O tempo é mesmo o senhor da razão?
Capítulo 2
Quando o elevador parou no decimo segundo andar, Maura saiu e parou em frente ao apartamento 1243. A porta estava entreaberta e lá estava ela na sala. Sentada no sofá, uma mulher morena de olhos cor de mel, cabelos negros, estatura mediana e com um lindo sorriso, a esperava. Sorriso esse que fazia com que a delegada esquecesse todos os seus problemas e aflições. Estela e Maura haviam se conhecido há alguns meses e logo um novo encontro e outro e outro até ficarem intimas. A delegada morava na zona norte no bairro do Jardim São Paulo e Estela morava na zona oeste no bairro de Perdizes.
-- Boa noite meu amor, você já reparou o céu e a lua nessa noite? Perguntou Estela.
-- Sim querida, mas eles não estão lindos como você! Respondeu Maura.
Estela acariciou os cabelos de Maura, se aproximou e a enlaçou num abraço gostoso. Puxou a amada pela nuca e deu-lhe um beijo calmo, porém, apaixonado. Maura não resistia às investidas de Estela. Por mais que quisesse resistir não conseguia. Ela tinha um poder incrível sobre a delegada. Parecia que não era desse mundo. Não que Maura não gostasse de todo aquele chamego, mas cresceu sem conhecer carinho externo. Só havia conhecido o carinho dos pais e quando saiu pelo mundo ficou assustada e agora a namorada, ficante ou caso a amedrontava.
Há pouco tempo atrás em uma conversa com o doutor Montenegro, este falou:
-- Parece até que nem enfrenta bandido, tá com medo de uma mulher? Perguntou Montenegro que era delegado e seu amigo de longa data.
-- Ah Montenegro, vai ver se eu estou ali na esquina! -- Eu com medo de mulher?--Realmente você está equivocado.
-- Eu estou equivocado? -- Só sei que, quem anda de quatro babando por causa de uma certa morena, não sou eu!
E agora ali naquele lugar, ela tinha certeza de que o amigo não estava enganado. Mas porque Maura havia colocado essa barreira? O que aconteceu? Ela sentia que Estela a amava, porém ela sentia medo apesar de também amar aquela mulher por igual.
Só que nada no mundo é por acaso e o destino costuma nos pregar peças tristes, engraçadas e às vezes até hilárias. Aquela famosa frase: “SERIA TRÁGICO SE NÃO FOSSE CÔMICO”, era a mais pura verdade e no relacionamento de Estela e Maura, ela se encaixava perfeitamente. Mas deixemos o atual de lado e voltemos um pouco para trás.
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Avenida Ibirapuera.
-- Atenção viatura prefixo 15202, em QAP?
-- Prossiga Central.
-- Dois elementos seguindo pela avenida em direção ao bairro do Paraíso em alta velocidade em um Astra vermelho com a placa DBC 2287, de Jundiaí-SP
-- Central aqui é a viatura 15312, seguindo pela Alameda Casa Branca em direção à avenida. Qual o QTH dos mesmos.
-- Os meliantes estão próximo da Brigadeiro Luiz Antônio e acabaram de bater em um veículo que estava atravessando essa avenida.
-- Ok 202, nós já estamos chegando!
Quando as viaturas chegaram o estrago estava feito. Os meliantes tentaram sair do veículo, porém sem êxito, pois os policiais já estavam em cima deles e não houve outra alternativa a não ser se renderem e com isso acabaram detidos.
-- Socorro alguém me ajude, por favor!
Nisso um policial que estava próximo ao carro acidentado gritou:
-- Calma moça, nós já vamos tirá-la dai. Os bombeiros estão chegando.
-- O que aconteceu aqui? Perguntou uma mulher morena, de cabelos não muito compridos de olhos claros carregando um distintivo no cinto da calça.
-- Doutora Maura nós prendemos esses meliantes. Mas esses filhos da puta fizeram uma vítima. Respondeu o policial.
-- Quem é a vítima? Perguntou.
-- Uma moça de uns 30 anos. Ela está naquele carro. Presa entre as ferragens e nós estamos aguardando a chegada dos bombeiros.
A delegada se encaminhou até onde estava a vítima e quando viu a mulher que estava nas ferragens do carro, sentiu algo diferente. A primeira impressão é de que já a conhecia de algum lugar, mas é claro que a beleza da mulher a estava fazendo ter devaneios de adolescente. Nisso o som da sirene dos bombeiros a tirou do seu estado de inércia e ela logo falou:
-- Vamos logo tirem essa moça daqui!
Depois dos homens terem serrado a parte de cima do carro e a lateral ao lado do motorista conseguiram tirar a mulher que estava ferida. A delegada acompanhou tudo e quando a mesma estava sendo colocada na ambulância, esta pegou na mão de Maura e respondeu:
-- Obrigada meu anjo da guarda, eu não sabia que no céu haviam anjos tão lindos assim!
Fim do capítulo
Agradeço pelos comentários e espero sinceramente que essa historia esteja agradando.
Um beijo especial a aquelas que não comentam mas nós autoras sabemos que leem as nossas histórias.
Mas o meu agradecimento mesmo vai pra as queridas Lins_Tabosa, Siflima, Juju75 e em especial é claro à minha querida Patty_321.
Obrigada e beijos carinhosos a todas vocês.
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Lins_Tabosa
Em: 06/10/2015
Olha só, encontro inusitado. quando você vai pensar, aconteceu! obrigada pela lembrança, esperando os próximos capítulos!
abrs, o/
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Srta Petrova
Em: 06/10/2015
Ai que legal um abraço especial pra mim rs....
Obrigada querida....e como sempre minha ansiedade ainda vai me matar
Que venha logo o proximo capítulo....
Beijos e parabéns!!!
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