CAP 26

POV LÍVIA

O sorriso no meu rosto se iluminou assim como o sol daquela manhã, intenso e brilhante, antes mesmo de abrir os olhos minha mente voltou pra algumas horas atrás, ah que mulher perfeita, quantas pessoas passam a vida procurando alguém que lhe complete, que te faça revirar numa cama, eu encontrei minha pessoa e esse sorriso é a comprovação de tal feito. Nunca imaginei viver algo assim, contemplar o brilho nos olhos da pessoa amada, receber o sei sim para toda uma vida, nosso jantar, nossa dança, nosso amor perfeito, eu ainda estava de pernas bambas, ela manobrou naquela cama como se fosse seu brinquedo particular, e na verdade eu sou, sou dela por inteiro e ela é minha, eu me doei pra ela e ela para mim sem reservas, nossos corpos se reconhecem e se pertencem. Abri os olhos e o sol mostrou a linda imagem da minha noiva perfeita naquela cama quase descoberta e ainda dormindo, puxei o lençol deixando nossos corpos sem nenhum impedimento e me aconcheguei em suas costas, beijando seu pescoço e observando o sorriso safado surgir em seus lábios.

- Como que a senhora minha noiva já acorda com esse sorrisinho safado no rosto?

- Tem como acordar de outra forma? Depois da noite que tivemos você ainda se encaixa na minha bunda desse jeito? A senhora minha noiva tá doidinha pra se queimar.

- Que mulher safada foi essa que arrumei.

- Se não tiver gostando é só avisar que eu procuro quem goste. 

Eu fiquei irada, comecei a bater nela mas parecia que tava batendo numa almofada.

  
- Quem você vai procurar Daniela, você tá achando que eu sou o que? Você não vai procurar ninguém tá me ouvindo?

- Aí, aí, aí. Amor para com isso eu estava brincando.

- Brincadeira uma ova, vc me paga sua safada.

Ela segurou minhas mãos virou-me na cama subindo sobre meu corpo e minhas mãos presas no alta da minha cabeça sem conseguir me mover, a safada com aquele sorrisinho na cara descendo com os beijos tentando alcançar minha boca e eu desviando ela sorriu novamente descendo pelo meu pescoço e eu não consegui mais manter a pose.

- Não precisa dessa braveza, tudo isso aqui é só seu minha princesa.

Ela soltou minha mão direita e levou em direção ao seu sex* e eu pude comprovar o quanto ela estava molhada.

- Eu quero que você sinta como me deixa, só você faz isso comigo. Enquanto ela falava segurava minha mão e mexia seu quadril naquela fricção gostosa, seu sex* molhado fazia um barulho que me deixou louca. 

- Aí amor, rebol* gostoso pra sua mulher vai.

Ela retirou sua mão que estava junto a minha e tocou meu sex*, dançamos juntas a música do amor até explodir em um orgasmo perfeito. Ela caiu sobre meu corpo ainda com o sorrisinho safado no rosto, eu mereço isso.

- Quer tirar esse sorrisinho safado do rosto? Eu ainda não esqueci o que disse.

- Que biquinho gostosinho. Já disse que gosto dele? Uma delícia.

- Não chega perto, você não está merecendo.

- Tá bom então vou atacar outras coisinhas gostosas  Quando eu pensei em abrir a boca ela puxou o bico do meio seio com os dentes.

- Porr* Daniela assim fica difícil.

- Eu nunca disse que seria fácil. Amor apesar de estar adorando te comer gostoso eu preciso de comida de verdade senão vou desmaiar bem na hora H e te deixar na mão.

- Vamos levantar que já são... Oh drogaaa. Levanta Daniela já são meio dia e meio a gente precisava entregar o chalé até o meio dia, eu vou pagar uma multa enorme.

- Merda, vamos logo que tô morrendo de fome.

Corremos pra sair o mais urgente possível apesar de que pelo horário já não tinha mais jeito. Acertei tudo com a dona da chácara e ela relevou meu atraso graças a Deus, mas tinha outra bicuda com fome dirigindo e Daniela com fome é uma péssima companhia, precisava alimentar meu dragãozinho. Ela dirigia rápido e quando me atentei não entendi o que ela pretendia, estávamos saindo da cidade em direção a um interior.

- Daniela você não disse que estava com fome? Pra onde estamos indo? Nem banho tomei saímos às pressas.

- Eu preciso de uma comida específica pra renovar minhas forças, é rapidinho, já já chegamos.

E não demorou mesmo, era um povoado próximo da nossa cidade, uma casa rodeada de alpendre, o quintal todo gramado e arborizado uma piscina enorme na parte de trás. Uma senhora tão gentil veio nos atender.

- Olá minha criança, faz tempo que não aparece, quanta saudade que estava de você. (Ela abraçou minha noiva com tanto carinho)

- Também estava com saudades da senhora tia. Trouxe uma pessoa pra te conhecer.

- Que moça bonita. Como se chama?

- Meu nome é Lívia.

- Tia essa é a minha noiva. Amor essa é minha tia Inês. Tia da minha mãe na verdade.

- Desse jeito a menina vai pensar que estou caindo aos pedaços, não precisava desse detalhe Daniela. É um prazer conhecer a pessoa que colocou esse sorriso no rosto da minha criança. Seja muito bem vinda, entre vocês duas, já sei que essa aqui veio pela comida, só me visitar pra comer.

- Tia não fala assim, sabe que a senhora é a minha coroa favorita.

Eu começava a perceber que o jeito brincalhão que o jeito brincalhão fazia parte do gene daquela família eu estava adorando. Tia Inês trouxe pra gente um caldo de mocotó que nossa senhora, levantaria até um boi morto. Daniela comia aquilo com tanto gosto que parecia um mandar dos deuses. Eu preferi ficar no peixe, nunca consegui comer esse tipo de comida o que gerou uma série de risos por parte das duas.

- Amor como você consegue comer isso?

- Você tá ligada que eu preciso depois da noite de ontem né? Você me derrubou feito boi na vaquejada, preciso recuperar minhas forças.

- Não parecia cansada hoje pela manhã, parecia até muito bem disposta.

- Eu estava usando todo resquício pra não passar vergonha isso sim. Tia a senhora não sabe como essa mulher me deixou, tô acabada, acho que vou precisar de outro caldo desse.

- Muito bem, só presta assim, depois quero os detalhes, mas tem que ser em particular senão sua noiva vira uma pimenta e explode de tanta vergonha kkkkkk e por falar nisso preciso te dar um conselho, você precisa alimentar esse dragãozinho, a Daniela com fome é triste, fica num mal humor terrível, ninguém chega nem perto.

- Também não precisa me humilhar assim tia. Eu não fico desse jeito.

- Fica sim, eu já percebi tia Inês eu fico até com medo. (Quem estava velha agora era Daniela) - Como assim Lívia o que eu fiz pra te deixar com medo de mim.

- Eu tô brincando amor termina de comer sua panelada.

Ficamos naquele papo gostoso até umas três horas da tarde, chamei Daniela pra ir embora porque eu realmente estava necessitada de um banho e uma cama. Quando chegamos eu dei graças a Deus que Dona Francisca estava dormindo, iria tirar um cochilo depois contaria a ela como foi o pedido. Apagamos naquela cama enroscadas uma na outra e só acordamos quase sete da noite tudo escuro sem saber onde estava, aos poucos fui me situando e procurando Daniela que já não se encontrava mais comigo. Fui ao banheiro tomei um banho e sai a sua procura, quando cheguei a sala encontrei meu amor deitada no colo de sua mãe mostrando a aliança em seu dedo, fiquei parada observando e quando Dona Francisca me viu me chamou pra perto dela, me aproximei da minha noiva e deixei um selinho nos seus lábios e sentei ao lado da minha sogra com a cabeça em seu ombro.

- Eu amei as alianças minhas filhas, espero que vocês sejam muito felizes.

Eu só podia agradecer por estar ali e me sentir parte daquela família. A noite foi agradável com aqueles três, eles passavam o tempo se bicando na maior brincadeira e eu só fazia rir. No outro dia já era sábado e Daniela me fez a proposta de ir pra casa de praia com toda sua família, dona Francisca já estava bem melhor e aqueles dias ali seria como uma terapia, rodeada da família. Eu sabia que teria que viajar na terça-feira a tarde então iria aproveitar aquele momento com eles o máximo possível, sabia que iria sentir falta. Foi um fim de semana perfeito tomamos banho de mar, fizemos amor escondidinhas na beira da praia, a família dela muito receptiva, a comunhão, o carinho e as brincadeiras me fizeram viajar chorando feito bebê, peguei o ônibus na rodoviária e não conseguia deter as lágrimas, Daniela também chorava comigo, sentindo o mesmo que eu, mas eu sabia que era preciso. É como diz o ditado, " o dinheiro não compra felicidade", eu tinha encontrado o amor da minha vida, a família que sempre pedi a Deus e precisava me afastar pra conseguir alcançar meus sonhos, porque as coisas nem sempre são como nós queremos? Porque tinha que sair pra longe pra poder conseguir o que tanto sonhei? Viajei com lágrimas nos olhos e os pensamentos atordoados, mas eu sabia que era preciso.

Fim do capítulo