Larissa

                 Segurei sua mão tentando passar um pouco de segurança para ela que estava uma pilha de nervos. Me olhou com carinho e nossas bocas se aproximaram para um beijo. Antes que isso acontecesse o portão foi aberto.

- Tire suas mãos da minha princesa. – Antônio pai de Bella disse se aproximando de nós.

- Pai, já vai começar? – perguntou aflita.

- Sem essa de pai. Como vai Larissa muito prazer eu serei o homem que irá acabar com sua raça se fizer a minha filha sofrer. – falou apertando minha mão.

- Antônio não assuste a garota. – Helena chegou para me socorrer. – Vamos querida, não dê ouvidos a esse meu marido.

                Nos cumprimentamos, vi Bella sussurrar um “obrigado” no ouvido da mãe. Seguimos para dentro, hoje pude observar melhor o ambiente, a casa era imensa. Um amplo jardim, piscina, garagem. E um local para festas, chegamos a sala. Observei algumas fotos na imensa estante, em uma delas Bella segurava Isac pelo pé. Os dois sorriam divertidos.

- Esses dois sempre aprontando. – Antônio comentou me estendendo um copo com whisky.

- A Isa foi uma criança arteira, vivia correndo, caindo, como caia essa menina...

- Mas mesmo assim nunca parava quieta. – Helena completou.

- Já vão começar. – minha morena falou sentando-se ao meu lado.

              Antes que as histórias se seguissem Milena chegou acompanhada de Isac.

- Oi família. Posso chamar de família já né? – me perguntou divertido.

- Claro, pode sim. Oi Mile.

- Boa noite gente. – minha amiga estava comportada hoje.

             Os dois se juntaram a nós, Milena apesar de séria estava feliz. Notei que aquele ambiente a fazia bem. Ela olhou a mesma foto que eu na estante. Isac sorriu e disse:

- Isso era para ser um castigo. Eu peguei o Senhor Coelho dela. – falou divertido. - Ela correu a casa inteira atrás de mim, quando me alcançou me segurou pelo pé, achava que eu iria chorar, no fim das contas cai na risada e ela também. Papai viu e tirou a foto.

- Você era um pentelho chato Isac, ainda continua sendo. – Bella respondeu o irmão.

- Estão vendo sempre discutiam mais no fim acabavam se entendendo. – meu sogro falou rindo. – E você Milena tem irmãos? – olhei para ela que me olhou de volta e falou simpática.

- Sr. Antonio, até o começo dessa semana eu era filha única, mas meu pai está para ganhar neném.

        Todos riram da forma atrapalhada que ela tentou explicar a situação.

- Entendo querida, os homens e essas puladas de cerca. – Helena disse séria.

- Calma lá mamãe também não é assim, não são apenas os homens que traem.

- Nesse ponto concordo com o Isac mãe, tem mulheres que também sabem ser safadas.

- Espero que não seja o caso dessas duas. – Antônio apontou para mim e Milena.

- De forma alguma, somos comportadas. – Milena disse piscando os olhos com pressa.

- Ele está apenas brincando linda. – Isac disse rindo.

             Conversamos por quase uma hora até que o jantar foi servido. Parecia até que nos conhecíamos a tempos, os pais de Bella eram muito divertidos. Helena sempre muito prestativa, adorava contar as proezas dos irmãos quando eram mais novos, isso fazia com que os dois ficassem constrangidos em certas ocasiões.

              Após o jantar fomos para a parte externa da casa, enquanto os outros saíam Antônio inventou uma desculpa para ficar a sós comigo.

- Podem ir para fora, irei mostrar minha coleção de whisky a Larissa. – nesse instante Bella virou-se rapidamente.

- Tudo bem meu amor, daqui a pouco te encontro lá fora. – beijei seu rosto e ela saiu.

- Vamos? – o homem me mostrou o caminho.

- Claro.

               Seguimos por um corredor até chegarmos em uma imensa adega climatizada.

- Vejo que gosta de apreciar boas bebidas. – Antônio me disse sorrindo.

- Sim, aprendi com meu pai. Mas aqui não tenho uma adega, nunca passávamos muito tempo pela cidade, sempre de passagem ou férias.

- Entendo, sinto muito pelo que houve com sua família. – disse sincero.

- Obrigada.

              Ele foi me mostrando todos os vinhos, o homem sabia todas as datas e até mesmo ocasiões para cada uma das bebidas.

- Estou impressionada Antônio.

- Helena acha um absurdo todo o dinheiro que gasto com essas belezuras. Se quer mesmo entrar para a família saiba que as mulheres aqui pensam que mandam em tudo, porém não é bem assim. Só não diga que falei isso. – disse piscando e sorrindo.

- Será nosso segredo.

- Sei que Isa está pensando que já coloquei você contra a parede para saber o que realmente quer com ela. Mas não foi para isso que quis ficar a sós com você. – fez uma pausa. – Na verdade queria lhe agradecer por cuidar da minha filha. Helena me contou o que fez.

- O segurança?

- Sim. É bom saber que você se importa com ela. Posso estar enganado, mas desde que vi o jeito que você olha para ela, percebi que você a ama.

- Muito. Bella tem se tornado algo essencial em minha vida, se depender de mim ela será a mulher mais feliz do mundo.

- Fico feliz em saber que ela conseguiu seguir em frente depois do que aconteceu. Mais uma vez muito obrigado Larissa.

- Não tem o que agradecer, ela que me faz um bem danado.

- Vamos encontra-los porque daqui a pouco a Isa bate aí na porta. – sorriu divertido.

           Seguimos para onde os outros estavam, Antônio sentou-se ao lado da esposa. Bella me lançou um olhar preocupado, ocupei a cadeira ao seu lado coloquei minha mão em seu joelho, ela me sorriu docemente. Aquele sorriso me derretia inteira. Seguimos noite a dentro falando sobre família e casamento.

- Já disse a Yara que quero mais netos, mas se depender daquele marido dela que nem para em casa isso não irá acontecer. – Helena falava.

- Querida, agora temos mais chances de isso acontecer. – nesse momento minha amiga engasgou-se com o vinho.

- Papai, mamãe, vocês estão com tudo hoje. – Isac disse socorrendo a namorada.

- Não falei que precisava ser a Milena a me dar netos. – a senhora respondeu olhando para mim e Bella.

- Dona Helena, ainda tenho tempo para isso. – minha morena respondeu.

- Pode deixar que daremos netos a vocês. – falei sorrindo.

- Isso dá ideia a eles, daqui a pouco já vão querer que nos casemos logo para cumprir essa promessa. – Bella disse.

- Por falar nisso quando sai o casamento? – Antônio perguntou para a risada de todos.

           Passamos até pouco mais de meia noite conversando, os anfitriões queriam que nos dormíssemos ali. Milena e Isac acabaram ficando.

- Larissa foi um aprazer enfim conhece-la oficialmente. – Antônio disse simpático.- Venham mais vezes.

- O prazer foi meu, voltaremos sim.

         Nos despedimos do casal e fomos para o carro, Zé já nos esperava. Logo que entramos no carro Bella encostou a cabeça em meu peito. Seus dedos brincavam com os meus.

- O que meu pai falou com você? – perguntou curiosa.

- Nada demais, só me mostrou a adega. Fiquei impressionada.

- Ele tem paixão por aquele lugar. – sorriu divertida.

- Bella, você acredita em alma gêmea?

- Não, quer dizer não sei. Depois de você tudo parece um pouco mais acreditável. – sorriu.

- Eu sei, não consigo encontrar uma explicação para todo esse amor que sinto por você. Essa vontade de ficar ao seu lado sempre, de te ter perto de mim. Cuidar de você, te fazer a mulher mais feliz do mundo.

- Entendo como você se sente, para mim parece que já te conheço a vida toda.

- Amo você.

- Também te amo linda.

         Me beijou e logo depois deitou em meu ombro novamente. Por mais estranho que pareça não tenho dúvidas que ela é a mulher com quero viver o resto da minha vida. Esperarei o tempo certo para pedi-la em casamento.

- Oi pequena, você está entediada sozinha nesse apartamento, não é? – falei pegando Nikki no colo logo que Bella abriu a porta.

- Pior que está mesmo. – falou pegando a yorkshire terrier no colo.

       Enquanto Bella foi brincar um pouco com ela, eu fui para o banho. Minutos depois senti mãos me agarrando no chuveiro.

- Pensei que você estava cuidando da sua filha. – falei rindo.

- Estava, mas ai expliquei que tinha uma moça linda aqui no meu banheiro completamente pelada e molhada. Ela entendeu que eu precisava vir fazer companhia a essa moça.

       Sorriu beijando meu pescoço, suas mãos logo foram de encontro aos meus seios, me fazendo soltar um pequeno gemido de prazer.

- Adoro o som dos seus gemidos. Só me deixam ainda mais excitada, olha.

       Pegou minha mão levando de encontro a sua cavidade completamente molhada. Ela mordeu minha orelha, provocando-me.

- Isabella Magalhães, não me provoque assim.

- Assim como? – sussurrou sedutoramente.

       Suas mãos apertaram meu bumbum com força, logo depois senti seus dedos me invadindo, deliciosamente.

- Goz* para mim.

        Como resistir a um pedido desses? Ela me virou em sua direção, sem parar de me penetrar, seus olhos cintilavam de tanto prazer, ela me beijava deliciosamente enquanto seus dedos brincavam dentro de mim, me fazendo perder todo e qualquer controle. Mordeu meu lábio com força, meu corpo já dava os sinais de um prazer intenso. Ela diminuiu o ritmo para meu desespero.

- Porque fez isso? – disse confusa.

- Quero você na nossa cama. – fiquei abobalhada ao ouvi-la falar isso.

        Segurou minha mão, me levando para o quarto. Mal tive tempo de raciocinar ela me jogou na cama, cobrindo em seguida meu corpo com o seu.

- Você é gostosa demais, me deixa maluca de desejo. Quero sentir seu gosto.

        Sorriu distribuindo beijos por todos o meu pescoço, em seguida lambeu meus seios provocantemente. Sempre me olhando nos olhos, o que me fazia perder a razão. Ela mordia levemente meus seios enrijecidos, logo depois foi para a minha barriga me fazendo sentir dores de tanto desejo. Podia ver que estava adorando estar no controle da situação. Fiquei ainda mais excitada quando ela começou a beijar a parte interna da minha coxa, eu já estava completamente louca de desejo, tentava empurrar sua cabeça para onde desejava ser tocada.

        Ela sorria e voltava a beijar minha coxa. Depois de quase uma eternidade de tortura senti sua língua me invadir. Arqueei meus quadris ao sentir sua língua quente, provocante. Movimentava-se com maestria, eu já estava quase goz*ndo quando ela me penetrou com dois dedos. Continuou a me ch*par deliciosamente, até que não aguentei mais prolongar senti meu corpo inteiro tremer, Bella sugou cada gota do meu prazer. Meu coração parecia querer saltar do peito.

        Subiu para meu lado, distribuindo beijos por onde passava. Deitou-se em meu peito, notei que ela sorria. Bocejou, demostrando todo seu cansaço.

- Você está bem? – indaguei.

- Ótima, apenas cansada, não tenho mais idade para tanta estripulia. – falou sorrindo.

- Não foi o que me pareceu agora a pouco. Você não está velha, está experiente e linda. – sorri beijando. – Dorme bem meu anjo.

- Você também. Te amo vida.

        Sorri ao ouvi-la me chamar de vida. O cansaço me venceu, segundos depois eu dormi também. Nikki pulava em cima da cama, nos acordando.

- Nikki por favor só mais um pouquinho, deixa a gente dormi. – Bella falou preguiçosamente.

        A cadela parecia nem aí para as reclamações, continuava latindo e pulando. Percebi que Bella não levantaria agora.

- Vamos minha linda, deixa a mamãe dormir mais um pouquinho, a tia Lari cuida de você. – peguei-a no colo, assim ela se acalmou.

        Enquanto escovava os dentes ela permanecia na porta me observando. Era impossível não se apaixonar por uma coisa linda daquela. Fui para a cozinha tentar preparar algo para o café da manhã, me frustrei ao ver que ali não tinha quase nada.

- É Nikki parece que vamos ter que sair. – ela abanou o rabo e saiu da cozinha. - Tudo bem eu vou sozinha então.

          Para minha surpresa ela voltou segurando a coleira na boca, colocou-a em frente a mim.

- Você é mesmo inteligente, não é?

          Ela latiu e correu atrás de pegar o próprio rabo. Sorri vendo a cena.

- Pelo visto nem tanto.

           Fui para o quarto olhar se a Bella adormecida havia acordado, só que não. Ainda dormia feito pedra, deixei um bilhete no meu lado da cama, vesti um short e camiseta e sai do apartamento. Nikki era animação pura, tive que ir pelas escadas.

            Já no supermercado comprei várias coisas para o café da manhã e também para o almoço, que talvez fossemos fazer. Nikki era animação pura, depois que compramos todas as coisas segui com o carrinho de compras para o carro. Quando voltávamos para o apartamento, vi uma caixinha cheia de cachorros para adoção, eram da raça Maltês. Foi então que tive a ideia de presentear Bella com um.

- O que você acha Nikki, quer uma irmãzinha? – em resposta ela latiu. – Irei entender isso como um sim.

           Parei o carro perto da casa, desci com Nikki. Que estava dando para adoção era um menino de uns dez anos.

- Oi moça, eu me chamo Hugo, quer adotar um filhote? – me perguntou simpático.

- Muito prazer Hugo, me chamo Larissa e essa aqui é a Nikki. Sabe ela tem andado muito sozinha ultimamente e minha namorada tem reclamado disso, então pensei em conseguir uma companhia para ela o que acha? – respondi sorrindo.

- Legal você tem uma namorada, eu tenho dois pais Artur e Regis, estão casados a muitos anos. – crianças realmente são conhecidas por falar demais. – Mas acho que a sua namorada vai gostar sim de um novo bichinho. – disse sorrindo.

       Os filhotes eram as coisas mais fofas do mundo, claro que eu me apaixonei por uma fêmea. Ela era tão pequenininha, toda branquinha. Nikki também gostou dela, não estranhou nem um pouco.

- Hugo acho que já fui escolhida.- sorri segurando a filhote no colo. – Bem como ela era sua você escolhe o nome o que acha? – o garoto sorriu aberto.

- Tudo bem, acho que ela tem cara de Lupi.

- Então esse será o nome dela.

- Legal, ela já foi vacinada, aqui tem o cartãozinho dela, ai tem os telefones do meu pai Artur ele é veterinário qualquer coisa é só ligar.

- Obrigada Hugo, boa sorte com as outras adoções. Tchau.

- Tchau, se você quiser pode traze-la para visitar os pais.

        Sorri para o menino concordando, e fui para o carro agora com dois filhotes. A casa de Hugo era perto do prédio de Bella, apenas um quarteirão, estacionei o carro na garagem e agradeci por Montanha está ali assim ele poderia me ajudar com as compras. O homem se derreteu todo para os animais. Ele foi com as duas pela escada enquanto eu levei as compras no elevador.

- Obrigada. – agradeci ao segurança assim que chegamos.

- Disponha. – respondeu, saindo em seguida.

          Guardei as compras no armário, Nikki e Lupi estavam brincando no chão da cozinha. Comecei a preparar o café da manhã para Bella, quando terminei de arrumar a mesa fui acorda-la, claro que deixei Lupi cuidar disso. Peguei a pequena no colo, enquanto Nikki nos seguiu para o quarto. Olhei a silhueta de Bella coberta apenas por um lençol fino.

- Lupi essa é sua outra mamãe. Ela é linda, não é? – a filhote virou a cabeça levantando as orelhas. – Você é linda também, agora acorda essa dorminhoca.

           Coloquei-a em cima da cama, ela mal conseguia ficar de pé, ela começou a puxar o lençol com a boca. Bella virou-se na cama reclamando.

- Nikki me deixa dormir.

            Não deu importância nenhuma para a linda filhote que tentava faze-la despertar. Até que deu um latido bem baixo, fazendo com que ela abrisse os olhos e logo depois um lindo sorriso ao ver aquela criaturinha tão pequena e tão branquinha. 

Fim do capítulo