A Detetive por Isis SM
Gente todo os idiomas difentes do portuges que aparecem na historia são tirados do google tradutor então se alguem achar erros por favor pode me falar que eu earrumo viu!!!
Capitulo 25
Capítulo 25
A Festa
O grande dia chegou e com ele as minhas preocupações em voltar para minha cidade, Arthur brincava com Dália no banco de trás em sua cadeirinha, ela se apaixonou por ele no instante em que Carolina surgiu com ele nos braços, Mônica havia deixado o menino com ela na noite anterior apenas informando que viajaria por pelo menos duas semanas e que ela aproveitasse o tempo com ele, fico me perguntando se ela é tão insensível ao ponto de não sentir nem que seja um carinho pelo o menino. Arthur solta uma gargalhada gostosa e eu acabo sorrindo com aquilo, encaro Carolina antes de voltar minha atenção para a estrada e ela também está sorrindo e esse sorriso alivia a ansiedade que me cerca a cada quilometro que percorro até a cidade.
_Então ela não vai voltar até a segunda semana de outubro. - Digo séria.
_Ao que parece não, mas se tratando dela eu espero qualquer coisa. - Falou Carolina suspirando ao olhar para janela.
_Mas como vai fazer com o trabalho e suas aulas começando segunda?
_Eu não faço ideia Rubí, ainda estou pensando.
_Bom eu posso ficar com ele no horário da manhã, esse mês meus horários são todos no horário da tarde e noite. - Falou Dália animada.
_Isso seria ótimo, mas minhas aulas são à noite e trabalhando de manhã fica difícil. Acho que vou ter que faltar às primeiras aulas. - Disse dando de ombros.
_Nem pensar, vamos dar um jeito, o Departamento tem convenio com a creche particular que tem na esquina eu posso falar com a coordenadora se você não se importar.
_ Eu não sei... Ele nunca ficou longe da babá quando não está comigo, tenho medo dele estranhar, Arthur é genioso quando quer. - Falou preocupada.
_Bom, pense a respeito está bem?
Carolina assentiu feliz e passamos o restante da viagem conversando e brincando com um Arthur animado, chegamos por volta das 10h30min na pequena cidade de San German no distrito sul de Mewtown City. O lugar ainda era da mesma forma que eu me lembrava, casas de cerca e crianças correndo, andando de bicicleta, sons de música latina enchendo o ar, grupos de amigos jogando dominó em suas calçadas e as ruas decoradas com bandeirinhas e pequenas lâmpadas em tom amarelado, minha casa era a última de uma rua sem saída o que nos deixava com um quintal grande o suficiente para uma festa de família que se tratando da minha era enorme. O tempo não parecia ter passado e era inevitável não ter lembranças de minha infância, papá assando churrasco no gramado enquanto eu andava de bicicleta com as crianças da rua, mamá grávida de Dália tomando sol em uma cadeira enquanto esperava papá terminar a comida ou as festas de fim de ano quando reuníamos a família e tudo era preenchido de vozes altas, risos e cheiros apimentados, não era fácil estacionar na antiga garagem ainda pintada de verde escuro como papá queria.
_Ei Bibi, está tudo bem? - Disse Dália colocando a mão em meu ombro.
_Está... Eu só... Já faz muito tempo sabe, mas vou ficar bem! Vá avisar a mamá que já chegamos e que temos visitas.
_Esta bien, ela já sabe que trouxemos uma amiga só relaxe ok? - Disse ela antes de se afastar indo em direção a casa.
Minha mãe surgiu na porta poucos minutos após Dália, entrar estava como sempre me lembrei dela, cabelos longos castanhos, pose altiva e inabalável. Carolina seguia há alguns passos de distância de mim enquanto nos aproximávamos da entrada.
_ Rubí, al fin decidió regresar a su casa y ver a su madre*. -Disse vindo nos encontrar no meio do caminho e me abraçando. - ¿Y quién es su amiga y ese lindo bebé? * - Falou sorrindo se aproximando de Carolina.
* Rubí, enfim resolveu voltar para sua casa e ver sua mãe. E quem é sua amiga e esse bebê lindo?
_Mamá está é Carolina e seu filho Arthur e eles não falam nosso idioma. - Falei o máximo de simpática que consegui.
_Seja bem-vinda querida, esse rapaz parece estar com fome, venha entre e se sinta à vontade. _Disse nos conduzindo ao interior da casa.
_ Eu "sô" o "Atu", muito "pazer".
Disse Arthur sério com sua voz infantil fazendo todos sorrirem em encanto, minha mãe que sempre desejou ter um neto se desmanchou em amores por ele imediatamente, mal entramos e ela já o carregava em seus braços o conduzindo à cozinha para comer algum dos seus biscoitos feito em casa.
_Carol não se importe se minha mãe for um pouco invasiva ou controladora, ela quando começa não consegue parar e já me desculpo de agora. - Falei apreensiva.
_Não se preocupe, eu não sou tão frágil tenta relaxar é a festa de sua irmã. -Disse depositando um beijo em mina bochecha me fazendo sorrir.
Assim que ela se afastou vi o olhar de minha mãe sobre nós e disfarcei indo colocar nossas bolsas em meu antigo quarto que para minha surpresa estava do mesmo jeito de quando me mudei. A cama de solteiro ainda encostada a parede com janela alta estava forrada com meu edredom dos X-man, as paredes ainda tinham os adesivos que brilhavam no escuro e os pôsteres de bandas que ainda eram as minhas favoritas. Fiquei parada por um momento sentindo toda a nostalgia que aquilo me trazia, sentei na cama e sentia que meu pai fosse bater na porta com seu toque sutil e pedir para entrar, iria se sentar ao meu lado e faria alguma piada ruim para me fazer sentir melhor, depois me faria descer para jantar e fazer as pazes com minha mãe. Dália nem teve oportunidade de passar por esses momentos com ele já que era um bebê quando foi tirado de nós, me concentrei contendo minhas lágrimas e desci para ajudar com os preparativos da comemoração e o restante do dia se passou tranquilo para o bem dos meus nervos, minha mãe pareceu amar Arthur e ele a ela, do lado de fora chegavam nossos primos e amigos de Dália que se encarregavam da comida, bebida e do som, tocava 6am – J Balvin, Farrunko e todos cantavam e dançavam, Dália estava feliz e dançava com Carolina na roda que fizeram, minha irmã tentava ensiná-la como dançar e ela se mostrava uma ótima aluna. Dália era tão boa dançarina quanto minha mãe, na verdade ela lembrava muito minha mãe quando ainda sorria fácil e arranjava motivos para reunir todos, apesar de sua pose dura e sua mania de querer tudo do seu jeito eu sempre amei a forma dela sempre estar alegre o que mudou drasticamente quando tudo aconteceu. Desviei minha atenção de todos quando Carolina se aproximou de mim sorrindo e trazendo um copo com refrigerante e tentei ao máximo não ceder aos seus encantos. A festa seguiu e até consegui conversar com minha mãe sem soltar nenhuma farpa o que era um milagre, Arthur brincava com outras crianças, mas sempre que podia vinha se sentar conosco ele não estava acostumado a uma vida fora de um apartamento.
Durante a festa minha mãe se retirou com a desculpa de que estava com dor de cabeça, era raro ela ficar por tanto tempo no meio de tanta agitação agora, minha atenção estava toda voltada para algo que Arthur me contava quando me chamaram para dançar e apesar de eu negar várias vezes Dália me convenceu a dançar com ela e Alejandro nosso primo que era dançarino, me levantei ainda sem graça fazia anos que nós não fazíamos aquilo, se me lembro bem a última vez que dancei com eles foi no aniversário de minha irmã de quinze anos há pelo menos quatro anos atrás, ele me puxou para o centro da roda com Dália rindo de meu desconforto e ao som de Ozuna – Dile Que Tu Me Quieres, ele nos conduzia a uma dança sensual e envolvente, começamos a dançar e eu já contagiada pela música não disfarçava que minha intenção era seduzir Carolina, Alejandro me conduzia com maestria e mesmo eu sendo meio travada aos poucos me soltava mostrando o molejo que a música pedia e sempre que eu podia encarava Carolina que apenas ria e tentava disfarçar o desejo que sentia, eu ria pois sabia o quanto a estava provocando, mas acredito que apenas ela entendeu o recado pois não tirava os olhos de mim. Assim que a música acabou me sentei ao seu lado sorrindo e bebendo de uma garrafa de água.
_Provoca mesmo, quando voltarmos você estará ferrada senhorita. - Disse Carolina me encarando com olhos brilhantes de desejo.
_A intenção é essa. - Disse piscando e me levantando para falar com alguns conhecidos e não ceder ao seu olhar penetrante. Com o avançar da noite todos já começavam a ir e eu já estava de banho tomado e ajudava minha mãe em silêncio na cozinha, Carolina estava dando banho em um Arthur imundo de tanto brincar e correr pelo gramado. O silêncio foi interrompido por Carolina que chegou à cozinha tímida tentando ser útil de alguma forma, a situação era no mínimo estranha já que minha mãe e ela começaram uma conversa sobre criação de filhos e receitas saudáveis, queria saber se dona Maitê soubesse que estava conversando com sua nora se a conversa seria a mesma, ambas riam e pareciam cúmplices até a mesma soltar uma de suas pérolas.
_Ah seu filho é lindo, por um momento me senti com o neto que Rubí não me deu e espero que Dália demore a me dar. - Disse rindo enquanto lavava a louça.
_Mamá já falamos sobre isso... – Me sentei na cadeira tomando um analgésico para pequena dor de cabeça que começava a surgir.
_Oh querida eu sei que não se sente pronta para ser mãe, mas se estivesse ficado com Juan hoje esse medo já teria passado e eu estaria com a casa cheia de netos.
Torci a boca com a ideia de casar com Juan e com a insistência de minha mãe.
_Carolina, Rubí já foi noiva sabia? E se me ouvisse um pouco hoje viveria bem casada com um advogado bem sucedido e não correndo atrás de assassinos. - Falou resignada secando as mãos.
_Mãe é sério? Mesmo que eu casasse com ele eu nunca largaria meu emprego, é difícil entender que amo o que faço? - Falei chateada.
_ Isso não é emprego para você Rubí eu não a criei para isso. - Falou se alterando.
_E lá vamos nós. - Revirei os olhos chateada.
_Não haja como se eu fosse louca mocinha, esse trabalho só faz você arriscar a vida e em troca de quê? - Disse de forma debochada.
_Eu arrisco a mina vida para deixar o mundo um pouco mais seguro e desculpe se isso não é o suficiente. -Me levantei já estressada com o rumo da conversa.
_Oh querida, seu pai não sonhava isso para você.
_Não fale como se soubesse. -Minha resposta foi seca e me virei para ir embora dali.
_Isso não vai trazê-lo de volta Rubí! Porque não se casa com um bom rapaz e cria sua família? - Falou aborrecida se aproximando de mim.
_Porque eu sou lésbica mamá! – Gritei já alterada pela raiva e recebi um tapa que fez meu rosto arder. _ Eu nunca vou me casar com um bom homem, eu nunca vou ser apenas dona de casa, eu nunca vou cumprir a ideia de filha que você deseja... É verdade eu não vou trazer meu pai de volta, mas posso tirar assassinos das ruas e se isso não é o suficiente para você... Eu lamento. - Falei sentindo as lagrimas se acumularem em meus olhos e saí da cozinha a passos firmes.
Antes de sair de casa ainda ouvi Dália a confrontar e me dei conta que Carolina estava atrás de mim tentando me alcançar.
_Ei, Rubí espera!
_Olha desculpa, eu não deveria ter vindo... Ela sempre faz isso... Avise Dália que estou ligando o carro e que vamos partir logo...
Antes de terminar de falar Carolina me abraçou e eu não consegui segurar as lágrimas e chorei como a muito não chorava. Fomos embora e não me despedi de minha mãe, o clima dentro do carro era tenso e silencioso, Arthur dormia serenamente alheio a tudo em sua cadeirinha e a visão era reconfortante, era fato que eu nunca agradaria a minha mãe, ela tinha uma ideia formada sobre o que eu deveria ser ou como deveria viver a minha vida e eu nem sei o porquê de ainda tentar explicar os meus motivos, pelo menos se havia algo que me impedia de viver a minha história com Carolina plenamente, agora já não havia mais nada a temer. Senti Carolina se aconchegando em meu ombro e a encarei por tempo suficiente para que me desse um selinho rápido antes que eu tivesse que voltar minha atenção para a estrada e aquele pequeno gesto foi o suficiente para que parte de minha tristeza se aliviasse e eu pudesse seguir adiante. Deixei Dália em meu apartamento e segui para o de Carolina eu sabia que ficando em casa minha irmã iria querer conversar e eu odeio conversar quando estou chateada, Arthur acordou assim que entramos no apartamento e foi uma luta até fazer o pequeno dormir, mas foram as horas mais divertidas que eu poderia ter tido.
_Ele é lindo sabia? - Falei ao lado de Carolina o olhando dormir na cama dela.
_Eu sei, ele puxou a mim afinal. - Disse me abraçando por trás. _Porque você não toma um banho enquanto eu vejo se tenho um vinho na geladeira?
Atendendo as ordens de Carolina fui direto para o banho e eu realmente precisava, a água quente batia em meus ombros relaxando cada músculo e me deixei levar por aquela sensação boa até sentir suas mãos frias e seu corpo nu se grudarem em meu corpo me arrepiando instantaneamente, me virei para fitar a profundidade dos olhos azuis que me encaravam com um brilho travesso. Sua boca se grudou na minha antes que eu pudesse protestar e a única saída que tive foi corresponder, o beijo começou lento e se estendeu assim vagaroso por meu pescoço e seios até voltar para os meus lábios onde cedi as minhas vontades puxando-a para mais perto consequentemente a pressionando contra a parede do banheiro, a beijei com força e desejo enquanto suas mãos se perdiam em meu corpo. Carolina ofegou quando envolvi meus lábios e língua em seus mamilos os sugando de forma firme e vagarosa seu gemido, só piorou meu estado e logo voltei a beijá-la com gana e desejo, minhas mãos desciam e subiam por seu corpo a fazendo se inclinar por mais contato ao que logo atendi a penetrando devagar, mas Carolina pedia por mais a cada contato e eu não podia negar a seus pedidos, segurei uma de suas pernas a penetrando forte com dois dedos, seus gemidos tornaram-se mais agudos e a cada gemido eu a penetrava com mais vontade e de forma ritmada até que senti seu corpo relaxar sinalizando seu êxtase, não satisfeita ela ainda me presenteou com seus lábios me levando ao meu ápice facilmente.
Tomamos o vinho na varanda enquanto conversávamos sobre o que faríamos durante a semana, tínhamos a questão de Arthur, a conversa com o advogado entre outras pequenas questões, conversando sobre tudo entre risos e beijos.
_Eu nunca te contei sobre meus pais, não é? – Carolina bebericava o vinho com olhar distante no horizonte.
_Não, mas se for algo que te incomode não precisa. – Acariciei seu rosto e ela deitou seu rosto em minha mão e me encarou por um tempo como se decidisse algo importante.
_Acho que você merece saber, bom eu sempre fui muito feminina e delicada quando pequena e na adolescência não foi diferente, então todos faziam planos para os meus quinze anos e até como seria meu casamento, toda a minha vida era planejada pelos meus pais eu vivia cercada de amigos que eles consideravam certos, frequentava lugares que eles consideravam certos, enfim, eu era a princesinha deles e sempre fazia tudo o que eles queriam. Minha família é aquela bem tradicional sabe, do tipo de se você perder a virgindade fora do casamento é uma desgraça para todos... – Carolina respirou fundo e voltou a olhar o horizonte.
_Quando eu era pequena eu tinha uma melhor amiga que só via nas férias de verão e fazíamos tudo juntas, quando tínhamos entre 13 e 14 anos em uma brincadeira demos nosso primeiro beijo foi um selinho de nada, mas foi o suficiente para que eu percebesse que eu nunca quis aquilo com um menino e provavelmente nunca iria querer, aquela virou nossa brincadeira secreta e eu ficava ansiosa para vê-la de novo, porém depois daquele ano ela não voltou.
– Carolina sorria enquanto contava e eu não fiz questão de interromper.
_Quando ela fez 18 anos ela veio morar com o pai dela, parece que ela e a mãe não se davam bem eu não lembro direito porque eu fiquei tão feliz dela poder ficar mais tempo comigo que não absorvi muito o que ela me contou. Ela era um ano mais velha que eu e agora nós éramos duas adolescentes no auge dos hormônios e não brincávamos mais de nada, quando nos beijamos foi tudo muito intenso e não nos largamos mais, ela me pediu em namoro na mesma semana, era tudo escondido se não iriamos ser mortas por nossos pais então como boas adolescentes vivíamos nos pegando na primeira oportunidade que tínhamos sozinhas, tive minha primeira vez com ela e aquele ano foi o melhor da minha vida até sermos descobertas, em uma noite ela veio dormir na minha casa porque nossos pais tinham ido a um congresso da igreja e não queriam que ficássemos sozinhas e foi a nossa felicidade, mas nos descuidamos e acabamos dormindo nuas na minha cama, minha mãe se sentiu mal durante a viagem e meus pais decidiram voltar no meio da madrugada, quando meu pai foi falar comigo viu toda aquela cena e surtou.
_Então você nunca teve a oportunidade de contar a eles? Nossa eu sinto muito deve ter sido traumatizante. – Acariciei seu cabelo, Carolina apenas riu sem mostrar os dentes e me encarou com os olhos cheios de lágrimas.
_Quando disse a você que havia contado a eles foi para não precisar contar essa parte terrível da história. Eu nunca fui tão humilhada em toda a minha vida, ele me puxou da cama pelos cabelos e me deu uma surra de cinto de couro no meio do quintal e só parou porque minha mãe implorou, ele arrastou minha amiga até a casa dela e no dia seguinte quando o pai dela voltou de viagem ele contou tudo a ele que também tentou agredi-la, mas ela era rebelde e o ameaçou com um faca se ele ousasse tocar nela, no mesmo dia ela foi embora morar com a mãe de novo pelo menos eu acho que foi isso, eu não consegui me despedir dela porque meu pai não me deixou sair de casa, mesmo fingindo que eu não existia, quando tentava falar com ele recebia palavras duras e desprezo e minha mãe nada fez para me defender ela apenas vivia imersa nas suas orações e me forçava a ir a psicólogos como você já sabe. Quando decidi estudar longe ele disse que não era da conta dele o que uma perdida fazia porque a filha dele havia morrido, vim apenas com algumas roupas e o dinheiro que havia conseguido nos bicos que fiz antes de me formar, foram os piores momentos da minha vida e se eu havia morrido para eles então eles também estariam mortos para mim. Entende quando digo que não tenho pais? É porque eu realmente não tenho, nunca mais nos falamos depois que me mudei.
_Eu sinto muito meu bem, eu nem consigo imaginar como foi para você super ingênua começar do zero longe de casa e sem ninguem para conversar ou ser acolhida. – A abracei forte o que ela correspondeu na mesma hora.
_Quando conheci Mônica eu achava que enfim eu teria alguem com quem compartilhar tudo sabe, quando ela sugeriu termos um filho eu aceitei na mesma hora com a ideia idiota que eu teria a minha própria família e o resto você já sabe. – Ela se aconchegou ainda mais em meus braços antes de voltar a se sentar e encher mais um pouco a sua taça e ficamos um bom tempo apenas ali juntas em um silêncio confortável.
Carolina era uma mulher forte e meiga e eu estava completamente apaixonada por ela, me dei conta de que entre mim e Carolina já não cabia mais dúvidas, tudo que eu pensava a incluía e pensar em fazer algo sem ela e Arthur já não era uma opção para mim, eu queria a proteger e lhe dar tudo o que ela merecia.
_Que foi? Ficou quieta de repente. - Carolina me encarou curiosa.
_Nada, só estou pensando. – Bebi da minha taça para ganhar coragem.
_Eu imaginei, você sempre para assim pensativa e eu...
_Você quer namorar comigo? – A interrompi antes que minha covardia falasse mais alto.
Carolina não me respondeu, ficou me encarando surpresa e eu quase me arrependi de ter pedido até que ela segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou, foi algo doce e cheio de sentimentos e quando abri meus olhos lá estava a minha resposta em seu sorriso largo e em seus olhos levemente úmidos.
_É Claro que sim! - Disse antes de me beijar novamente.
Fim do capítulo
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Júlian Costa
Em: 19/05/2024
Nossa, que tenso tudo isso que as duas passam com a família, pior de tudo é saber que nos lésbicas, na maioria das vezes, tem que passar por isso com a família. Ainda bem que o capítulo terminou assim.
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Mara Oliveira
Em: 25/04/2024
Eita que Carolina teve que enfrentar, sozinha jogada a própria sorte...Triste isso.
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