CAROLINA



"A nojentinha se cortou e ainda por cima EU tenho que socorrer ? não me faltava mais nada,nem sei tambem porque estou indo pouco me importo com ela,alias não me importo com ninguem,"até parece que não se importa  né Carolina,onde esta agora?hein, a caminho da sala de quem?a quem quero enganar ,idiota! aposto que foi um cortizinho de nada Yan é muito melodramatico,certeza que ela sera super grossa ,intragavel e terei que esgana-la ,serei presa por assassinato e vou querer ressucita-la para mata-la novamente"dizia a mim mesma um pouco antes de chegar na porta da sala da praga da Maria Isabel bati e esperei alguns segundos no primeiro momento sem resposta,bati novamente e nada dei graças a Deus ja tinha virado as costas para ir embora quando ouço--Entra.--"merd*"--disse baixinho.Abri a porta levei um susto havia varios cacos,papéis pelo chão  ,ela estava sentada de costas uma mão sangrava e em outra havia um copo de whisk--Deixe ai e saia por favor Alice--Ela pensou se tratar da secretaria.







--Na...--"Concentre-se Caroloina porr*" não é Alice sou eu Carolina --Eu estava muito nervosa.








--O que esta fazendo aqui?--Me perguntou ainda de costas o tom de sua voz estava de partir o coração.








Nem respondi a intimei--Levanta dai e vamos.









--Onde?--Se virou para mim sorriu fraco parecia cansada--Melhor,temos reunião,marquei algo com você ou você veio aqui me dar uma secada?porque do contrario saia daqui agora quero ficar sozinha.--Me disse destilando arrogancia,se achando e linda como nunca desgraçada.









--Primeiro :Eu --Apontei para mim--NUNCA,NUNCA em hipotese nenhuma,nem mesmo de morte secaria você--SEGUNDO:--Seu irmão foi que pediu para eu lhe socorrer--Ela se levantou foi até um analgesico colocou mais whisk virou tudo de uma vez e eu la babando,babando nela sabe, seguindo o movimento de seu quadril,dos seus lábios, é óbiviiio que ela notou veio se aproximando sorrindo vitoriosa e diante de meu silêncio disse.







--Você dizia?--Estavamos tão próximas que sentia seu hálito .












-- Hã...hã...hã...hã  onde eu estava mesmo?--Eu olhava para seus lábios antes de ela dizer alguma coisa"Vai retardada"disse a mim mesma--Ah é : terceiro e não menos importante na verdade o mais importante e ouça bem e não esqueça,  mesmo se eu tivesse um p*nis e ele ousasse se levantar para um tipinho como você--Apontei para seu corpo--Eu o cortaria no mesmo momento,imagina eu tendo uma vagin* então que é muito mais inteligente,você não tera chance alguma-- Meu dedo em riste no seu rosto ela sorria descarada,lindamente igual,CLARO que eu estava mentindo mais a postura era das mais puras verdades,se aproximou de mim jogou o mais cafajestes dos charmes não aguentei aquele olhar de irresistivel-- Você se acha né?--Antes mesmo de ela tentar responder desviei-- Me deixe ver sua mão--Peguei desembrulhei o curativo realmente o corte era grande,lhe fiz uma expressão de dor.








Ela foi aproximando seu rosto do meu,seus olhos diziam tanto e nada ao mesmo tempo,olhos solitarios que escondiam os sentimentos se são as janelas da alma ,estas estavam fechadas deixando transparecer somente aquilo que ela desejava que eu pensasse  mais ela não era aquilo e como eu sabia?meu coração tão machucado,que sofreu e sofre constantes perfurações no decorrer da vida,se alimentando de raiva e odio sendo somente tocado por esses dois irmãos cada um na sua forma peculiar ,mas que tocam, me fazem sentir coisas que só sentia em minha infância .Meus olhos percorriam sua boca e seus olhos,ela iria me beijar,o sorriso cafajeste,o perfume que enebria,o calor emanava dando vida aos meus desejos mais devassos nunca desejara ninguem assim,eu tremia a alma e o corpo ,ela iria me beijar algo pelo que eu anciava desde aquele dia no aeroporto,preparei minha boca e meu coração mais...por um breve momento em que abri os olhos para contemplar o momento ela estava ali,na feição,na profundidade do olhar,até mesmo a doçura ,tudo estava ali, Maria Clara estava diante de meus olhos então todo aquele sentimento arrebatador e puro que sentira no momento em que coloquei os pés naquela sala até agora fora se transformando em raiva,odio e tudo foi se tornando obscuro,como posso esta aqui a mercê de um ser gerado por quem mais me feriu na vida,totalmente entregue e corrompida pelo charme de uma menina mimada que teve todo amor que concerteza seria destinado a mim,a raiva brota e uma batalha infernal nasce dentro de mim me entregar ou vingar"preciso dos beijos dela" "não!preciso que Clara sinta toda dor que me fez sentir" e a guerra se mantinha firme e dolorosa até que um sentimento venceu desviei o rosto--Vamos!!--Ela meio que não entendeu--O hospital Maria Isabel,vamos--Chamei denovo.











--Hã--Demorou para falar me perguntando em seguida--Porque você sempre foge?se quer tanto ou até mais do que eu--Diante de meu silêncio ela ficou   muito brava-- Agradeço pela preocupação mais saia daqui por favor, não sou nenhuma criança que precise ser pega pela mão ,e a senhora hein doutora  francamente ,deveria estar mais preocupada em resolver o problema do projeto o qual lhe incubi do que ficar se colhiando  a meu irmão e cuidando de minha vida.--Ia voltando para sua mesa aaaah mais eu iria ensinar boa educação para essa...essa...essa...então essa.







--Olha aqui projetinho de bruxa de conto de fadas meia boca--Agarrei seu braço agora em seus olhos furia o que a deixava ainda mais linda,mas eu precisava agir assim ou me jogaria em seus braços--Garota acha mesmo que me amedronta ou me preocupa com essa sua postura arrogante de menina rica que sempre teve tudo na vida,pois não tenho medo de você,agora pega logo a porcaria da sua bolsa de grife e vamos logo para o hospital antes que eu lhe de umas palmadas.--Ela puxou o braço abruptamente ,é isso não iria acabar bem.







Ela me pegou agilmente me empurrando contra a parede--O que você quer hein doutora--olhava em meus olhos--Parece que a menor de suas preocupações por aqui seja o estado de minha mão--Sua mão manchava minha camisa de sangue--Hein porr*!!---Veio para me beijar com força,foi quando mordi seu labio novamente só que dessa vez bem forte a ponto de ela me soltar,se abaixou com a mão no lábio que sangrava e antes de sair de sua sala falei para ela.









--Sangre até morrer!!--Ela não disse nada sai de la o gosto de seu sangue ainda estava em minha boca.









MARIA CLARA


Expire .Inspire.Inspire.Expire.Foi isso que aprendi no decorrer dos anos,quer dizer principalmente isso.Aprendi tambem que ter grana não afasta os problemas de você só os fazem serem diferentes...aprendi que não é o dinheiro que corrompe as pessoas e sim o poder...aprendi que para alcançar a batida perfeita precisa-se ter filhos...aprendi que ao contrario do que todos dizem o amor por si só não basta,mas ter todas as outras coisas sem ele tambem não ...o amor é uma viagem e serão poucos que viajarão ao seu lado até o fim...aprendi que alem de ter o que comer todos os os dias viajar é a coisa mais linda que o dinheiro lhe da o resto...aaaaaaah o resto !!!! se as pessoas soubessem é somente resto;aprendi que ser chamada de coroa por seus filhos da uma dorzinha bem aqui na vaidade sabe?mesmo para mim que passo longe dessa praga ...aprendi que preciso ouvir Barb me chamando de amor toda manhã isso me alimenta,me faz inteira...aprendi que a frase eu não sei viver sem você é a frase mais babaca para se dizer a quem se ama,porque o amor diz assim ó: eu sei viver sem você,mas escolho não viver sem você...aprendi a chorar e me culpar  todos os dias por ter perdido Nina minha filha do coração digo a todos que tenho três filhos...aprendi que serei uma eterna porr* louca...aprendi que por mais que me controle aos setenta anos ainda estarei soltando alguns palavrões com Barbara me cutucando do lado claro,sera comico e dolorido...aprendi que as ruas nunca sairão de dentro de mim e quanto orgulho sinto disso porque assim me encontro com todas as Marias e entendo Maria Clara e principalmente aprendi que mesmo depois de aprender isso tudo ainda não sei quase nada da vida.Depois que Isabel saiu de casa e ouve um certo afastamento entre nós isto fez com que algo se quebrasse dentro de mim.Um dia viajando para os Estados Unidos para um concerto no central park,fiquei dois dias alem do programado esperando Barbara que tambem viria alguns dias para ca,sozinha estava andando por New York vendo os artistas de ruas parei em frente a um colombiano que tocava violão depois de aplaudir sua bela apresentação pedi a ele que me deixasse tocar algo,ali me senti preenchida novamente me fazendo perceber o quanto tudo aquilo me fazia falta;fiquei por ali cinco dias três deles com Barbara enquanto ela saia para resolver assuntos do hospital eu ficava ali com o colombiano tocando novamente sabe leve,livre,sem milhões de pessoas me avaliando a todo momento,sem notas nos jornais,só eu e a arte como sempre amei e sempre quis. Depois voltei para o Brasil me  sentia inquieta,levantava a noite e algo me chamava ,puxava ,foi então que passei a três vezes na semana passar o dia na rua tocando ,logicamente que escondida de todo mundo até mesmo de Barbara as vezes me camuflava algumas pessoas chegavam até mim e diziam"nossa você se parece muito com aquela pianista"eu rachava de rir,porr* velho eu tinha que ser uma lesbica,louca de pedra,famosa e ex moradora de rua caralh* estou dentro de todas as estatisticas fudidas seria um prato feito para o ibge,minhas pecularidades digamos assim faz com que todos se lembrem de mim.











MARIA ISABEL


Como é engraçado quando as pessoas fazem algo errado e não admitem ,seria tão mais fácil e menos cruel dizer eu errei,invés disso usam você contra você mesmo.Não esperava aquilo de Yan ,doeu,para mim ele era melhor que todos mais  mostrou que só é igual parece que a unica pessoa genuina no mundo é mesmo minha mãe Clara .Olhava o liquido em meu copo minha mão ardia e sangrava um pouco como sou estupida,a inquietação em meu peito,minha boca ainda aguava que vontade de beija-la,embora saiba que não posso,passei o dedo nos labios ja inchados "gata selvagem"sorri de meu pensamento para logo em seguida o moralismo e a culpa se apossarem de mim meu irmão não merece,minhas mães nunca me perdoariam,vovô...--DEUS!!!--Gritei espatifando mais um dos diversos copos aquela tarde peguei outro e voltei a beber meus olhos ardiam os proibi de derramar ou demonstrar algum resquicio de lagrimas."Tenho que sair daqui se não enlouqueço"antes de partir fiz uma ligação.








--Duda onde você esta?





--


Ouvi sua resposta e não disse nada fui ao seu encontro;depois de um transito infernal cheguei ao o ateliê ,Maria Eduarda veio correndo se jogou em meus braços.







--Quero comer você?--Disse em seu ouvido enquanto ela permanecia agarrada a mim.





--Nossa amor!!olha--Me mostrou seu braço--Estou toda arrepiada--Me beijou--Espera alguns minutinhos vou revisar mais algumas peças e...Nisso a mãe dela chegou saco.






--Maria Isabel minha querida quanto tempo!!--Lhe dei dois beijinhos não estava com humor nenhum para rasgação de seda então.






--Oi Daniele prazer em reve-la--Virei para Eduarda--Estou indo Duda nos vemos outra hora.







--Não vai me esperar Isa é só um minuto--Via decepção  em seus olhos eu só faço merd* mesmo o que tinha que ir fazer ali.






--Va meu amor eu tomo conta de tudo por aqui--A mãe dela interviu.








Ela beijou sua mãe sussurou um obrigado me pegou pela mão e saimos dali--Qual motel?--Lhe perguntei enquanto dirigia por São Paulo.







--Não sou sua prostituta para ir pra motel nenhum,va para sua casa ou a minha--Me respondeu indignada.--E não pense que esqueci sua patifaria de ontem ainda tem muito que me explica.





--EU?--Sorri ironica--Você que tem muito a explicar ,fora o tapa que tenho quase que certeza ter sido você quem me deu.







--Mais você é muito canalha mesmo hein Isabel!estava la quase comendo aquela piranha e agora se fazendo de vitima,o tapa que lhe dei foi pouco ainda.





--Duda,Duda você brinca com fogo--Sorri com raiva--A hora que eu te pegar não me responsabilizo.






--E vai fazer o que ?me bater?me ferir? impossivel você me machucar mais que ja machuca toda vez que age feito uma vadia.






--Se sou tão ruim assim o que ainda faz comigo?--Perguntei sincera.






--Me faço essa pergunta todos os dias.







Essa pergunta tambem cabia a mim o que eu ainda fazia com ela.Dirigi para casa dela precisava fugir um pouco do mundo e entenda mundo como Carolina e familia.A mansão enorme de muito bom gosto,subi direto para o quarto dela,Duda foi falar com os empregados,mas logo subiu me joguei na cama tapei os olhos com meu braço,ela viu sangue em minha mão.






--O que houve com sua mão?--Diante de meu silêncio ela se aproximou pegou a mão.--Merda Bell que corte enorme,levanta dai e vamos ao medico agora.






--Não vou a porr* de lugar algum e se você insistir eu vou para qualquer lugar onde eu possa ficar em paz--Ela ficou em silêncio por algum tempo.








--Esta doendo bebê?--Não via seu rosto mais sentia que ela estava com dó de mim.






--Muito mais foda-se a dor .Posso tomar uma ducha?.--Falei manhosa estava me sentindo tão pesada.






--Claro !vem--Segurou meu rosto espalhou varios beijos por ele--Tem toalha la vou pegar uma roupa minha pra você te falo pra deixar algumas peças aqui mais você né dona Isa--Eu ja estava no banheiro abri a ducha no frio quem sabe assim eu não voltasse para meu corpo,logo Duda abriu o box.







--Toma trouxe um analgésico pra você --Via desejo e amor nos seus olhos,pegou o analgésico colocou em minha boca deu um selinho e saiu.Eu devo ser mesmo um monstro porque essa mulher faz tudo para mim e ainda assim não consigo ama-la.





BARBARA


Oculos de leitura,os cabelos em um coque mau feito,descalça e agora não mais uma caneta na boca mais uma taça de vinho nas mãos andava pra la e pra ca em minha sala enorme,tal qual quando era adolescente,só que agora com outras perspectivas outros anseios,não mais a garotinha destruida e execrada pela vida.Diante de meus olhos uma proposta milionaria,capaz de mudar o rumo da medicina,mas tambem de meu casamento mais o que fazer?levava a taça   em meus lábios em segundos assim acabando com quase toda a garafa,estava com tantas saudades de Clara fazia duas semanas que ela estava viajando e não havia meios de voltar divagava entre Clara e a proposta quando meu orgulho chegou.






--Oi gatona!melhor,uma das quatro mulheres mais lindas do mundo--Yan e seus galanteios fingi indignação.





--Mais quem seriam acaso as outras três mais lindas do que eu?--Coloquei a mão sobre o peito,ele veio até mim abraçou forte deu um beijo.







--Não deixe que chegue no ouvido de nenhuma delas mais para mim a senhora é a mais linda de todas,mas ja lhe adianto que digo isso a cada uma das outras três tambem.---Abriu seu lindo sorriso.







--Salafrario!!--O enchi de beijos--Acaso pode me dizer por onde anda a mais jovem delas?--Ele saiu de meus braços senti um certo incomodo de sua parte.







--Bell e eu tivemos uma discusão essa tarde e foi muito,muito desagradável,e o pior de tudo é que eu cometi um erro,ela veio cheia de sermões para cima de mim,eu não aceitei bem e disses umas coisas horriveis a ela,estou me sentindo um lixo--Se serviu de vinho--E para piora ela se machucou não me deixou ajudar,pedi para Carol socorre-la e elas tambem brigaram e agora não sei onde ela esta.







--Como assim se machucou Yan?--Começava a ficar aflita.






--Quebrou a mesa dela com a mão pelo que eu pude perceber o corte foi feio e ela não quis atendimento medico--Agora eu estava muita aflita.





--Ligou para meu pai,os amigos e para Duda?






--Sim mãe nenhum deles sabem dela!!--Via a culpa em seu olhar.






--Ligou para Maria Eduarda?






--Sim!--Yan me respondeu indo até o bar.





--E ela?--Deu um gole em sua bebida.





--Disse que não sabia dela e desligou.--Mau esperei ele terminar de falar e fui pegar as chaves do carro.





--Sei onde ela esta!!--Yan veio atras de mim.

Fim do capítulo