Capítulo 1 O Acidente
CAPÍTULO 1: O Acidente
Estava de madrugada era aproximadamente 03:00 horas da manhã, o carro andava depressa e duas pessoas discutiam dentro dele.
-- Eu não acredito nisso Júlia! -- exclamou Paul extremamente nervoso -- Como você se mete em um lugar desses? O que você tem na cabeça menina?
-- Não enche Paul, eu não pedi para você me buscar.
-- Garota toma juízo, o que você quer fazer da sua vida? [...]
Os ânimos estavam alterados, o carro estava tão rápido que não se conseguia ver as placas, o nervosismo fazia com que andassem bem acima da velocidade permitida sem notar nada ao redor, apenas se deram conta quando ouviram um grito.
-- O CARRO!
Depois disso não se viu mais nada além de um clarão, e por fim a escuridão.
********××××××********
Algumas horas antes.
Na sala da mansão San'Germany estava Júlia e seu pai Otton discutindo porque a jovem queria acompanhar a família nos negócios.
Júlia era uma adolescente de 16 anos, que sempre estava metida em confusões e escândalos envolvendo o nome da família San'Germany.
Era loira de olhos verdes e pele bem clara e boca rosada, 1,58 de altura, seu cabelo era rebelde como sua personalidade forte, cabelos longos e cortados em um repicado junto de uma franja de lado.
-- Eu já te falei que você não vai garota! -- gritou Otton -- o que você pensa? ... Você é completamente diferente dos seus irmãos, eles me dão orgulho, já você o que faz?
-- Me desculpa pai eu...
-- Quantas vezes já não falei para não me chamar de pai? Me chame pelo nome!
-- Desculpe Otton -- disse Júlia chateada com a situação, ela só queria ir junto de sua família para a viagem de negócios -- Eu só quero ir com vocês, ajudar afinal faço parte da empresa e da família.
-- Você deixou de fazer parte dos negócios há tempos, se é que um dia já fez -- colocou o copo de uísque na mesa de centro da sala -- e infelizmente ainda faz parte da família.
-- Papai... -- parou então se corrigiu -- Otton não diz isso, eu só quero ir com vocês e...
-- Eu já falei que não garota! Está esgotando minha paciência, fique e cause confusão como você sempre faz, afinal o cargo de ovelha negra da família é seu.
Júlia saiu da sala em direção ao seu quarto, não entendia como seu pai lhe tratava assim, tudo bem que ela realmente se metia em diversas confusões, mas tudo não passava de uma maneira de chamar a atenção de seus pais.
Deitou-se em sua cama e abafou seu choro com o travesseiro, toda vez que queria fazer algo com sua família nunca conseguia, nunca era lhe dado um voto de confiança, e agora era chamada de ovelha negra por seu próprio pai. O único da família que lhe entendia era seu irmão Paul, que estava sempre ao seu lado.
Júlia era a caçula da família, eram em 8 irmãos, a sequência dos nascimentos: Luciano, Paul, Daniel, Breno, Bryan, Lorena, Rebecca e ela.
Todos seus irmãos exceto ela, tinham a mesma idade, a diferença era de meses, tinham nascido de barriga de aluguel, por uma obsessão de sua avó materna em montar um clã familiar, quando jovem sua mãe tinha tido os óvulos congelados e assim que casou com seu pai entraram com o processo das inseminações. Seus irmãos tinham 19 anos.
Todos tinham cabelos castanho escuro como Otton e eram bem mais altos que Júlia. Faziam parte de uma das famílias mais ricas do mundo, a família San'Germany.
-- Alô, Carol?
-- Oi gatinha, saudades?
-- Quero sair hoje, vamos ao the last night.
-- Júlia no the last night não, aquele lugar é da pesada, escolhe outro lugar.
-- Caroline eu vou para lá, se quiser me acompanhar tudo bem, caso contrário tudo bem também, eu passo na sua casa as 00:00 horas. -- desligou o celular sem esperar resposta.
Já que seu pai havia lhe mandado se meter em confusões, era isso o que faria.
Caroline era sua prima, uma morena de olhos azuis de 1,70 de altura. Além de primas eram melhores amigas, e Carol quase sempre tirava sua prima das confusões que se metia.
Como marcado as 00:00 horas Júlia foi até a casa da sua prima, ela vestia um vestido preto solto, mas que era bem curto. Caroline também não ficava atrás com a beleza, uma calça de coro justa e uma camisa solta que deixava seus ombros a mostra.
-- Pensei que não iria me acompanhar. – falou sorrindo ao ver como a prima estava linda.
-- E eu ia te deixar ir sozinha em um lugar como aquele?
-- Que bom, então vamos, hoje eu quero beber.
-- Espera! -- disse segurando suas mãos -- a onde você pensa que vai com esse vestido curto?
-- Deixa de graça Caroline, você sempre adorou que eu me vestisse assim.
-- E ainda adoro, mas não para ir em um lugar desses – Carol dizia com esperanças de que sua prima trocasse de roupa.
-- Quer saber? Fica em casa eu vou sozinha! -- disse se virando irritada e seguindo para seu carro.
-- Espera!
Júlia entrou em seu carro um Lamborghini Gallardo LP560-4 Spyder branco, e deu a partida e só escutou sua prima gritar para esperar mas foi embora.
Chegou até a boate, era em um velho prédio abandonado que os donos restauraram e transformaram em casa noturna, naquele local rolava de tudo, inclusive drogas pesadas, os donos eram traficantes e aquele lugar era um covil para os drogados da alta sociedade.
Era repartido em diversas partes, o primeiro piso que era para quem queria beber e dançar, no piso superior era a parte onde rolavam as drogas, também havia os quartos.
Assim que entrou foi avaliada pelos seguranças que passaram o rádio para os "chefes" como eram chamados, jamais era dito seus nomes.
********××××××********
-- Droga Júlia! -- Caroline murmurava para si mesma enquanto dirigia as pressas.
Mandou uma mensagem de texto que dizia "Júlia foi para aquela boate The last night, saiu dizendo que queria beber, deve ter brigado com o tio Otton, preciso da sua ajuda"... um tempo depois recebeu "Vou pegar um taxi e vou direto pra lá"
Chegou no local 1 hora depois de Júlia ter saído da sua casa, demorou tentando encontrar o lugar, ao entrar viu que os seguranças falaram ao rádio, mas não se ligou a esse detalhe. Encontrou Júlia dançando com duas morenas que pareciam lhe oferecer algo, na certa seria drogas, a puxou fazendo com que quase derrubasse a bebida que segurava.
-- Carol está louca?
-- Louca esta você de vir pra esse lugar, com essa roupa e se agarrando com essas duas que na certa estão te oferecendo drogas! – falava em tom irritado.
-- Isso tudo é ciúmes priminha? -- disse rindo e tropeçando tomando o liquido de seu copo -- não se preocupa, posso ficar com você também.
-- Quantos copos desse você já bebeu? – disse tentando manter a calma.
-- Que maravilha as primas mais badaladas da alta sociedade -- interrompeu um rapaz bem vestido com um blazer preto -- Senhorita San'Germany, senhorita Sanches, muito prazer podem me chamar de Jack Friz.
Caroline já tinha ouvido falar de Jack Friz, era um filhinho de papai que começou a servir de isca para atrair os jovens para o mundo das drogas.
-- Estão querendo diversão?
-- Não, já estamos indo -- disse Carol puxando sua prima.
-- Mas ainda está cedo meninas, nem começamos a nos divertir.
-- É Caroline, deixa de ser estraga prazer – Júlia falou livrando seu braço.
-- Está vendo? Sua prima quer ficar -- disse puxando Carol pela mão e a abraçando -- e você dança comigo.
-- Me solta! – falou em um tom alto.
-- Qual é gatinha você dança comigo, e é agora! -- aproximou-se do ouvido dela e sussurrou -- depois eu me divirto com sua priminha loirinha ali que é uma gracinha, e ela está bebendo demais, já já ela vai entrar em outra vibe comigo lá no quarto.
Carol lhe deu um tapa e tentou se afastar, o rapaz a apertou nos braços e a forçou em um beijo. Júlia não estava tão bêbada quanto eles pensavam, apenas estava alegre e um pouco tonta, mas tinha noção de tudo ao seu redor. Assim que viu a cena do abraço de Jack e sua prima pensou que fosse brincadeira, que talvez eles já se conhecessem, mas ao ver o tapa que o rapaz levou, viu que não se tratava de brincadeira e avançou em cima do rapaz.
-- Solta ela. -- disse o puxando pelo ombro.
-- Não se mete loirinha, daqui a pouco é a sua vez, mas agora é com a vadia da sua prima.
Ao escutar ele xingando sua prima, avançou para cima dele lhe acertando um soco no nariz, os dois começaram a brigar, ele revidou com um soco na boca de Júlia a fazendo cuspir sangue pelo corte que se fez por dentro. Carol assim que se afastou pegou seu celular.
-- CADE VOCÊ?! -- gritava desesperada pela briga e o tumulto que começou a se formar.
-- Eu estou entrando.
-- Rápido Júlia entrou em uma briga com o traficante...
Não terminou e teve sua ligação encerrada, os seguranças puxaram Júlia que estava por cima de Jack lhe desferindo diversos socos.
-- Deem um fim nessa vadia! -- esbravejou se levantando
-- Mas senhor, se trata da senhorita San'Germany.
-- NÃO ME IMPORTO, EU MANDEI VOCÊS DAREM UM FIM NELA!
Caroline já estava perto de Júlia mas não conseguia toca-la por causa dos seguranças.
Um rapaz com o cabelo e barba loiro acobreado, alto e de porte forte, seus ombros largos e corpo definido, viu o tumulto e se aproximou encontrando Caroline, e os seguranças que já arrastavam Júlia.
-- Graças a Deus! -- exclamou Carol.
-- Larguem ela agora!
-- Paul? -- Júlia parecia surpresa mas aliviada.
-- Quem você pensa que é para falar assim no meu território seu merd*? -- gritava Jack -- Os San'Germany não são nada aqui!
-- Você não me conhece, mas eu lhe conheço é melhor você mandar soltar minha irmã agora, ou quer que eu mande te prender e fechar essa espelunca? Ela é menor de idade seu idiota nem devia estar aqui!
-- Eu posso dar um fim em você também seu merd*!
-- Faça isso e se verá com meus amigos lá de fora, tenho amigos até na polícia sabia? -- lançou um olhar desafiador -- ou você acha mesmo que eu seria idiota o bastante para entrar aqui sem deixar alguém avisado?
-- Você está mentindo! -- perdia o controle.
--Me escuta bem, você tem exatamente 30 minutos para me deixar sair daqui com minha irmã e minha prima ou as coisas vão se complicar pro seu lado.
O rapaz se assustou com as ameaças de Paul, como saber se tudo que ele falou era verdade? Por via das dúvidas resolveu não arriscar, não podia perder seu negócio. Não podia arrumar complicações para os verdadeiros donos daquele local.
-- Soltem a garota! -- ordenou aos seguranças -- vocês tem 10 minutos para sair daqui.
-- Eu sabia que não iria se arriscar -- disse dando um sorriso irônico -- afinal de contas nós sabemos que quem te ajuda a manter esse lugar é um San'Germany como nós não é?
Júlia já estava nos braços de Caroline que verificava se estava muito machucada, ouviram o que Paul disse e não entenderam, mas não deram muita atenção.
-- O que você disse? -- lhe segurou pelo braço, Jack estava visivelmente assustado.
-- O que você ouviu, agora me escute bem -- disse o pegando pelo colarinho da blusa -- nunca mais, está me ouvindo? Você NUNCA MAIS encoste na minha irmã ou na minha prima, senão sua fonte ira acabar. Nos deixe em paz, finja que não nos conhece.
O soltou e abraçou as garotas, mas ainda ouviram ele gritar que isso não iria ficar assim.
Ao saírem Carol ainda estava visivelmente assustada, abraçava forte Júlia, fora da boate parou no estacionamento perto do carro de Júlia e tocou no queixo avaliando os machucados.
-- Você está bem?
-- Estou Carol, não se preocupe.
-- Vamos meninas antes que eles vejam que eu blefei esse tempo todo -- disse Paul ainda bravo pela situação anterior. -- Onde está o seu carro Carol?
-- Logo ali -- disse apontando na direção que estava -- bom assim que chegarem em casa me avisem, eu vou indo.
-- Tudo bem, e obrigado por tudo.
Viram Caroline entrar no carro e ir embora, Júlia destravou seu carro, e entrou do lado do motorista, Paul sentou-se no carona, saíram do estacionamento da boate e começaram a discutir.
-- Você me deve explicações, o que pensou quando resolveu vir nesse lugar?
-- Olha Paul agradeço por você ter nos tirado de lá, mas não te devo explicações.
-- Como não Júlia?! -- gritou -- se não fosse por mim sabe-se lá o que teria acontecido, e ainda arrastou nossa prima para aquele muquifo.
-- Eu não a obriguei a ir, ela quem foi atrás de mim e...
Não terminou a frase pois bateu o carro em uma lata de lixo que estava na rua e que ela não viu, a bebida deixou sua percepção e reações lentas.
Assim que bateu parou o carro e ela e seu irmão saíram do carro para verificar o estado do carro.
-- Ótimo, menos de duas semanas com o carro e já bateu
-- PAUL NAO ENCHE! -- gritou indo de volta ao carro mas foi parada -- O que é agora?!
-- Me dá a droga dessa chave, você bebeu e não vai dirigir
-- Agora que você percebeu? -- debochou
-- Até quando você vai ser inconsequente Júlia? Hoje foi o limite, você poderia ter morrido, você é uma sem noção, só pensa em si mesma, JA CHEGA!
Júlia lembrou-se das coisas que ouviu do seu pai mais cedo, e agora seu irmão a acusava.
-- Quer saber? vai se catar Paul eu não preciso de você -- disse abrindo a porta.
-- Eu disse que você não vai dirigir -- a empurrou contra o carro com uma certa violência que a assustou, então pegou a chave de suas mãos.
-- Você está louco? Me dá essa droga de chave!
Ele não respondeu e entrou no carro, Júlia ficou extremamente nervosa e entrou no carro pelo banco do carona. Paul se sentia horrível brigando com sua irmã, mas dessa vez ele não iria passar a mão em sua cabeça, ela precisava crescer, imaginava o que poderia ter acontecido com ela caso ele não aparecesse.
-- O que você quer da sua vida garota?
-- Cala a boca Paul, você não é ninguém pra mandar em mim!
-- VÊ SE CRESCE GAROTA! Eu não sou ninguém? -- esbravejou, estava indignado -- eu sou aquele que te salvou há alguns minutos!
-- Você me "salvou" porque quis! -- dizia fazendo sinal de aspas na palavra salvou.
Seu comportamento deixava seu irmão mais irritado.
Estava de madrugada era aproximadamente 03:00 horas da manhã, o carro andava depressa e os dois ainda discutiam dentro dele.
-- Eu não acredito nisso Júlia! -- exclamou Paul extremamente nervoso -- Como você se mete em um lugar desses? O que você tem na cabeça menina?
-- Não enche Paul, eu não pedi para você me buscar.
-- Garota toma juízo o que você quer fazer da sua vida? Eu cansei disso, cansei da sua inconsequência, de sempre te livrar das suas confusões -- aumentou o tom da voz em um quase grito rouco, forte e fatal -- EU CANSEI DE SER SUA BABÁ, você entende? Eu não sou sua babá, sou seu irmão! Você vai terminar sozinha se continuar assim, você precisa crescer Júlia!
-- Paul eu não preciso de você!
-- Cale a boca Júlia! Você faz essas coisas para chamar a atenção das pessoas, mas a única coisa que consegue é afasta-las...
Os ânimos estavam alterados, o carro estava tão rápido que não se conseguia ver as placas, o nervosismo fazia com que andassem bem acima da velocidade permitida sem notar nada ao redor, apenas se deram conta quando ouviram um grito.
-- O CARRO!
Depois disso não se viu mais nada além de um clarão, e por fim a escuridão.
O carro em que estavam foi de encontro com um caminhão. A pista era de mão dupla e pela velocidade que estavam não viram a placa. Ao baterem no caminhão o choque foi tão grande que fez o carro perder a velocidade mas ainda saiu da pista capotando para o acostamento.
Paul e Júlia se encontravam inconsciente, no rosto de Paul havia um corte na testa, e uma possível fratura no nariz, Júlia tinha um corte na região do coro cabeludo do lado direito. O carro estava completamente amassado, uma ferragem entrou bem na linha abaixo do seio direito de Júlia.
O caminhão estava com a frente toda amassada para o lado de dentro, o motorista estava meio tonto, tirou o sinto e saiu do automóvel tropeçando.
********××××××********
-- Alô?
-- É da casa dos San'Germany?
-- Sim.
-- Senhora dois jovens se envolveram em um acidente de carro -- disse a voz de um homem fazendo uma pausa -- Eles estavam em alta velocidade e bateram de frente ao meu caminhão, o carro deles saiu da pista, um Lamborghini.
Enquanto o rapaz falava escutou um choro compulsivo e um "Oh meu Deus".
-- Eu procurei na bolsa da jovem o contato de alguém e encontrei seu documento Júlia San'Germany, e o número de vocês em seu celular, eu já chamei a polícia e uma ambulância, achei melhor avisa-los.
-- A onde vocês estão?
O homem passou o endereço. Quem atendeu foi Lara a governanta da mansão, ela quem criou Júlia, começou a chorar e gritar pela casa para que todos acordassem, se encontrava em desespero, em menos de 10 minutos todos da família se encontravam de pé e na imensa sala.
-- O que aconteceu Lara, pra que esse escândalo?! -- gritou Lorena que odiava ser acordada.
Lara ainda estava em um choro compulsivo, e cozinheiro que também acordou com a gritaria lhe trouxe um copo com água.
-- Diz logo o que aconteceu mulher! -- disse Elisabeth mãe de Júlia.
-- Eu juro que se você não falar agora, está demitida -- esbravejou Otton -- e que seja algo importante.
-- Dona Elisabeth a senhorita Júlia... -- voltou a chorar
-- O que tem a Júlia Lara? Pelo amor de Deus se acalme e fale mulher!
-- Ela sofreu um acidente de carro, parece que bateu em um caminhão, tinha alguém com ela.
-- Como está a minha filha? Onde ela está? -- Elisabeth começava a entrar em desespero.
-- Aqui nesse endereço -- entregou um papel.
Todos se encontravam calados com a notícia, mas Luciano o filho mais velho foi o primeiro a se pronunciar.
-- Tomara que tenha morrido de vez.
De imediato levou um tapa no rosto.
-- Nunca mais fale assim! -- sua mãe estava transtornada -- eu vou até lá eu...
-- Quem mais estava com ela Lara? -- interrompeu Otton abraçando sua esposa.
-- Não sei, seu Otton o rapaz só disse da menina Júlia.
Rebecca ligou para o celular de Paul para lhe avisar do acidente, sabia que eram muito apegados, mas se surpreendeu. Ao finalizar a ligação se voltou para a família e disse:
-- Era o Paul -- dizia levemente alterada e com lagrimas nos olhos -- Era o Paul que estava com ela.
-- O que?! -- disseram os gêmeos Breno e Bryan ao mesmo tempo
-- Eu acabei de ligar para o celular do Paul, quem atendeu foi um rapaz dizendo que ele sofreu um acidente.
-- Meu Deus! -- gritaram Lara e Elisabeth.
-- Elisabeth se acalme, eu vou para o lugar do acidente e você vai nos esperar no hospital. -- disse Otton com calma.
-- Não Otton, eu vou pra lá, vou com você.
-- Elisabeth pelo amor, olhe o seu estado, você vai se acalmar e nos esperar no hospital, lá você só atrapalharia -- disse a convencendo -- e vocês, acompanhem sua mãe, e eu me refiro a TODOS vocês.
Dizendo isso subiu as escadas trocou de roupa pegou a chave de seu carro e foi em direção ao local do acidente.
********××××××********
No local do acidente os bombeiros haviam acabado de chegar, encontraram o rapaz do caminhão desmaiado, foi socorrido e o restante da equipe correu em direção ao carro, a prioridade era salvar as vidas, checaram os sinais vitais de ambos os passageiros.
-- É quase impossível os passageiros sobreviverem à um acidente desse -- disse um bombeiro avaliando a situação do carro -- dois jovens com uma vida toda pela frente.
As pressas começaram a serrar as ferragens na intenção de tirar Júlia que tinha a camisa toda ensanguentada e pulsação fraca, assim que conseguiram retira-la de lá com o pedaço de ferro ainda abaixo do seio, a colocaram em uma maca.
Nesse momento Otton chegou, se aproximou e lhe disseram que seu estado era delicado.
Júlia parecia recuperar a consciência, aos poucos abriu um pouco os olhos e sentiu uma dor alucinante para respirar, pensou ter visto seu pai, em pouco tempo ouviu um barulho distorcido, o barulho lhe fez lembrar uma explosão que se vê em filmes de alta definição.
-- Menina fique calma, vai ficar tudo bem -- ouviu uma voz distorcida, e um rosto desfocado.
Sua respiração ficou cada vez mais pesada e dolorida, sua visão estava completamente embaçada, então apagou, ficando inconsciente novamente.
********××××××********
No hospital todos aguardavam a chegada da ambulância, Elisabeth já tinha bebido mais de cinco copos com água mas nada de se acalmar, de repente viu uma movimentação, havia fotógrafos do lado de fora e pode ouvir os enfermeiros gritarem para as pessoas se afastarem.
Assim que entraram andando rápido empurrando a maca com uma jovem ensanguentada e desacordada, a Imperatriz como todos conheciam Elisabeth entrou em desespero, correu até onde estavam.
-- Senhora se afaste. -- um enfermeiro disse barrando sua passagem.
-- É minha filha -- falava entre prantos vendo a maca se afastar entrando em um corredor restrito.
-- Senhora tente se acalmar -- disse o mesmo rapaz que ainda barrava sua passagem -- o estado da jovem é delicado, mas ela está em boas mãos.
-- Vocês tem que salva-la! -- exclamou vendo o rapaz acenar de forma positiva com a cabeça e logo depois sair em direção a sala de cirurgia.
O choro era tão forte que ela teve que ser abraçada por um dos gêmeos.
Bryan a levou até uma cadeira na sala de espera e continuou abraçado a sua mãe, 30 minutos depois entrou Otton no hospital com uma expressão indecifrável.
-- A onde você estava? -- perguntou saindo do abraço de seu filho e se pondo em pé.
-- Estava no local do acidente -- disse reticente então perguntou -- Como ela está?
-- Na sala de cirurgia, disseram que seu estado é delicado -- falou voltando a chorar, se abraçando ao seu esposo -- ela entrou toda suja de sangue, e com um pedaço de ferro enfiado no abdômen Otton.
-- Eu sei querida -- disse abraçando-a mais forte e sussurrando -- eu sei.
Só então Elisabeth se deu conta que não tinha visto Paul, afinal onde ele estava?
-- E Paul? Onde está Paul? -- perguntou se afastando de seu abraço e enxugando as lagrimas.
-- Querida... -- respirou e continuou com uma expressão indecifrável -- Eu sinto muito.
-- O que? -- sentiu sua cabeça girar.
-- Eu sinto muito querida, ele estava desacordado, sem vida quando o resgate chegou e ao tirarem Júlia pouco tempo depois o carro explodiu com Paul dentro.
Nesse momento Elisabeth perdeu seu chão, seus joelhos cederam e sua visão ficou escura, desmaiou sendo amparada por Bryan que ainda estava por perto.
Nenhum dos irmãos acreditavam, como morto? Sempre ele que foi tão cheio de vida?
Pouco tempo depois ela acordava em uma sala branca com algumas cortinas que separavam os leitos, logo percebeu que era o hospital, não foi posta em um quarto separado por ter sido apenas um desmaio. Desejou que tudo o que ouvirá de Otton fosse apenas um pesadelo, mas percebeu que não era assim que viu Rebecca e Bryan entrando com uma cara de choro.
-- Cadê o pai de vocês? Meu filho, eu preciso ver meu filho!
-- Calma mamãe, o papai já está vindo, a senhora foi medicada é bom permanece deitada.
-- Medicada? Mas eu não preciso de remédio nenhum, eu só preciso do meu filho!
-- A senhora sofreu um desmaio, sua pressão estava muito alta então tiveram que te medicar.
********××××××********
Na ala de cirurgia, os médicos ainda retiravam a chapa de ferro que estava abaixo do seio direito, o corte fazia com que perdesse muito sangue, mas o que preocupava mesmo os médicos era ter atingido algum órgão.
A cirurgia demorou por volta de 8 horas, estavam tentando estabilizar a pressão da jovem que caia enquanto a operavam, depois de muito trabalho conseguiram terminar, seu estado ainda era delicado e resolveram a por em coma induzido.
********××××××********
Uma semana depois.
Havia se passado uma semana desde o acidente, Júlia permanecia no hospital desacordada, a tiraram do coma para que seu corpo reagisse, mas ainda continuava inconsciente.
Um dia depois do ocorrido foi o enterro de Paul, por seu corpo ter sido carbonizado o velório foi feito com o caixão fechado, sua mãe estava inconsolável, todos estavam.
Paul era um rapaz de 19 anos com uma vida toda pela frente, era bonito inteligente e um cavalheiro, sempre envolvido nas causas humanistas, e odiava injustiça, ele estava sempre tentando ajudar as pessoas.
No velório, e enterro havia muitas pessoas conhecidas da família e amigos de Paul por ser um rapaz muito querido a onde quer que fosse, o dia foi de muita tristeza e choro, um dia que para a família nunca seria esquecido.
A imprensa foi proibida, e os pais de Elisabeth deram um jeito de abafarem o caso, e tiraram da mídia, com o prestígio e a influência que o sobrenome San'Germany tinha.
********××××××********
No sétimo dia que Júlia estava no hospital Caroline estava com ela segurando sua mão, esperando que ela acordasse para ver seus lindos olhos verdes e aquele sorriso estonteante, que ela sempre dava.
-- Tigrinha, vamos lá sua preguiçosa ta na hora de acordar.
Segurava sua mão enquanto conversava, contava como estava sendo aqueles dias sem sua presença.
-- Eu sinto a sua falta -- disse suspirando, sentiu uma leve movimentação embaixo de sua mão. -- Júlia?
Novamente a mão de Júlia se mexeu sob a sua, aos poucos via as pálpebras de sua prima mexerem, e a mesma piscar diversas vezes, se acostumando com a luz do ambiente, seu olhar alcançou o rosto de Caroline e aos poucos sua imagem foi ficando nítida.
-- Oi -- Carol disse sorrindo
-- Oi -- a voz saiu baixa em um sussurro e uma cara de dor.
-- Que bom que você acordou -- falou acariciando seus cabelos, retirando sua franja da testa -- eu vou chamar um médico para te examinar.
Júlia não respondeu, apenas viu sua prima sair pela porta, ao respirar sentia dor. Caroline chamou o médico e enquanto ele estava no quarto ligou para a família dela e disse que ela tinha acordado, esperava que algum deles fosse vê-la mas nenhum deles se habilitou.
Desde o enterro de Paul nenhum deles foi ao hospital para ver como Júlia estava, nem sua própria mãe, todos a culpavam pela morte de seu irmão. Viu que ninguém iria vê-la e perguntou como seria o assunto da morte de Paul, Otton lhe disse para contar a ela, suas palavras foram:
"Conte a ela, você mesma pode fazer isso, e diga que ela foi a culpada pela morte dele, e pode dizer também que ninguém da família, nem sua própria mãe queremos ter contato com ela, voltara para esta casa só pelo fato de ser menor de idade."
Após o médico examina-la, disse que sentiria sono e precisava descansar para se recuperar por completo, a dor que sentia era resultado da cirurgia. Logo após a saída do mesmo, Carol pode ficar no quarto com ela.
-- Como está se sentindo Tigrinha?
-- Com dor -- sorriu ao ser chamada pelo apelido -- minha cabeça está doendo e uma confusão de acontecimentos.
-- Descansa amor, já já a enfermeira vem aplicar a medicação.
-- Carol você sabe o que aconteceu?
-- Você sofreu um acidente, mas não vamos falar disso agora. -- não queria entrar nesse assunto agora pois sabia que teria que revelar sobre a morte de seu irmão.
-- Carol eu me lembro de ter ido na boate, eu briguei com o traficante que queria te agarrar, depois disso Paul nos tirou de lá...
-- Shii, depois falamos nisso linda. -- nesse momento em que interrompeu sua prima, uma enfermeira veio administrar a medição. Assim que saiu do quarto Júlia prosseguiu com sua revisão do fatídico dia.
-- Paul nos tirou de lá, eu entrei no carro e comecei a dirigir, então bati em uma lata de lixo no meio da rua... -- foi interrompida novamente.
-- Não foi em uma lata de lixo Júlia -- dizia com cuidado ponderando suas palavras.
-- Foi sim Carol, eu me lembro, nós discutíamos, minha percepção não estava muito boa por causa do álcool então bati na lata de lixo, nós saímos para verificar o carro e, depois Paul nervoso não me deixou mais dirigir, pegou as chaves e foi dirigindo...
Caroline escutava tudo atentamente, não sabia se era confusão mental de sua prima pelo acidente, mas até então ela lhe dissera que era Paul que estava dirigindo.
--... eu fiquei muito irritada e ele também, dissemos coisas horríveis, então eu não lembro direito o que aconteceu, lembro que vi uns faróis em nossa direção, estávamos muito rápido eu gritei para o Paul e só lembro de um clarão, e mais nada... agora acordo aqui.
-- Você está me dizendo que era o Paul quem dirigia o carro?
-- Sim, depois que eu bati na lata de lixo ele assumiu a direção, mas por que a pergunta?
-- Júlia você tem certeza?
-- Tenho Carol, mas por que está perguntando isso?
Após o acidente Otton disse que Paul havia falecido e que o carro explodiu com o corpo dele ainda lá dentro preso nas ferragens, mas também disse que quem estava na direção era Júlia. E para poupar a filha subornou os policiais e o regate para dizer que era Paul quem estava na direção, já que estava morto pelo menos Júlia se veria livre de ir aos tribunais, porem contou a "verdade" a toda família, dizendo que era sua prima no volante aquela noite.
Por esse fato todos da família lhe viraram as costas. Foi tirada de seus devaneios por Júlia.
-- Carol você está bem? -- disse se preocupando com o silêncio da prima -- não respondeu minha pergunta.
-- Júlia na noite do acidente, todos acharam que você estava no volante.
-- Não era eu, mas isso não importa, me diga o que aconteceu?
-- Vocês estavam em alta velocidade e colidiram de frente com um caminhão... -- disse reticente, querendo achar a melhor forma de contar o ocorrido.
-- Um caminhão? Meu Deus! -- exclamou Júlia -- E cadê o Paul? Ele está bem? Eu quero vê-lo.
-- Julia... -- respirou fundo e resolveu acabar logo com aquilo, uma hora ou outra ela teria que saber -- a batida foi muito forte e Paul não resistiu, por sorte você escapou.
A reação de Júlia foi de incredulidade, não assimilava o que tinha acabado de ouvir, seu irmão Paul havia falecido? Não isso não era possível! Ela não podia crer.
-- O que?! -- perguntou com a voz alterar franzindo o cenho -- o que você disse?
-- Júlia, eu sinto muito.
-- Isso não é verdade, não é! -- disse chorando, tentou se levantar mas a dor lhe invadiu -- Ai!
-- Júlia, não tente se levantar, você sofreu uma cirurgia e...
-- Onde ele está? Eu preciso vê-lo -- interrompeu sua prima e tentou retirar o soro que estava a medição.
-- Júlia ele já foi enterrado, você estava em coma. -- disse se aproximando e impedindo-a de tirar o soro e de se levantar -- não faz isso linda, por favor, eu não queria te contar dessa forma mas você tinha que saber.
-- Há quanto tempo eu estou aqui?
-- Vai fazer uma semana.
Júlia não podia acreditar em tudo o que ouviu, chorou copiosamente e Caroline sentou na beira do seu leito e a abraçou deitando-se com ela em seus braços e deixando-a chorar, deixando extrair toda sua dor.
-- Minha mãe, ela deve estar arrasada -- dizia entre soluços ainda nos braços de Carol.
-- Júlia, meu amor... -- decidiu contar tudo o que estava acontecendo, já que era pra doer que fosse tudo de uma vez -- ela realmente está arrasada e...
-- Ela pensa que a culpa é minha não é?
Carol se surpreendeu com a conclusão de sua prima e assentiu com um aceno positivo de cabeça.
-- Sim linda, mas você tem que contar a eles que não era você que estava no volante, Otton disse que era você e todos pensam que você foi a culpada.
-- E fui, se não fosse por mim ele ainda estaria vivo.
-- Júlia, não fala assim não era você que estava dirigindo, todos pensam que sim mas não foi, você tem que contar a eles, eu não sei porque Otton disse a todos tal coisa, mas você tem que desmentir.
-- Não Caroline! Deixem que continuem pensando isso, se não fosse por eu ter ido aquela boate ele ainda estaria vivo, eu fui a culpada.
-- Júlia...
-- Por favor Caroline -- disse a interrompendo -- quero que deixe assim está bem? Não conte nada por favor.
-- Júlia, não me peça isso, não posso deixar que assuma uma culpa que não é sua.
-- Caroline pelo amor que você tem por mim, deixe que as pessoas pensem que fui eu, meu irmão é um herói e vai continuar sendo visto por todos assim... e nada que você diga vai fazer eu pensar ao contrário, a culpa foi minha.
--Está bem --disse por vencida, sabia que não mudaria a opinião da prima -- como quiser.
********××××××********
Dois dias depois Júlia recebeu alta, sua prima queria leva-la para ficar por um tempo em sua casa já que seu pai estava viajando, mas sua prima recusou, achava que como o próprio irmão disse naquela última noite, estava na hora de crescer. E crescer significava ser responsável e arcar com as consequências dos seus atos.
Chegou na mansão San'Germany de manhã por volta das 08:30, sabia que toda sua família estaria tomando café para ir a empresa, toda sua família ou quase toda.
Assim que entrou parou de frente a onde estavam, todos a olharam, encarando-a de forma acusadora.
-- Tem coragem de aparecer por aqui e nos olhar garota? -- gritou Luciano.
-- Eu só quero pedir desculpas, nunca quis que isso acontecesse.
-- Suas desculpas de nada adiantaram, elas não trarão Paul de volta, então trate de guarda-las para você e faça a gentileza de não aparecer mais enquanto estivermos presente nesta casa. -- seu pai cuspia cada palavra com ódio.
Júlia procurou o olhar de seus irmãos e todos a encaravam com um semblante fechando, desviou então seu olhar para sua mãe, e a mesma baixou a cabeça, então se retirou da sala e foi para seu quarto, se jogou na cama e chorou.
Passou uma semana, duas, logo três e Júlia não saia de casa, não recebia as visitas de Carol e nem atendia seus telefonemas, as únicas pessoas com quem falava era com os empregados, e ainda assim só o necessário, se alimentava mal, e vivia dentro de seu quarto em um casulo que criou. Todos os dias mexia em uns álbuns de fotos que tinha, continha várias fotos dela e de seu irmão, eles realmente eram apegados, sempre juntos e confidentes, ela se perguntava como pode ter feito isso com ele?
Logo se passou quase dois meses do ocorrido.
Em um desses dias ela se pegou vendo um vídeo em seu computador dela e de seu irmão em um parque, Paul tocava em seu violão uma música que dizia que as pessoas não podem deixar se abater, tinham que viver pois a vida é única e o que passou não volta mais.
Seu irmão tocava com um enorme sorriso no rosto, e fazia brincadeiras com ela, em uma parte do vídeo ele largava seu violão e a pegava no colo a colocando em seu ombro e saia andando pelo parque com ela gritando e rindo.
Lembrou-se desse dia com lagrimas nos olhos, sentia sua falta, pensou na música que ele tocava do que a letra dizia, ele com certeza não gostaria de vê-la daquele jeito. Ao fim do vídeo ouviu a voz da Caroline, ela quem estava filmando e no fim gritava para eles que eram bobos, e Paul pegava a câmera de sua mão e filmava Júlia enchendo-a de beijos e cócegas.
De repente sentiu saudades de sua prima, se afastou sem nem ao menos lhe dar uma explicação, com certeza a morena estava magoada.
Tomou um banho, vestiu uma camisa simples, uma calça jeans clara, seu tênis e pegou sua jaqueta de couro, desceu as escadas surpreendendo a todos os presentes, lá estavam Josias o motorista, a governanta Lara e o cozinheiro Giorgino.
-- Vai sair menina? -- Perguntou Lara.
-- Sim Lara, vou até a casa da Carol.
-- Quer que eu prepare um carro para a senhorita, ou que te leve? -- disse o motorista se levantando.
-- Não é preciso Josias, não vou de carro -- disse olhando para os lados para ver se encontrava o que estava procurando -- alguém viu meu capacete? Eu só achei as chaves da minha moto, mas o capacete não estava lá no quarto.
-- Júlia você vai sair de moto? -- Lara arregalou os olhos -- é perigoso menina!
-- Não se preocupe Lara, no momento o carro é mais perigoso pra mim se é que me entende -- deu um sorriso irônico -- eu vou tomar cuidado, não se preocupe prometo ir devagar.
Lara ainda estava receosa, percebendo isso Júlia impôs uma autoridade em sua voz, resgatando seu antigo "eu"
-- Então, irão me dizer se sabem a onde está ou eu terei que ir sem ele?
-- Está na área de serviço menina -- informou o cozinheiro.
-- Obrigada Giorgino. -- disse dando um beijo no rosto de cada um deles -- Eu não volto pro almoço ok? E assim que chegar lá eu ligo Lara, desfaça essa cara -- sorriu com o bico que a mais velha fazia, e saiu.
Ao chegar na garagem tirou a lona que cobria as duas motos, a dela e de seu irmão. Sua moto era uma Harley-Davidson CVO Breakout, e a do seu irmão uma Street Glide.
Ganhou de presente de seu irmão com o dinheiro do seu primeiro salário de um negócio próprio que ele tinha aberto, ele lhe deu a moto porque sabia que ela era completamente apaixonada por essas máquinas, e comprou uma para ele também assim poderiam andar juntos. Aprenderam um pouco com um amigo dele a mexer nelas para turbina-las e assim fizeram.
Assim que viu as duas motos ali uma ao lado da outra bateu uma tristeza, mas não deixaria se abater novamente, subiu em sua moto e deu a partida, assim que escutou o ronco da moto sorriu, acelerou e saiu da mansão.
Cada vez que acelerava mais e o vento batia em sua face, sentia uma sensação de liberdade, como se estivesse livre. As motos sempre tiveram esse dom sobre ela, funcionavam como terapia.
Menos de 20 minutos estava estacionando a moto na frente da casa de sua prima, desceu tirou seu capacete e passou da varanda parando na porta e tocando a campainha, o silêncio predominava o local, será que não tinha ninguém em casa? Mas onde estariam os empregados? Tocou a campainha mais uma vez e ouviu uma voz de longe, sorriu por reconhecer a voz, tocou mais uma vez e outra sem esperar apenas para irritar a dona da voz.
-- Já vai! -- gritava a voz se aproximando e resmungava "não sabe esperar?"
Tocou mais uma vez, ela realmente queria irritar a dona da voz, e conseguiu. Caroline abriu a porta e já foi falando com toda a ignorância que conseguia:
-- NÃO SABE ESPERAR OU É SURDO? EU DISSE JA VAI! -- gritou abrindo a porta, assim que avistou Júlia arregalou seus lindos olhos azuis e abriu de leve a boca.
Júlia sorria da reação de sua prima, as duas ficaram se encarando até Carol se recuperar.
-- Você? ... o que faz aqui?
-- Você é sempre brava assim para abrir a porta? imagino se fosse outra pessoa como ficaria -- disse ainda sorrindo da cara de assustada de sua prima.
-- O que faz aqui Júlia?
-- Nossa, pensei que ficaria feliz em me ver -- disse fingindo magoa.
-- Lembrou que eu existo? -- Caroline disse com magoa na voz.
-- Carol me desculpa, eu precisava desse tempo pra mim
-- Você me afastou Júlia! DOIS MESES SEM NOTÍCIAS – disse querendo começar a chorar, e assim o fez.
Júlia sabia que seria difícil, mas não imaginou que ela choraria em sua frente, não aguentando ver sua prima chorando foi até ela abraçando-a, a morena tentou sair de seus braços mas Júlia usou da força e a apertou em um abraço mais forte, Carol então retribuiu e continuou a chorar.
-- Me desculpa linda -- enxugou as lagrimas que escorriam -- me perdoa por favor, não faz assim, não chora porque isso aperta meu coração -- disse pegando a mão da morena e pondo sobre seu peito.
A morena terminou de enxugar as lagrimas e deu um meio sorriso de lado com o gesto de sua prima.
-- Você me perdoa?
-- Você me magoou Júlia, dois meses sem dar noticias
-- Eu sei linda, eu trouxe algo pra você -- tirou da jaqueta uma caixa do chocolate preferido de sua prima, viu que ela deu um sorriso, então sorriu de volta -- é o seu preferido.
-- Sim é -- disse pegando a caixa e abrindo mais o sorriso com os olhinhos azuis ainda úmidos pelas lagrimas a deixando com uma carinha super fofa, mas ela fechou o semblante e disse -- Não pense que pode me comprar com chocolates Júlia San'Germany!.
-- Mas eu já mais pensaria algo assim -- disse fingindo indignação -- como pode pensar isso de mim? Até porque eu sei que você vai me perdoar depois disso.
Falou se aproximando e fazendo cócegas e dando beijinhos por seu rosto pescoço, fazendo sua prima cair em uma gargalhada gostosa.
-- Para Júlia! -- dizia entre gargalhadas -- para eu vou fazer xixi nas calças, para tigrinha!
A loirinha ria de sua prima pedindo para parar e só se deu por satisfeita quando ouviu ela a chamar pelo apelido novamente.
-- Então você me perdoa?
-- E tem como eu dizer não?
-- Realmente você não tem opção -- disse sorrindo -- eu vim te buscar para almoçar comigo.
-- Então você tinha certeza que eu te perdoaria? -- disse fingindo-se de brava.
-- Eu tinha esperanças, agora vamos?
Se abraçaram e foram almoçar ali por perto, colocaram a conversa em dia e marcaram de sair de noite.
-- Eu passo na sua casa para te pegar então.
-- Carol, eu prefiro ir de moto, sabe ainda não consigo entrar em um carro, só de pensar me dá calafrios -- disse baixando a cabeça.
-- Tudo bem, eu te entendo, então nos vemos lá.
-- Certo.
Se despediram e foram para suas casas cada uma com um sorriso enorme.
Ao chegar em casa todos da família se encontravam na sala, ela os encarou da mesma forma que era encarada e sem dizer nada subiu para seu quarto.
Quando já era 23:00 horas pegou sua moto e foi até o endereço da festa que iria com a Carol. Chegou lá cumprimentou os conhecidos, bebeu apenas refrigerante, e ficou sentada conversando com alguns amigos enquanto Caroline estava aos beijos com uma moça da pele cor de canela, eram quase da mesma altura, muito bonita por sinal.
Viu a cena e sorriu sabendo que a noite da sua prima iria ser boa e não terminaria ali, mandou uma mensagem dizendo que já estava indo para não se preocupar e aproveitar a noite ao lado daquela beldade.
Estava saindo da festa quando esbarrou em uma moça que quase derrubou o copo com bebida em cima de si.
-- Desculpa -- a moça disse de cabeça baixa e saiu andando apressada.
Júlia viu quando a garota virou a bebida do copo de uma vez e caiu ao chão, correu até a menina e a levantou, percebeu que ela estava chorando.
-- Se machucou? -- ainda segurava com medo que caísse novamente.
-- Estou bem, desculpa novamente.
-- Está tudo bem?
-- Esta -- sua voz saiu chorosa.
-- Não está não -- disse tirando os cabelos que cobriam seu rosto para poder lhe enxergar.
A visão que teve a paralisou, uma garota de cabelos castanhos claros com algumas mechas douradas, seu olho de um castanho claro, pela carinha de choro podia ver que possuía covinhas. Ficou encantada, se recuperou logo do choque.
-- Vem comigo. -- disse puxando-a pela mão.
-- A onde está me levando? – perguntou deixando-se ser guiada.
-- Calma, só vou te tirar desse lugar para respirar e se acalmar, confia em mim.
A garota foi com ela meio reticentes, como confiar em alguém que nem sabia o nome? Mas sentia segurança em suas palavras, assim que saíram da festa Júlia lhe entregou um capacete.
-- Pegue, eu juro que não vou fazer nada, eu só quero te levar para um lugar que você vai se acalmar.
A jovem aceitou o capacete, e Júlia a levou a um playground perto dali.
-- Um parque de crianças? -- a garota já tinha parado de chorar e estava confusa, por que tinha a levado aquele lugar?
-- Aqui é bom para conversar e do balanço tem uma vista linda, direto para um lago.
Foram até lá e se sentaram, ficaram em silêncio por algum tempo até a loirinha quebra-lo.
-- A propósito, me chamo Júlia -- disse estendendo a mão.
-- Sophia. -- recebeu o cumprimento.
-- Sabe Sophia, é perigoso aceitar carona de estranhos.
-- Eu sei, e agora você com esse papo está me assustando mais do que já estou, você não é uma psicopata, serial killer não é?
-- Não, fique tranquila -- disse rindo do aparente desespero da menina.
-- Você vem muito aqui? – perguntou encantada pelo lugar.
-- Só quando era pequena, e o balanço era o meu favorito, mas era muito lotado de tarde -- disse fazendo um bico que Sophia achou lindo e não pode deixar de sorrir.
-- Esse lugar é lindo.
-- É sim -- disse encarando a paisagem e imaginando porque ela teria chorado mais cedo.
-- Obrigada por ter me tirado da festa, eu naquela hora estava...
-- Não precisa dizer nada linda, e nem agradecer.
Assim que terminou de falar percebeu que ela lhe sorria por ter sido chamada de linda.
Ficaram aproximadamente umas duas horas conversando, descobriu que Sophia era alguns meses mais velha que ela, já tinha feito 17 anos, enquanto Júlia só faria dali uns meses, descobriu também o motivo que ela chorou mais cedo, segundo Sophia foi um babaca que tentou agarra-la a força, ela conseguiu se soltar e saiu chorando, esbarrou em Júlia e bebeu de uma só vez a bebida de seu copo para tentar se acalmar mas ficou tonta.
Trocaram telefones, e Júlia a levou até sua casa, chegando lá desceu da moto tirou o capacete e acompanhou até a entrada.
-- Obrigada por tudo de novo Júlia - disse lançando um sorriso que Júlia achou perfeito.
-- Já disse que não precisa agradecer linda.
Novamente saiu em automático a palavra linda, assim que percebeu ficou vermelha, Sophia sorriu e se aproximou dela dizendo.
-- Não precisa ficar vermelha, apesar que você fica mais linda assim.
-- Eu... eu -- não conseguia produzir uma frase e gaguejava fazendo Sophia dar uma risada gostosa.
-- Não precisa dizer nada.
Assim que terminou de falar a puxou para um beijo, que logo foi correspondido, o beijo foi cheio de paixão, fazendo um encaixe de bocas perfeito. Júlia saiu do seu torpor e a agarrou aproximando mais seus corpos, uma mão foi a cintura de Sophia e a outra puxava sua nuca aprofundando mais o beijo.
A loira foi empurrando a morena para trás até a encostar na parede, desceu o beijo para o pescoço e ouviu Sophia gem*r a puxando mais para si, voltou para os lábios, os sugou e pediu passagem para a língua, que foi concedida, Sophia gemia e sugava mais a língua de Júlia quase a engolindo, quando sentiu a perna da loira se posicionar no seu sex* cravou as unhas no cabelo de Júlia.
-- Va... vamos entrar -- dizia com a voz ofegante e entrecortada.
-- Não -- disse puxando os lábios inferiores da morena com os dentes, logo parou o beijo -- eu já vou indo.
-- Serio isso? -- perguntou indignada segurando o braço da loira para não se afastar.
Júlia a avaliou com o olhar, viu que a outra estava morrendo de desejo, mas não queria uma trans* de uma noite, lançou um sorriso de lado e disse.
-- Você pode ter isso outro dia, eu prometo.
Sophia não acreditou no que estava acontecendo, estava com desejo mas iria ser deixada na mão, estava muito brava mas logo esqueceu sua raiva quando Júlia se despediu com um beijo que lhe tirou o folego e a deixou mole.
-- Você tem meu número -- sussurrou mordiscando o lóbulo da orelha. Se afastou mas ouviu Sophia dizer.
-- Me manda uma mensagem quando chegar em casa, pra saber se chegou bem.
Júlia balançou a cabeça em sinal positivo e arrancou com a moto, chegando em casa mandou a mensagem para avisar que chegou bem e recebeu outra que a deixou com um sorriso de orelha a orelha.
"Obrigada pela noite, você salvou minha noite... Você me chamou de linda duas vezes essa noite, e eu também tenho que te dizer que te achei linda e incrível".
Ficaram conversando por mais alguns minutos, até irem dormir.
Fim do capítulo
Oii moçada *-* ... vamos começar mais uma vez (:
PS: Esta editado da mesma forma que estava antes (se eu não me engano) e então é isso.
Comentar este capítulo:
anonimo42
Em: 26/08/2017
Primeiramente: Parabéns pela história é ótima.
Mas você está despertando ódio no meu coraçãozinho pq a história principalmente não anda mais.
Eu compreendo que você deu um espaço para o roamances secundário e foi interessante por um tempo mas agora ta saturando a história, serio eu esperei mto tempo você volta pra termina e quando voktou me deu mta felicidade mas agr to ficando puta.
Nao me entenda mal eu gosto do outra casal mas como eu disse a história ta ficando saturada com a mudança de foco, a historia da Manuela e da Rachel tem que continuar mas não tanto drama em cima ... vei faz 4 capítulo que a história principal não tem avanço... em questão de errendo o limbo trás a sensação de tristeza das personagens mas podia usar outros recusos, fora algumas coisa que vc levantou e ainda tô esperando pra sabet o que era.
Então pfvr encare como uma crítica construtiva e Foca obrigada.
Resposta do autor:
Eu entendo, eu realmente disse que iria seguir a historia, pois eu iria encurta-la.
Mas pensando bem eu decidi nao encurtar, entao ela vai ter todos os capitulos, e realmente eu nao vou ficar focando em Rachel e Manu nos proximos pois a trama vai andar em torno dos San'Germany, porem tudo o que acontecer referente a Rachel e Manu, vai ajudar a explicar os próximos capítulos seguintes referente a Júlia... esta demorando um pouco pois vou tentar impacta-las haha
Não se preocupe meu bem, O clã vai surgir novamente com toda confusão tipica deles.
[Faça o login para poder comentar]
Oi! Eu tbm achei q foi rápido mas a hora que não estava batendo, por isso pensei que não moras aqui kllk.
Tudo bem. Vamos ver como vai ficar essa festa!
Bjs
Resposta do autor:
Gente eu nao tinha respondido aqui? Pensei qe tivesse haushaus desculpa meu bem haha sim eu moro aqui moro em sp kkkkkkk
Ate a próxima Darque *-*
[Faça o login para poder comentar]
Oi! Eu tbm achei q foi rápido mas a hora que não estava batendo, por isso pensei que não mora as aqui kllk.
Tudo bem. Vamos ver como vai ficar essa festa!
Bjs
Resposta do autor:
Eu ontem tbm andei reparando nessa coisa de horario aqui dos comentarios mas acho q o horario q ta no site q nal ta certo no de brasilia, nao sei haha... mas sou daqui sim haha sou paulistana/caiçara e paranaense mistura louca haha e cap extra ja postado *-*
[Faça o login para poder comentar]
Olá Bianca!
Obrigada por retornar o meu comentário!
Bateu uma curiosidade: vc não mora no Brasil, correto?
Morei que o horário ao qual respondeu, tinha uma diferença de quase 3 horas.
Bjs
Resposta do autor:
eu jurava que tinha te respondido rapido meu bem, desculpe se demorei, eu respondi assim q recebi a notificação de email sobre novo comentario, desculpe pela demora entao <3
E eu sempre procuro responder os comentarios, as vezes demora um pouco mas geralmente to aqui com vcs haha adoro conversar com vcs e saber o q acham, é bem legal *-*
e sim eu moro no Brasil sp pra ser mais exata haha
bjao
[Faça o login para poder comentar]
Mille
Em: 22/05/2016
Oi Bi feliz dia do abraçoooooooooooo
"Um ABRAÇO é a forma perfeita de mostrar o AMOR que sentimos! Faz se sentir bem! É só abrir os BRAÇOS e o CORAÇAO."
Bjus linda autora
Resposta do autor em 05/06/2016:
muito obrigada meu anjooo feliz dia do abraço atrasado pra vc tbm mille, desculpe o atraso rs mas um mega abraço de urso polar que eu sou pra vc haha, beijao anjo *--*
[Faça o login para poder comentar]
Mille
Em: 31/12/2015
Oi Bi tudo bem?
Nesse Ano Novo te desejo:
Felizes momentos que permaneçam ternos por toda a tua vida.
Estrelas brilhantes que irradiem luz deixando que todos vejam, como é intenso o seu brilho.
Liberdade para voar e alcançar os seus mais lindos sonhos.
Incrível visão do certo e errado.
Compreensão e sabedoria presentes em todos os seus momentos.
Igual respeito ao outro assim como o outro a ti.
Dádiva de viver da maneira mais íntegra possível.
Amor puro e verdadeiro.
Desejo de lutar sempre pelo melhor.
Esperança como chave da tua sabedoria.
Saúde para viver intensamente.
Feliz Ano Novo!
Resposta do autor em 15/02/2016:
Mille muito obrigada, desejo a ti também mesmo que seja atrasado rs, Feliz ano novo, e continue comigo *-*
[Faça o login para poder comentar]
Mille
Em: 05/09/2015
Cheguei agora para ficar. Kkk
OOi Bia que bom que sua estória está aqui, e vamos continuar com Julinha enfrentando sr. Otton e cia. Bjus
Resposta do autor:
Oii Mille vamos continuar com a Júlinha sim haha... que bom que chegou pra ficar haushaus <3 ... beijo beijo *-*
[Faça o login para poder comentar]
jo40
Em: 04/09/2015
Sua historia é fantástica.
Adorei o novo site.
Só temos a agradecer a vocês autoras.
Beijos.
Resposta do autor:
Aaah muito obrigada mesmo, que bom que gosta *-*
Eu também gostei bastante do site, graças a Cris né, que bom que ela nos deu esse novo cantinho.
Beijos (:
[Faça o login para poder comentar]
Sem cadastro
Em: 04/09/2015
Adoro sua historia q bom que vai continuar.
Resposta do autor:
Ah muito obrigada, fico muito feliz em saber que gosta *-* ... continuarei sim e continue aqui comigo também combinado? haha até o proximo :)
[Faça o login para poder comentar]
Lari Maciel
Em: 04/09/2015
Minha querida autoraaa,que bom te encontrar por aqui...heheheh
Fiquei triste demais com o fim do abcles...! Estava acompanhando 13 estórias...a sua uma das minhas preferidas... Você sabe...hehehe sou sua fã leitora desde o comecinho... Mas já que aconteceu, fiquei muito feliz com a iniciativa de um novo site...! Espero que as autoras descubram e venham pra ca...rsrs
Você vai postar todos os capítulos?
Beeeeijooo
Resposta do autor:
Lari você voltooooou <3
Fiquei bem triste também com o fim, muito triste, mas é vida que segue né, eu fico muito contente com um novo site onde possamos postar nossas historias e ler outras, a Cris é demais né haha nos ajudou de montão *-*
Vou postar todos os capitulos sim, estou começando agora, ta demorando um pouco mas acho que entre hoje e amanhã ja vai ta postado todos aqui.
[Faça o login para poder comentar]
Sem cadastro
Em: 04/09/2015
Como acompanhava (com bastante ansiedade) suas postagens dessa história, fico imensamente feliz que você conseguiu postar novamente aqui. Sei que vai demorar até chegar no último capítulo que você colocou no outro site,mas vai ser uma espera reconfortante. Parabéns pelo perfeito: "Clã San' Germany".
Resposta do autor:
Aaaah muito obrigada <3
Eu acho que entre hoje e amanhã ja vai ta tudo postadinho aqui até o ultimo cap que eu tinha postado no anterior (acabei desistindo de ir pra faculdade hj e vou arrumar aqui haha) E agradeço por vc acompanhar e comentar aqui a historia, é bem importante pra mim *-*
[Faça o login para poder comentar]
Sem cadastro
Em: 04/09/2015
Ficou otimo
Resposta do autor:
Ai que bom >< ... esta tudo certinho *-*
[Faça o login para poder comentar]
Sem cadastro
Em: 04/09/2015
Adooooorooooo *-*
Resposta do autor:
Gente vcs são demais omg haha obrigada por acompanharem a historia, não terem desistido *-*
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]