca passei tanto nervoso quanto esse, pensei que ia morrer naquela mesma horinha - Ele disse tirando o boné e se abanando
--É que tem um chave extra debaixo do vazo da janela – Ana falou
--É isso mesmo “fia”, mas ocê não me respondeu voltou ? – Ele olhou para Ana e disse – Voltou para a Aninha? – A boca de Sandrele se abriu ficou sem saber o que falar apenas olhava para a Ana
-- Pai estávamos apenas conversando, onde está a mamãe e a Gabizinha?
--Foram no mercado já estão chegando.
--Bem oces não querem nada? Um copo de água? Tem um doce de calda que a muie fez que ta muito gostoso, vou trazer pra oces provar – O homem saiu da pequena sala.
--Agora vocês vão comer ate não poder mais – Sandrele disse rindo
--Como assim? – Lucy perguntou
--Esperem para ver, bem Aninha esses são meus amigos – Foi para o lado da mulher sentando no sofá e pegando a sua mão –Esse é o Henrique a Lucy que são detetives e meus amigos a muito tempo, e essa é a delegada Patrícia que é uma nova amiga – Sandrele apresentou todos
--Ola, sentem-se, por favor, é um prazer, a casa é simples mais o coração é grande. – Falou sorrindo
--Bem é desculpa pelo ocorrido, estávamos apenas tentando ajudar – Lucy disse olhando para a mulher que parecia mais uma garota, que volta e meia olhava de forma encantada para sua amiga
--Não se preocupe o papai esquece rápido das coisas, então vocês trabalham juntos?
--Sim trabalhamos na mesma delegacia, onde a chefona ai manda – Sandrele disse apontando para Patrícia
--Prontinho trouxe o doce e uns salgadinhos para vocês. – O senhor vinha com uma bandeja enorme cheia de quitutes
--Não precisava se incomodar seu Severino já estávamos indo – Sandrele disse já sabendo que o senhor mal escutaria o que ela falou
--Nada disso toma, é o doce de banana que a “muie” fez, sei que a menina Sandrele gosta. – Entregou uma vasilha cheia de doce – Oces peguem também – Ele fez o mesmo com os demais – Tem esses biscoitos salgados que Aninha fez, está muito bom - Ele apontou para os biscoitos.
--Bem como a Pati não pode comer eu como o dela – Sandrele disse pegando a vasilha da mão da ruiva
--Menina Sadrele deixa o da sua amiga tem mais lá dentro eu pego pra ocê
--Não é isso seu Severino é que eu não posso comer nada doce, eu tenho diabetes, e infelizmente não posso comer, mas aposto que está uma delicia
--Intão come os biscoitinhos vou pegar um suco para ocê, não tem açúcar nele tem um troço que a medica do posto passou para a muie colocar espera que vou pegar para a ruiva – Ele saiu para a cozinha
--Gente me desculpa ele adora ver as pessoas comendo, chegou aqui em casa tem que está comendo, mas só comam se vocês se sentirem a vontade.
--Não imagina querida, San divide o doce de Paty comigo – Ricky falava já comendo o resto do seu doce
--Nada disso, esse é meu, você já comeu o seu.
--Eu acho justo dividir ele em três, eu também quero – Disse Lucy pegando o doce que estava próximo a Sandrele
--Nada de três eu pedi primeiro – Tomou da mão de Lucy
--Ei calma tem mais doce lá dentro, não precisa brigar – Ana disse rindo
--A querida é sempre assim parecem três crianças – Patrícia disse rindo
--Eu não foram elas que começaram – Ricky defendeu-se
--Agora só divide para nos duas San – Lucy disse colocando sua colher e pegando uma porção que Patrícia dispensará
--Prontinho aqui está o suco e o troço que a muie bota pra ficar doce.
--Se chama adoçante pai – Ana falou
--É isso mesmo, é suco de acerola, temos um pé aqui no quintal,ele ta fresquinho
--Muito obrigada seu Severino, os biscoitos estão uma delicia. – Patrícia agradeceu.
--Bem deixa eu ir pegar mais doces, pra ocês – Ele saiu, nesse meio tempo a porta abriu e uma criança entrou e abraçou-se a Ana, logo em seguida entrou uma senhora
--Olha temos visita – A senhora falou
--Ola dona Lurdes, como a senhora está? – Sandrele disse assim que a mulher entrou.
--Nossa Sandrele, que surpresa. – A senhora fez cara de espanto, mas logo deu um abraço na detetive e cochichou no ouvido dela. –Não faz mais minha menina chorar por tudo que é mais sagrado- Ela saiu do abraço deixando Sandrele sem palavras
--Que bom que chegou Lurdinha, eu to lá dentro ajeitando o almoço – O senhor saiu da cozinha falando
--Deixa eu te ajudar, vem Gabi deixa os adultos conversarem. – Foi ai que Sandrele prestou atenção na criança, que estava abraçada a Ana
--Eu quero ficar com a mamãe ela disse e afundou o rosto no pescoço da mulher, quando os demais escutaram a palavra mãe se viraram bruscamente encarando a mulher na cadeira de rodas.
--Mãe? - Sandrele perguntou sem entender.
--Gaby meu amor escuta a mãe, vai lá ajudar o vô e não deixa ele ficar se abaixando muito por causa da coluna, está bem? – A menina balançou a cabeça e saiu junto com a senhora.
--Como assim mãe? E ela er... tem..– Sandrele estava confusa
--Ela tem síndrome de down, e não, ela não é minha filha, não de sangue e sim de coração, ela é filha de um primo meu a mulher morreu a uns meses e a família dela não quer cuidar de uma criança doente como a avó dela mesmo disse, e como nós somos a única família dela eu resolvi cuidar dela para ele trabalhar, ele está morando em Petrolina, mas ate agora não conseguiu nada.
--Mas por que ela te chamou de mãe?
--Assim que ela chegou aqui ela veio me perguntar se não tinha mais mãe e me pediu para eu ser a mãe dela, não poderia negar isso a ela. - A mulher falou com um enorme brilho nos olhos.
--Nossa que legal, muito bonito da parte de vocês – Ricky disse admirado
--É agora nós já vamos, está ficando tarde, San você quer ficar com o carro, vamos andando, só assim você não fica por ai mostrando a cara sozinha– Lucy falou para a amiga
--Não acho que vocês vão conseguir sair daqui tão fácil – Ana disse com uma cara divertida
--Como assim? – Patrícia perguntou
--Dona Lurdes seu Severino o pessoal já está de saída – Sandrele falou mais alto com um sorriso no rosto
-- Como assim? Não vão nos acompanhar no almoço? – A senhora perguntou
-- Claro que elas vão ficar Lurdinha, não é isso mesmo gente? Já está quase pronto – O senhor disse animado
--Mas não queremos incomodar, não se preocupe conosco. – Lucy disse
--Mas não é aperreio nenhum vão ficar sim e pronto, senão eu não desculpo o troço das armas. – O senhor disse fingindo está com raiva
--Tudo bem então, nós ficamos – Patrícia disse olhando para os amigos
--Ai que bom. – O senhor saiu rumo à cozinha, Lucy olhou para a sua amiga que estava com uma cara de pensativa e resolveu dá um pouco de privacidade a ela, assim ela conversaria com Ana.
--Bem é Paty eu preciso pegar uma coisa lá no carro você me ajuda? – Lucy olhou para a ruiva depois para Sandrele
--Claro que sim. – Levantou
--Vem Ricky?
--Não aqui está bom – Ele não percebeu a intenção
--Henrique vem conosco – Patrícia disse, dai ele percebeu o intuito das mulheres
--É claro vamos – Elas saíram quase que arrastando o homem.
--Então você ajuda a cuidar da garota? – Ela perguntou ainda envergonhada, pois sabia que não podia cobrar nada.
--Sim, como você ver as cadeiras de rodas não me impossibilita de voltar a viver, só não pude ainda voltar as aulas, mas faço os serviços domésticos cuido da Gaby que como você percebeu tem necessidades especiais, porem é a menina mais esperta e doce desse mundo e também aproveito para estudar um pouco mais.
--Que legal da parte de vocês, já vivem com tão pouco e ainda se disponibilizam a cuidar de uma criança, isso realmente me faz ficar cada dia mais apaixonada por você sabia? – Sandrele fez um carinho na face da mulher que sorriu
--Você não imagina o quanto eu sentir falta dos teus carinhos. – Ana disse olhando nos olhos de Sandrele com intensidade
--Eu estava com tanto medo que você não me escutasse, que estivesse com raiva de mim.
--Eu sofri muito San mais depois percebi que o que você fez foi apenas para me proteger, e também que meu amor por você é maior que qualquer raiva ou rancor, eu não poderia deixar um sentimento tão divino e magnífico quanto esse se transformar em tristeza e isso quem me mostrou a Gaby que passou a vida toda sendo maltratada pela família da mãe e quando chegou aqui acuada e com medo pude ver que apenas um gesto bom, apenas lhe tratar com carinho e amor uma única vez fazia seu sorriso brilhar e isso iluminava o meu, dia, substituir toda tristeza em ti perder por esperança de te ter novamente.
--Eu fui muito covarde era ao menos para ter ficado ate você sair do hospital, mas não sai correndo igual uma criança idiota, fui muito egoísta e só quero que um dia me perdoe.
--Vem aqui, quero que você pare de pensar dessa maneira – A puxou para um abraço que foi interrompido por Gaby que entrou de vez na sala e cochichou no ouvido de Ana.
--Meu anjo, tudo bem vai chamar os amigos da tia San lá na frente e avisa que o almoço já vai ser servido.
--Tudo bem – A garota falou com a cabeça baixa
--Ela está envergonhada, daqui a pouco estará falando pelos cotovelos – Ana disse sorrindo
--Gostaria de conversar melhor com você? Isso se não tiver problemas claro.
--San vem aqui – A chamou para mais próximo –Tudo que mais quero na vida é ficar mais próximo de você – Ela disse sorrindo e fazendo carinho na detetive que deu seu sorriso mais lindo
--Cadê o povo? – Senhor falou entrando na sala
--Estamos aqui seu Severino a Gaby estava me mostrando as acerolas – Patrícia disse entrando junto com os demais.
--Então vamos é comer, a mesa é pequena, mas nós colocamos uns banquinhos vai dá para todo mundo – Ele disse apontando o local.
--Nossa quanta comida – Ricky disse
--Que nada foi só uma coisinha mesmo. – A senhora disse, todos sentaram e se comeram em meio a muitas conversas que na sua grande maioria eram encabeçadas pela criança.
--Mãe vai ter sorvete? – A garota perguntou assim que terminou o almoço
-- Não meu amorzinho infelizmente não – Ana disse para tristeza da menina
--Eu tive uma ideia- Sandrele disse chamando atenção de todos.
--Mais tarde, nós podíamos ir tomar um sorvete lá na praça o que acham?
--Podemos ? – A menina perguntou feliz
--Se a Tia San tá chamando claro que podemos – Ana disse olhando ternamente para a detetive que se derretia em receber tão terno e delicado sorriso
--Oba e vocês tios também vão? – Perguntou para os demais
--Não sei você está nos convidando Gaby? – Lucy perguntou
--Eu posso chamar ela tia San? – Perguntou para Sandrele
--Claro que pode, alias todos estão convidados.
--Eu estou fora dessa, ainda vou preparar umas coisas para amanhã. – O senhor falou
--É e eu também, vou ajudar o Severino com os lanches, Aninha você já tomou o remédio de uma hora?
--Vou tomar agora mãe, foi bom você ter me lembrado, já volto – Saiu rumo ao quarto.
--Dona Lurdes eu gostaria de saber qual é a real situação da Aninha sei que não foi certo eu fugir, mas estava visando a segurança de todos vocês – Sandrele disse pegando na mão da senhora
--Ela agora está bem, no começo sofreu muito por você ter deixado ela só, mas agora está bem, o medico daqui do posto disse que acha que ela pode voltar a andar e tudo, mas ela tem que ir em um medico especialista e por aqui não tem.
--Sei, lá no Recife tem esse medico ?
--O doutor disse que sim, mas ela disse que não dava para nós irmos, por que vai gastar muito, e pediu para eu não comentar com ninguém e deixar para lá, pois se ela tive de andar ela vai aqui mesmo.
--Tudo bem, não se preocupe, mas eu vou tentar ajudar, isso se vocês não se opuserem.
--Olha menina Sandrele, no começo eu já desconfiava que vocês tinham alguma coisa a mais que só amizade, mas como ninguém nunca veio nos falar nada, deixamos por isso mesmo, mas depois do acidente essa menina ficou mais triste por você ter sumido do que ter ido parar nessa cadeira de rodas, dai percebemos que era um sentimento bonito o de vocês, e se você prometer nunca mais deixar minha Aninha sofre eu não vou colocar defeito nisso ai de vocês – O senhor falou e todos ficaram boquiabertos da maneira que ele falou
--Eu nunca mais quero fazer a sua filha sofre seu Severino muito pelo contrario por mim passaria minha vida contemplando o sorriso dela – Sandrele falou emocionada
--Do que estão falando? – Ana entrou manobrando a cadeira de rodas e colocando no espaço na mesa.
--Do sorvete, mas agora vamos é comer um pouquinho de doce de leite para tirar o salgado da boca – Dona Lurdes disse levantando da mesa.
--Nossa faz muito tempo que eu não comia tanto – Ricky disse passando a mão na barriga
--E eu acho que vou ter que dobrar as horas na academia e assim que sair vou ver minha glicose comi demais – Patrícia disse também satisfeita
--Também uma comida boa dessa quem resiste, dona Lurdes deixe que nós ajudamos na louça? – Lucy disse recolhendo alguns pratos.
--Nada disso, pode deixar que a louça é comigo, e vão se sentar lá na sala que eu vou levar um docinho pra vocês, é uma pena que a ruiva não possa comer ele está muito é do bom –Severino disse pegando os pratos da mão de Lucy
--É mesmo seu Severino é uma pena ele parece ótimo – Ela disse e fez uma cara de triste o que levou a todos a cair na risada.
--Que horas vamos para a praça? – A garota perguntou
--Só depois de você tirar uma soneca bem gostosa – Ana disse alisando os cabelos cacheados da jovem
--Tudo bem daqui a pouco eu volto – Ela saiu correndo para o quarto.
--Ela é esperta, quantos anos ela tem? – Patricia perguntou
--Tem treze anos, mais por conta da síndrome tem um pequeno retardo intelectual, porem como é comum nessa síndrome as crianças terem déficit no aprendizado ela não é tem uma proporção igual a das outras crianças
--É mesmo tão aparente a não ser as características físicas, ela tem um bom desenvolvimento, em relação a muitas crianças que são portadoras de Dawn
--A mãe dela trabalhava em uma pequena escola, dai como não tinha com que deixa-la sempre a levava ela sempre teve muito contado com outras crianças e isso foi muito estimulante para ela.
--Realmente ela gosta de conversar – Ricky disse
--E você não imagina o quanto ela gosta de cantar, adora musica vive pedindo um piano de presente. – Ana disse rindo
--Ela é um amor e pelo visto muito educada, assim que você disse que ela era para dormir ela foi sem ao menos falar nada – San estava encantada
--Ela é muito regrada sabe, não dá trabalho nenhum, as vezes só alguns problemas com seu temperamento mas é contornável. – Ana respondeu fazendo um carinho na mão de Sandrele.
--Bem olha aqui o docinho – O senhor entrou na cozinha com um pote de doce já servido nos pequenos pratinhos para os convidados.
--Eu vou sair da sua casa pesando horrores seu Severino - Ricky disse sem deixar de pegar o doce para comer
--Fala que vai engordar, mas não para de comer não é Ricky – Sandrele disse sorrindo
--Deixa ele, vou pedir para a Lurdes preparar um pouquinho para você levar filho
--Não precisa se incomodar seu Severino- Disse envergonhado
--Nada disso,agora vou lavar os pratos. – O senhor saiu.
--Vocês não está pensando em repetir está? – Lucy perguntou ao ver o rapaz limpar o pratinho que estava comendo
--Eu? Imagine! – Ele disse para pegar o pote e colocar mais um pouco no prato
--Meu Deus se eu trouxer eles novamente para sua casa pode abrir falência, pois nunca vi comerem tanto – Patricia disse para Ana
--Ai ruiva fica na tua que você só não está comendo por que não pode- Ricky disse se deliciando com o doce.
--Bem já comemos o que acham de nós irmos para casa – Sandrele disse olhando nos olhos de Ana
--Mas já pensei que iriam ficar a tarde aqui. – Falou entristecida
--Vamos descansar um pouco e rapidinho estamos voltando para pegar vocês para o sorvete. – Sandrele disse fazendo um carinho no rosto da mulher
--Tudo bem , vou contar os minutos nos dedos – Disse abrindo um sorriso
--Pode contar, eu te amo – Disse Sandrele
--Eu também te amo muito – respondeu e Sandrele deu um selinho demorado nela
--Estarei esperando vocês – Ana disse ainda um pouco envergonhada, por os demais presenciar o beijo.
--Ate mais tarde Ana foi um prazer imenso.
--E melhor nós irmos antes que o seu Severino venha com mais comida – Sandrele disse rindo
--Eu não faria a menor questão – Disse Ricky rindo
--Deixa de ser fominha – Lucy deu um pescotapa nele.
--Ai, eu tenho culpa se estavam muito boa tanto a comida como o doce – Eles saíram da casa rindo do jeito que o amigo falou.
--É minha amiga pelo visto deu tudo certo – Lucy disse passando o braço no pescoço de Sandrele
--Vocês viram o por que eu amo aquela mulher? É impossível não ama-la - San disse qom um largo sorriso
Fim do capítulo
Ola minhas flores,como vocês estão?
Estou na area meninas, bem para compensar os atrasos um Hiper mega capitulo, pois voces merecem.
Gostaram do primeiro contato com a Ana? quero saber de vocês ?
Bom domingo a todas.
BJS
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lucy
Em: 03/11/2016
que bacana Ana é realmente especial, uma alma pura rs já estou visualizando ela indo com eles pra se tratar e voltar a andar mais rapidamente.....tô botando fé que ela voltará, e que atitude linda com a criança....que já conquistou o coração da San, gente que povo hospitaleiro e que gosta de empurrar comidas e doces kkkkk fiquei de estômago cheio só de ler kkkkk, me diverti com este povo...
perfect o capítulo foi perfeito , bjs
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Gostei sim Lili. Agora por favor não demore na continuação, tudo bem?
Eu confesso que cheguei a pensar que Antony esteja vivo,rsrsrsr, e lidera o movimento contra os gays. Pensei, logo, transformei em palavras,kkkkk
bjs
darque
Resposta do autor em 23/03/2016:
Kkk nunca demoro muito flor
Bem realmente existe muita polêmica em torno da morte do Tony mas veremos no q isso vai dá.
Bjs
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Mascoty
Em: 13/03/2016
Nossa! Amei a Aninha! Muito fofa ,ela! Esse capitulo foi muito engraçado! Achei legal a atitude dos pais na aninha em aceitar relação delas!
Bjs.Mascoty😘
Resposta do autor em 23/03/2016:
É eles foram bastante consciente, séria tudo mais fácil se todos fossem assim não é mesmo? Kkkk
Bjs flor
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annagh
Em: 13/03/2016
Olá Lili!!!!
Obrigada pelo capítulo grandão!!!!!
Realmente, tenho que concordar com a Sam.." impossível não amar a Ana"..rsrsrs...já me conquistou. Sem dúvida, Sam e Ana entrará para minha lista de casais lésbicas preferidas. Os pais da Ana são uma graça, me diverti muito...e você sempre nos surpreendendo né.
Te adoro muito minha Preciosa.
Beijooooo...
Até o próximo capítulo!!!!
Resposta do autor em 23/03/2016:
Ola minha flor ruiva, que bom que vc gostou dessas duas, espero surpreender mais ainda
Bjs
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Mariliz Ramos
Em: 13/03/2016
Saudades da sua história ela é muito boa...
Resposta do autor em 23/03/2016:
Oh florzinha ei faço o maximo para não demorar, porém esses dias uma gripe me derrubou mais já estou melhorando.
Bjs
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Mille
Em: 13/03/2016
Tudo deu certo, Aninha e San se entenderam e achei que a San irá batalhar para ela ir a Recife fazer o tratamento. Adorei a Gabby e todos sr Severino e seu jeito acolhedor com as visitas.
Bjus e até o próximo
Resposta do autor em 23/03/2016:
É ela agora vai ter que correr atrás de um lar para elas, porem muitas coisas irão rolar ate lá.
Bjs Mille.
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Ada M Melo
Em: 13/03/2016
muito fofa a aninha!!! amei!!
Resposta do autor em 23/03/2016:
Uma amor de pessoa realmente.
Bjs flor
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graziela
Em: 13/03/2016
Adorei a Aninha e realmente vendo as atitudes dela, conseguimos ver pq San eh tão apaixonada por ela.
Ela simplesmente é sensacional.
Querendo ver logo a San levar a Aninha para Recife junto com eles.
Bom domingo.
Bj.
Resposta do autor em 23/03/2016:
É Ana é um ser humano ímpar e nos próximos capítulos vcs verão o porque.
Bjs flor
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