CapÃtulo 9
- Amoreco estou tão cansado – Samuel falou assim que entrou na casa junto de Alexia.
- Vai piorar – Falou serio – Senta aí que eu descobri uma coisa hoje.
Tereza chegou em casa, encontrou o amigo vendo tv.
- Eita que a preguiça mandou lembrança – Disse sentando ao seu lado.
- Nada baby, hoje foi triste, muito trabalho – Disse cansado – E a senhorita foi pra onde?
- Praia pensar na vida, nas besteiras que to fazendo – Disse sincera.
- Amiga hoje ela veio falar comigo e pelo jeito está mais perdida que você – Soltou sem querer – Ops, falei demais – Tampou a boca.
-Falou demais nada – Cutucou ele – Pode ir falando senhor gay.
Conversaram até tarde e foram dormir logo depois.
***
Manhã na DP
Todos já estavam em suas salas, às mulheres ainda não haviam se visto. Carolina em sua sala estava mais impaciente do que o normal.
- Se der algo errado estamos lascados – Carolina falava nervosa.
- Ninguém vai descobrir nada – Tentou acalmar a outra, voz de homem – Te encontro no galpão, estou quase chegando na cidade – Desligaram.
Na sala de Alexia e Samuel, o amigo tentava convencer a outra ir falar de uma vez com Tereza.
- Você já ouviu falar em uma palavrinha chamada medo – Disse nervosa – M-E-D-O – Soletrou pra ele.
- Deixe de ser frouxa, o mínimo que vai escutar é um não.
- Nossa como é delicado – Revirou os olhos – Não tá ajudando se quer saber – Debochou.
- Ah Alexia, assim complica baby – Foi em direção a porta. – Vou tomar um cafezinho daqueles lá na barraquinha do seu João. – Saiu deixando a amiga pensativa.
Tereza estava revisando alguns papeis, Gabriel tinha saído pra tomar café.
- Quer saber – Jogou os papeis na mesa – Vou é escutar musica que é melhor – Pegou seus fones.
- Olha que minha manhã melhorou mil vezes agora – Samuel falou galante, ele e Gabriel se encontraram na frente da barraquinha.
- Nem vem que não tem – Gabriel desdenhava.
- Bate, pisa, eu gosto – Piscou pra ele.
Ficaram tomando café, conversaram animadamente, mas sempre com xavecos da parte de Samuel.
- ‘’Esse turu, turu, turu, aqui dentro. Que faz turu,turu quando você passa’’ – Tereza estava cantarolando de olhos fechados, nem percebeu quando Alexia bateu na porta e abriu. Alexia sorria vendo aquela imagem, e ria da música que a outra cantava. Tereza teve um susto quando abriu os olhos e deu de cara com a parceira, retirou os fones apressada.
- Posso? – Alexia falou apontando para uma cadeira.
- Claro.
- Tenho duas coisas pra te falar, a primeira é sobre a gente – Falou de uma vez – Não sei o que acontece, quero te pedir desculpas pelo jeito que falei, e chamar você pra sair – Ficou vermelha – Pronto falei. – Tereza ficou pasma, o coração acelerou, ficou feliz.
- Um real pra poder sair comigo – Arqueou a sobrancelha e quando viu a cara que Alexia fez, começou a rir – É o que mais quero, princesinha foi mais rápida que eu. – Deu seu sorriso mais lindo pra outra. – Passo na sua casa, agora deixa o endereço porque não tenho bola de cristal – Piscou pra Alexia.
- Você não tem jeito mesmo – Riu (Acho que por isso te amo, epa amo? – Alexia pensava).
- E qual era a outra coisa? – Tereza perguntou tirando a outra dos pensamentos.
Alexia levantou e se aproximou da outra. – Olha isso – Lhe entregou um pendrive.
- Como está cheirosa – Tereza não conseguiu se controlar, aspirava o perfume gostoso da outra. Alexia apenas riu, sentou em seu colo – Quer me matar diga – Cheirou seu pescoço.
- Vamos com calma – Sorriu – Agora quero que veja os arquivos nesse pendrive. Tereza aproveitava a presença da outra sentada em seu colo e ao mesmo tempo analisava os arquivos, depois de um bom tempo.
- Não pode ser – Disse surpresa e chocada.
- Não pode, mas é – Alexia disse preocupada.
- Depois dessa o que acha de sairmos também com os garotos? – Tereza disse.
- Mas depois só nós duas? – Disse sapeca.
- Dá beijo? – Tereza pedia com cara de criança pidona. Alexia segurou em seu rosto e deu um selinho, saiu correndo do colo da outra que já estava pronta pra intensificar o beijo. Já na porta Alexia olhou pra ela que sorria.
- Tão fofa cantando Sandy e Junior – Riu e saiu da sala antes que Tereza jogasse algo nela.
***
Em um galpão um pouco distante da DP, Carolina se encontrava com um homem.
- Você disse que iria ficar tudo bem seu idiota – Ela estava extremamente nervosa.
- Olha como fala comigo Carol. – Ele era paciente – Vai dar tudo certo, você fez o que combinamos no inicio?
- Claro que sim Marcelo – Respirou fundo – Eu coloquei uma vocalista que encontrei no jornal local, a história dela é de desconfiar mesmo, a garota fez sucesso muito rápido, e o professor que é mais inocente que uma criança – Riu debochada – Agora tem um probleminha, eles ainda não foram na escola.
- Fique tranquila que quando eles forem vamos com uma surpresinha – Marcelo riu sínico – Agora vem me dar um beijo, estou a muito tempo sem essa boca – Marcelo pegou Carolina com gosto.
Ali, naqueles dois delegados, se encontrava também dois chefões do trafico de drogas.
***
Depois do encontro no galpão, Carolina voltou para DP, mas nem sinal dos investigadores. Já era quase noite, achou muito estranho. Resolveu ligar.
- Onde estão todos – Disse irritada.
- Calma Carolina – Gabriel atendeu – Estamos dando uma volta, resolvemos tudo cedo na DP e temos direito de descanso, hoje é sexta – Disse serio.
- Façam como achar melhor, segunda quero os quatro na minha sala bem cedo – Impaciente – Passar bem – Desligou sem deixar o outro responder. Carolina logo depois fez uma nova ligação para Marcelo, iria combinar os últimos detalhes na visita ao professor.
***
- Aff essa mulher está cada dia pior – Gabriel falou olhando para o celular com cara feia – Não sei como você teve coragem de trans*r com ela – Falou olhando pra Tereza, essa quase que engasga, estava tomando um suco. Nesse momento Alexia olhou pra ela com cara feia. Os quatro policiais estavam reunidos em um barzinho com música ao vivo.
- Ops, falei demais – Gabriel disse piscando pra Tereza.
- Se não for ajudar também não atrapalha – Tereza estava morrendo de medo da outra ir embora.
- Não precisa ficar nervosa – Alexia se aproximou e sussurrou em seu ouvido – Vou me vingar de você depois – Mordeu sua orelha de leve, Tereza se arrepiou inteira.
- Olha acho melhor vocês irem pra um motel – Samuel se pronunciou.
- Verdade queridinhas – Gabriel disse – Viemos aqui pra conversar sobre o caso ou pra diversão? – Arqueou a sobrancelha.
- Os dois gatinho – Alexia falou – Mas primeiro o trabalho é claro. – Pegou alguns papeis de sua bolsa – Olhem isso – Mostrou para os três, Tereza já tinha visto e Samuel já sabia por alto. Os três olhavam atentos. – Fomos enganados, verifiquei e o único que tem haver com o trafico é o dono da boate, nem o professor que não visitamos tem rab* preso. Os dois são inocentes, a Mel e o professor.
- Que intimidade é essa? Hein Alexia – Tereza estava olhando os papeis, mas quando Alex falou na cantora, levantou a cabeça.
- Ei ei donzelas isso não é hora pra ciúmes – Samuel interrompeu um quase desentendimento. Alexia piscou como que agradecendo o ato do amigo.
- Gente, temos que investigar melhor as coisas, tem alguém por trás de tudo isso – Alexia continuava – Olhem essas fotos – Mostrou fotos de um casal de costas junto com o dono da boate.
- Eu conheço essas costas – Samuel falou desconfiado, sabia que tinha visto as costas do homem em algum momento, só não sabia quem era... ainda.
- Não vamos falar nada pra ninguém, fica entre a gente – Olhou pra Tereza – Nem a Carolina – Tereza sentiu a ameaça. – Quando a delegada mandar irmos a escola, vamos investigar, com certeza vai ter alguém do trafico vigiando nossos passos. – Alexia era uma excelente profissional, deixou Tereza mais admirada ainda.
- Palmas pra ela minha gente – Samuel comemorou a pericia da amiga.
- Bem, agora vamos beber um pouquinho – Gabriel falou. Guardaram os papeis e pediram bebidas.
Fim do capítulo
Uma observação:
Um dia eu vi em algum lugar (Não me lembro onde), uma mulher disse friamente que quem não sabia ler não era gente. Uma senhora estava andando e não sabia onde ficava o lugar onde queria ir, parou uma moça na rua e a mulher simplesmente disse que a senhora nem deveria ter saido de casa, pois não sabia ler.
Moças, jovens, gatoras, mulheres... Quem não sabe ler é igual a mim ou a qualquer outro. Admiro essas pessoas porque na maioria das vezes foram trabalhadores, capinavam na roça, sofriam maus tratos. Mulheres do interior ou até mesmo da cidade que ficavam cuidando dos filhos.
Fico imaginando a sensação de alguém que sofre esse tipo de preconceito, muitas vezes uma pessoa não sabe ler, porém sabe matemática como ninguém (Exemplo). Claro que é sempre ótimo incentivarmos a leitura, com certeza.
Admiro muito.
Att: Camélia A.
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kikapaula
Em: 18/01/2016
concordo plenamente com vocé Camelia.quanto a historia ta ficando cada vez mais interesante carolina e marcelo emvolvido em jujera que fei dois delegado metidos no trafico mais ifelismente isto é uma realidade nos dias de hoje não generalisando é claro
Resposta do autor em 19/01/2016:
Realmente as coisas estão difíceis, mas iram melhorar :)
Obrigada bela, beijo.
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Aurora
Em: 18/01/2016
Flor faço tuas as minhas palavras.
adorei Tereza cantando Sandy e Junior vc a cada cap. vem me surpreendendo ainda mais, esta perfeito este capitulo me fez viajar parabéns
Resposta do autor em 19/01/2016:
Sandy e Junior é o poder rsrsrsrs.
Aurora minha bela, muito obrigada por ter gostado.
Cheiro rsrsrs ;)
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Sem cadastro
Em: 18/01/2016
Safada essa delegada. Usou a Tereza para tirar o foco dela. Ainda bem que Alexia está esperta.
Agora elas vão conversar e provavelmente cheguem a um entendimento quanto ao que sentem.
Ansiosa aqui!
Beijos!
Resposta do autor em 19/01/2016:
Realmente a delegada soube tramar né rsrsrsrsrs.
Matar essa ansiedade ;)
Abraço Pietra.
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