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Competitivus fingidus corporativus por caribu

Ver comentários: 2

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Palavras: 837
Acessos: 62   |  Postado em: 25/06/2025

Competitivus fingidus corporativus

Que a Terra é um lugar terrível, horroroso, povoado com tudo o que há de pior, nós já sabemos, mas pouco se fala sobre as assombrações que existem no mundo corporativo, esse pequeno universo que encarcera numa mesma companhia gente da pior espécie (como os mortos-vivos da produtividade, por exemplo, que andam pelos corredores arrastando seus crachás enquanto cospem metas que mal sabem mastigar). Essa gente está sempre pronta a te olhar com aquela cara de falsa superioridade, ao questionar: “você viu que eu respondi seu e-mail, às 3h48 da manhã?”. Sim, porque essa galera não vive; eles performam, como verdadeiros artistas de uma nota só, donos de seu próprio fã clube falido, fodidos. No fundo, querem aplausos, mas honestamente se contentam com elogios a um slide mal diagramado.

E hoje, que eu poderia perfeitamente estar trabalhando, me vejo impelida a vir aqui dissecar o perfil psicológico e comportamental de um tipo muito conhecido nesses ambientes, preenchidos com todo tipo de vazio. Estamos falando do “puxa-tapete eficiente”, ou se preferir, o Competitivus fingidus corporativus, no nome científico. Seu habitat natural, refrigerado com ar-condicionado, são espaços confinados com mesas e cadeiras do mesmo tom, iluminados com luz fria, que incluem salas de reunião sem janelas, grupos de WhatsApp corporativo (ou do Teams) e LinkedIn (ah, o LinkedIn... essa é simplesmente a rede social preferida desses mal-amados). Ali, postam frases motivacionais sobre liderança e empatia – geralmente no mesmo dia em que colocam alguém na geladeira com um e-mail atravessado.

O “puxa-tapete eficiente” fala sobre entrega, comprometimento e proatividade como se fossem virtudes sagradas, mas só no altar em que ele mesmo é o deus; vive em prece pela própria promoção e não se incomoda em fazer sacrifícios, desde que a oferenda seja você. Na prática, entrega os outros, se compromete com a própria ascensão e é proativo em queimar o próximo na reunião de avaliação – ou até mesmo antes! Tem gente que não espera e te ferra na primeira oportunidade. E na segunda também. E na terceira, na quarta... É uma dedicação completa ao caos, travestida de profissionalismo.

Essa gente, que definitivamente leva o trabalho a sério demais, gosta de parecer ocupada mesmo quando está só ocupando espaço. Eles respiram alto, digitam forte, fazem anotações com cara de compenetrado, como se estivessem salvando o mundo (ou a empresa, que para eles vale muito mais que um reles planeta). Eficientes? Sim, pode ser. Éticos? Nem um pouco. Sempre que podem, falam mal e reclamam de você pelas costas, mas oferecem um sorriso amarelo quando te veem por perto. São os reis da cordialidade forçada: elogiam publicamente e detonam no privado.

Seu excesso de eficiência exacerbada é um verdadeiro espetáculo dissimulado, um teatro fingido de méritos individuais com holofotes voltados para o próprio umbigo. Seu passatempo preferido é puxar o tapete daquele que está começando a se firmar, pelo simples prazer de avacalhar. Provavelmente porque se sentem ameaçados por qualquer brilho que não seja o deles, aí apagam o dos outros antes que alguém perceba.

Veja, não se trata de paixão pelo trabalho. É mais uma carência afetiva com plano de carreira. Gente que troca terapia por check-in no Trello. Que busca pertencimento nos feedbacks do gestor. Que, na ausência de vida, enche a agenda.

O interessante é que, às vezes, esses diabos têm nome de personagem bíblica, falam com voz de desenho animado e parecem saídas de um coral evangélico, desses que cantam sorrindo enquanto te apedrejam com ternura. Jamais levantam a voz angelical, mas esfolam você num áudio de três minutos enviado à chefia, com tom doce e vocabulário florido, cheio de frases como “me preocupa muito” e “fico chateada com esse tipo de postura”.

A postura, no caso, é a sua, mesmo quando o erro foi dele. Porque o “puxa-tapete eficiente” não erra; ele no máximo “teve dificuldade”. E você, ao reagir, é que é agressiva, a maluca, a desajustada. Porque com voz mansa, minha gente, aparentemente tudo se justifica.

Esses filhotes de satanás sabem manipular o ambiente pela passividade; se fazem de santos enquanto empurram os outros para a fogueira inquisidora. Se você se defende, eles se vitimizam. Se você se cala, eles ganham terreno. Se você denuncia, eles oram por você...

Talvez o mais cruel de quem puxa o tapete de maneira eficiente seja isso: não o que eles fazem, mas o que nos obrigam a fazer para sobreviver. Porque diante de tanta mansidão perversa, a gente acaba aprendendo a se calar, a disfarçar e, o que é pior: aprende a jogar também. E assim vai perdendo, sem perceber, o pouco de humanidade que ainda nos resta.

Depois de dez anos trabalhando no silêncio e na calmaria do meu lar, cercada da minha própria respiração, o capitalismo me arrancou de casa e me jogou no mundo gelado dos escritórios. Ali, além do uniforme, é preciso vestir uma armadura também. Porque lá fora a gente não luta só contra os prazos. Luta contra os sorrisos e até mesmo contra quem se diz seu aliado.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Competitivus fingidus corporativus:
NovaAqui
NovaAqui

Em: 25/06/2025

O puxa tapete é um ser infeliz.

A vontade que dá é enrola-lo no tapete que ele puxou e socar a cara dele

Que os bons espíritos te protejam

Bom trabalho 


caribu

caribu Em: 28/06/2025 Autora da história
Difícil dançar essa música, né?

Que os bons espíritos protejam vc também, amém!

Beijos!


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cris05
cris05

Em: 25/06/2025

Perfeito do título ao desfecho do texto!

Deus te proteja da maldade de gente boa e da bondade da pessoa ruim, autora. 

Beijos e siga firme!


caribu

caribu Em: 28/06/2025 Autora da história
Vc sempre querida! S2

Amém, meu bem, que assim seja!

Seguimos firmes! Já, já trago o penúltimo capítulo de TPM.

Beijos, bom fds!


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