A Detetive por Isis SM
Desculpa o sumiço muita coreria
Capitulo 15
Capitulo 15
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Depois de deixar Carolina em casa fui direto para o DP mesmo faltando ainda duas horas para meu turno começar, estava empolgada e feliz demais para ficar em casa. Cheguei já convocando uma reunião com todos para que pudéssemos tirar conclusões do caso da menina do píer e depois ainda teria que verificar o novo caso que surgira durante o plantão. Assim que Gonzáles e Enzi entraram na sala de reuniões ambos tentaram falar juntos o que me fez rir, pareciam dois meninos empolgados para contar as novidades da aula, pedi que se acalmassem e nesse momento Lisa entrou com algumas pastas que concluí serem relatórios de tudo que já apuramos até o momento.
_ Boa tarde a todos, pelo visto teremos muito trabalho hoje já que estão super animados. - Disse rindo e colocando as fotos no quadro e fazendo todos rirem.
_ Bom não tanto quanto você... Nunca a vi sorrindo tanto depois de uma noite de plantão, normalmente seu humor é péssimo no outro dia. - Disse Enzi em tom zombeteiro fazendo meu rosto esquentar o que Roberto Gonzáles não deixou de perceber.
_Engraçadinho, já que se manifestou por que não começamos com você, o que tem para nós?
_ Bom, a procuração chegou hoje pela manhã e já solicitei que isolassem o barco para averiguação só estou esperando as ordens. - Disse com ar orgulhoso.
_ Ótimo, e vocês? - Disse me referindo a Lisa e Gonzáles.
_Bom eu solicitei as câmeras de segurança e passei o final de semana as verificando e consegui algumas imagens do suspeito, pedi que o pessoal da inteligência melhorasse a imagem da placa do carro do suspeito e...
_Na verdade Roberto eu já fiz isso... - Disse Lisa com cara de culpada sendo encarada por um Gonzáles surpreso.
_Pois diga o que conseguiu Lisa. - Pedi que continuasse afinal ela não iria parar de se antecipar as coisas mesmo então que pudéssemos aproveitar o melhor que ela oferecia e ignorei o revirar de olhos de meu amigo que se calou.
_ Bom... Eu tenho um programa que melhora a qualidade das imagens e como já estava com os vídeos no computador resolvi tentar... E consegui o número da placa, tomei a liberdade e conferi nos registro de carros em atividade no sistema e esse está no nome de Leonel Preston de Ohio. - Disse Lisa meio sem jeito e sendo fuzilada por um Gonzáles aborrecido.
_ Por aí já é suspeito, porque um carro de Ohio estaria rodando em Mewtown City? Verifique se ele tem passagem pela polícia ou algum problema com a justiça mesmo que seja por sonegar imposto de renda, Enzi solicite um alerta do carro e se ele já ultrapassou um sinal vermelho eu quero saber, Gonzáles e eu voltaremos ao píer quem sabe agora alguém tenha algo a dizer.
Continuei a reunião ressaltando informações sobre o motivo do assassinato e assédio sexual, nada me tirava da cabeça que Jenifer não era a primeira vítima, infelizmente esse era um assunto fora de minha jurisdição desde que não houvesse outro assassinato. Eu e Lisa ainda nos demoramos na sala de reuniões averiguando a morte do homem do beco que identificamos como Theo Cooper de 49 anos, o suspeito ainda estava internado devido a complicações com alguns medicamentos ao quais não surtiram efeito devido à grande quantidade de agentes tóxicos em seu organismo e assim demoraria pelos menos alguns dias para que pudéssemos interrogá-lo, o motivo do assassinato ainda era um mistério. Lisa informou que a vítima era viúvo e tinha um filho que morava no Canadá e que já o informara sobre a morte do pai, o mesmo fora frio o suficiente a ponto de dizer que só poderia vir na próxima semana e se caso precisássemos de algo que entrassem em contato com seu advogado ou secretário e finalizou a ligação. Concluí que esse caso mereceria uma atenção maior em breve, no momento tínhamos um caso para concluir e esse poderia esperar alguns dias.
Deixei que Gonzáles dirigisse até onde estava o barco que precisaríamos investigar, durante a viagem me perdi em pensamentos lembrando de Carolina e em tudo que havia acontecido, Roberto falava algo sobre Lisa que eu não ouvia uma palavra.
_ Mas hoje está difícil prender a sua atenção hein... Vai me dizer o que está havendo? - Perguntou Gonzalez em um tom divertido.
_ Não sei do que você está falando... - Me fiz de desentendida.
_ Ah pode ir parando Rubí, nos conhecemos a pelo menos três anos e você ainda acha que pode me enganar? Anda diz com quem andou trans*ndo! - Disse insistente.
Confesso que cogitei a possibilidade de esconder ou inventar alguma mentira, mas eu realmente queria contar como eu me sentia para alguém e ninguém melhor que aquele que já estava ciente de meu drama, respirei fundo e resolvi contar o que havia acontecido.
_ Ok, já que insiste... Eu e Carolina... Eu e ela... Você sabe... Conversamos. - Disse sem jeito.
_ ¡Oh Dios mío! ¡No creo en lo que dijo! - Disse Gonzalez dramáticamente.
_ Pois acredite... - Disse em tom envergonhado.
_ E como foi? Se arrependeu? E ela? Fala logo mulher! - Disse ele agoniado.
Contei com muito esforço sobre a noite passada e como ela agiu no dia seguinte. Roberto ouvia tudo com atenção apesar de sempre questionar algo ou pedir algum detalhe, apesar de seu jeito debochado e despreocupado Roberto se mostrava um bom amigo e eu sabia que poderia contar com ele.
_ Então, agora vocês estão se conhecendo... E quando vou conhecer a mulher que derreteu esse coração de gelo?
_ Ainda não sei, ainda não combinamos nada... Na verdade nem nos falamos ainda, achei que seria muito desesperado mandar algo a ela sei lá, isso é meio que novo para mim. - Disse com sinceridade.
_ Isso é verdade, deixa para mandar uma mensagem de boa noite ou de bom dia caso ainda esteja insegura. - Disse ele dando de ombros.
Acabei confessando a Gonzalez que eu sempre sentia que havia algo diferente comigo e eu não sabia o que era até aquele momento, conversamos um pouco mais sobre se auto descobrir ou em se aceitar e rimos um pouco relembrando antigos casos dele que deram errado, infelizmente o que era bom durava pouco. Assim que chegamos Roberto foi até a administração do local para tomar alguns depoimentos e eu me encaminhei para a embarcação que estava sendo analisada pelos peritos.
_ Olá, me chamo Rubí Valdez detetive da homicídios posso falar com quem está encarregado? - Perguntei para um rapaz que verificava o lugar.
_ Ah claro, por aqui por favor. O rapaz me levou até a cabine da embarcação onde vi uma mulher loira de cabelos cacheados que estavam amarrados em um rabo de cavalo, ela dava algumas instruções a dois ajudantes e parecia irritada.
_ Senhorita Hagen, está é a detetive de homicídios Rubí Valdex ela gostaria de falar com você.
_ Obrigada Simon, pode ajudar o Lionel lá em cima? Obrigada. - Disse a loira antes de voltar a me encarar.
- Prazer em conhecer senhorita Valdex.
_ Na verdade se fala Valdez, é um nome latino e você é? - Perguntei apertando sua mão.
_Oh, perdoe o Simon ele é um ótimo rapaz, mas tem dificuldade com nomes, me chamo Luna Hagen e em que posso ajudá-la?
_ Estou à frente deste caso, como anda a perícia?
_ Bom, não encontramos nada muito suspeito até agora, alguns arranhões e marcas que achamos ser de sangue da vítima, mas só após análise em laboratório poderei dar alguma certeza. - Disse séria.
_ Isso é ótimo, poderia me mostrar onde encontrou essas marcas?
Luna me guiou pela cabine me mostrando prováveis sinais de luta e onde a vítima provavelmente ficou amarrada e fora morta, havia arranhões no piso que poderiam ser provocados por uma cadeira metálica e ao redor havia algumas manchas que eram prováveis ser da vítima ou do agressor, Luna me levou a proa onde encontraram cordas parecidas com as que supostamente foram usadas para estrangular a vítima até levá-la a óbito, porém apenas com uma comparação com as fibras das cerdas encontradas no pescoço da vítima poderiam dar certeza. Fomos interrompidas quando um dos ajudantes a chamou para que verificasse algo que fora encontrado.
_ Encontramos isso entre as taboas da cabine. - Disse Simon a Luna que se aproximou para verificar o objeto. O objeto em questão era uma aliança de ouro, era fino demais para ser de um homem, logo ou pertencia à vítima, ou era do assassino ou havia mais de uma pessoa a bordo na noite do crime. Esse caso que parecia simples se mostrava cada vez mais intrigantes e eu não via à hora de solucioná-lo, o anel foi levado como prova e eu e Luna conversamos por mais algum tempo a respeito de como o crime poderia ter sido executado, depois trocamos números e a mesma se prontificou a me deixar informada caso encontrasse algo novo, nos despedimos e voltei a me reunir com Roberto que parecia alegre.
_Espero que esse sorriso seja de alegria e não de deboche. - Disse ao me aproximar.
_ Bom, depende do ponto de vista... Falei com o administrador e ele me garantiu que não havia ninguém estranho frequentando o cais na última semana.
_ E o que isso tem de tão bom para que você esteja sorrindo? - Disse me sentando ao lado do carona no carro.
_ É que apenas cinco pessoas visitaram o lugar no dia em que o crime aconteceu, eu recolhi alguns nomes, porém um em particular me chamou bastante atenção. - Disse me entregando a lista de pessoas. Olhei nome a nome sem nenhuma surpresa até me deparar em um em particular que precisei ler duas vezes para acreditar, Eleanor Paige...
_ Essa Eleanor é a que eu estou pensando?
_Sim, o próprio gerente me confirmou que a esposa do Sr. Paige esteve aqui no final da noite, ele estava fechando quando ela apareceu de repente dizendo que havia esquecido algo no barco, como eles são clientes há muitos anos o homem não desconfiou de nada e pediu apenas que a mesma não se esquece de trancar a cancela quando saísse com o carro.
_ Puta merd*, quando acho que estou próxima de concluir algo vem mais coisas dessa merd*, bom vamos fazer uma visitinha aos Paige e verificar o que ela havia esquecido de tão importante no barco aquela noite. Durante a viagem até a casa dos Paige recebi uma ligação de Lisa informando que o dono do carro estacionado nas imagens fora assassinado a três anos, logo o cara que estava no vídeo só poderia ser alguém importante para o caso ou até mesmo o culpado, pedi que Lisa se encontrasse com o pessoal da inteligência e que tentasse ter alguma alusão ao rosto do homem misterioso. Tudo estava tomando um novo rumo nas investigações e eu só torcia para que a promotoria não encerrasse o caso antes do tempo por falta de provas conclusivas, recebi um sms de minha irmã dizendo que chegaria à noite e me pedindo para que fosse buscá-la na rodoviária e por um momento eu havia esquecido que a deixara morar comigo durante o período da faculdade, como eu iria levar Carolina para lá agora? Depois eu pensaria em uma forma e como se soubesse que eu estava pensando nela Carolina me mandou mensagens de boa tarde e perguntando se eu estava bem, não demorei muito para respondê-la e só esse fato já me deixou radiante.
_ hoje esse celular ta possuído hein? E pelo brilho no olhar a última mensagem foi da patroa acertei? - Disse Roberto rindo enquanto dirigia.
_Sim é da Carol e não ela não é minha mulher, agora vê se dirigi rápido tenho que volta a tempo de buscar minha irmã na rodoviária hoje à noite. Falar com Eleanor Paige era tão insuportável quanto falar com seu marido e falar com os dois era um pesadelo, em primeiro momento se surpreendeu com nossa visita e pelo fato de queremos falar com ela, depois tomou uma postura arrogante e agressiva que me chamou bastante atenção.
_Vocês não têm o direito de vir a minha casa acusar minha mulher de ter feito algo aquela moça, elas nunca se viram! - Disse Joseph vermelho de raiva.
Revirei meus olhos sutilmente aproveitando que estava virada para a janela e Joseph esbravejava com Roberto e assim que seu show acabou me virei calmamente dando a volta no sofá e me sentando.
_ Bom agora que seu espetáculo acabou precisamos falar com Eleanor a sós e não se preocupe são apenas esclarecimentos, não há nada com que se preocupar senhor. - Disse cruzando as pernas e pegando meu bloco de anotações, Joseph bufou e se retirou do local a passos firmes e sua esposa apenas se sentou em outra poltrona para começar a fazer seu próprio show particular. Roberto questionou sobre o motivo de ir ao píer naquele dia em específico e Eleanor apenas o respondeu que ia pelo menos duas vezes na semana ao local, pegava o barco e pagava a algum rapaz para que a levasse rio acima para que pudesse tomar sol.
_ Mas a senhora foi vista após o horário de fechamento e não há mais sol após as 20h, como me explica que o próprio gerente a tenha visto em tal horário? - Questionei a encarando.
_ Simples, eu perdi minha aliança e só me dei conta quando cheguei em casa e então voltei para pegar. - Disse olhando as unhas.
Respirei fundo para tentar me acalmar, todas as suas respostas eram evasivas e isso estava me tirando do sério.
_ Senhora Paige, eu entendo que esteja desconfortável com toda essa história e acredite queremos finalizá-la para que possamos deixá-los em paz, o que estamos tentando descobrir é como um assassino que enforcou uma jovem que poderia ser sua filha até a morte, um homem que amarrou seus pés em uma pedra pesada para que seu corpo nunca fosse descoberto tenha entrado no barco de sua família sem que ninguém o tenha visto. E se a senhora viu algo suspeito seria muito importante que diga... Agora! - Disse em um tom ameaçador e sombrio.
_ Minha querida Rosa...
_ É Rubí, e gostaria do termo detetive Rubí por gentileza.
_ Ok, detetive Rubí, eu não faço ideia como algo desse tipo possa ter acontecido, mas vou -lhe contar um segredo... Eu não dou a mínima... Provavelmente esta menina se aventurou com o cara errado e por ironia do destino tudo aconteceu em meu barco e é isso que acontece quando não se dá o respeito... Agora se me der licença estou quase atrasada para a academia com licença. - Disse a mulher de forma fria antes de se levantar e nos conduzir até a porta.
Percebi que estava trincando os dentes quando aliviei o maxilar assim que ouvi a porta bater atrás de nossas costas, tudo que eu queria era fazer aquela mulher engolir cada palavra com um soco.
_ Que mulherzinha demoníaca, esses dois se merecem credo, víbora do deserto tomara que morra com seu próprio veneno ridícula desnecessária. - Disse Roberto de modo irritado ao entrar no carro e ligá-lo para que pudéssemos voltar ao DP e com isso me fazendo rir de seu comentário. Antes que pudesse falar algo meu telefone tocou novamente e vi que era Luna, durante a conversa ela confessou que estava com algumas suposições de como tudo ocorreu e pediu que nos encontrássemos com ela e a legista para que pudéssemos analisar e comparar algumas provas com os DNA's encontrados, na mesma hora me lembrei que Dália chegaria logo e eu precisava encontrá-la, então pedi que repassasse tudo para Lisa que iria em meu lugar e como eu desconfiava a própria Lisa se mostrou mais do que interessada na experiência, depois de instruí-la do que eu precisava desliguei e segui a viagem concentrada na paisagem e em meus pensamentos.
Fim do capítulo
hoje vous posta pelo menos 3 capitulos
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Júlian Costa
Em: 25/04/2024
Estou curiosa pra saber quem é o verdadeiro culpado agora.
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Isis SM Em: 23/12/2024 Autora da história
Eu pensei que tinha corrgido vou rever obrigada por pontuar????