Sadie e Abigail
Atravessei a linha férrea chegando às ruas lamacentas da pequena cidade de Valentine. O clima estava fresco. Senti uma brisa gostosa de fim de tarde em meu rosto. Ajeitei o chapéu preto em minha cabeça e depois a cartucheira cruzada em meu peito, observando que precisaria passar no armeiro para abastecer minhas munições.
- Te pago o dobro do que tão pedindo.
Resmungou o sujeito amarrado no lombo de minha égua chamada Névoa, uma puro-sangue árabe branca. Eu devia tê-lo amordaçado. Os procurados que entrego vivos são os que mais me atormentam. Contudo, acabam valendo mais do que os mortos. Ignorei-o e segui a estrada à direita, passando em frente à estação de trem, dentro dela existia uma agência de correios. Do lado de fora havia um cocheiro parado ao lado de sua carruagem pronto para receber viajantes.
Seguindo a rua a direita tinha o Saloon do Keane, um bar todo de madeira, pequeno e sem muitos atrativos. Um pouco mais à frente, num pequeno morro, encontrava-se a igreja de Valentine, branca e alta com um cemitério ao seu redor.
- Vagabunda, ‘cê vai ver só quando eu sair daqui!
- Eu poderia ter te dado um tiro na cara, seu miserável. Pare de reclamar! - Grunhi.
Ele resmungou.
O vendedor de jornais estava anunciando a mais nova notícia, uma quadrilha tinha roubado o banco da cidade. Nos velhos tempos, antes de tudo se desmoronar e vários morrerem, outros fugirem e o Dutch, nosso líder, enlouquecer, os grandes roubos de nossa Gangue estavam sempre sendo noticiados. Naquele momento senti falta de Arthur, meu velho e bom amigo. Tirando meu Jake, ele foi o melhor homem que conheci, foi muito sofrido quando a tuberculose o levou tão cedo.
Dobrei a esquerda, chegando ao gabinete do Xerife. Desci da Névoa, amarrando-a no palanque. Minhas botas afundaram na lama. O sujeito começou a se debater e me xingar. Dei mais um tapa, mas estava bem amarrado com as mãos atrás das costas e os pés que permitiam que desse apenas um paço pequeno. Fiz com que ele descesse, engatilhei minha escopeta de cano curto e disse em seu ouvido:
- Já matei por muito menos. Qualquer brincadeirinha e você já era.
Adentramos no Gabinete do Xerife Malloy.
- Sadie. – O Xerife me cumprimentou. Fumava um charuto, que já estava pela metade. A fumaça e o cheiro forte de tabaco preenchiam o ambiente. – Pode jogá-lo dentro da cela.
Fiz o que ele pediu, o procurado colaborou, tranquei as grades. Guardei a arma no meu coldre em uma das pernas. Tirei o chapéu limpando minha testa de suor, ajeitei meus cabelos loiros e coloquei-o novamente na cabeça. Malloy abriu a gaveta e jogou na mesa 200,00 dólares.
- Pra uma mulher, você até que tá se saindo bem. Passe aqui semana que vem, talvez tenha mais alguma coisa pra você.
Peguei o dinheiro, segurei a aba de meu chapéu o cumprimentando e saí pela porta. Cuspi no chão. “Para uma mulher...”, que cretino. Eu era muito mais habilidosa no gatilho do que muitos homens por aí afora. Já tinha matado muita gente ao longo de todos esses anos. Não me orgulhava disso, às vezes sentia que tinha virado um monstro. Estava tentando andar dentro da lei desde que comecei a viver com Abigail. Focar em apenas trabalhar a procura de pessoas tão ruins quanto já tinha sido.
A cidade de Valentine era repleta de bêbados, prostitutas, criadores de gado, encrenqueiros e comerciantes. Atravessei a rua lamacenta indo até o armeiro e abasteci minhas munições. Subi no cavalo e o conduzi até o Saloon Smithfield há poucos metros dali. De fora já se ouvia as risadas e o falatório alto acompanhados pelo pianista tocando habilidosamente o que era de melhor do Ragtime da época
*Ragtime: gênero musical que surgiu em 1890. https://www.youtube.com/watch?v=FgaOFVuf1q0 *
Subi os 4 degraus de madeira e adentrei pela porta vai e vem. O local estava cheio, encostei no balcão e pedi uma dose de uísque. Havia inúmeras prostitutas se insinuando para os rapazes e com sorte os levariam para o andar superior para ganharem a noite.
Eu não estava muito de bom humor nos últimos dias. Abigail tinha recebido uma carta de John. Ele pedia que eles voltassem, disse que tinha comprado um rancho que ela queria e ainda construiu uma casa para eles morarem. Pediu desculpas pela forma como tratava o Jack e disse que as coisas iriam mudar. Era o pai do filho dela. O que eu poderia fazer?
A partir do momento em que ela se mudou para minha casa, que na época não passava de um pequeno estábulo de tão pequena, eu estava tendo os melhores anos de minha vida. Desde que Jake tinha morrido, eu nunca imaginei que poderia ser feliz novamente, me apaixonar novamente. Eu não sei se ela fazia ideia dos meus sentimentos por ela... Nós tínhamos nos beijado pela primeira vez algumas noites atrás. Eu tomei a iniciativa e ela correspondeu de uma forma tão... perfeita. Aqueles lábios macios, tão convidativos, aquela respiração descompassada, aquele gemido baixo quando a puxei ainda mais pra perto, unindo nossos corpos completamente...
Essa lembrança não saía de minha cabeça, fazia-me sentir arrepios por meu baixo ventre, subindo pela minha barriga, de uma forma que era quase impossível não querer me tocar para aliviar aquela sensação. Imaginava como seria se tivéssemos continuado... Fomos surpreendidas por Jack gritando do lado de fora da casa, interrompendo o momento e não tocamos mais no assunto. Então veio a carta de John para jogar um balde de água fria em mim. Uma carta do homem pela qual ela foi apaixonada por anos e eu não tinha ideia se ela ainda nutria algum tipo de sentimento por ele.
- Mais uma? – O barman perguntou. Eu assenti.
Abi era órfã, cresceu no meio de bares e bordéis. Era uma mulher forte, já tinha presenciado muitas coisas em sua vida. Ela entrou para a Gangue Van Der Linde anos antes de mim, quando ainda era prostituta. Dormiu com a maioria dos homens de lá, todos a queriam e a desejavam. Acabou engravidando de John e se apaixonou por ele. Entretanto, ele não acreditava realmente que o filho era dele, não demonstrava muito interesse no menino, não agia de fato como um pai, o que resultava em inúmeras brigas entre os dois. Uma das quais a fez vir morar comigo à procura de apoio e de ajuda.
Eu tinha cuidado dela da mesma forma que ela cuidou de mim quando meu Jake foi assassinado pelos O’Driscolls. Eu não sosseguei até conseguir minha vingança e matar todos aqueles desgraçados que o levaram embora de mim. Nosso rancho pegou fogo, eles também queriam me matar, mas a Gangue me salvou e me deu um novo lar. Depois disso, me transformei em uma mulher mais dura, até mesmo cruel. Abigail me ajudou, ela cuidou tão bem de mim... Eu estava despedaçada. Nossa amizade foi o que me ajudou a continuar.
Não sei quando exatamente comecei a ter esses sentimentos por ela, mas eles se intensificaram surpreendentemente quando passamos a viver juntas. Eu nunca tinha me sentido assim por nenhuma mulher antes. Abi mexia demais comigo... às vezes com um simples toque, um simples olhar. Eu sentia uma vontade enorme de cuidar dela e protegê-la, tal como a Jack, contra todo o mal que rondava o velho-oeste naquela época.
Abi tinha derrubado todos os muros que construí em volta de mim, tinha curado aquela ferida aberta em meu coração com seu cuidado, seu carinho despretensioso, suas palavras de afeto. Ela me conhecia como ninguém nunca tinha me conhecido antes, nem Jake chegou a me conhecer como ela me conhecia. Às vezes eu me perguntava se ela sentia o mesmo por mim. Às vezes parecia que sim, às vezes ela era uma completa incógnita.
Terminei a segunda dose. Chegaria em casa e falaria a verdade para ela antes que fosse tarde demais. Se ela resolvesse voltar para o John que ela ao menos soubesse que eu a amava. Bati no tampo do balcão com o copo. O barman me serviu a última que tomei num gole só. Joguei algumas moedas no balcão e ele recolheu o pagamento.
Saí do Saloon e dei uma cenoura para Névoa, alisando sua crina. Ela era minha companheira onde quer que eu fosse. Montei e parti com destino a nossa casa em Strawberry. John disse que tinha construído uma casa para ela, mas eu também tinha e ainda por cima, muito antes dele. Abi não podia nem saber quantos roubos a trens e carruagens tive que fazer para colocar aquela estrutura em pé e transformar aquele barraco em um lugar decente para abrigá-la com seu filho.
Já tinha anoitecido quando cheguei à Strawberry, uma cidade montanhosa e isolada, que abrigava uma comunidade pequena de trabalhadores, lenhadores e caçadores. O prefeito queria transformá-la em uma cidade turística e muitos acreditam que ele esconda um grande segredo. Passei cavalgando por uma placa de madeira em formado de arco na estrada com o nome da cidade. A direita existia uma agência de correios e um hotel. A esquerda um armazém, o segundo hotel da cidade e a cadeia local, na qual também conseguia coletar alguns cartazes de procurados. Subi a estrada indo a direita e cavalguei por alguns minutos até chegar em casa.
Eu tinha medo dela ter ido embora. Tinha muito medo de que ela tivesse feito suas malas e me dissesse que iria embora. Isso me despedaçaria novamente. Não sei se conseguiria passar por outra perda amorosa depois de Jake.
Aproximei-me de nossa casa, que ficava próxima a um riacho. Eu tinha muito orgulho de mim mesma por ter colocado aquela estrutura em pé. A casa era toda construída em madeira, tinha muita vegetação ao seu redor e ficava um pouco afastada do centro da cidade. Respirei aliviada por ver algum sinal de claridade pela janela. Levei a Névoa até a pequena baia. Lá também estava o Relâmpago, um Mustang, o cavalo de Jack. Subi as escadas, tirei minhas botas cheias de lama e as deixei do lado de fora. Havia um cheiro gostoso de ensopado no ar. Será que ela tinha caçado?
- Abi? – Chamei-a num tom baixo após abrir a porta. A cozinha estava iluminada pelas brasas do fogão a lenha que ainda não tinham sucumbido. Jack parecia estar dormindo em seu quarto, pois tudo estava silencioso. Ela surgiu segurando um lampião. Usava uma camisola branca que estava um pouco amarelada pelo uso. Estava com os cabelos escuros soltos, caindo pelos ombros.
- Sadie! Você demorou. Fiquei preocupada.
Eu tirei meu chapéu e o coloquei em cima da mesa da cozinha, também de madeira.
- Esse deu um pouco mais de trabalho do que esperava.
Tirei a cartucheira e meu coldre. Ela se aproximou e sem que eu estivesse esperando por aquilo, me abraçou forte, muito forte. Suas mãos passaram por minha cintura, se firmando em minhas costas e ficou alguns segundos com a cabeça apoiada em meus ombros. Eu me permiti ser abraçada e aproveitei aquele momento ao máximo que pude. Afastou-se lentamente. Seus olhos não se desgrudavam dos meus. Aproximou-se me meus lábios e inspirou.
- Você andou bebendo?
- Um pouco. Dia difícil.
- Você deve estar com fome.
- Muita.
- Coma enquanto esquento água para você se banhar.
Fui até a panela no fogão a lenha e me servi. Ela colocou água do poço para ferver em um caldeirão. Jogou mais um pequeno tronco para alimentar o fogo.
- Tá uma delícia. – Elogiei sua comida com a boca cheia.
Ela sorriu com o elogio, mas me advertiu.
- Coma devagar, senão vai ficar com dor de estômago.
Terminei de mastigar e engolir e perguntei:
- Preciso buscar mais lenha amanhã?
- Não, eu já busquei. Não sabia quando você voltaria... O Jack caçou um coelho hoje. - Ela disse orgulhosa do seu filho.
- Ele aprende rápido.
- Sim, logo irá fazer 11 anos. Está ficando grande.
Continuei comendo em silêncio. Milhares de pensamentos na minha cabeça. Como eu começaria aquela conversa? Como diria tudo a ela? Como ela reagiria?
- A água já está quase no ponto. – Ela falou após longos minutos.
Já tinha terminado minha refeição quando me levantei. Levei o caldeirão com água em uma temperatura agradável, de morna para quente, até a bacia de banho em nosso quarto. Ela veio atrás. Encostou a porta. Colocou o lampião na mesa embaixo da janela. Eu então me virei de costas pra ela, um pouco nervosa e comecei a abrir minha camisa.
- Quer ajuda?
Ela perguntou, nem esperou que eu respondesse e senti suas mãos precisas abrindo botão por botão. Deslizou a camisa pelos meus ombros tirando-a. Vi seu olhar parando em meus seios por breves segundos, depois desviou para o chão. Até então era comum fazermos isso, ficarmos nuas uma na frente da outra, tínhamos criado essa intimidade com o passar do tempo, porém passou a existir uma certa tensão entre nós.
Tirei meu cinto o qual tinha uma fivela de um cavalo entalhado. Naquela época não era nem um pouco bem-visto mulheres que usavam calças. Porém eu tinha muito mais agilidade com uma do que com um vestido. Abri a calça deixando que ela caísse ao chão. Eu não consegui olhar para ela, me sentia uma covarde, sentia os seus olhos em cima de mim, não consegui tomar nenhuma iniciativa. Essa forma como ela me olhava... Era impossível que ela também não me quisesse. Ela tinha retribuído o beijo aquele dia, era possível que no mínimo se sentisse curiosa em relação a isso. Não era comum ouvirmos falar de casais do mesmo sex* naquela época, era algo que se existisse ninguém ficava sabendo.
Sentei-me na bacia redonda e não muito grande, com as pernas encolhidas. Eu ainda iria comprar uma banheira um dia para tomar um banho mais espaçoso. Quando estávamos na gangue os banhos eram escassos, apenas quando conseguíamos ir até a cidade tínhamos esse privilégio nas casas de banho localizadas em hotéis. Ou então, se estivéssemos próximos a riachos ou rios.
Ela pegou um caneco e jogou aquela água quente aconchegante em minhas costas. Eu soltei um leve gemido de prazer fechando os olhos. Ouvi seu riso baixo. Depois de algumas noites dormindo no chão, nada melhor do que voltar para casa. Nada melhor do que voltar para ela.
Ela começou a esfregar minhas costas, meus ombros. Tinha amarrado meus cabelos bem no topo da cabeça. O toque de suas mãos em minha pele era deliciosamente perigoso, confortável, necessário.
- Onde você se machucou?
Ela perguntou, vendo um roxo próximo às minhas costelas.
- Eu não me lembro.
Ela correu os dedos pela região, de forma suave, tornando aquele toque uma tortura deliciosa.
- Dói?
- Um pouco. Mas já tive piores.
- Aqui também, nossa, esse está bem pior.
Percorreu o dedo por uma cicatriz recente em meu braço esquerdo.
- Ele tinha uma faca. - Respondi. Ela balançou o rosto negativamente, contrariada, lavou bem a ferida, fazendo-a doer um pouco mais. Ela se levantou, calada. Eu terminei meu banho sozinha e me levantei, enrolei a toalha em meu corpo.
- Quando você sai, eu morro de medo de que você não volte. - Ela disse num tom preocupado.
- Que não volte como?
- Que aconteça alguma coisa com você, que leve um tiro, que seja violentada...
- Isso não vai acontecer, querida. Você mais do que ninguém sabe que eu sei muito bem me virar por aí.
- Eu não sei se adianta falar, mas eu não quero mais que você saia atrás de criminosos por aí, passe dias longe daqui... de mim... - Fez uma pausa. – De nós. O que ia ser de mim e de Jack se você morresse?
- Temos uma boa quantia guardada ainda. Você continuaria vivendo aqui. Se acontecer qualquer coisa comigo, essa casa é sua e de Jack, vocês podem continuar tendo uma vida tranquila.
Quis ressaltar o fato de que a casa era dela. Eu tinha dado duro para conseguir fazer tudo aquilo para agora John chegar e lhe mandar uma carta falando que tinha comprado um rancho para ela.
- Eu não estou falando sobre isso... Não estou falando de dinheiro....
- Do que está falando então?
- Esquece, Sadie, eu vou levar essa bacia lá pra fora... Se quiser pode ir dormir, deve estar cansada.
Segurei em seu braço delicadamente. Ela olhou em meus olhos.
- Diz. - Pedi.
Ela suspirou.
- Eu... eu... me importo com você... Não haja como se não soubesse. - Ficamos em silêncio nos olhando. Ela continuou: - Não haja como se aquela noite não tivesse existido.
Senti uma corrente elétrica gostosa percorrer meu corpo. A noite fatídica do beijo. Continuamos nos olhando. Olhei para seus lábios tremendamente convidativos.
- Você já se decidiu? – Perguntei num sopro de voz, sem tirar meus olhos dela.
- Sobre o que?
- Você sabe. John.
- Eu não sei.
Gelei. Ela não podia ir embora.
- Fica comigo, Abi, não vai, não volta pra ele...
- Por que quer que eu fique?
Eu hesitei.
- Por que, Sadie? – Ela insistiu. – Me diz o porquê...
- Eu não me esqueci daquela noite. - Respondi - Na verdade eu não consigo parar de pensar naquele beijo. Não consigo tirar você da minha cabeça... Há muito tempo venho me sentindo assim em relação a você... Tem sido difícil me controlar perto de você... Sinto uma vontade enorme de te fazer minha... minha mulher.
Acompanhei seu peito subindo e descendo em minha frente. De súbito senti suas mãos em meu rosto, seus lábios contra os meus me envolvendo em um beijo gostoso, instantaneamente ocasionado um turbilhão de sensações dentro de mim. Aquela boca, aquela língua... Segurei em sua cintura, subindo as mãos por suas costas, unindo nossos corpos, minha boca desceu por seu pescoço, ela gem*u. Perguntou entre beijos:
- Você tem certeza de que me quer?
- Eu não consigo parar de te querer, de te desejar...
Ela fez um carinho suave com seu polegar em meu rosto, pousou em meus lábios. Minhas mãos segurando-a junto a mim, já estava cega de tanto tesão.
- Eu era uma mulher da vida, Sadie...
- Eu sei, disso, querida. Eu amo você exatamente do jeito que você é... Jack é o filho que nunca tive... Eu sou imensamente feliz com vocês dois...
Ela me puxou para a cama, fazendo-me deitar-me sob ela. Continuamos a nos beijar de forma intensa. Suas mãos desceram com avidez por meu corpo, querendo se livrar dos panos excessivos entre nós, livrando-me da toalha, deixando-me completamente nua por cima dela, toda molhada ainda pelo banho e igualmente entre as pernas de tanto desejo que sentia por ela.
Nosso beijo era intenso, cheio de sentimentos, tesão, gemidos abafados. Subi minha mão direita por suas coxas, levantando sua camisola, subindo por seu quadril, sua cintura, seu seio direito, enchendo minha mão com sua carne, apertando de leve. Ela gem*u mordendo meu ombro. Me apoiei em meus joelhos, livrando-me de sua camisola rapidamente. Mordi os lábios, com a visão de seu corpo nu, de seus mamilos duros. Seus olhos azuis estavam mais escuros naquele momento. Seus cabelos emolduravam seu rosto de uma forma belíssima. Nem conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo.
Gem*mos em uníssono quando nossas púbis se encontraram de uma forma deliciosamente perfeita. Fui guiada pelos meus instintos, minhas vontades, apesar de nunca ter feito nada parecido antes. Ela entrelaçou nossas pernas, sentindo suas unhas fincando em minhas costas, num beijo molhado, que mal se sustentava. Eu fui me ajeitando por cima dela, procurando a posição perfeita, nossos olhos grudados um no outro. Mordisquei seu lábio inferior e a vi fechar os olhos quando nossos sex*s finalmente se encontraram, uni nossos lábios, os de cima e os de baixo. Eu a sentia tão, mas tão molhada...
Em pouco tempo senti seu corpo estremecer embaixo do meu, seus gemidos foram apenas mais combustíveis para meu fogo. Vim logo na sequência, não conseguindo e nem querendo me segurar. Rolei para o lado na cama, sem desgrudar de Abi. Sua boca veio de encontro a minha, mais um beijo molhado, delicioso. Senti sua mão direita percorrendo meu corpo, meus seios, beijando meu pescoço, mordendo, lambendo. Virou-se ficando por cima de mim, descendo lambendo meu colo, enfiando um mamilo em sua boca, ch*pando, depois o outro.
Senti sua mão direita na parte interna de minha coxa, estremeci. Subiu até meu sex* pulsante e molhado, enfiou dois dedos que entraram com facilidade e eu precisei abafar aquele gemido, colocando meu antebraço em frente de minha boca. O que se transcorreu depois foi muito rápido. Ela começou a descer os beijos pela minha barriga, meu umbigo, descendo, aquela sensação crescente do orgasmo se construindo dentro de mim. Quando senti sua língua me percorrendo, buscando meu clit*ris, seguido daquelas estocadas de seus dedos precisos, eu vim rápido, forte, mordi meu antebraço para não gritar. Ela continuou até minhas contrações internas do pós-gozo cessarem. Subiu novamente pelo meu corpo, em beijos, mordidas, até minha boca. Lambi seus lábios, completamente zonza.
Ela sussurrou:
- Eu também amo você.
Fim do capítulo
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Dessinha
Em: 21/03/2024
Fez-me embrar do tempo que trabalhei em um navio e meu colega de cabine jogava bastante, cito isso porque sua forma de escrever contribui para tele transportar o leitor, acho muito massa como você faz a gente viver isso. Logo no começo eu fui teletransportada para dentro da estória, como alguém que tá vendo de perto tudo acontecendo. Parabéns, querida. Escreva mais quando puder. Foi uma daquelas curtíssimas que parece enorme devido a riqueza de detalhes. Abraços e sucesso!
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Cristiane Schwinden
Em: 15/03/2024
Muito bom! Teremos mais capítulos?

thays_
Em: 16/03/2024
Autora da história
Oi Cris!!! Esse não, foi apenas pra dar um gostinho mesmo :D
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DR3
Em: 07/03/2024
olha, uma menina gamer tbm? red dead é um puta jogo, né!? confesso que quando joguei e vi a Sadie depois de td o que aconteceu com ela, queria que ela tivesse uma namoradinha no jogo hahaha.. aí entro aqui e vagando pelas histórias, me deparo com essa falando justamente disso. valeu aí!

thays_
Em: 07/03/2024
Autora da história
Nossa, nem me fale, é um dos melhores que já joguei. Fechei duas vezes e ainda me deparo com coisas no mapa que não tinha visto antes, é surpreendente!
Fico feliz que tenha gostado! :D

DR3
Em: 07/03/2024
sim, cara! red dead 2 é um dos melhores jogos que existem. só não é meu top 1 pq esse lugar é de the last of us hahaha
imagina,valeu por escrever mesmo ;)
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Marta Andrade dos Santos
Em: 28/02/2024
Eita pegou fogo.

thays_
Em: 28/02/2024
Autora da história
;D
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Lea
Em: 28/02/2024
Que noite quente! Adorei esse casal.
Boa noite, Thays!
Obs: Depois de (Amada Amanda. Sou apaixonada nesse casal,nessa família.),me senti até órfã de suas histórias!

thays_
Em: 28/02/2024
Autora da história
Oi Lea!! Que bom ver seu comentário!
Fazia muito tempo que não entrava no Lettera, vamos ver se minha vontade de escrever está de volta kkk
Obrigada por sempre me acompanhar por aqui! :D
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thays_ Em: 22/03/2024 Autora da história
Oi Dessinha, que bom ver vc por aqui! Vc trabalhou em um navio! Deve ter sido mto legal! Fico lisonjeada com seu comentário! Já estou com outro conto na cabeça esperando pra ser escrito kkk abraços!!