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Doce Magnólia por shoegazer

Ver comentários: 3

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Palavras: 1056
Acessos: 276   |  Postado em: 16/01/2024

Capitulo Único

Aquele dia não tinha nada de diferente dos habituais.

 

Esperei por cerca de quinze minutos o ônibus atrasado, já cansada do dia longo da faculdade. O dilema entre trancar e continuar pra agradar minha mãe me massacrava silenciosamente naqueles dias nublados. Lembro de ter feito o de sempre, de subir aquelas escadas empoeiradas, passar o cartão no leitor e me sentar no fundo. Tive a sorte de ter conseguido um lugar sentado e pra mim aquilo já estava de bom tamanho. Fiquei do lado esquerdo, encostada na janela. Coloquei os fones de ouvido, a música no volume máximo e deixei com que meus pensamentos me guiassem.

Era o único momento do dia que realmente podia pensar, longe de tudo e todos que assolavam minha mente. Me questionava se aquilo tinha que ser minha vida. Acordar, tomar café sem trocar uma palavra com meu pai, ir pra um estágio que não queria e seguir pra uma faculdade que detestava. Via os dias correrem, assim como as semanas e os meses sem fazer nada. Quantas coisas não fazemos por fazer? Isso quando não fazemos pra agradar os demais porque não conseguimos nos agradar, e acabamos perdendo aquilo que sequer sabemos que temos.

Estava muito angustiada, entalada com aquela sensação de não saber se um dia eu já fui eu mesmo. Fazendo um ano de vida, os planos de mudanças sempre deixados pra depois, maus hábitos que insistiam em estar ali, uma segunda-feira cheia de esperanças de algo melhor que nunca chegava. Era covarde demais, insegura e receosa, e aquilo começava a me sufocar. Pra mim toda semana era o fim do mundo por não conseguir fazer nada por mim, vindo de mim, e toda madrugada eu tinha repentes de coragem que sumiam assim que amanhecia o dia.

Ver as expectativas altas que criamos pra nós mesmos e ver a realidade destroçar cada um dos nossos sonhos, pouco a pouco, até não sobrar mais nada e te colocar à prova do quanto está disposto a sacrificar por algo que realmente gosta. Na maioria das vezes, desistimos no caminho. Eu sou uma dessas pessoas.

Era uma dessas adolescentes com um pé na vida adulta cheia de inquietações e questionamento quando uma garota sentou do meu lado. Fones de ouvido, jaqueta, cabelos sem corte e uma cara taciturna. Uma pessoa qualquer, provavelmente vindo da faculdade vizinha. Ela não disse nada, eu também não.

Só que aquela não era uma situação habitual. Estava frívola desejando algo a mais na minha vida. Qualquer mera distração me servia, e comecei a ser invadida pela ideia que poderia puxar assunto com aquela garota. Ou rir, dar um empurrão, qualquer coisa, mas seria uma ação diversa na minha vida, mas, não. Continuei inerte.

Tentava evitar qualquer tipo de contato visual, mas, uma hora, acabou sendo inevitável.

E foi ali que aconteceu algo que nunca mais saiu da minha cabeça. Ela estava ouvindo exatamente a mesma música que eu, da minha banda preferida. Era difícil ver alguém curtindo o mesmo som do Grateful Dead.

Sentia que deveria puxar assunto, nem que fosse pra falar que aquela música era boa, ou que tinha bom gosto, sei lá, qualquer coisa. Mas, só me prestei a encarar ela de relance, olhar pra tela, vendo aquelas faixas, uma melhor que a outra, sendo passadas pelo toque de seus dedos.

Imaginei todo o cenário da conversa, mas não conseguia. Simplesmente não parecia importante ou interessante o que tinha a dizer, e isso me deixou pior. Encarei pro lado de fora tentando me distrair a todo custo, mas fui atraída por aquela situação, não pela pessoa em si de fato.

Sua cabeça se permanecia abaixada, um e outro olhar correspondente, curioso, até que notou aquilo estampado de forma pouco tímida. Seus olhos se arregalaram e sua boca ensaiou dizer algo, mas não aconteceu. O esqueleto com sua marcante coroa de flores em meu braço, símbolo reconhecível por qualquer fã da banda.

Então senti aquilo. Uma hesitação que queimava entre lábios cerrados em meio a tensão no ar. Parecia que pensávamos do mesmo jeito, mas, se tratava de duas covardes respirando o mesmo ar morno. Ela queria falar, mas não sabia como, e eu também não. De morno, se tornou elétrico. A garganta estava seca, raspando entre palavras que queriam sair, mas eram engaioladas naquele dilema de falar e não falar, em como falar, em como hesitar...

Por que temos tanto medo de mudanças, por menores que sejam? O que estava faltando pra mim? O que tinha a perder, afinal? Mas, essa é uma pergunta a qual só tenho agora a resposta: nada. Eu não tinha nada a perder, porém, isso segue pra uma pergunta a qual não tenho resposta.

Quando pareci ter tomado coragem pra abrir a boca e separar meus lábios, ela se levantou e cedeu o lugar pra pessoa que estava em pé do nosso lado, se entranhando no meio da multidão dos corredores daquele ônibus.

Não tinha outra reação além de ficar a olhando ir, sem antes olhar pra trás mais uma vez em minha direção e virar pra frente. Só esse gesto fez meus ombros se contraírem, e ela sumiu. Nunca mais a vi.

E, por incrível que pareça, mesmo depois de todo esse tempo, essa lembrança vez ou outra vem em minha cabeça, me fazendo questionar... O que aconteceria se tivesse dito alguma coisa? Será que ela seria a pessoa que me faria mudar de ideia sobre tudo, ou não seria nada demais?

Talvez a dúvida sobre o que poderia ter feito fez com que isso ficasse em algum lugar perdido na minha mente até hoje porque não sei o que poderia ter acontecido. Não ter uma resposta por causa do benefício da dúvida às vezes é melhor do que a certeza de algo que alguém não é capaz de lidar.

E não que seja muito diferente de hoje em dia. Bem, pelo menos agora posso reconhecer que não conseguia fazer nada a respeito daquelas palavras que eu gostaria de ter dito.

Uma coisa disso tudo é certa. Os questionamentos ainda continuam a me perseguir, assim como aqueles olhos em um dia qualquer no ônibus de volta pra casa, e, como tantos outros aspectos da minha vida... Tantas coisas que poderiam ser e não foram.

Prefiro fantasiar de que as coisas foram diferentes do que realmente são.

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capitulo Único:
edjane04
edjane04

Em: 17/01/2024

E se... 

Feliz 2024 


shoegazer

shoegazer Em: 17/01/2024 Autora da história
Feliz 2024, Edjane! Voltando à ativa por aqui


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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 17/01/2024

As lembranças sempre nos persegue quando não fazemos nada e quando fazemos são só lembranças.


shoegazer

shoegazer Em: 17/01/2024 Autora da história
No final das contas, as coisas ficam no passado, sendo boas ou ruins. Faria algo diferente se pudesse?



Marta Andrade dos Santos

Marta Andrade dos Santos Em: 18/01/2024
Se podesse voltar ao passado com a maturidade de agora sim faria mas infelizmente que está feito está feito.
Vida que segue.


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Lea
Lea

Em: 17/01/2024

Me reflito nesse conto. Aqui não mora mais uma adolescente, porém,a adulta de hoje ainda carrega muita falta de coragem que,um dia a adolescente que morou em mim,carregava! 

Tantas coisas que deixamos passar por falta de coragem!

Boa tarde,shoegazer !


shoegazer

shoegazer Em: 17/01/2024 Autora da história
Boa noite, Lea!

Vai vir mais de onde saiu esse conto! Talvez mexendo mais na ferida sobre esses sentimentos...



shoegazer

shoegazer Em: 17/01/2024 Autora da história
Entendo bem :(


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