Alice tinha pouco tempo para pensar, sabia que sua irmã poderia ser talvez a salvação do mundo, mas também poderia significar a morte de muitos. O pior é que Pablo simplesmente concordou com tudo aquilo sem mesmo se perguntar o que significava afinal.

Sabia que precisava ter essa resposta antes de entrar de cabeça nessa loucura, e sabia exatamente onde procurar. Então pegou o seu telefone e ligou para aquela pessoa pois saberia o que fazer.

-Preciso falar com você agora, está ocupada?

São Petersburgo (Capital da Rússia e lar dos Bratvas)

Íris estava indo completar sua missão, sabia que era meio suicida tinha estudado cada detalhe do acordo que Isabela, natural de Portugal, mas se naturalizou russa e mais tarde tomou o lugar do antigo líder. Íris confiava em seus instintos de luta, assim como Pablo também confiava, mesmo assim sabia que não podia confiar naquela mulher.

Íris bate na porta do quartel general dos Bratvas e é pedido para que entre afinal Isabela estava esperando no “palco principal”

Ela ao entrar reconheceu aquela mulher, Iris procurava uma mulher, queria vingança pela morte de sua família, não sabia se era uma brincadeira do destino, mas iria aproveitar aquela chance para humilhar a pessoa que um dia trouxe sofrimento a ela.

- Ora, ora. Então quer dizer que Pablo estava muito ocupado e me mandou a segunda em comando da KGB, estou muito triste com ele.

- Não me subestime Isabela, posso derrotar todos vocês sem ao menos usar nenhuma arma, afinal estudei cada um de seus subordinados, e sei os pontos fortes e fracos de todos, inclusive o seu.

- Como prometido no acordo Iris, você teria que derrotar minha vice capitã, para então poder lutar contra min. Acha que é capaz de conseguir tal feito?

- Como eu acabei de te dizer Isabela venceria todos vocês de olhos fechados.

A mulher que Iris pensou ser Isabela chega a seu lado e sussurra em seu ouvido:

-Nunca me subestime se cheguei em segunda no comando daqui é porque eu sempre fui bom no que faço. Afinal sua família está morta porque me subestimaram. Por favor, me chame de Caçadora.

Íris só queria vingança, rapidamente ataca a mulher a seu lado, que sem muitas dificuldades consegue desviar dos ataques da subordinada de lado.

- Sabe porque me chamam assim? Por causa das minhas habilidades...

- Sim, como eu já disse, estudei o ponto forte e fraco de todos daqui, então sei também, que você é uma sobre-humana, que se auto intitula caçadora, pela sua mira perfeita, onde você acerta o que e aonde quiser. Foi por isso que você está sentada ao lado de Isabela, pois sua missão sempre foi dada como concluída perfeitamente. Você me lembra um vilão ou anti-herói do grupo dos thunderbolts, que tem a mesma habilidade que a sua. Ele se chama Mercenário. Mas se Isabela soubesse o que eu descobri sobre você, com certeza Katia, você estaria sendo torturada, e depois morta.

- Isto é só conversa, se você tivesse algo sobre min, já estaria me chantageando, ou teria contado a líder sobre isso.

As duas lutavam uma de frente para a outra tendo essa conversa sussurrada, afinal Iris entendia o porquê Pablo tinha mandado ela ali, não só pelas suas habilidades de luta, mas também pelo modo persuasão.

- Você acha que eu trabalho para quem caçadora. Para pessoa a quem você entrega as informações de sua própria família, lógico que eu saberia disso. Então vou te dar um minuto, ou você me deixa ganhar ou Isabela te mata aqui mesmo.

Katia sabia que aquilo era verdade, ninguém entra numa batalha e chantageia a outra daquele jeito sem ter provas do que estava falando. Imediatamente baixou a guarda o que Iris de forma violenta atacou lembrando do horror que sofreu quando viu toda sua família morta no chão.

Katia de início se surpreendeu com o que Iris estava fazendo, tentou se defender, mas já era tarde demais, seu corpo todo estava pesado e sentiu que ia cair no chão, quando sentiu o que tinha de pior na sua situação uma parede nas suas costas, não deixando escapatória, a não ser esperar alguém salva-la ou deixa-la morrer.

Íris que para pois sabia que ia matá-la, mas só de olhar para aquele rosto lembra daquele fatídico dia. Foi quando ela sentia uma mão segurando seu braço, e separando as duas.

Lá estava a líder de todos os que estavam lá, segurando Iris estava Isabela a líder da máfia.

- O que aconteceu com Katia? Nunca tinha visto ela perder tão facilmente numa batalha contra uma pessoa. Meus parabéns Iris você quase mata minha subordinada.

- Que pena que ficou só no quase afinal, ela merecia morrer pelo que fez a minha família. Sobrou você, Isabela. Está pronta para a luta?

- Pablo e Katarina sabem que tem uma subordinada com instintos assassinos iguais a você? Eu adoraria te ter como aluna, e te transformar na máquina que você foi contra Katia. Vamos fazer um acordo, se eu ganhar você entra para nossa família, mas se você ganhar, nós nos juntaremos a Pablo. Trato feito?

- Você não está seguindo o contrato acordado anteriormente.

- Vamos lá, você não disse que me derrotaria? Então vamos?

Iris concordou com a cabeça, e começou a luta, quem assistia a luta, não conseguia entender o que estava acontecendo.

Nenhuma das duas acertavam, seus golpes eram defendidos, era uma batalha onde quem errasse já estava perdida e nenhuma das duas queria aquilo.

Íris abaixou a guarda, já era hora de usar sua carta na manga, tirou sua blusa e uns equipamentos de que ela usa, ficou mais rápida, assim fazendo com que Isabela não conseguisse defender e atacar ao mesmo tempo, encurralando a líder dos Bratvas na parede.

Isabela sabia que tinha perdido a luta, não tinha mais movimento a fazer, Iris tinha acabado com o seu rei (xadrez) em um movimento inteligente. Agora Pablo estaria orgulhoso daquela luta que as duas tiveram.

Esconderijo de Diego

- Ele já está chegando Diego, deixarei vocês dois lutarem em paz, cadê Icaro? Você disse que eu poderia precisar, portanto ia me dar ele como garantia caso tudo desse errado.

- Icaro, preciso de você agora, quero que a todo custo, proteja essa pessoa a sua frente, mesmo que você precise morrer para isso, entendeu?

- Ok senhor, não se preocupe darei minha vida caso ela precise.

- Juizo vocês dois, não se preocupe, Hilari logo teremos tomado todo o império deste mundo.

- Tchau Diego, estamos indo agora.

Dizendo isso, Hilari se foi. Já estava chegando a hora, aquela guerra entre dois antigos e ex amigos, tem que terminar e terminar agora. Foi com estes pensamentos que ouviu a porta principal sendo arrombada e tiro para todos os lados.

Continua...

Fim do capítulo