Nem sei quanto tempo fiquei ali de cabeça baixa vendo as marcas nos meus pulsos que nem mesmo o corredor escuro de Fortcastle podia esconder.meu corpo todo ardia e formigava e em meio a calmaria pós sex*,a anestesia boa entre minhas pernas eu me sentia um caos em meu silêncio. Como alguém poderia amar a dor igual Melo fazia? Eu me sentia presa no vazio daquelas lembranças ainda mais por saber que eu aceitei essa bagunça.

Melo tinha reservado um brinquedinho especial para mim.um consolo que ela havia mantido todo o dia dentro da sua gaveta a minha espera.
Ela vestiu a cinta e voltou a sua cadeira me pedindo para montar nela e a visão dela cuspindo na glande vermelha emborrachada ainda me perturbava porque de certa forma ela me fez querer provar o poder de uma mulher.

Depois de me foder como queria Melo me fez ch*par seu consolo e quase morri engasgada, sem nem aproveitar o meu orgasmo,isso era por minha péssima educação.ela me deixou como queria,de joelhos a ela e sem ar. Eu juro que tentei aproveitar mas quando o tesão pelo meu corpo atiçou ela da pior forma ela me comeu de quatro naquele piso e tentei imaginar qualquer um em seu lugar mas toda a dor que ela gostava de me impor se tornava impossível.ela ficou cada segundo do nosso tempo na minha cabeça,ela viciou no meu gemido do qual ela demorou para ganhar e simplesmente não queria parar seu ritmo violento,meus joelhos vermelhos e pulsos cansados entenderam bem o aviso e implorar para ela parar era desobediência e mimo.eu aguentava dizia ela.meus joelhos doíam,minha bunda doía,tudo em mim doía.meu corpo estava cheio de marcas de ch*pões,arranhões e mordidas,tapas e mais roxos além do que eu já possuía.
Como eu chegaria em casa tão mal? Melo não ligou.depois que terminamos ela me vestiu como uma boneca e eu estava mesmo igual uma de tão chocada,paralisada,ela me acompanhou até a porta falando o quanto já ansiava pela próxima vez que nos encontraríamos e eu só queria arrancar de mim o cheiro dela.
Fui ao vestiário e retirei meu uniforme e me apressei para lavar todo aquele sentimento estranho de mim e nem assim aquele ranço não passava. Eu não deveria me odiar mas chorei por saber que eu viveria tudo isso de novo com apenas um estalar de dedos dela e nada eu podia fazer. Eu poderia desistir mas eu não queria! Por que porr*?!!por que eu não queria desistir??!era a porr* da vontade de ir embora,de recomeçar,de tentar ser uma nova pessoa e esquecer toda essa merd*.um lado meu queria focar no dinheiro e no comprometimento disto mas outro lado meu,um lado sufocado dizia garota,por que não apenas tenta a sorte?pega carona e um novo emprego um novo lar quem sabe...isso nunca daria certo!eu já tinha tentado antes,com apenas umas notas eu só consegui ir ate a outra cidade conseguir fazer merd* porque nada deu certo. eu era uma herdeira do nada e não tinha nada além de mim mesma.ser puta era a única coisa que eu sabia fazer de melhor.meu corpo tremia frio cheio de ansiedade e medo.
Meu celular tocou e era Daniel.o atendi na hora segurando meu choro.

--você foi hoje a aula?não te vi na saída quando fui buscar minha filha.

--Daniel eu não quero mais sair com a Melo.eu tô toda dolorida.e-eu não sei como vou chegar em casa tá tarde demais e..

--hey calma. (Rs)..o que ela te fez pra você ficar assim?--eu queria chorar mas segurei firme para ele não ouvir mas ele suspirou fundo provavelmente percebendo algo errado.--eu sabia que isso não ia dar certo.me fala com calma o que ela te fez?sem isso não vou poder ajudar.

--eu não quero falar nada eu só quero ir pra casa!

--Abigail..você..ta presa por acaso?

--não!!droga!!eu só quero ir pra casa.eu só quero ir pra casa sem topar com ela de novo!!

--meu deus..olha eu não tô podendo te ajudar agora.infelizmente meu chefe tá vigiando meu rabo.me perdoa meu amor mas..eu não vou poder ir aí.eu queria muito mas não posso sair da empresa.

--porr* Daniel. Eu tô nessa por sua causa!agora essa maluca quer me arrebentar porque você me ofereceu.eu falei que não ia fazer programas com ninguém!

--ter a Melo no meio disso tudo não estava nos meus planos!eu só tinha você Abigail. Eu juro eu me voluntariei mas ela quis você.por favor Abigail..não desiste agora. Eu falo com ela depois mas não desiste da minha filha.--pediu ele e eu desliguei. Como ele ousava em falar da Winter eu tinha me fodido com a Melo e nem uma carona esse safado vinha me dar.

Procurei minhas roupas na mochila e me vesti. Coloquei a mochila nas costas e caminhei pelo corredor contudo o flash de luz na minha cara me fez parar com meu coração vindo a boca.

--Abigail?--a voz gentil e feminina estava longe de ser Melo e mesmo sendo pega eu estava feliz por não ser ela.imagina,ela sabendo que sua putinha favorita estava largada na rua da amargura?meu rabinho não aguentaria outra surra.

A luz da lanterna foi posta para o piso mas ainda assim clareava o suficiente para alcançar ver a mulher que a possuia e saber como ela me conhecia.
Eu sorri quando percebi que o rosto familiar e de cabelo curtinho prateado grisalho cheio de pontas afiadas era da pessoa que eu mais confiava na cidade eu não esperei nenhuma outra palavra para abraçar ela.

--Abigail,o que está fazendo aqui?--perguntou ela retribuindo meu abraço mas isso me fez gem*r de dor quando senti seu aperto. Melo tinha feito um estrago em mim.

Ela separou-se do meu corpo e viu meu olhar molhado.
Era difícil explicar o poço em que me enfiei. Carol sabia tudo sobre mim e agora via meus pulsos vermelhos e mil e uma perguntas rondava sua mente. Seu olhar preocupado não negava. Ela me guiou a enfermaria e lá entramos e ela trancou a porta.
a luz da sala ligou e Carol pode me olhar melhor. eu não conseguia parar minhas pernas de tanta ansiedade.

--eu tenho tantas perguntas e sei que vai me responder TODAS!--Carol era médica e foi a única que depois que descobriu que eu era bem uma puta não me condenou.

Ela já quase aposentada preferiu vir para Fortville mas sua clínica não rendeu frutos ao competir com os médicos da família Smith já que seu consultório vivia vazio ela investiu em outros trabalhos mas não pensei que encontraria ela também ali. Ela com sua mãos nos quadris esperava sua resposta e como eu vivia trabalhando isso era bem corriqueiro mas com ela cuidando de mim eu sabia que poderia esquecer tudo,até mesmo a dor.

--anda,me fala garota não me deixa mais nervosa do que já tô!--ela pegou uma toalha e veio pronta para enxugar meu cabelo molhado.

Me sentei na maca e não escondi a dor que senti.não tinha como ficar sentar.me levantei de novo algo que ela percebeu na hora e parou de secar meu cabelo.

--eu tô estudando aqui em Fortcastle.--falei rapidinho e ela me encarou confusa.

--você?pfff no que se meteu abby?!a verdade!olha pra você,tá toda marcada nos braços e pernas!

--não é porque sou uma prostituta que eu não queira uma boa educação.--meu humor era o pior e nem ferrada saia de mim.

--péssima hora para suas brincadeiras.com quem transou?diz pra mim abby. Aí eu vejo de que tamanho será sua bronca.

--não pode contar isto a ninguém ok.eu tô falando sério Carol,como nunca antes!

--quem foi?--ela apertou meus braços e nem a careta que fiz fez ela soltar.

--Melo..--falei baixinho quase inaudível e ela me encarou surpresa.

--a diretora?que ideia Abby!--ela jogou a toalha na maca e Carol estava indignada.

--to tentando pensar que é por uma boa causa.--deitei e pude enfim relaxar meu corpo sem encostar nada que estivesse dolorido.

--o que aconteceu?o que ela fez com você?

--eu não quero falar.--só de lembrar de me engasgar naquele consolo eu já me arrepiava pronta para vomitar.

--ela..te abusou Abby?!pode me dizer,porque se foi isso..

--não!!ela..é uma puta maluca isso sim!eu..aceitei isso.

--ah claro,você inventa de sair com mulheres e acaba nisso logo na primeira!que trauma!vou pegar uma pomada.

Ela caminhou até um armário e retirou um tubo e voltou a mim.

--onde tá doendo?--com a pergunta dela peguei meu shortinho e o baixei mostrando minha bunda a ela e claro sua surpresa só me fez confirmar que deveria estar horrível.

--filha da mãe..--Carol fez menção em sair mas segurei seu braço a tempo.ela estava furiosa.

--por favor não vai!

--vai proteger ela depois disso?ela te torturou Abby e deve estar rindo a toa lá na sala dela!--aquilo me fez derrubar uma lágrima teimosa mas fui forte para sentar e limpar meu rosto.

--um cliente meu chamado Daniel Winter me contou sobre sua filha. Ele me contratou e me colocou aqui para ser amiga dela. Eu achei loucura no começo mas entendi o porque dele ter me implorado para aceitar..isso aqui é o verdadeiro inferno para ela e eu quero fazer isso. Eu quero ajudar ela.

--nem que isso acabe com você,pelo que eu tô vendo.

--Melo se aproveitou da situação.ela sabe sobre mim. Essa garota ela precisa de alguém. Ela é triste e solitária e ninguém na droga desse colégio liga para os sentimentos dela quando sacaneiam ela!quando eu a conheci eu vi que eu podia ajudar e comigo aqui como estudante tudo vai ficar melhor para ela.

--tá para,para!respira e calma. Eu não vou fazer nada..ainda!eu nunca vi você desse jeito por ninguém!o que só mostra que é importante para você.

--quando tudo terminar eu vou ser paga e vou poder começar uma nova vida Carol.

--ah tinha que ser.ainda esta com aquela ideia né?ir embora para bem longe.a vida não funciona assim Abby e você sabe,já tentou e viu que não deu certo.

--pelo menos ela vale a pena todo sufoco..se Melo contasse tudo sobre mim..acho que ela jamais olharia na minha cara de novo.

--ta bom espertinha.ta fazendo novas amizades e isso é muito bom mas e ai?vai ganhar esse dinheiro e como tudo fica?já parou para pensar se tem espaço para essa garota na sua nova vida?porque se tá se apegando tanto dela ela também deve estar te adorando.(rs) do jeito que é,seria novidade se não fosse assim.vai largar ela depois do trabalho?deita de novo,vou passar a pomada.

A coisa estava tão complicada com a Winter que eu nem pensava no meu plano da vitória. Eu só me preocupava com meu disfarce e com ela e para meu azar Carol era ótima em me colocar juízo na minha cabeça ansiosa. Eu ia me certificar de pensar nisso depois de arrancar o nome dela primeiro.

--prontinho.ta parecendo um bebê de tanta pomada.

--valeu Carol.

--vou passar um creme analgésico nos seus pulsos e joelhos.vai amenizar a dor.ela só pode ser uma sadomasoquista insana.

--eu não senti tesão nenhum nisso.

--(rs) claro você com sua insaciável vontade de amar não entenderia a Melo e nem tente. Vou preparar um lamen pra você.

Quentinho e com frango,Carol me serviu o copinho e o cheiro estava maravilhoso.faminta do jeito que eu estava comi tudo.

--desde quando tá trabalhando aqui?

--já tem um tempo mas não faz nada bem para minha saúde.não é só sua garota que vem aqui machucada.outros alunos também passam sufoco nas mãos desses sociopatas riquinhos. Melo fecha os olhos e eu tenho que anotar a ficha deles amenizando todo o bullying. A maioria que está por cima sabe como preparar suas armadilhas,são grandes mentirosos,alguns até penso que compulsivos. Espero mesmo que saiba o que está fazendo.

--pra mim saber que está aqui já me deixa mais tranquila.--depois que terminei de comer eu só queria me manter deitada.

--acho melhor dormir aqui.tá muito tarde para ir para casa.

--você vai ficar aqui?

--a noite toda.

dormi com Carol me cobrindo com um lençol e só sei que apaguei como uma pedra.

*************************************

TRIIIIIIIIIIIIIIMMMMM

Me acordei com o susto de ouvir aquela campainha desgraçada que me fez cair da cama.

--bom dia Abby.--eu quase não ouvia Carol falando com aquela tortura.

--bom dia..por que não me acordou mais cedo?

--é o primeiro sinal.ainda tem tempo para comer e se organizar.só achei que gostaria de evitar Melo ainda mais tão cedo.

--ela já está por aí é?

--como os primeiros raios de sol.

--que ódio..

--eu andei pensando sobre sua jogada.

--por que todo mundo não acredita que estou fazendo isto porque sou uma boa pessoa?--peguei meu uniforme e me troquei.

--quanto vai ganhar?

--não estou preocupada com isso.Daniel vai me pagar todo o mês e aí vou poder finalmente ir embora de fortville.esquecer de uma vez que eu já me vendi em troca de uns trocados e que conheci Melo.

Já pronta peguei minha mochila mas Carol não me deixou sair antes de pentear meu cabelo.

--você pensa tanto em ser independente e trilhar seu caminho que se esquece que para mim sempre será aquela garotinha assustada que sempre chorava quando vinha se consultar e eu sempre te fazia sorrir.--ela me abraçou por trás e aquilo me acalmou.--se lembra daquele dia que fui te vacinar e você saiu correndo de medo?--eu tive que rir ao lembrar desta memória.

--não era medo era..rebeldia!--eu estava certa do que dizia.

--claro que era e se lembra também quando o teu pai te pegou e você voltou como uma gatinha selvagem me fazendo garrinhas (rs). Quero que lembre dela e mostre de novo essa rebeldia. Toda escola só fala do jogo de ontem e você já deve imaginar a bagunça que deve estar.Levi está repetindo de novo para os colegas do time de basquete sua grande vitória na queimada.

--se ele me zoar vou queimar o rabo dele.

--essa é minha garota! (Rs) a propósito não diga isso diretamente para ele na frente de testemunhas. Eu não teria dinheiro para pagar um advogado para você.

Carol me devolveu a vontade de sorrir e a confiança renovada.deixei a enfermaria e segui para o banheiro feminino e lá molhei o rosto para arrumar minha cara.peguei uma toalhinha da mochila e enxuguei o rosto.escovei meus dentes e pegando meu estojo de maquiagem comecei a me maquiar de frente ao espelho mas estranhei ele estar vazio. Era comum as meninas ficarem por aqui fofocando ou matando aula mas estava vazio apesar do movimento nos corredores,não me importei pois me deu a paz que eu precisava sem ter as gralhas falantes do meu lado.terminei linda como sempre e decidir fazer xixi mas depois de guardar tudo e seguir até os boxes percebi um deles trancado.dentre tantos com a porta aberta será que tinha alguém ali?
Dei duas batidas e nada.que estranho.vi o trinco do lado de fora trancando a porta e minha mão foi certeira nele.

--se vão jogar mais lixo joguem logo. A aula já vai começar.--a voz irritada era da Winter e na hora destranquei a porta.

Ela estava em pé no canto do lado da privada com vários cadernos apertados em seu peito.o piso fedia e estava molhado.um misto de papel higiênico usado e água suja.ela estava intacta mas a cara brava já dizia tudo,mais um ataque covarde.
Ela passou por mim e foi a pia lavar as mãos jogando os cadernos no mármore com um certo nojo e raiva.nunca vi tanto sabão sendo usado de uma vez.

--você tá bem?--perguntei igual uma idiota. É claro que ela não estava,presa no banheiro com uma peça dessa.imaginei o estado podre que ela estaria se toda aquela água tivesse caído sobre ela.
Winter só me lançou um breve olhar cansado e pegou os cadernos e saiu. Quem fez isso com ela e por que? eu tinha que ficar mais atenta mas ainda me impressionava,todos estavam nessa?pelo pouco que conheci de Morgan ela não se atreveria a pegar um papel daqueles do lixo.
Fui ao refeitório e meu estômago roncou alto mas não tão alto como o meu celular.

Mãe chamando

Atendi o celular me preparando para manter a pose de que estava tudo bem.

--onde você está garota?!eu fui te procurar na estrada e nada!--perguntou ela toda escandalosa.

--calma mãe eu tô com a Carol.

--poderia ter ligado!poderia ter avisado pra mim que ninguém tinha te sequestrado ou feito pior!passei a noite sentindo que algo não estava certo.--pressentimento de mãe era fogo e o pior era que sempre estava correto.

--eu tô bem..não se preocupa tá.--foi difícil mas falei e ouvir ela aliviar seu coração não teve o mesmo efeito pra mim.

--você vem hoje?

--vou. A gente só tirou um tempo para assistir uns filmes mas hoje eu volto.

--tá certo. Se cuida filha.

Desliguei e preparei minha bandeja e hoje peguei coisas leves,meu estômago não estava legal e uma certa dor me incomodava.
Hoje eu ia ser light,nada de estresse nada de preocupações. Se Winter não queria papo comigo hoje eu não ia forçar.
Fui a uma das mesas vazias e sentei com cuidado. A pomada da Carol realmente fez efeito.eu quase não sentia dor e com isso aproveitei para comer.
Eu já estava terminando e foi quando vi Winter entrar que senti um aperto no meu coração. Ela e seu cabelo comprido já chamava minha atenção.de longe consegui identificar ela no meio do vai e vem de alunos.
Assisti ela sentar para comer e ela parecia ser uma doença para os outros alunos tão alegres com suas chacotas. Ela fingia que não ouvia,ela fingia que não via,ela fingia estar sozinha até seu olhar encontrar o meu. Ela estava ficando vazia de emoções,uma casca.

--hey esquisita!--a bolinha de papel que voou e bateu nela não teve dono mas o chamado me parecia bem familiar.

O time de basquete queria uma nova fã só podia. A mesa de garotos jogavam bolinhas de guardanapos usados nela e isto estava me deixando puta. Todo mundo ria com os idiotas e eu não podia ser a única lúcida vendo aquilo.
Logo o cabelo sedoso do Levi surgiu e seu sorriso estava mais que brilhante. Aos olhos de todos ele desfilava pelo refeitório como um deus com seu blazer do uniforme aberto e sorriso branco típico modelo capa de revista mas não passava de um pestinha que achava que tinha o mundo nas mãos por ganhar um simples jogo de queimada.

 Com toda certeza o pau dele deveria ser tão pequenininho. 

Ele com sua bola de basquete vermelha atravessaram o refeitório e chegou até seus amiguinhos com amistosos apertos de mão.ele entregou a bola a outro cara que mais parecia sua cópia e ele não pensou duas vezes.ele ia arremessar a bola na Winter. Me segurei para não me levantar e exagerar na dose.Carol me preocupou tanto que agora eu só pensava em gastar meu dinheiro em pagar processos mas Winter estava atenta a chegada de Levi e olhando para trás ela viu o momento exato do golpe.
Ela esquivou e a bola quicou no chão até minha direção.com Winter esquecendo sua refeição para fugir para o corredor de armários alcancei a bola com a perna e a puxei para baixo da mesa.
Ver ela fugir me doeu mas me enlouqueceu ver aquela turma de idiotas combinarem de seguir ela para o corredor. Por que todo mundo adorava essa caça às bruxas??
me dirigi para o corredor carregando aquela bola e claro alcancei ver Winter andando entre os outros alunos fugindo do grupo que a seguia.

--qual é Winter??!agora você desvia?!--gritou Levi em meio a risadas dos colegas. 

--gente chega!isso é brincadeira de criança.--disse a copia de Levi e sua fala foi recebida com surpresa tanto que todos pararam para encarar ele menos a Winter que já seguia lá na frente lançando olhares nervosos.

O que seria isto?um pingo de consciência?parei para esperar o que se viria e o sorriso desse garoto pegando mais uma bola de um dos colegas no corredor foi o suficiente para mim apertar aquela bola tão forte que eu estava a um movimento de perder qualquer razão.

--querem ver como se realmente acerta o alvo?--aquele fodido moveu o braço assim como eu mas diferente dele e para a surpresa de todos que abriram caminho no corredor EU FUI MAIS RÁPIDA!
A bola que eu joguei acertou sua cabeça com força lhe arrancando um raivoso barulho de dor.

--AAARRGGHR!!! Cacete..--ele falou já buscando encontrar com seu olhar rápido quem foi seu atacante mas ele não precisou,caminhei em sua direção.ele me olhava desacreditado.

--jogou essa bola em mim?--seu olhar arregalado caiu sobre mim na hora.tinha fúria em sua voz e eu adorei perceber que eu não era a única puta.

--joguei.eu gostei da brincadeira e quis brincar também.--falei cheia de seriedade diante do olhar em chamas dele. Ele soltou um breve riso.

--foi por causa dela que você não ganhou.--ele meteu o dedo em cima do meu peito me dando um leve empurrãozinho e eu tive que me controlar para não dar logo um soco na cara dele.--deveria me agradecer por colocar aquelazinha no lugar dela.

Calma Abigail,olha o processo. Respira fundo.

--que gratidão. Devo te agradecer por humilhar a garota ou já posso enfiar essa bola no seu rabo?talvez isso conecte melhor os teus neurônios,o que acha?

--tá me zoando sua vagabunda!?--ele reclamou mas eu já conhecia homens como ele e discutir significava brigar.

Me afastei a tempo do seu soco de esquerda e recuei alguns passos vendo ele errar o golpe e bem surpreso por me deixar escapar. Graças a deus meu pai me ensinou o suficiente para me defender e aquele garoto veio puto para cima de mim depois desta fuga.

Todos ao redor abriram espaço para nós enquanto ele desferia socos no ar tentando me acertar e não conseguia enquanto eu desviava de cada um mas isso estava deixando ele mais bravo ainda e ele veio para cima com um chute de frente e desviei mas uma vez fazendo ele acertar uma das portas dos armários.
A fúria era tanta que ele amassou o metal.

--já chega!!!--a voz de Melo me fez travar mas não escondi meu olhar furioso para aquele surtado que fazia o mesmo me encarando com pulsos cerrados. Ele bufava de tão cansado.--Rodrigo e Abigail..para minha sala.

Fim do capítulo