CAROLINA


Yan era um gentleman,seus gestos me faziam lembrar alguem mais nenhum rosto vinha a minha cabeça, carinhoso ao extremo,aos poucos fui me afeiçoando,sentindo-me segura ao seu lado;era diferente de tudo que eu vivera até ali,parecia que enfim a vida me permitia senti-la sem dor,porque não dar uma chance ao que ela me apresentava?tentar deixar as magoas e ressentimentos por um momento,quem sabe!!só...só...só quem sabe.Fui pedida em namoro,não aceitei de imediato,apesar de tudo que ele despertava em mim não o amava,não do jeito que ele queria,mas não é só de amor que é feita uma relação até porque a unica pessoa capaz de  me despertar amor faz parte do meu imaginario de uma menina que ficou no passado,aqueles olhos.Fazia sete meses que estavamos namorando quando me rendi a umas das vontades de Yan conhecer suas mães vinha evitando isso a meses não tinha um bom pressentimento,até que se tornou inevitavel.





 A noite ja se fazia gelida,o frio e a falta de calor humano aconchegam minha alma assim como meu coração,garoava na grande metropole,São Paulo  se apresentava inegmatica ,excitante.Na minha porta parava o cobiçado e nobre jovem Montenegro,descendo de seu esportivo de luxo,o maior partido da alta sociedade paulistana,altivo,cabelos negros totalmente alinhados,ali estava o homem o qual a mim se desmancha de amores,realiza os meus mais pifios caprichos,sorridente ,feliz ,apaixonado,"mau sabe ele o monstro ao qual ele corteja"porque assim eu era,dar migalhas a um homem como Yan é a maior das blasfêmias,como manda a nobreza beijou-me na testa ,abriu a porta do jaguar e partimos.Não tardou muito ja eramos recebidos na porta do elegante restaurante nos jardins,o tão adiado encontro se fazia ali na minha frente;enquanto Yan falava com o metri meus olhos percorriam o ambiente,a nata da sociedade estava ali,mas dai meus olhos pararam e no mesmo instante como uma avalanche o passado devastava minha cabeça,nossas brincadeiras na rua,a proteção,a adimiração minha para com ela,as palavras de carinho e amor ,as noites no colchão,mais dai acometeu-me a lucidez trazendo consigo raiva,lagrimas,dor e principalmente ódio,depois de tantos anos a encontrava sorridente tocando a mão da mulher que lhe acompanhava"não pode ser"mais era,olhei para o rapaz ao meu lado identico a ela,a pele ,o cabelo,o sorriso encantador,os fantasmas  voltaram para me assombrar; tudo se encaixou e o assombro tomou conta de meu peito então Yan era...era..."Claro, Barbara Montenegro !!era ela que conheci no galpão com Clara"Não podia encontra-la,não assim,não agora,não sem antes faze-la sentir dor,a mesma dor que carrego desde aquele abandono no orfanato,ainda não era hora de sair das sombras.Sai correndo Yan logo atras, me pegou carinhosamente pelo braço,olhei para ele e entendi ali estava minha vingança.








--O que foi meu amor?--Perguntou assustado e preocupado.






--Nada!!--Tocou minha face enxugando minhas lagrimas--Só me tira daqui --Lhe supliquei.







MARIA ISABEL


UM ANO DEPOIS


Ver São Paulo denovo me fez ver o quanto estava com saudade da minha terra e o quanto aprontei por ali um sorriso saudoso brotou em meu rosto até porque hoje sou uma mulher mais fria e implacavel.Havia resolvido tudo com louvor nas filiais minha presença agora era necessaria no Brasil na empresa e para o noivado de Yan não queria voltar,mas...Não avisei ninguem que havia chegado fui direto para a empresa,adentrei o predio moderno e imponente estava indo pelo corredor da diretoria quando alguem se esbarra em mim e me da um banho de café ,olho para minha roupa sendo possuida pela raiva.






--Acaba de decretar sua morte seu...--Levantei a cabeça qual não foi minha surpresa era uma mulher --Sua...sua...--Iria dizer um monte para ela ,mas ela levantou a cabeça e nossos olhos se viram, se acariciaram o tempo parou ,tudo ao redor silenciou só ouvia-se as batidas de nossos corações ,batidas descompassadas ,confusas,entonando letras que diziam que essa sera a canção de nossas vidas.Não conseguia sair de seus olhos,de sua boca,parecia que eu havia acabado de encontrar meu lugar no mundo,minha casa,com essas constatações estremeci,na verdade me apavorei e a unica saida foi me acovardar e me esconder atras daquilo que eu faço de melhor arrogância seguida de ataque,mas antes de ataca-la ela me atacou parece que usamos as mesmas armas.







--Acaso é cega garota?olha o que fez--Ela derrubou a bebida em mim e ainda estava pagando de vitima?aaaaah mais é muito folgada mesmos e eu ainda la toda babaca babando por ela "eu a conheço de algum lugar,quantas emoções nesses olhos" porr* Maria Isabel deixa de ser trouxa da nela.








--Oi?--Fiz de louca não estava acreditando no que essa ...esssa...coisa espigada estava me falando.E que espigada viu;eu não dei nela nada então ela deu em mim,bem feito.








--Alem de cega,desastrada ainda é retardada,eu mereço--Revirou os olhos ia saindo e eu deixando ela ir assim de boa?só se não fosse Maria Isabel né.







--HEI!--Gritei--espera,quem é você?quer dizer quem pensa que é pra falar assim comigo!!sabe quem sou eu?--Mulherzinha nojenta,ainda que linda.







--Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.Sabe com quem esta falando digo eu pirralhinha!! coisa mais fofaaa e  sem educação,que feio!!onde estão seus pais--Olhou de onde eu havia vindo depois voltou a olhar para mim-- Para eu reclamar com eles ,aqui não é lugar para gente da sua idade--Pura ironia,aaah caralh*o vou matar essa vagabunda,o encantamento se tornou raiva era minha hora de ser a genuina Maria Isabel iria lhe atingir no amago.







--Deve ser só mais uma vagaba--Olhei todo seu corpo--Muito das gostosas eu diria, dinheiro sei que não tem se não a conheceria apesar das roupas e maquiagem cara você não é uma de nós  ,na minima esta dando para algum dos executivos velhotes daqui para conseguir emprego--A velocidade que sua mão ia tocar meu rosto foi a mesma minha para segura-la bem proxima dele,nossos rostos ficaram muito proximos,o cheiro...enebriante...a boca...convidativa  a olhei e a reconheci de algum lugar de outra vida talvez encontrei em seus olhos o mesmo reconhecimento ,vontade?avassaladora; iria beija-la ela notou meu momento de fraqueza e bofetiou com a outra mão"mais que mulher"coloquei a mão no rosto ardeu pra caralh* embora eu sorrisse isso a enfureceu.









--Idiota!!!presta atenção fedelha nunca mais ouse ou tente me beijar,acabo com você em um estalar de dedo--Virou no salto e foi saindo eu acompanhava seu rebol*do com um sorriso emocionado nos labios gritei para ela .








--VOU FAZER DE SUA VIDA UM INFERNO ANOTA AI,mesmo você sendo...sendo...deixa para la--Ela nem se virou me mostrou o dedo do meio de costas e sumiu pelo elevador.Um misto de sentimentos me apossaram,maaaaaasss isso não ficara assim  vou enchota-la com meus proprios pés daqui depois de come-la claro.








Segui o mesmo caminho que a desconhecida"quem seria ela?não estava aqui a um ano atras mais que mulher desaforada e linda"eu estava pertubada e com a sençação de quase beijo em meus labios,deuuuus !!porque ela não me deixou beija-la ela tambem queria eu senti,mas era hora de me recompor e assumir a empresa.Subi até a presidência,minha secretaria estava concentrada em alguns papeis ,parei perto da mesa,acho que ela sentiu minha presença se levantou correndo derrubando os oculos e quase a mesa toda sorria por dentro por fora era a austeuridade em pessoa.








--Senhorita Montenegro o que faz aqui?esperavamos a senhorita só para amanha--Disse uma desajeitada Alice.






--Por acaso não posso vir a MINHA empresa sem avisar vocês!!me desculpe Alice nunca mais cometo tal atrevimento--Ela arregalou os olhos ia dizer algo.







--Tudo bem Alice só estava brincando não infarte,espero que minha sala esteja limpa e arejada no mais avise a todos que cheguei,marque uma reunião para daqui uma hora quero todos la aquele que não puder mande para o departamento pessoal seja quem for--Ela arregalou os olhos novamente--Algum problema contra isso?







---Não senhora!!mais alguma coisa?--Prestativa a jovem e bela Alice.







--Sim--Ela me seguia--Se  Maria Eduarda ligar diga a ela que morri!!se ela insistir de o endereço de onde estão me enterrando no mais me traga um analgésico e vamos trabalhar--Ela se foi logo a linda mulher veio em minha cabeça,que merd* é essa que estou sentindo! essa volta ao Brasil seria pertubadora.








CAROLINA



Segui para minha sala me tranquei até me esqueci das mães de Yan,o corpo tremia de raiva como ela pode me ofender de tal forma e ainda tentar beijar-me ,tomei uma dose de whisky sentia me sufocada,meus olhos ardiam ,peguei minhas coisas e sai dali atras de uma improvavel paz.Era ela a menina do cachecol,seu cheiro permaneceu em mim todos esses anos,os olhos desafiadores e apaixonantes,o nariz em pé o jeito esnobe,tudo estava ali, a unica pessoa até hoje capaz de abalar minhas estruturas despertando em mim sentimentos bons,sentimentos...sentimentos...a tanto não sinto,não me aqueço,o bambear das pernas,o revolto no estomago, nesses trinta e poucos anos só senti duas vezes aquela vez no aeroporto e agora;os meus labios sentia seu calor sem nem mesmo tocar,raiva e desejo,queria que ela me rasgasse,me tocasse ,na mesma hora que queria bater,nunca fora ofendida de tal forma,me comparando a uma qualquer uma"quem ela pensa que é? não usei meu corpo nem quando passava fome ,deve ser filha de um desses executivos metidos a besta,aquele nariz arrebitado não engana"sera que vai trabalhar na empresa?em que setor?o que sera que ela faz?aiiiiiiiiii meu deus!!o que esta havendo comigo?"Estava no parque onde eu e Clara sempre iamos,dormiamos,aquele lugar me acalma da a sençação de casa,tem o cheiro de Clara inevitavel não me emocionar.Derepente o telefone toca era da empresa.







--Oi Alice?não,não estou na empresa,reunião agora?ta bem,da para dizer pro doutor Yan que não me sinto bem e depois me ponho a par ?não é ele ,quem então?ata mais ela não chegava só amanhã?aah entendi mais ainda assim não vai dar Alice não me sinto bem mesmo,O QUE ?Ela teve a pachorra de nos ameaçar?tudo bem acalme-se ja ja chego ai--Então cunhadinha mau chegou e ja esta se esparramando,vou coloca-la em seu lugar.Yan tem adoração pela irmã nunca a vi embora ela seja a presidente da empresa,só sei de sua fama.









Peguei o carro e parti para empresa realmente não me sentia bem estava em uma ebulição de sentimentos.Meia hora depois ja estava na Montenegro constructions a imponência daquele predio me assombra até hoje.Maria Clara se tornou tão importante porque não lutou por mim,recordo de quando fazia muito frio e dormiamos o dia todo no galpão ela dizia que nosso amor era pra sempre mais isso é passado ,agora o presente me da a chance de feri-la tal qual fez comigo,seria atraves de seu filho que Maria Clara veria que não se promete amor e depois some,apesar de me doer Yan não merece mais eu tambem não merecia iria pagar por sua mãe.Passei no toallete retoquei a maquiagem e segui para a sala de reuniões,Yan ja estava por la.










--Oi amor!!ja estava com saudades sabia--Se aproximou me deu um selinho--Nossa cada dia você fica mais linda--Ele realmente é um principe.











--Porque toda a urgência dessa reunião ?e por deus Yan que coisa mais amadora ameaçar os executivos Alice me ligou apavorada,achei que sua irmã era mais profissional pelo que dizem dela,parece que ela não é tudo o que dizem--Antes mesmo de terminar de falar um cheiro conhecido invadiu a sala.









--Não se deixe levar pelo que falam de mim,sou muito melhor ou pior do que dizem e não queira saber o quanto nem de um nem de outro--Piscou para mim"não acredito!! a insuportavel mais ela ainda é uma menina,terei que me reportar a ela?ó ceus!!"Yan se levantou foi de encontro a ela a abraçou com afeto,encheu seu rosto de beijos--Cada dia mais gato!!!espero que a baranga da sua namorada tenha suporte pra bancar isso tudo--Yan olhou para mim me levantei para dizer umas verdades aquela...aquela...aquela...como pode ser tão linda e vaca me dirigia a eles ,mas os outros diretores e os conselheiros chegavam juntamente com o senhor Montenegro que começou a falar.










--Senhoras ,senhores --Se postou ao lado dela--todos devem estar se perguntando o que essa velha raposa faz por aqui,lhes respondo .Hoje é um dia de muita felicidade para  mim afinal minha presidente brilhante que para meu deleite tambem é minha neta retornou e voltou uma  executiva ainda mais fugaz e destemida fazendo com que as corporações Montenegro se tornem cada dia mais lider--Olhou para ela com admiração--  Surpreendeu o mundo mais não a mim o tempo só vem me mostrando o quão foi certa minha decisão de deixar as empresas em suas mãos,empresas as quais você tornou um imperio solido e reconhecido mundialmente claro com a contribuição de todos e outros que aqui não se fazem presente ;venho lhes entregar um dos diamantes da minha fortuna que é constituida de minha mulher ,filha e netos.Deixo vocês com sua comandante Maria Isabel Montenegro--Meu estomago embrulhou me senti muito mau um misto de emoções tomou conta do meu coração,a filha de Clara, então é o sangue dela que despertou tudo em mim.












MARIA ISABEL


Quando sai do Brasil disse que se orgulhariam de mim,que não era só a garota chata ,irresponsavel e mimada transformei nossos negocios em um imperio com o tempo me apaixonei pela construtora ;Vendo o orgulho com que vovô fala de mim digamos que me emocione é !eu tenho um coração ou não? sorri de meu pensamento e dirigi toda minha atenção a ela,"então é a noiva de meu irmão"esse pensamento me deu um certo incomodo ,"to precisando sair com outras mulheres"como pode ser tão linda,"os olhos agora estão tristes ,sem as emoções do nosso encontro ,daria tudo para encherga-los o resto de minha vida é gostoso ficar olhando para ela, ela me olha diferente parece raiva, vovô terminou de falar nem ouvi o resto,vesti em meu rosto a cara de empresaria do ano e fiz um breve discurso sobre minha volta não conseguia parar de olha-la.Depois da reunião fiquei na sala com meu avô e Yan falando sobre nossa familia logo cada um seguiu para seus afazeres fui até o banheiro abri a porta e la estava ela lavando o rosto mexendo na bolsa fiquei um tempo no batente a adimirando alguns minutos depois ela me notou e pelo espelho me encarou sem se intimidar e assim ficamos uma dentro da outra por um bom tempo ela pedia permição a minha alma e ao meu coração eles a convidavam e permitiam para que assim ali se alojasse  e construisse um sentimento forte e indissoluvel que naquele momento nenhuma de nós aceitava então o ataque é a melhor arma.








--Olha se não é a realeza!não sabia que andava nas privadas com os reles mortais--A ironia escorria por sua boca.








Me encostei na pia ao lado dela dei meu sorriso mais galanteador--Dependendo dos mortais ou melhor dizendo das mortais ando até por esgostos--Limpei uma sujeirinha no seu rosto ela deu um tapa em minha mão gostei mais ainda.










--Se encherga garota o fato de ser a presidente da empresa não muda nada do que lhe disse mais cedo e mais não espere que eu lhe bajule se for assim me demita agora--Estava com o rosto no meu e eu curtindo ela continuou com sua bravesa--Nem se você fosse a ultima dos mortais menina nojentinha,esnobe,que usa como armadura o cargo de empresaria e seu status para realizar seus caprichos--Ela estava muito brava--Olha aqui princesinha --O dedo em riste--Nunca mais ameace a mim ou a qualquer outro dessa empresa na minha presença ,me falte com respeito ou algo do tipo,não sabe com quem esta se metendo passo por cima de você como um trator--Aaaaaaaaaah qual é !!!ela deu brecha eu não ia deixar por menos.










--Adoraria que passasse por cima de mim--Seus olhos cintilaram dessa vez da mais genuina e mortal raiva o tapa viria mais eu a segurei nossos rostos voltaram a ficar  proximos disse a ela--Ninguem nunca,nunca bate em mim--Ela gargalhou e se vestindo de um olhar indecifravel me aproximei para beija-la ,mas o que se seguiu foi um grito de dor--AIIIIII!!a soltei imediatamente e corri a mão no labio o gosto de sangue invadia minha boca,ela mordeu forte eu me curvei ela chegou ate meu ouvido e sussurou--Até amanha fedelha.--Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah mais ela me paga um sorriso maldoso brotou em meio a dor.

Fim do capítulo