Duas Vidas!! por flawer
Capítulo 2
II Capítulo
Dois dias haviam se passado desde aquele dia fatídico em que eu soubera pela tv, através de um programa de fofocas que a mulher da minha vida estava de volta ao país. Aquele dia amanhecera lindo, sai de fininho dos braços e da cama de Amanda, uma amiga colorida que tinha a hum ano. Ela era linda; uma morena de parar o trânsito, 1,75 de altura, olhos verdes e um corpo espetacular, era contadora de uma multinacional. Resolvida sexualmente, assumidíssima e um tanto quanto apaixonada por mim. Eu tentei até frear nossos encontros quando me dei conta do que se passava com ela; porém, a mesma conversou comigo e disse que poderíamos seguir em frente sem problemas e quem sabe um dia, meus sentimentos por ela não evoluíam. Às vezes, me sinto um pouco culpada por ter aceitado permanecer naquilo, pois futuramente a magoaria... quem gosta precisa de compromisso, certezas; e eu não poderia dar isso nem a ela, nem a ninguém. Envolvia-me com ela e com tantas me atraíssem, embora a respeitasse ao ponto de ser discreta sobre isso, mas sem enganá-la de que éramos livres para novos relacionamentos. Nestes momentos podia ler a decepção e tristeza em seu olhar e o pesar em sua voz que fingia uma leveza que não tinha ao dizer que "tudo bem". Fiquei a olhando relaxada, dormindo sobre os lençóis nos quais rolamos em sex* quente à noite toda.
_ Tenho que parar com isso! A estou magoando. - sussurei baixinho pensativa - ela merece ser amada!
Tomei uma chuveirada, vesti umas das roupas que deixava em sua casa e fui para loja onde Analú já me aguardava, era inicio de estação e época de renovação de estoque para cada departamento das lojas e precisávamos correr com contabilidade e arrumação de vitrines de roupas e equipamentos. Então o dia seria cheio, levei café pra nós.
_ Olha quem chegou... atrasada! - falou Analú ao me avistar.
_ Atrasada sim... mas cheia de coisas gostosas para o nosso café! - rebati rindo.
_ Nem vem tentar me comprar que não conseguirá...
_ Ok, então... fazer o que! Verei se uma das meninas do escritório quer tomar café comigo.
Comecei a tirar dos pacotes que trouxera uns croissants deliciosos que eram feitos na padaria da esquina, a preferida dela e um capuccino pelo qual ela dava a vida, sem falar em tortas variadas e frutas.
_ Ain malvada! Vai dar "meu café" a ninguém!!! - gritou e correu sentado-se no sofá comigo e já gulosamente colocando o croissant na boca, fazendo uma carinha extasiada.
O tempo passava, mas algumas coisas não mudavam. Lú sempre fora a mais gulosa do trio, na infância era gordinha. Só na adolescência foi que ganhou formas. E que formas! Se não a tivesse como irmã... investia! Tinha um pouco mais de altura que eu, 1,56. Cabelos encaracolados longos e olhinhos negros que brilhavam. Quando ia passar final de semana lá em casa, era a primeira a acordar. Quando chegávamos à mesa ela já tinha devorado metade dos quitutes que mainha tinha colocado lá. Eu para implicar com ela começava a dizer que não a convidaria mais para passar noite lá em casa já que o preço disto era ficar com fome, pois ela devorava a sua porção do desjejum e o meu junto. Minha mãe sorria e já ia colocando uma nova provisão na mesa.
A Trishya sempre batia em mim quando eu zoava Analú assim, porque ela acabava chorando com a consciência pesada por comer demais. Parei o pensamento na hora, era o que me faltava ficar lembrando daquela... ingrata!
_ Certo! Prestar atenção no que a chefe fala pra quê mesmo, né? - Analú interrompeu meus pensamentos cobrando minha atenção, ao que falava.
_ Ai Lú, como tu é dramática! - rindo
_ Humpf! Amigo não tem vez mesmo! Ontem fui deixada na noite de sexta sozinha...
_ Ah gata, minha morena tava com saudade e preparou um jantarzinho pra nós. Eu não podia decepcioná-la né? - cara de safada.
_ Qual das morenas? - ironizou
_ Ei, nem são tantas! Foi a Amanda. Ai, ai... noite estupenda, nós...
_ Me poupe dos detalhes Cintia Almeida!- Levantou-se de imediato, jogando o guardanapo e andando pela sala passando as mãos pelos cabelos castanhos, nervosa - Eu não sei porque Amanda se submete a isso!
_ Não te compreendi Lú!! - Fiquei espantada com aquele rompante nervoso dela.
_ Eu... é..., desculpa Cin. Não tenho que me meter em sua vida, nem muito menos na da Amanda. Ela é livre para fazer suas escolhas. É... às vezes me sinto um pouco responsável, porque ela te conheceu através de mim. E percebo que cada vez ela está mais envolvida por você. E sabemos que a recíproca não é verdadeira, não é mesmo?
Realmente. Elas se conheceram numa grande palestra empresarial a hum ano e meio atrás. A empatia foi imediata, começaram a se encontrar para se distrairem juntas já que ambas estavam solteiras. Jantavam, iam ao cinema e até viajaram juntas. Percebi que Lú estava mais alegre, solta, a peguei várias vezes com sorriso nos lábios falando com alguém no celular. Quando zoei, atribuindo aquele sorriso a um possível pretendente, ela desconcertada negou e disse que falava com uma nova amiga. Num feriado do dia do trabalhador a convidei para meu sítio recém-adquirido na estrada do coco e ela perguntou se podia levar a Amanda, concordei. E lá nos conhecemos e a atração foi instantânea. No segundo dia da sua estadia, acordou na minha cama e de lá pra cá iniciamos nossa amizade colorida.
_ Tudo bem Lú! Sei que se preocupa, até porque ela é sua amiga.
Fiquei olhando-a e analisando aquela reação. Se eu não soubesse que Analú nunca havia tido interesse pelo mesmo sex*, pensaria que estava gostando da Amanda... Não, besteira minha... balancei a cabeça espantando este pensamento.
Chegando junto de mim, abraçou-me beijando a minha bochecha e depois deu uma palmada forte no meu traseiro enquanto me empurrava para o computador.
_ Ei... eu ainda não terminei meu café!
_ Nem vai, o que sobrou é meu... Mantenha a forma!- e voltou a comer sorrindo com deboche me olhando.
Já eram 15h30min, estava trabalhando ininterruptamente por 4h seguidas. Levantei me alongando e fui em direção a tv que ficava ali na loja, percebi que Lú também ainda não parara, estava numa escada arrumando a parte superior da vitrine central de exposição dos aparelhos esportivos, enquanto as funcionárias arrumavam a parte inferior. Enquanto as observava, minha atenção foi chamada pela voz de uma reporter de um programa famoso de fofocas que tratava de particularidades, intimidades, novidades e buchichos acerca da vida dos famosos.
_ ...E a mais nova é que Trishya Alcântara parece ter dado fim há mais um realacionamento! Buchichos circulam que seu caso de quase um ano com a modelo Parish acabou. E sua assessora de imprensa, embora não tenha confirmado, informou que Trishya estava entrando de férias e já estava no momento, desembarcando em São Paulo onde ficaria uns dias com sua famíla...
Eu estava fincada no chão, boquiaberta encarando a reporter na tv, que continuava a falar daquele fantasma do meu passado, descrevendo seus sucessos tanto como modelo como de atriz, descrevendo sua vida, seus amores. As sucessivas imagens de Trishya, em desfiles e filmes apareciam e eu sentia uma tontura tomando conta de mim. Ao longe, ouvia alguém me chamando, mas estava focada na tv... Até que ouvi um grito e meu nome!
_ Cintia, ajuda aqui...
_ Cintiaaaaaaaaaaa!!!!!
Olhei para o lado em tempo de ver Analú desequilibrando-se na escada, corri e a alcancei segurando a escada em tempo, evitando assim sua queda. Eu tremia sem parar, lacrimejava completamente perdida com a notícia que acabara de ver no aparelho televisor.
_ Aff! quase me quebrava toda aqui! - Analú brava falava - e você ali, parada como uma estátua assistindo tv! Pensei que vínhamos aqui numa tarde de sábado para adiantarmos a arrumação da vitrine e da contabilidade do estoque e não para que você assistisse programas de fofocas sobre celebridades!
_ Desculpa amiga - falei com angustia na voz.
Nesta hora Analú parou tudo e olhou-me, descendo rapidamente, preocupada tocou meu ombro olhando em meus olhos, notando que algo não estava bem, pois eles estavam marejados pelas lágrimas.
_ Cin, o que foi? - perguntou nervosa, abraçando-me.
_ Ela voltou Lú! Eu não vou suportar... - desabafei em meio ao início de um longo pranto sofrido.
_ Cintia, quem voltou?
_ Trish... minha Trish, Lú. Ela está no Brasil!!!! Acabou de noticiar na tv.- confirmei transtornada entre soluços.
_ Mas... como assim? Depois de 12 anos, sem me avisar. Tem certeza?
_ Sim. E agora? Como vou suportar isso Lú? Como?
_ Calma Cintia. Talvez, nem passe por aqui. - falou incerta, tentando me ajudar - Mas, se vir. Estarei aqui contigo amiga. Acalme-se!
Fiquei ali abraçada com minha amiga e pensando como me fortalecer, porque desta vez seria diferente! Ela não conseguiria abalar minhas estruturas emocionais. Isto aqui foi o choque. Eu agora sou uma mulher e não uma adolescente tola, pronta para implorar para não ser deixada. Calmamente me desvencilhei do abraço de Lú.
_ Vou pra casa. Preciso descansar.
_ Quer ir para meu apartamento? - sugeriu uma apreensiva Lú.
_ Não! Estou bem, foi só a surpresa de uma má notícia inesperada! - sorri para disfarçar a dor e acalmá-la, para que não insistisse em me acompanhar. Precisava ficar só... Tinha uma muralha de indiferença para construir!
Fim do capítulo
Então meninas, posso continuar?
Comentar este capítulo:
007
Em: 15/02/2016
kkkkk.........mas é claro que a lu ta afim da amanda!
da cintia que não é !
agora entendi.
admito, não entendi nada no começo do primeiro capitulo.
mas agora tudo faz sentido.
aí cintia, e eu com pena dela.
a caraaaaaaamba.
será que a destruidora de corações vai se dá ao trabalho de ir na loja ?
bjs e até o 3 cap
Resposta do autor em 15/02/2016:
Sim, caidinha pela Mandy! Arriadinha os quatro pneus e mais o estepe kkkkkkkkkkkkkkk
Será... Seráaaaaaaaaaaaaaaaaa? Veremos.
bjssssssssss
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