Interligadas por millah
CapÃtulo 48--Um mar de emoções.
Abrindo seus olhos azuis e já deparando com o teto envidraçado e toda aquela profundidade do mar sobre sua cabeça, Xena espantou-se por acordar sobre uma cama macia ao lado de Gabrielle.
Uma bela vista ao acordar diria Xena mas não quando tudo que lembrava antes de apagar fosse ver seu barco afundar com um soco de Poseidon.
Não demorou para Gabrielle fazer o mesmo ao acordar porem mais perdida que ela a encarou sem palavras.
De repente a entrada de Poseidon ao quarto delas as alertou principalmente Xena que avançou em sua direção.
Poseidon—finalmente acordaram..--vendo a guerreira irritada avançar rápida demais em seus passos Poseidon não teve tempo para reagir,Xena o segurou pelo pescoço e com uma força impressionante o chocou contra a vidrada da janela do quarto.
O vidro rachou com o choque mas nada que já impressionasse Poseidon.
Xena—onde esta minha filha?!!
Poseidon--..viva ainda mas fora do meu reino.
Gabrielle—o restante do nosso grupo esta aqui??
Poseidon—estão..a garota ainda dorme. os outros estão pelo palácio.agradeçam a Athena pela ajuda recebida.
Xena—é incrível como sua enteada pode ser tão interessante quando quer Poseidon.--desgostosa Xena falou.não que odiasse Athena mas a causa de toda essa confusão resumia-se a ela.
Saindo da sala de descanso Xena e Gabrielle notaram a grandeza do palácio assim como a cidade de Atlântida fora dele ao fundo.
Todo complexo era guardado por um enorme domo interligado ao palácio por tuneis de vidros,iguais ao aquários dos tempos atuais, os moradores de Atlântida tinham a possibilidade de interagir com a vida marinha da região.
Alguns metros delas no corredor Olivia já as esperava sozinha.
Gabrielle—Olivia..cade o Virgil?
Olivia—(rs) ele foi visitar a biblioteca de Atlântida. ele ficou encantado com uma sereia que conheceu.
Poseidon—tipico dos homens da superfície.(rs)
Xena—sabe que Anna vai surtar quando acordar não é Olivia.
Olivia—tem uma coisa que quero contar a vocês..ele vai odiar mas Anna foi mordida por Deimos.o braço dela estava horrível quando o suturei.
Poseidon—uma mordida de Deimos vai tornar os pesadelos dela tão reais quando eu e você.
Xena—droga..eu preciso saber Poseidon.onde esta minha filha??
Athena—ela esta a salvo fique tranquila mas tem algo todos precisam saber.
*****
Eve acordara na praia,sendo banhada pelas ondas que batiam em suas costas.
Seu corpo estava fraco,mal conseguia erguer-se quando sentiu sua cabeça arder e latejar quando novamente apagou.
Com passos calmos Ares observou a jovem caída e de repente ela agarrara sua bota.
Ares—que má sorte hein..
Eve/Zeus—Poseidon me paga!
****
Xena—então minha filha esta possuída por Zeus??como podemos tirar-lo do corpo dela??
Athena—ele precisa sair sozinho do corpo dela.é isso ou..matar-la usando a exorcista.fazendo isto os dois morrerão.
Xena—fico com a primeira opção e faremos isto sozinhas.
Athena—devo lembrar-la que a exorcista me pertence.não funcionará com você sabe disto!
Xena—não pense que vou deixar você dividir minha filha ao meio para você ganhar o trono de seu pai.
Poseidon—cuidado com suas palavras guerreira.minha sobrinha esta pagando a divida de todos nós esforçando-se para manter seu grupinho a salvo de Zeus..
Gabrielle—que tal nos acalmarmos e nos focar em Anna?.se ela surtar aqui dentro pode fazer um estrago catastrófico ao seu reino.
Poseidon—do que esta falando?!
Athena—a garota é uma surtada!
Gabrielle—problemática eu diria.
Poseidon—bem..no que podermos ajudar..ajudaremos.
***
Despertando em uma das salas de descanso do palácio com seu braço dolorido Anna ergueu-se da cama e por mais estranho que parecesse seu ferimento estava coçando e cada vez que esfregava suas unhas sobre ele,Anna avistou uma boa quantidade de insetos abrindo a sutura.
Uma visão apavorante e um sentimento inquietante com aquelas patinhas arranhando sua pele.
Seu desespero atraiu um olhar de fora e a assistindo do outro lado da vidraça de seu quarto uma sereia curiosa pode concluir que a jovem dentro do quarto estava tendo um ataque de loucura,já que o braço que segurava tinha apenas um ferimento costurado.
De repente a jovem em sua loucura começou arrancar a sutura do seu braço,um por um ela abria o ferimento arrancando-lhe a linha que prendia sua carne.
Para Anna apenas um jeito de se livrar de todos os insetos que ainda escondiam-se debaixo de sua pele.
A bela sereia não aguentou e deu três toques no vidro chamando a atenção da jovem.
--por favor pare com isto!esta machucando a si mesma por nada..--disse a sereia preocupada e Anna pasma a fitou.
Anna—que tipo de aquário é esse??..que tipo de lugar eu estou??--confusa Anna se aproximou do vidro e ao admirar a beleza daquela criatura viu seu rosto mudar numa fração de segundos para algo aterrorizante que muito lembrava aqueles peixes do abismo.
Sua pele dourada se tornou oleosa e gosmenta seus cabelos alga marinha e sua bela boca ganharam dentes afiados iguais aos de tubarões.
--bem vinda ao mar Anna!!!--disse ela começando a esmurrar o vidro.
Ouvindo os gritos de pavor da jovem dentro do quarto Xena,Gabrielle e Olivia abriram as portas do quarto e apenas viram Anna correr para fora dele sendo segurada por Xena em total panico.
Xena—Anna o que houve?!!--tentando controlar-la em seus braços Xena segurava firme Anna com um agarrão em sua cintura mas ela,apavorada com o nada no quarto além da bela sereia as observar do lado de fora do palácio a se afastar com os demais olhares sobre ela.
Gabrielle—tudo bem Anna.era só uma sereia.estamos em Atlântida.
Anna—só uma sereia?!!aquela coisa tinha dentes enormes!!estava quebrando o vidro a socos!!--disse ela apavorada mas o vidro sequer estava sujo muito menos quebrado.
Olivia—o que você fez com seu braço?!?eu costurei e você..
Anna—Olivia!!--soltando-se das mãos de Xena Anna assustara Olivia com sua subita aproximação.parecia enlouquecida.
--eles estão dentro de mim.meu braço esta cheio deles!!
Xena—do que ela ta falando??
Olivia—eu não sei.--olhando assustada para Xena Olivia respondeu.
--Anna,não tem nada dentro de você ok.--acalmando a jovem Olivia a viu respirar fundo e controlar-se.
Gabrielle—Anna você foi mordida por Deimos não foi?talvez seja esta a causa do que viu dentro do quarto e no seu braço.Deimos é o deus do panico.você esta sendo influenciada pelos seus medos por isso tente controlar-se aqui.
Anna—estamos dentro da agua não é?..vai ser meio complicado.
Gabrielle—(rs) sei que consegue.
Anna--...cade a Eve??
Xena—fora de Atlântida.
Anna—sorte dela.
Xena—não quando Zeus esta dentro dela.vamos encontrar Virgil e sair daqui.
Caminhando pelos tuneis Anna observava o quão profundo estavam e o quanto demoraria para se chegar a superfície.
Dos peixes que circulavam pelos recifes próximos apenas seus vultos era o que seus olhos alcançavam.
Todo seu corpo estremeceu e uma cor branca tomou conta de seu rosto.
Anna—Olivia estamos no fundo do mar..--sem ar quase asmática Anna falou.
Olivia—eu sei..tente não olhar.
Seguindo para a biblioteca o grupo encontrou Virgil de sorrisos com uma jovem sereia que se divertia com ele do lado de fora das vidraças do prédio.
Antes que Anna a visse Gabrielle a virou de costas evitando mais um surto da jovem enquanto elas se aproximavam de Virgil.
Virgil—ah vocês estão ai.olhem só o que eu encontrei com a ajuda de blue.
Xena—blue??--levando seu olhar a sereia Xena ergueu uma das sobrancelhas.
Virgil—tem centenas de pergaminhos aqui que falam sobre ferimentos causados por deuses e rituais antigos.é muito interessante!
Gabrielle—deve ter um falando sobre venenos alucinógenos.
Virgil—possivelmente.
Não resistindo ficar de costas Anna virou-se e logo deparou-se com outra sereia desta vez arranhando e esmurrando o vidro ferozmente. ela com sua força rachava a vidraça sendo possível a agua infiltrar-se no piso da biblioteca.
Anna respirou fundo mas o medo já havia se instalado.ela desvirou seu olhar mas cada batida que ouvia era insuportável de se presenciar.
Nada podia fazer alem de correr.
Xena—ok, você dois encontrem um jeito de trazer Anna de volta dessas alucinações enquanto isso Olivia,Anna e eu...para onde ela foi??--não encontrando mais Anna na sala Xena e Olivia saíram a sua busca.
***
Não importava para onde olhava Anna sentia-se como uma esquizofrênica evitando a todos principalmente aquelas paredes de vidro sendo a única coisa que mantinha toda aquela agua do mar fora daquele complexo.
Não entendia porque tanto panico mas enquanto não se livrasse daquela mordida teria que controlar-se o máximo que podia mesmo com esses surtos que tinha.
Anna—nada disso existe Anna...nada.--falando para si Anna respirou fundo e em meio a sua voz ouvira outra bem conhecida a lhe acalmar.
--você esta horrivel Anna..não deveria ter enfrentado Deimos.--disse a voz calma acalmando sua alma perturbada.era Calli mas não importasse para que lado olhasse naquele tunel não a avistara e muito menos viu seu rosto na multidão que ia e vinha.
Anna—onde você esta quando mais preciso??
Calli—Gabriel me proibiu de ajudar-las.sem falar que conseguir um perdão do conselho pela segunda vez é algo impossível para mim.estou me limitando a vigiar-las daqui do alto esperando que tudo saia como esperado.
Anna—eu estou com tanto medo..este lugar me sufoca.
Calli--não é porque um pássaro não entra na agua que ele deva temer-la Anna.
Colocando sua mão sobre o vidro Anna sentia este a tremer e assim que o retirou seu surto se iniciava novamente.
o viu rachar completamente partindo do ponto de onde tocara e neste momento era o mais aflito para sua alma infectada por Deimos.
Se pudesse seu coração pularia da boca se não fosse pelos seus pés inquietos que temendo ficar ali a incentivaram a correr afastando-se do palácio e adentrando a cidade de Atlântida.
Estava indo bem fugindo daquelas malditas rachaduras quando esbarrou em alguem e para sua sorte era Olivia.
Seu choque foi o suficiente para derrubar-las ao chão e Anna encontrou um alivio nos azuis preocupados.
O coração dela como sempre ia a mil ao ver-los porem não tinha tempo para sua paixonite por ela.
Anna—pára!tira esses olhos azuis daqui..--saindo de cima de Olivia Anna a ajudou se levantar mas evitou olhar para aquele par de diamantes.
Olivia—ainda bem que te encontrei.Virgil e Gabrielle estão buscando uma cura para essa sua loucura momentânea mas se continuar fugindo deste jeito só vai piorar as coisas!--percebendo Anna distraída com o domo que no alto cobria toda cidade Olivia colocou-se a frente dela ganhando sua atenção novamente.
--eu to falando com você!!
Anna—eu tenho que sair daqui.sinto que este lugar possa explodir em milhares de cacos de vidro a qualquer hora!
Olivia—ate agora não vi nenhuma saída deste lugar..sem falar que estamos a centenas de metros abaixo da agua em uma profundidade da qual acho que o corpo de um humano não resistiria a pressão.
Anna—quer calar a boca!--inquieta com o que dizia Olivia Anna retrucou.
Olivia—ah foi mal.
***
Avistando Xena adentrar novamente na biblioteca Gabrielle não pode deixar de notar que entrara sozinha e um semblante indignado refletia o resultado de sua busca.
Gabrielle—e??
Xena—nada..procurei ela pelo palácio inteiro!tomara que Olivia tenha a encontrado.--respondeu Xena a sentar-se em um dos bancos dos grandes mesões de leitura.
Era incrível como a monotonia não combinava com ela mas ver Gabrielle tão concentrada em sua leitura como a tempos não via a fez esquecer Eve por um momento e feito de seu coração pulsar na garganta como se fosse a primeira vez que sentira esse sentimento tão forte que era amar-la.
Porem odiava ser pega por aqueles olhos verdes em seu momento de contemplação.
Tudo que pode fazer quanto a isso fora soltar um sorriso tímido.
No fim suas atenções foram voltadas as portas da biblioteca e a entrada de Poseidon,Athena e Afrodite.
Um trio de deuses para estragar o seu belo momento.
Embora Gabrielle estivesse ocupada Afrodite não deixou isto impedir-la de agarrar-la em um abraço apertado.
Afrodite—eu fiz o máximo para não surtar lá encima e proteger você meu amor!
Gabrielle—(rs) agradeço pela preocupação Afrodite e pela valiosa ajuda.
Afrodite—não foi nada...oi gostoso.--Afrodite rapidamente moveu sua atenção a Virgil.
Virgil—o-oi.(rs)
Poseidon—vim convidar o grupo de vocês para um banquete.um meio de pedir desculpas pelo meu singelo soco.
Xena—quase nos matou!
Poseidon—mas não matei.(rs) sei que vão gostar.
Com a ida de Poseidon Athena ficou.
Xena não gostava do olhar que ela lançava.tão critico e da mesma forma intimidador pareciam querer lhe dizer alguma coisa.
Xena—algum problema Athena ou só gostou de algo em mim??
Athena—(rs) não seja convencida.só quero dizer que tenho observado sua filha ou o que sobrou da mente manipulada dela pelo meu pai e digo..a exorcista fará seu trabalho muito bem em minhas mãos.
Xena—deve estar desesperada mesmo pelo trono de seu pai.(rs) me pergunto porquê.no final..não existirá mais deuses para comandar.
Gabrielle—vocês duas querem fazer o favor de parar!o único deus que irá cair será Zeus.
Xena—e não se esqueça de Ares.ele não saiu da minha lista.
Gabrielle—é e ele também.mas por enquanto ficamos com a missão de encontrar o antidoto para Anna.
Afrodite—para Anna??o que aconteceu com a mini Xena??
Gabrielle—seu filho Deimos a mordeu e agora ela anda tendo alucinações.não importa para onde ela olhe ela se assusta com o nada!
Afrodite—(rs) esqueça esses pergaminhos eu sei como curar-la.
Gabrielle—sabe??
Afrodite—claro.
****
Levando Anna a uma especie de praia artificial aos arredores da cidade de Atlântida,Xena Gabrielle Olivia Virgil e o trio de deuses assistiam a garota caminhar lentamente adentrando na agua ate seus joelhos se molharem.todos permaneciam apreensivos se ela realmente seguiria com o plano e seus corações tomaram um susto ao ver-la vira-se a eles novamente.
Anna—por que eu tenho que fazer isso??
Xena—eu sabia que ela não ia.
Anna—eu não sei nadar e essa coisa no meu braço vai me fazer surtar lá fora!
Poseidon—ela não sabe nadar??!!(rs) esse é o seu medo??!!--caindo no riso Poseidon desacreditou do que ouvira.
--devíamos ter-la trazido aqui antes!!
Afrodite—se quiser se livrar disto ae vai sim querida.Deimos como deus do panico tem um poder bem especifico mas como sua mãe sei bem como ele injeta isso nas pessoas. porem,diferente de qualquer magia ele te mordeu,devia tá desesperado então esse veneno esta acumulado no seu braço.confronte o seu medo trazendo-me um olho de lula colossal.
Xena—para o que Afrodite precisa disto?
Afrodite—apenas traga Anna.
Athena—você enlouqueceu se acha que ela neste estado vai matar um animal como este!
Poseidon—Athena tem razão.estamos no mais profundo mar da Grécia,Anna estará morta em segundos lá fora.
Anna—que ótimo!foi bom tentar pessoal.
Afrodite—tão engraçadinha.assim como no mundo mortal certos tipos de venenos usam suas próprias toxinas como meios de antidotos.estou certa doutora Olivia?
Olivia--..ela esta.
Virgil—mas como ela pode fazer isto se não sabe nadar??
Afrodite—bem..
Xena—eu vou com ela.
Olivia—isto é loucura.a pressão da agua vai esmagar-las!!
Poseidon—nada que um beijo de sereia não resolva.dará ar aos pulmões delas o suficiente para sua busca.
Xena—vai ser uma pescaria e tanto.
Com um passe de magica Afrodite trocara suas roupas por algumas de banho.apropriadas para o mergulho que dariam.
Trocando olhares ciumentos Gabrielle e Olivia observavam duas sereias surgirem na agua uma era blue que muito receosa se aproximou de Xena que já descalças caminhavam a adentrar na agua.
Xena carregava em suas costas a exorcista embainhada e Anna apenas uma faca e estava surtando de medo com aquela sereia dirigindo-se a ela.
Era a ruiva com quem conversara ao acordar e aos olhos de Olivia estava sorridente demais ao ver Anna tão nervosa a sua frente.
Puxando as duas calmamente para o interior daquela piscina as duas sereias as receberam no fundo com um beijo impossibilitando Olivia e Gabrielle na beira de não ver e apenas o suspense e a insuportável missão de imaginar o tal beijo.
O que era angustiante para Anna em beijar algo tão feio em sua cabeça para Xena a guerreira não conseguia descrever o gosto tão prazeroso que era a boca de uma sereia.
Passaram-se segundos e com seus corpos imoveis e olhos bem fechados tudo que Anna e Xena entendiam é que estavam afundando ate o momento que criaram coragem e abriram seus olhos desgrudando suas bocas das duas sereias e iniciando um doloroso processo de adaptação na agua pelo seus corpos.
Gabrielle—como elas irão passar tanto tempo lá embaixo sem respirar??
Poseidon—a saliva de uma sereia consegue criar uma camada forte o suficiente para absorver apenas o ar da agua pelo seu beijo.elas são capazes de transformar os pulmões de um humano comum adaptáveis a agua.
Virgil—pra que isso exatamente??
Poseidon—ora meu jovem,sereias gostam de comer suas presas bem frescas no café da manha.
Sentiam-se sufocadas como se algo agora bloqueasse sua garganta mas com o fim desta dor perceberam que era algo alem do que podiam entender.estavam respirando dentro da agua.
--devem ser rápidas. o efeito não durará por muito tempo.--disse Blue seguindo por uma fenda da qual saia do domo que envolvia a cidade.já a outra fitava Anna tão fixo que forçara Anna esconder-se atrás de Xena como uma criança assustada.
--(rs) eu levo vocês ate o gigante colossal.apenas...me sigam.—avançando rapidamente pela fenda a sereia guiou nossa dupla ate a arena rosa que constituía em um habitat de aguas-vivas e não importasse para onde olhavam o caminho a frente delas estava fechado.
Xena não precisou pedir Anna agarrou-se nas costas dela e ela admitia que era melhor assim.
--o monstro que procuram vive em uma caverna no centro deste exercito de aguas-vivas.tomem cuidado.--disse a jovem sereia a elas desejando sorte e pelo visto não partiria depois dali.
Enfrentariam um exercito de aguas-vivas e Anna estava mais preocupada com o sol a brilhar a centenas de metros sobre sua cabeça.
com uma chamada de Xena,um simples puxão no seu cabelo ela trouxera a atenção da jovem novamente a missão e pedira foco em um momento difícil como aquele.
Para sorte delas as aguas vivas permaneciam imoveis em seus lugares o perigo real era seus longos tentáculos eletrificados.
Desviar com cuidado não era uma tarefa fácil ainda mais nadar com Anna em suas costas completamente paralisada de medo porem logo o centro daquele exercito elas encontraram e ali a agua estava livre de aguas-vivas ou talvez somente um território hostil para elas já que a caverna do monstro estava bem embaixo dos pés da princesa guerreira.
Deixando seus corpos afundarem Anna e Xena pousaram seus pés a areia macia do fundo do oceano.
Estava convicta que lutaria com o tal monstro sozinha e deixaria Anna ali porem mesmo a tremer de medo Anna queria ajudar-la.
Xena a forçou sentar-se na areia e permanecer para ódio de Anna.
Xena pensava ´´que garota teimosa!mesmo a temer o mar queria se arriscar a enfrentar um monstro que pelo seus olhos poderia ser pior engrandecido pelo seu coração infectado de puro medo.``reclamava apenas para si mas ate que gostava desse jeito durona dela ser.
Desembainhando a espada exorcista da suas costas Xena nadou ate a entrada escura daquela caverna.
Não conseguia ver absolutamente nada dentro daquele obscuro lugar e nem se atreveria entrar.
Ao virar seu olhar a Anna sentada logo alguns metros dela Xena apenas viu o semblante assustado de Anna a erguer-se,voltou seu olhar a caverna deparando-se com os enormes tentaculos vermelhos a envolver-la.
Anna vendo o ataque quis ajudar-la mas nem ao menos sabia como chegaria ate ela.
Já Xena tinha pernas e braços presos por aqueles tentáculos.era uma maldita lula vermelha de quatorze metros um animal que não só causava repulsa em Anna mas tinha terror por aquela criatura.
Dominada pelo medo ela apenas assistia paralisada Xena lutar e mover sua espada lentamente contra a fera.
Seus tentáculos estranhamente rasgavam sua pele já que no lugar de ventosas este tinha afiados ganchos mas nada que sua espada não amputasse.
O sangue de Xena começava a cobrir-los e sem pensar duas vezes Anna não ficou mais somente a assistir.
Conseguindo chegar a caverna da tal criatura Anna subiu ate o topo de suas enormes pedras.
Dali o confronto de Xena e a lula colossal era mais intensa.a guerreira por sua vez já se via cansada e os fortes tentáculos que sobrava se tornaram um grande empecilho para o fim daquele monstro.
Com sua faca em mãos Anna só tinha um trabalho a fazer.ela tremia o monstro era mais inquietante do que o mar para ela mas com um impulso nas rochas ela chegou a lula colossal com um pulo perfurando um de seus olhos e com a dor que causara na criatura a viu soltar Xena e fugir sem antes deixar como presente e lembrança seu olho cravado na faca da jovem.
Ela afundou encontrando ao fundo Xena deitada na areia.
****
Gabrielle—eu odeio quando isso acontece...
escutando o emergir de corpos na agua Gabrielle correu para ajudar Xena e Anna.
Sua guerreira tinha arranhões por todo o corpo e tremia de frio a se engasgar com algo em sua garganta.
Anna por outro lado não esperou ver Olivia ali mas ela estava e mesmo sem forças ao chão Anna erguera e caminhou em sua direção.
Olivia—você esta bem??se machucou??se feriu??!
Anna—eu to bem!
Olivia—esta tremendo!!
Anna--..não é frio.
Olivia—medo?meu deus...--movendo seu olhar para algo grudado na lamina da faca de Anna,Olivia deparou-se com um olho grande suficiente para caber totalmente dentro de um prato.
--que porcaria é essa?!você enfrentou o monstro??
Anna—é..eu quase surtei lá.
Olivia—como sobreviveram tanto tempo dentro da agua??
Anna—acho que era catarro de sereia naquele beijo...horrível!!!como pude beijar algo tão...--tendo seu corpo repleto de ondas de arrepios do asco que sentiu novamente ao lembrar daquela boca horrorosa para sua mente Anna chacoalhava-se.
Xena—como sempre Anna me ajudando...(rs) acho que estou velha demais para isto Gabrielle.
Gabrielle—que nada!apenas a ensinou bem.quantas vezes terei que dizer isto?
Poseidon—bravo!(rs) ainda estão vivas!!--estendendo a mão a Xena Poseidon com um puxão a erguera sem se importar com a cara de dor que ela fizera com o brusco movimento.
Afrodite—conseguiu o que pedi Anna??
Anna—pega logo essa coisa e me cura!
Afrodite—(rs) ah isso vai ser ótimo para minha pele.toda essa tensão acabou com ela.--com um estalo de dedos da deusa do amor o olho de lula sumiu da lamina de Anna e aparecera em suas mãos mas suas palavras animadas encheram Anna de raiva.
Xena—como é que é??
Anna—você disse que matar uma coisa daquelas me ajudaria com essa porcaria de mordida!
Afrodite—opa..eu não disse isso.eu disse que te ajudaria a se aliviar do medo que estava sentindo do mar confrontando-o.
Anna—quer saber Afrodite.você entrou para minha lista de morte aos deuses!!eu vou te matar!!--tentando avançar Anna foi segurada por Olivia que quase não a continha,graças a raiva que ela sentia pela deusa.
Xena—pelo amor de deus Afrodite você realmente não escolhe as melhores horas para pedir nossa ajuda com seus produtoszinhos de beleza exóticos.
Afrodite—olha eu precisava disto pra me acalmar tá!!seria melhor se tivesse trazido a lula toda mas..
Anna—acho bom saber mesmo me curar Afrodite por que se não.
Afrodite—ta ta você vai arrancar a minha cabeça.(rs) fica calma eu so queria uma recompensa e ganhei!não me julguem.
****
No grande comedor,um salão unicamente para festas dignas do rei de Poseidon uma mesa recheada de pratos da culinária marítima era o que esperavam.
Não era algo que Anna apreciasse e depois do confronto que tivera junto a Xena não queria ver peixe tão cedo.
Mas bem diferente dela a princesa guerreira com seus arranhões em seus braços e pernas tratados devorava alguns dos maravilhosos peixes junto a barda e Poseidon.
Athena via seus modos e comparava-os como os selvagens viventes das cavernas.
onde estava a educação daquele seu tio e daquela guerreira??
para Anna a refeição fora diferente.um copo de leite.
Afrodite—beba.o veneno de Deimos perderá o efeito em seu corpo logo depois.
Anna—legal.--Anna pegou o copo e bebeu e a cada gole a mordida de Deimos se ia, limpando seu braço da ferida mas algo estava errado para Anna.
--Afrodite...que tipo de leite é esse??se parece com leite de vaca mas eu não vi nenhum animal conhecido em Atlântida.
Com a pergunta Afrodite riu e se aproximou da cadeira de Anna,perto o suficiente para fazer-la prestar atenção a cada palavra que sairia de sua boca grudada ao ouvido dela.
Afrodite—ah..é porque ele é meu.(rs)apenas o leite materno para destruir um pesadelo de uma noite ruim.--sorridente ela ficou e Anna e ao seu ultimo gole Anna cuspiu em um jato todo liquido de sua boca atraindo a atenção de todas a elas.
Anna—esse com certeza é o pior dia da minha vida!!!
abrindo sorrisos e despertando risadas animadas todos não resistiram nem mesmo Anna.eram tempos difíceis mas não deveriam deixar de sorrir por causa da tormenta que afetara suas vidas.
Fim do capítulo
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