CapÃtulo 2
Um primo de meu marido mora em São Paulo, liguei para ele dizendo que estava indo as pressas para o Brasil. Ele ficou de nos buscar no aeroporto.
Sei que São Paulo é a maior cidade da América Latina; É rica em cultura , tem muito a oferecer. Sei também que comunidade sírio-libanesa na cidade é grande e forte.
Contudo estou apreensiva. As incertezas são muitas: Não falo o idioma, não sei se vou conseguir validar meu diploma, encontrar um emprego e escola para as minhas filhas, minhas economias são poucas, onde irei morar?
Mesmo assim, carrego a esperança de um novo começo, uma nova vida.De inicio, ficarem os alojadas na casa de Talal, primo de meu marido.
Passaram-se duas semanas que estávamos no Brasil. A nossa adaptação está sendo melhor do que imaginava. Sinto alívio.
Alivio de poder andar pelas ruas sem medo, de dormir tranquila, sabendo que minhas filhas estão em segurança.
Aliguei uma casa de uma senhora muito simpática (Carmem), que também é minha vizinha. Ela mora com sua Márcia e a neta Fernanda.
Porcurei uma organização de ajuda a refugiados sírios e começamos a ter aula diariamente de português, é uma língua difícil de aprender. Estamos conseguindo.
Três meses depois...
Já falamos e entendemos o português razoavelmente, o que tem nos facilitado bastante. Minha preocupação agora é conseguir um emprego e escola para as minhas filhas, pois o fim do ano está próximo e as minhas economias estão chegando ao fim.
XXX
Estava na cozinha, quando a campainha toca. Fui atender.
-Bom dia, Rana!
- Bom dia Márcia! Entra. - levei-a em direção ao sofá, onde ela sentou.
Sentei na poltrona em frente.
- Rana, Fernanda estava conversando comigo e me disse que você está procurando emprego e escola para as meninas. Bom, acho que posso lhe ajudar com isto.
- Márcia, fico aliviada , pois já estava aflita.
Márcia riu e disse - Em relação aos estudos já está tudo certo, conversei com a diretora da minha escola, ela vai dar bolsa de estudos para Yasmin e Amira.
Ao ouvir esta noticia meus olhos se enchem de água, fiquei emocionada, pois minhas filhas estudariam em uma excelente escola, a qual eu não teria condições de pagar as mensalidades. Não por agora.
- Rana, tem outra coisa, uma amiga minha trabalha em uma conhecida firma de arquitetura e construção aqui de São Paulo. Estão precisando de uma assistente na área de projetos, não gostaria de tentar?
-Márcia , gostaria sim. Na atual conjuntura, não posso ficar tentando algo só como arquiteta e além do mais , vou estar, se conseguir a vaga, trabalhando no universo que tanto gosto.
- Vou marcar a entrevista pra você. Depois lhe informo tudo direitinho.
-Não sei como agradecer tudo que está fazendo por nós!
- Não precisa agradecer. Só refaça sua vida e das garotas e sejam felizes.
Fim do capítulo
Ninguém perde por dar amor
Perde é quem não sabe Receber.
Comentar este capítulo:
rhina
Em: 21/08/2016
Olá.
Elas estão tendo ajuda para recomeçar.
Ainda existe pessoas dispostas a ajudar de coração.
As meninas conseguiram bolsa de estudo.... isso é ótimo.
E Rana uma entrevista de emprego.
Até.
Rhina.
Resposta do autor:
Oi, Linda,
Pois é....temos que mostrar que existem pessoas boas e que estão dispostas a ajudar o próximo!
bjooos
priscilapiteptk
Em: 31/01/2016
Continua! Parabéns está muito bom! :)
Resposta do autor em 01/02/2016:
Muito obrigada! vou continuar, mas só poderei postar uma vez na semana!.
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