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Ao Norte de lugar nenhum por shoegazer

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Palavras: 2140
Acessos: 1631   |  Postado em: 16/02/2024

Quem é Teodora?

Atrás da loja, tinha uma pequena porta que dava para um espaço como área de serviço, mas que na verdade dava para dentro de uma espaçosa e aconchegante casa, ou pelo menos a primeira impressão que ela dava.

Parecendo ter saído de uma revista de arquitetura hippie, o lugar cheirava bem como ornava bem em todos os seus sinuosos detalhes. Panos tingidos em mandalas infinitas estavam penduradas como cortinas, o cheiro de incenso espalhado pela casa e o carpete macio que assim consistia, que me fez tirar os sapatos e sentir aquela textura tão fofa e convidativa abaixo dos meus pés.

As estátuas de divindades hindus, vegetação abundante pela casa e um espaço totalmente ventilado fez eu me sentir entrando em outra dimensão diferente a qual vivia, em um outro tempo, já que os acessórios vintages as quais só tinha visto em fotos ou ouvido falar estavam colocados de forma quase estratégica, além das prateleiras de livros.

No meio de tudo isso, um videogame na sala em uma televisão que não era de última geração remeteu, assim como as lembranças do ensino fundamental, lembranças da infância que passava na casa dos meus primos.

Mas, logo na cozinha, me deparei com dois senhores que deveriam se tratar dos pais deles. O senhor, que usava bigode e tinha o cabelo ralo bagunçado, além de roupas folgadas com estampas diversas, me olhava curioso e logo lançou um sorriso em minha direção.

— Bom dia.

— Bom dia – respondi educadamente, apesar de me sentir constrangida em estar na casa de pessoas a quais sequer conhecia.

A mulher, que arrumava verduras em um balcão, passava as mãos pelo longo vestido também estampado e cerrou os olhos ao notar minha presença, indo até onde eu estava.

— Olha, temos visitas!

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ela me abraçou firmemente, deixando evidente de onde vinha o favoritismo de fragrância cítrica da casa.

— O Cris não falou que vinha uma amiga dele para cá – o senhor continuou a falar. Olhei para ele como um pedido de auxílio sobre a situação, o qual ele logo notou dando um pigarreio.

— Ela não é bem minha amiga, pai.

— Sua namorada, então? – disse a mulher, segurando meus ombros, com o trejeito ainda mais animado. Se antes eu já estava constrangida, quando ouvi aquilo, me senti ainda mais.

— Não, mãe – ele negou rapidamente com a cabeça, tão envergonhado quanto eu – nada disso.

— Então, o que seria? – a mãe cerrou as sobrancelhas, curiosa, olhando para Cristiano.

— Ela – ele apontou para mim, com as compras em mão – pode explicar isso melhor do que eu.

A mãe dele soltou meus ombros devagar, mas não estava temerosa ou algo relacionado a isso. Pelo contrário, foi até a geladeira, pegou uma jarra de água com dois copos e me convidou cordialmente para que eu a acompanhasse até o jardim de casa.

A casa deles me deixava ainda mais deslumbrada, principalmente sobre o jardim que tinha lá. Uma pequena mesa no centro do pátio que dava ao jardim que mais parecia com um bosque, sem contar as flores dos mais variados gêneros ornando aquele espaço, tanto pelas trepadeiras como as que tinha junto ao gramado. Um lugar bem cuidado, majestoso e que, com o bater da brisa do vento daquele dia quente, o cheiro das flores e tudo que consistia naquele espaço invadia seus sentidos.

Ela sentou-se na cadeira de ferro ao lado da mesa redonda também de ferro, tomada por detalhes e da pintura branca descascada, sentei à sua frente.

— Então... – ela serviu a água com limão para si e outra para mim que, por costume, não aceitei tomar em um primeiro momento – Você é a...?

— Teodora – dizia com o olhar baixo, sem ter qualquer tipo de intimidade em olhar diretamente para ela, por mais solícita que parecesse.

— Prazer, Teodora, eu sou a Cíntia – ela apontou para si – mãe daquele rapaz que você já conhece – seu tom de voz era maternal e querido.

— Eu...imaginei – concordei com a cabeça.

— Então...Você está mochilando?

— Mais ou menos...

Ela deu mais uma golada na água gelada, no qual o copo deixava despejar várias gotas por conta do clima.

— Eu... – peguei o telefone, colocando em suas mãos – estou procurando esse homem.

Cíntia ajeitou os óculos que eram presos a um fio e olhou com atenção para a imagem e, quando reparou do que se tratou, não conseguiu esconder sua surpresa, deixando-a mais nítida na medida em que olhava para a foto e para mim por mais de uma vez.

Colocou o telefone no meio da mesa, apoiando os dedos contra a sua boca, pensativa.

— Posso fazer uma pergunta pra você, Teodora? Se não for incômodo, claro.

— Claro.

— O que ele é pra você? – ela apontou para o telefone, ao qual peguei de volta.

— É... meu pai. A senhora o conhece?

— Conheço – ela cerrou as sobrancelhas, mais perplexa do que pensativa – muito bem. O Tadeu é um amigo querido e...

Senti uma pontada de esperança vir até mim novamente, porém a senhora continuava com a impressão chocada demais com tal informação. No entanto, ela parou de falar e apontou para atrás de mim.

— Alfredo – ela disse em bom som – você pode vir aqui, por gentileza?

O senhor de bigode foi até nós, com o mesmo olhar animado.

— Sim?

— A moça está falando que é filha do Tadeu. Certo, Téo?

Concordei com a cabeça novamente, só que dessa vez, Alfredo que olhava com a mesma surpresa que a esposa.

— Tadeu? – ele sentou ao meu lado, olhando para a esposa – O Tadeu Moreira?

— Sim – Cíntia virou para mim – querida, pode mostrar aquela foto para ele?

— Claro – peguei o telefone novamente e mostrei a imagem para ele, que se manteve do mesmo jeito. Por conta da impressão de ambos, a pontada de esperança que eu tinha começou a se tornar um temor.

— O que tem de errado com ele? – perguntei olhando para eles.

— Nada, querida – ela negou com a cabeça de imediato – só que...é muito estranho para nós essa informação.

— Por que? – continuei a perguntar, mais suplicante pra saber qualquer coisa do que por mera curiosidade.

— Nós o conhecemos desde a adolescência – Alfredo dizia, passando a mão pelo rosto – e nunca ouvimos falar que ele tivesse algum filho.

— Você pode contar melhor sobre isso, Téo? – disse Cíntia – O que você sabe.

Suspirei e expirei fundo, enquanto os via olhar pacientemente para mim.

— Bem... – dei com a mão direita para o alto – eu não sei muita coisa, pra falar a verdade.

— Mas o que tiver para falar, será muito bem recebido – disse Alfredo, ainda olhando para mim. Tanto ele quanto Cíntia não pareciam me julgar ou tratar aquilo com estranhamento.

Deixei o ar quente escapar pela minha boca e dei com os ombros. Desde que tinha chego ali, aquele casal era o mais próximo de informações que eu tinha sobre o meu pai e, principalmente, onde parecia que eu ia ser realmente entendida.

— O pouco que sei é o que minha mãe me contou...Ele foi passar uma temporada na nossa cidade, então eles se conheceram, namoraram, só que ele foi embora e depois de uns dois meses, um, não tenho certeza, ela soube que estava grávida de mim... – engolia em seco – E foi isso.

— E ela não contou nada pra ele? – perguntou Cíntia.

— Não, porque... – cerrei as sobrancelhas, passando as unhas devagar pela tinta descascada – Ela sempre disse que não precisava de um pai. Eu só soube dele recentemente.

Eles entreolharam-se em silêncio.

— Então você não faz ideia de quem seja o seu pai? – Cíntia voltou a perguntar – Tipo, não sabe o que ele faz, quem ele é, nem essas coisas?

— Não, senhora – neguei com a cabeça – eu só sei o nome, sobrenome e que ele é daqui. Não consegui encontrar muita coisa pesquisando também. Eu não saberia dizer nem se ele ainda é vivo.

— Minha filha – Cíntia continuou a falar, olhando com curiosidade – então você está dizendo que veio pra cá aventurar procurando um pai que nem sabe exatamente quem é? Sem lugar pra ficar nem nada?

Concordei com a cabeça.

— Cheguei mais cedo, e sobre lugar pra ficar eu...Ainda estou procurando – voltei a passar os dedos na parte descascada, encarando o que fazia.

— Mas conseguiu falar com ele? Por que se não, podemos fazer isso por você.

— O senhor conseguiria? – senti um fio de esperança tomar conta de mim – Sério?

— Vou ver se ele está na cidade pra vocês se encontrarem.

Eles concordaram animados, e logo foi pegar o telefone. Ele entregou pra mim e lá estava o número dele. Meu coração bateu mais rápido e suei frio. Não acreditei que ia conseguir falar assim com ele, mas, logo que atendi...

O balde de água fria veio junto, que deve ter ficado evidente no meu olhar, já que eles me olhavam confusos. Uma mulher atendeu e disse que ele só estaria na cidade depois de duas semanas e que estava pro exterior. Não tive coragem de dizer quem eu era.

— O que aconteceu? – perguntou Cíntia assim que desliguei e entreguei o telefone pra Alfredo.

— Ele não... está – pressionei os lábios, cerrando as sobrancelhas – Está pra fora. Por quê?

— É, você realmente não o conhece – Alfredo dizia com as sobrancelhas cerradas, levantando-se e dando alguns tapinhas reconfortantes na minha costa antes de sair – Isso é bom. Foi até bom você não comentar esse parentesco logo. Foi inteligente, de verdade.

— Não se preocupe, querida – Cíntia colocou a mão sob a minha notando que eu olhava cada vez mais perdida para a situação – ele é uma boa pessoa. Você vai amar conhece-lo.

— Mas, eu não tenho dinheiro o suficiente pra ficar aqui – pressionei os lábios – era só pra conhece-lo mesmo e ir pra casa...

Me sentia péssima. Tinha vindo de tão longe e com tantos pensamentos pra dar de cara com minha imprudência, mas, no fundo, agradecia por ter os encontrados.

— Mas você veio de tão longe pra voltar sem conhecer?

Dei com os ombros, como se tivesse sendo derrotada. Cíntia apoiou-se na cadeira, os dedos apoiando-se no queixo por vários segundos, pensativa.

— Não vai ser necessário – ela deu um sorriso amigável – você fica conosco até resolver esse problema.

Não acreditei no que tinha ouvido em um primeiro momento.

— Eu o quê?

— Disse que você fica com a gente até resolver esse problema.

— Sério?

— Claro que sim, querida – Cíntia deu um largo sorriso – você é uma boa pessoa, percebi no momento em que vi você, e outra, se você é filha do Tadeu, é muito mais que bem-vinda aqui.

— Como a senhora tem essa convicção? – levantei uma das sobrancelhas, questionando-me. A vida onde eu morava me fazia ser desconfiada com todos, por mais que fizesse ações que mostravam o contrário.

— Você é a mesma coisa de estar vendo-o mais novo, foi a primeira coisa que notei assim que te vi lá na sala – ela concordou com a cabeça, levantando-se e indo até o meu lado – então, vamos?

— Poxa, não sei nem como agradecer – não conseguia conter a felicidade em minha voz – se tiver algo que possa fazer...

— Não se preocupe com isso agora – ela deu com as mãos para o ar enquanto caminhávamos de volta para a casa – preocupe-se só em descansar por ora.

— Certo – assenti com a cabeça, ainda meio inebriada pela situação ter tomado um lado positivo ao qual não esperava.

— E aí? – perguntou Cristiano assim que nos viu.

— Ajeite o quarto das visitas que temos uma – Cíntia disse para Cristiano, balançando seu queixo no momento que viu o sorriso dele em seus lábios, olhando para mim.

— Sério? – ele perguntou para mim, que concordei com um aceno. Cristiano mostrou-se tão empolgado quanto eu, seguindo caminho por um corredor.

Peguei minha mochila que estava na sala e os acompanhei, mas antes que entrássemos no quarto, Cíntia foi até mim.

— Se não se importa, Téo, qual é o nome da sua mãe?

— Elisa – puxei o telefone do bolso e procurei uma foto com ela, mostrando para Cíntia, que se manteve surpresa por um momento, mas logo deu um sorriso acolhedor novamente.

— Certo, vamos logo te acomodar então.

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Quem é Teodora?:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 16/02/2024

Ola, adoro essa história.

Bom retorno autora.


shoegazer

shoegazer Em: 16/02/2024 Autora da história
Obrigada por sempre estar me dando esse apoio, Marta!


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