Hei girls! hahaha to na área! Desculpem o sumiço mas eu tive um bloqueio mental + - rsrs foi tenso viu! Precisei deixar a minha mente espairecer para conseguir escrever esse capítulo, gozado q fluía muito bem em outros rs Então vamos lá...
Boa leitura! :)
Capítulo 19
Esther
- Manuela, o que você sabe dessa mulher? - precisava agir rápido.
- Bom, Mia sempre foi muito discreta com a relação delas - levou-me até a sala - Mas como uma boa jornalista fiz a minha pesquisa por fora - confidenciando.
- Então?
- Ela é filha única de um fazendeiro importante do Rio Grande do Sul. - fez gestos com os dedos - A fulana é cheia da grana.
- Hmm...
- Tem doutorado em gestão empresarial, e cuida dos negócios da família.
- Gestão? - falei surpresa.
- Né, coincidência. - comentou.
- Não acredito em coincidências. - pensei - O que mais você sabe?
- Até onde eu sei, ela gerência uma estância de equinos aqui em São Paulo, e a fazenda principal no sul é para criação de gado. Mia comentou que está ajudando ela em um projeto de hotel fazenda no interior do estado.
"Se Mia está ajudando, o relacionamento delas é mais sério do que parece!" Pensei preocupada.
- Elas estão namorando? - tive receio da resposta.
- Não sei se posso dizer que é um relacionamento sério, até por que elas nunca oficializaram nada.
- Ela aceita que Mia saia com outras mulheres? - estava confusa.
- Não faz pergunta difícil Esther! - coçou a cabeça pensando - A morena só quis um relacionamento sério com você. Então acho que é algo mais carnal mesmo.
De certo modo aquilo me deu esperanças.
- Tia Manu e o nosso prêmio? - reclamou David.
- Que tal um sorvete para adoçar o dia? - convidou para animar-me.
- É tia! Vem junto! - os gêmeos disseram felizes.
Sorri para os três, aceitando o convite. "Vou tê-la de volta!" Pensei confiante.
***
Amélia
"Encarei aquele olhar que por diversas vezes transmitiam paz. Via nele todo o amor dela, e as lembranças que parecia ser além dessa vida. Tentou aproximar quando eu senti duas mãos envolvendo a minha cintura, afastando-me dela. Estiquei o meu braço para tocá-la, ela repetiu o gesto mas a cada passo que ela dava eu recuava, sendo puxada para longe. Fechei os meus olhos sentindo o hálito quente. Traição! Sussurrou em meu ouvido.
- Você disse que me amava! - esbravejei.
- Eu te amo!
- Eu sempre irei te amar. - olhou-me diferente - Nunca se esqueça.
- Jamais. O que você não está me contando?
-Noiva?? - meu coração disparou.
- Fica comigo Esther? - o meu pedido ecoou.
O meu corpo reagia diante dessas lembranças. Aos poucos abri os meus olhos, tentando focar na imagem de Elena adormecida que ficava cada vez mais distante, fechando-os novamente aspirei o cheiro dela que se misturava com o cheiro de terra molhada. A sensação de como se o tempo voltasse, em alguma outra época. Pisquei diversas vezes, a claridade ofuscava a minha vista. Ao cobrir os meus olhos notei o anel de sinete em meu dedo. Olhei rapidamente para o ambiente. Era um quarto de mobilias simples de madeira, no centro uma cama de casal bagunçada. Por um instante o reflexo na janela chamou a minha atenção. Toquei o meu rosto observando os traços fortes nele. Os cabelos negros curtos penteados para trás. As sobrancelhas grossas, e a barba bem feita. Pude reconhecer o meu olhar. Voltei a minha atenção para o interior do quarto. Vindo da claridade, um belo rapaz de expressão triste aproximou-se. Vê-lo daquele jeito fazia o meu coração doer, os meus sentimentos pareciam se fundir com o homem daquele reflexo. Vagamente o diálogo vinha em minha mente, prossegui:
"Você é noivo? - a voz áspera se misturava com a minha.
"Sim... - respirou fundo - Samuel procure entender, esse casamento foi arranjado a muito tempo.
"Gael você a ama?
"Amarei! Elizabeth merece o meu melhor. Serei um bom marido e pai! - dizia convicto.
"Você disse que me amava! - esbravejei.
"Eu te amo! - confessou.
"Então por que aceita isso? - minha mente estava confusa.
"Eles são a minha família. Precisam de mim!
"E eu não?
"Você é um conde, possuí terras e riquezas... - interrompi.
"Sabe que eu posso cuidar de vocês! - segurando pelos ombros - Diga-me a verdade! - exigi.
"Eu não posso! - havia tristeza em sua voz.
"Não... Você não quer! - pegando o sobretudo, sai.
Caminhei cobrindo os meus olhos, a claridade era ofuscante. Respirei fundo parando em um campo florido. Uma suave brisa envolveu o meu corpo. Percebi que estava de vestido branco, toquei a minha face sentindo a minha pele lisa e macia. O anel permanecia em meu dedo. Vozes ecoando pelo campo chamaram a minha atenção. Avancei até alcançar uma pequena trilha entre as árvores. A escuridão envolveu-me. O forte cheiro de bebida se fez presente. Sentia tontura, pressionei as minhas têmporas e aos poucos o ambiente começou a ganhar formato. As pesadas cortinas mantinham o quarto no breu. Arrepiei sentindo o toque de suas mãos em meu corpo. Luxúria! Dizia com a voz levemente rouca, a sua boca envolveu o meu pescoço excitando-me. Pressenciei a cena, compartilhando as mesmas emoções, e os seus pensamentos.
"Meu senhor! - gemia descontrolada.
Penetrava forte por trás tomado pela raiva. As mãos vagaram pelo corpo menor pressionando contra a parede. Puxou-lhe os cabelos devorando a boca. A jovem serva não lutava mais, entregava-se. Respirava ofegante após o gozo soltando-a, fechou a braguilha jogando-se na cama. Seu olhar era vago, mesmo tomando várias mulheres a sensação de vazio nunca preenchia. O corpo menor ousou deitar-se por cima, fazendo carinho em sua face.
"Retire-se! - voz rouca e abafada.
Envergonhada, recolheu as roupas vestindo-se rapidamente ao sair encontrou a sua senhora. Curvou-se amedrontada sendo liberada para os seus afazeres. Fechou a porta suspirando. Foi até as cortinas abrindo-as, destrancado as janelas deixando o ar renovar. Notei que o quarto era luxuoso. No alto uma tapeçaria com o brasão da família. Espadas no alto da lareira, e algumas garrafas de conhaque no chão. Voltei a minha atenção para eles.
"Até quando vai desfrutar das servas? - a jovem falou irritada - Meu irmão, a nossa mãe precisa de seus cuidados! Procuro ajudar no que posso, mas você é o dono de tudo.
Meu coração encheu de carinho diante de seu olhar carinhoso e preocupado. Prosseguiu:
"Aceite Camille como a sua esposa. Realize o desejo de nosso pai. Assim mamãe podera de juntar a ele em paz.
"Minha irmãzinha! - sorria tristemente - Sempre cuidando de mim.
"Samuel, eu te amo! Desejo o melhor para você! - sentou na cama, tocando-lhe a face com carinho.
"Eu também te amo, Margareth! - pegou-lhe a mão, beijando-a - Estevão procurou-me, pretende cortejá-la!
A jovem corou, levantando-se. Olhou para fora da janela perguntando:
"E o que você disse?
"Que iria permitir caso esse fosse o seu desejo. - apoiou-se sobre o braço, observando as suas reações.
Ajeitou os fios negros que caíam sobre os olhos azuis, respirando fundo.
"Preciso pensar a respeito.
"Pensei que gostasse dele. - sorriu maldoso.
"Ele é um homem bondoso. - comentou tímida.
"Isso é um sim? - sorrimos.
"Também é um sim para Camille? - retrucou divertida.
Uma onda de cansaço tomou conta de meu corpo, apoiei na parede fechando os meus olhos. Silêncio. As mãos que permaneciam em meu corpo subiram até o meu rosto virando-o em direção para o que parecia um espelho de corpo inteiro suspenso no ar, em meio a escuridão. Aproximei devagar. Não havia a minha imagem refletida, mas sim de Samuel com trajes elegantes. Observei o ambiente atrás dele, o interior de uma catedral. Deixe-me envolver com a cena. A voz do sarcedote ecoava.
"Eu vos declaro casados, marido e esposa! - concluía.
Estava de frente para Camille, que tinha o seu rosto coberto por um véu. Percebi que sorria tímida. Todos celebravam. Sentia o seu olhar. Virei o meu rosto encontrando-o entre os convidados. Encarava-me de mãos dadas com a sua jovem esposa, que carregava o seu segundo filho. Ira! A raiva escurecia o meu olhar, não sustentou por mais tempo, quebrando o contato. Tive gana de ir até lá. Despertei com o calor de delicadas mãos envolvendo as minhas. Voltei a minha atenção para ela, e aos poucos a sua calma e carinho aplacaram a escuridão que tomava o meu ser. Beijei as suas mãos, e levantei o véu. Não consegui focar em seu rosto, mas o seu olhar era sereno. Aproximei, acariciando a sua face beijando-a, antes de tomar a sua boca selando a nossa união.
As minhas emoções, e os meus pensamentos estavam confusos. Meu coração doía de um jeito que parecia parar, ao mesmo tempo que as novas sensações transmitiam alguma paz. Afastei, estava novamente de frente para o espelho. Vozes, e imagens distorcidas passavam rapidamente. Levei a mão até a minha têmpora, Samuel emitava o gesto. Minha respiração ficou ofegante. Um trinco e uma pequena mancha vermelha apareceu no tórax dele, aumentando aos poucos. Dormência. Olhei para o meu corpo e meu vestido ficava manchado. Minha vista escurecia enquanto o espelho trincava rapidamente. O hálito quente roçando em meu rosto, sussurrando pela última vez: Perda! O som de um tiro ecoou, estourando o espelho".
Despertei com ânsia de vomito, e falta de ar. Corri até o banheiro alcançando a privada regurgitando. Meu corpo inteiro doía, sentei no chão abraçando as minhas pernas. Estava transpirando demasiadamente sem forças quando Elena entrou acendendo a luz.
- Meu Deus, Amélia! - Elena tocava a minha face com carinho - Você está queimando de febre!
Abriu o box ligando o chuveiro. Ajudou-me a levantar com cuidado, entrando junto. Estava tremendo, jamais havia tido um pesadelo tão real. Elena banhou-me, dizendo palavras carinhosas em meu ouvido. Toquei a pequena marca de nascença que eu tinha um pouco abaixo do seio esquerdo. A minha cabeça latej*v*.
- Ei, olha para mim? - falou carinhosa.
- Camille? - sussurrei confusa.
- Elena! - sorria gentil - Vamos para cama, que eu cuidarei de você.
***
Esther
Passei uma tarde tranquila com Manuela e os meninos. Manu chamou-me para passar alguns dias com ela, já que morava perto do centro e eu poderia ter mais contato com Mia. O tempo estava passando e eu precisava retornar para Nova Iorque, mas não antes de acertar a minha vida.
A maior dádiva da espécie humana, e também sua maior desgraça, é que nós temos livre arbítrio. Podemos fazer nossas escolhas baseadas no amor ou no medo.”
Elizabeth Kubler-Ross
Continua...
Fim do capítulo
Quero agradecer a ajuda e dicas da Carolina Bivard, na cena da Mia, e a Jesy com nossos papos e esclarecimento com assuntos que envolviam a cena.
Vlw meninas ;)
Comentar este capítulo:
Carolina Bivard
Em: 02/01/2016
Oi, Ka!
Foi bem legal interagir. Eu que agradeço a sua confiança e gostei demais do capítulo também. Você está de parabéns!
Beijão, Ka!
Resposta do autor em 02/01/2016:
Eu que agradeço a ajuda! ;)
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Krikadreammy
Em: 01/01/2016
Querida Autora,
Feliz Ano Novo!!!!
Esse amor da Mia e da Esther vem de outras vidas?!?
Esta me surpreendendo e muuuito!
Estou simplesmente adorando...
beijos...
Resposta do autor em 01/01/2016:
Feliz Ano Novo querida :)
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lia-andrade
Em: 01/01/2016
Então esse amor vem de outras vidas..fiquei surpresa. Amei o capítulo.
Beijão..
Resposta do autor em 01/01/2016:
Espero continuar surpreendendo rs
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paulaOliveira
Em: 31/12/2015
Rapaz esse sonho foi tenso hein, o amor de Esther e Mia vem de vidas passadas?
a cada dia eu me surpreendo mais !
Resposta do autor em 01/01/2016:
Foi trabalhoso, mas gostei do resultado desse capítulo rs
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