Capítulo 4
eu não deveria ter a beijado, nos estávamos tão bem, agora ela não vai querer nem olhar pra minha cara. Eu estava sentindo um misto de arrependimento e alegria ao mesmo tempo, foi o melhor beijo de toda a minha vida, foi tão especial tão único, foi uma sensação que eu nunca tinha sentido antes.
Estava sentindo um frio na barriga, o que eu irei fazer agora? Como eu vou falar com ela? explicar o por que daquele beijo.
As horas foram se passando e eu acabei tomando coragem. Sai do quarto e fui a procura da Luciana. A procurei pela casa inteira mais não a encontrei. O único lugar que eu ainda não tinha procurado era o quarto do meu pai. Esperei e esperei ela sair de lá mas ela não saiu, já estava ficando angustiada, bati na porta suavemente, e ela não abriu, bati na porta novamente e tive a mesma resposta.
-- abra a porta por favor, eu preciso conversar com você.- não obtive resposta.-- por favor, abra a porta Luciana!- bom a porta abriu.
-- eu não tenho nada pra falar com você.- ela disse no momento em que coloquei os olhos nela.
-- olha Luciana, não faz assim, me desculpa tá bom, isso não deveria ter acontecido foi mais forte do que eu, me desculpa.
-- você é lésbica?- perguntou receosa.
- sou.- a fitei nos olhos por alguns estantes.
-- como que você teve coragem? Eu estou namorando o seu pai!- se exaltou.
-- sem gritos por favor!- respirei fundo.-- quer saber de uma coisa, eu não me arrependo eu gosto de você sim e eu sei que você não gosta do meu pai, eu vejo isso nos seus olhos, aliás quem iria gostar de um homem como ele, eu não consigo entender o por que de você estar com ele você vai acabar com a sua vida, junte os fatos.
Demorou alguns segundo para responder e ficou me olhando com uma cara de boba.-- eu gosto dele sim.
-- sei.. Eu não nasci ontem.
-- quer saber me desculpa isso não irá se repetir.- fui para o meu quarto.
Me troquei, e sai pra fazer uma coisa que eu não fazia a muito tempo, sai pra beber.
Entrei em uma balada qualquer e enchi a cara, perdi as contas de quantas doses de tequila e caipirinha eu tomei.
Já estava completamente bêbada, uma mulher se aproximou de mim e puxou assunto.
-- oi linda.- disse uma mulher loira que também aparentava ter bebido umas a mais.
-- oi.-Respondi sem animo.
-- tudo bem?- se aproximou e me olhou mais de perto.
-- mais ou menos.- dei um gole na minha cerveja.
-- o que aconteceu? Por que você está com essa carinha?
-- não aconteceu nada.
-- ok, como você se chama? Te achei tão linda.
-- Fernanda.
-- prazer Fernanda eu me chamo Graziela, mais pode me chamar de Grazi.- estendeu a mão para um comprimento, a cumprimentei e Nos sentamos em uma mesa no segundo andar. Conversa vai conversa vem e quando eu menos esperava nos estavam nos beijando, mas o pior e que eu não conseguia tirar a Luciana da minha cabeça isso estava me deixando atordoada.
Fomos pra casa da Grazi, chamamos um táxi, nos duas não tínhamos a mínima condição de dirigir. Assim que chegamos ao apartamento de Grazi fiquei admirada com o lugar o apartamento era super luxuoso, bem decorado, simplesmente lindo.
-- seu apartamento é lindo.- andava pelo apartamento admirando os quadros que estavam na parede.
-- quer conhecer o meu quarto?- sorriu maliciosa.
-- ah.. Não sei é que..- me interrompeu colocando um dedo em minha boca.
-- vem, não precisa ficar com medo de mim, eu não mordo, só se você quiser.- se aproximou e beijou meus lábios lentamente.- você é tão linda.- disse ainda com os lábios juntos aos meus. Fomos até o quarto que também como todo o apartamento era lindo. Graziela me jogou na cama e me beijou o pescoço e em seguida o sugou com toda força, me beijou os lábios enquanto tirava a minha roupa, depois de estar completamente nua inverti as posições e também tirei a sua roupa.
Eu não estava conseguindo entender o que estava acontecendo comigo, Graziela é uma mulher linda irresistível, mais eu não conseguia sentir nada por ela nem desejo nem nada, Luciana não saía da minha cabeça a sensação da maciez dos seus lábios ainda estava presente em minha boca, Mesmo fazendo sex* com Graziela Luciana não me deixava em paz em meus pensamentos.
Na manhã seguinte estávamos eu e Graziela tomando café da manhã em uma mesa na copa.
-- Luciana, quer dizer Graziela, eu tenho que ir.- fiquei extremamente embaraçada ao confundir os nomes.
-- quem é Luciana?- perguntou incrédula olhando no fundo dos meus olhos.
-- não é ninguém.- me levantei rapidamente.- eu realmente tenho que ir.
-- tudo bem, me liga ok.
-- claro, vou ligar sim.
-- eu te levo até a porta.- caminhei em passos largos até lá.- tchau.- me deu um selinho.
-- tchau.- sorri sem mostrar os dentes.
Entrei no elevador e chamei um táxi assim que cheguei lá embaixo.
Cheguei em casa, Luciana estava na sala assistindo TV.
-- dormiu fora?- perguntou me encarando.
-- dormi sim, algum problema?- cruzei os braços também a encarando.
-- aonde você dormiu? o que é isso no seu pescoço. Me lembrei da noite anterior, Graziela deveria ter feito uma marca no meu pescoço.
-- eu dormi na casa da minha namorada isso responde as suas perguntas? Graziela não era minha namorada e eu não queria que fosse, queria ver a reação da Luciana.
-- então você tem uma namorada?- perguntou abismada.
-- sim tenho.
-- você tem uma namorada e resolveu me beijar é isso?
-- eu vou pro meu quarto.
-- faça o que você quiser Fernanda.
Fui pra o meu quarto, me deitei um pouco e depois tomei um banho morno e me aprontei pra sair.
-- eu vou no super mercado comprar algo para o almoço, você quer que eu compre alguma coisa pra você.- me aproximei de Luciana que estava na cozinha bebendo um copo de água.
- não eu não quero nada obrigada.- ela mirava o chão enquanto eu falava, até parecia que ela não queria falar comigo.
-- vai ser assim? Você não vai olhar pra mim?- ela assentiu com a cabeça e eu rumei rapidamente pra fora de casa bufando, será que ela não poderia entender que realmente gosto dela, que eu a beijei por que eu não consegui me segurar aquela enorme tentação.
Fui até o super mercado e comprei algumas coisas para fazer o almoço, voltei para casa. Luciana estava regando as flores do quintal, assim que me viu abaixou a cabeça, entrei em casa rapidamente, odiava quando ela fazia aquilo.
Estava achando aquilo meio estranho, de manhã quando voltei pra casa Luciana estava normal comigo, quer dizer quase normal, estava olhando pra mim normalmente, mas quando eu falei que tinha uma namorada ela ficou totalmente estranha, será que esta com ciúmes de mim?
Fiz o almoço e lá pras duas da tarde nos sentamos na mesa para almoçar.
Não demos nenhuma palavra o silêncio reinou a cozinha.
-- você não precisa fazer isso Luciana.- falei quebrando o silêncio de quase 20 minutos.
-- o que eu não preciso fazer?- perguntou olhando para o prato.
-- isso que você estava fazendo agora, você não olha mais pra mim, não fala mais comigo.
-- eu estou falando com você agora.
-- só por que eu estou falando com você. Qual é Luciana, quantas vezes eu vou ter que te pedir desculpas? te explicar que foi mais forte do que eu.
-- eu vou para o quarto.- se levantou.
-- quer saber vai mesmo eu não preciso da sua compania .
-- claro que não, você tem uma namorada.- saiu da cozinha me deixando sozinha.
-- eu sou tão indiota.- berrei e fui pra o quintal chutando algumas pedras que estavam no caminho. De repente me bateu uma vontade de chorar, nunca eu tinha chorado por uma mulher, e a Luciana despertou isso em mim.
Eu precisava sair daquela casa pelo menos por algumas horas, me distrair um pouco.
Liguei para Débora que demorou um século para responder.
-- poxa até que em fim você atendeu esse telefone Débora.
-- foi mal Fernanda eu estava tomando banho. E ai alguma novidade?
-- tenho mais eu prefiro conversar com você pessoalmente, você pode sair hoje?
-- posso, aonde você quer ir?
-- em qualquer lugar.
-- tudo bem, me encontra aqui em casa pra gente sair.
-- ok daqui a pouco eu chego aí.
-- estou te esperando. Tchau até daqui a pouco.
-- até.
Fui pra casa da Débora, cheguei lá em poucos minutos. Toquei a campainha e logo ela me atendeu me recebendo com um abraço apertado.
-- e ai pra onde você quer ir Fernanda?- me perguntou colocando a bolça no ombro.
-- não sei, o que você sugeri?
-- que tal um barzinho aqui perto?
-- ok vamos pra lá. Fomos para o tal barzinho que Débora sugeriu, estava muito cheio por pouco não conseguiríamos uma mesa.
-- vou começar pedindo uma cerveja.
-- pode pedir só pra você, eu não estou muito afim de beber.
-- ham..? Como você vem para um bar pra não beber? E a mesma coisa de ir para uma balada e não dançar.
-- tudo bem mais só uma cerveja eu já bebi de mais ontem.
-- como assim, você sai pra beber e não me chama.
-- e que aconteceu umas coisas ontem e eu nem pensei em te ligar tava com a cabeça quente.
-- o que aconteceu?
-- eu beijei a Luciana.
-- sério como isso aconteceu?
-- ela estava saindo do banheiro lá de casa enrolada na toalha, nos nós esbaramos ela deixou a toalha cair, eu acabei não resistindo
-- uau.. Você viu ela nua?
-- sim, por isso não resisti.
-- nossa e ai?
-- e ai que ela não quer nem mais olhar na maior minha cara.
-- nossa que situação em.
-- pois é. Eu menti pra ela falei que tinha uma namorada,por que ela viu um ch*pão no meu pescoço e parece que pirou ainda mais a situação.
-- mais por que você falou que tinha uma namorada?
-- sei lá queria ver a reação dela.
-- e como foi?
-- ela ficou de boca aberta, será que ficou com ciúmes?
-- deve ter ficado.
-- eu não consigo entender as mulher.- bufei.
-- mais você é uma.
-- mesmo assim elas são tão complicadas, principalmente você.- rimos.
Tomamos a cerveja e comemos um sanduíche, voltei pra casa e fui direto para o meu quarto e fui dormir, quer dizer tentar dormir.
Fim do capítulo
Eai gostaram? Não se esqueçam de comentar. Beijos até o próximo.
Comentar este capítulo:
BCanti
Em: 18/02/2016
Amei a estória, envolvente demais, Li os quatros capitulos de uma só vez. Já estou ansiosa pelo próximo. Não demora a posta tá.
Resposta do autor em 18/02/2016:
oi, obrigado por comentar, fico feliz que você estejagostando, vou tentar não demorar,beijos.
[Faça o login para poder comentar]
Dea
Em: 18/02/2016
Ana Flor vc está de parabéns... Amando cada capítulo... Ansiosa pro próximo, Deus te ilumine cada vez mas .Cheiro no coração
Resposta do autor em 18/02/2016:
oi linda, obrigado por comentar, eu fico feliz que voce esteja gostando, na verdade meu nome é bruna, ana é homenagem a minha namorada kk que deus tambem te inumine sempre, beijos.
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]