Calma..  calma vamos manter a cabeça em ordem, primeiro fui comprar a passagem  infelizmente so ia chegar no enterro devido ao horário.

Peguei qualquer mala e fui arrumar minhas coisas , exatamente as nove horas estava embarcando , durante a viajem fiquei tentando organizar as idéias.

Como pode , que situação  quero muito estar la para apoiar nesse momento difícil, mas ainda tenho uma ferida dentro de mim essa que nao me deixa esquecer tudo que ela fez todo aquele orgulho.

Consegui chegar para o enterro  nem me importei de estar com a mala ainda,  avistei mamãe junto com Sofia.

-mae;

- filha 😢  ;--veio me abraçar

-como elas estão;

-inconformadas;--Sofia

-dona Maria esta na sala de visita nao esta conseguindo ficar consciente;--

- que situação;

Ficamos ali esperando o funeral terminar para o corpo ser sepultado, as vezes Sofia segurava em mim,  espero que seja por conforto do momento pois era muito apegada com eles.

Nao tinha avistado Heloisa em todo serviço, quando estávamos saindo vejo ela abraçada a seu Otavio  como se soubesse que estávamos indo olhou para nos. Confesso que senti vontade de pegar ela nos braços e cuidar.

Tentei decifrar seu olhar enigmático para nós  e acompanhei sua visão ate meu braço aonde se encontrava a mão de Sofia pousada. Claro por que não seria ciúmes de ver sua melhor amiga junto a mim pessoa que mais detesta sendo que ela precisava daquele afago e nao eu.

Aquilo de certa forma me incomodou, de forma discreta me desvencilhei de Sofia.

-vai la minha guria que a menina Helo precisas de ti ;-- mamãe

Sofia apenas assentiu  com a cabeça caminhando junto a eles. Mais tarde seguimos todos para casa de Otavio, devido ao ocorrido mamãe sugeriu que elas ficassem conosco na casa.

Mamãe disse: "Quanto mais distração melhor para a mente e coração ", me senti  sem ambiente no momento. Pelo fato do que aconteceu meses antes aquilo ainda me incomodava nao sabia como ajudar diante daquela situação.

Talvez ela gritasse ou me xingasse  de pobretona intrometida, essa não seria a primeira vês, tantas outras que deixou bem claro que  nao queria que a tocasse por nojo.

-Mariana esta tudo bem ? ;--mamãe

-claro por que;

-parece agitada ;--

Fui ate a sala e me deparei com seu Otavio em uma conversa seria com Heloisa e sua mãe.

-me digas Otavio o que sera de nos agora" ;-- Maria

-bom Maria as circunstâncias voce já estava ciente;--

-sei que o sonho de Luiz era levar sua linhagem em geração. Assim como lhe foi passado, mas nao a mas o que fazer essa e a realidade;--

-infelizmente também queria achar algo para ajudar mas o que resta agora e vender e quitar as contas so assim vocês ficaram livres; --

-amanha mesmo se não for atrapalhar quero resolver essa situação  pois assim eu e Heloisa iremos descansar;--

-claro , agora fiquem à-vontade para repousarem, afinal vocês precisam;--

-Gracias Otavio  sempre como um irmão para nós;--

Heloisa continuava cabisbaixa sem mexer um músculo divagando em seus pensamentos perdidos. Ja não cabia em mim a vontade de ficar junto a ela.

Ela sem mais levantou e saiu para fora da casa se acomodando em um tipo de rede eis que apenas a observa-a. Fiquei ali esperando  alguém ajudar aquela menina mulher que tanto sofria calada.

Fui caminhando  ate a varanda  e fiquei como um sentinela como se guardasse  seu bem mais precioso nao sei quanto tempo fiquei  ali a observar. Talvez por medo de sua falta de lucidez com o momento.

A cada momento eu ia me aproximando, ate que estava atrás da rede nao me importei e sentei ali naquele assoalho. Senti que estava respirando forte o que não demorou muito para embargar em um choro fraco e sôfrego.

Me dilacerei com aquela  tristeza  queria arrancar aquilo que estava te fazendo tão mal. Por mais que eu aprendi a agir com a razão durante toda minha vida perto dela não fazia efeito sempre era a emoção que dominava minhas atitudes.

Essa nao foi diferente nao aguentei ficar so escutando seu choro, levei    minha mão ate suas costas em um afago inseguro. Nao sabia por isso esperava que ela me expulsasse também. Sua reação diante do meu carinho foi confusa para mim pois seu choro almentou.

O que me deixou mais preocupada, sim fiquei atordoada a ponto de levantar  e sair quando ameacei a sair ja estava pronta para dar um passo sinto sua mão gelada segurar de forma desajeitada a minha.

Virei para encarar  e encontro olhos de clemencia por um conforto que nao sabia aonde encontrar,  sabia que nao precisava falar  nada pois seu olhar ja esclarecia tudo. Me aproximei da rede e sentei atrás  dela  fazendo a repousar sobre meu tórax.

Sentia seu corpo estremecer com o choro, passei minha mão em seu braço na tentativa de tranquilizar, com o tempo ela foi relaxando. Aproveitei e passei meu braço em volta de seu corpo ela se ajeitou mais encostando seu rosto húmido no meu.

Fique fazendo carinho no seu braço outra hora beijava sua cabeça. Ela virou um pouco colocando o nariz no meu pescoço aonde comecei afagar seu cabelos ate sermos vencidas pelo cansaço.

Logo quando o sol começou a sair senti uma mão gelada sobre meu pescoço hora meu rosto, ainda em estado de torpor que o sono me causava pensei estar sonhando.

Uma pressão  sobre meus lábios  eu podia sentir  aquele sonho estava tão bom que nao queria acordar. Nao avia preconceito pois ela estava tão entregue aquilo que  faltava do preenchido com sua presença.

Conforme um movimento percebi que nao era um sonho tinha sim alguém. Em questão de segundos meus lábios foram capturados quando abri Os olho dou de cara com Sofia. Isso não pode estar acontecendo Heloisa chega bem na hora.

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Heloisa

Fui buscar uma manta pois estava amanhecendo e começou a esfriar mais claro que  ia voltar para os braços da Mari. Nao sei o que seria de mim sem o seu acalento.

Assim que estou voltando vejo Sofia na ponta dos pés   indo em direção a área . Me escondi e fui sorrateiramente seguindo seus passos .

 eu nao acredito que a descarada da minha amiga ia fazer aquilo, fiquei  observando ela se aproximar da minha Mari e lhe roubar um selinhos. Como assim aquela boca e minha.

Vi Mariana retribuir e logo abrir os olhos,  nao acreditando no que tinha se passado, ela me olhou com interrogação  e medo. Ela se desesperou toda acabou se atrapalhando em levantar da rede que por pouco não cai.

-Heloisa  nao fui eu....eu nao estava .....;--

Sei meu maior defeito e o orgulho, nao dou o braço a torcer  sou teimosa.  Estava com muita raiva senti que tudo que eu estava passando ia se explodir.

-o que foi gente;

- amiga ahm eu ........;-- Sofia sem graça

Eu fui bem discreta, nao contei a ela sobre o beijo com Mariana.

-o que foi gente, por que essas caras;-- comecei a falar com desdém, como se não me importasse.

-eu nao vi que  era Sofia e.....;--

Entrei cortando Mariana-- Mariana nao sei por que você esta se explicando  que eu saiba voce e livre pra" comer" quem voce quiser,  sem dar satisfação para ninguém, muito menos pra mim ja te disse que pra mim sua presença  e como um nada;

Vi que minhas palavras tinham lhe cortado, tamanha tristeza  em seu olhar que já se encontrava marejado. Eu nao conseguia me controlar minha raiva estava tão a flor da pele que era capaz eu matar alguém.

Foi  muito rápido  ela se aproximou de mim, so pode sentir o estalo em meu rosto.

-como consegue ser tão ruim um monstro isso que você é..... Voce me enoja Heloisa;--

Eu tampouco consegui segurar as minhas , sai em passos largos para o quarto, estava tão irada que nao percebi estar sendo seguida, ate levar um puxão pelo braço.

- não ousa dar ar costas quando estou falando com você;-- Mariana

-dou as costas pra quem eu quiser, nao vai ser uma zé ninguém que vai me impedir agora, alem do mais voce devia estar acostumada pois sempre faz isso;

-me respeite guria, pois não sou como as  piranhas que voce  esta acostumada pegar;--

-ah claro verdade voce e pior  ne haha;-- falei irônica.

-cala a boca  ou..;--

-ou o que em  presta atenção, olha so quem e você pra mandar em mim  eu falo o que eu quiser e quem  voce acha que e pra tentar me calar;

- sabe quem eu sou,  ---falou me empurrando--- a Mariana ---me empurrou de novo--- aberração do colegio--- me prendeu na parede--- a mesma que voce esta muito afim de ficar agora;--

-jamais ..... Vo..voce esta louca...;--falei com a voz falhando com sua aproximação.

-jamais?...;-- perguntou me prendendo na parede, passando a boca no meu pescoço.

- te.. Tenho repulsa a você;

-repulsa?;-- me apertou mais, começou a passear no meu pescoço dando mordidas.

-ahh..s..sim.;--o que era aquilo eu estava quente, sentia suas mordidas de raiva com desejo, fazendo meu corpo me denunciar a cada toque.

-é?.....;-- falou capturando meus lábios em um beijo forte, ambas sentiam raiva e desejo, eu batia o pulso tentando afastar, o que nao surtia efeito pois ela era mais alta.

Quando mais resistia mais ela me prendia com seu corpo..........

Fim do capítulo