Capitulo 14
CAP 14
POV DANIELA
Quando minha mãe saiu eu desabei no sofá, Lívia sentou ao meu lado e ficou esperando eu dizer alguma coisa, como isso não aconteceu depois de uns minutos ela resolveu tentar me tirar daquele estado catatônico em que eu me encontrava.
- Amor você tá bem? (Tocou em mim calmamente)
- Hum hum
- Isso quer dizer que você tá bem?
- Hum hum
- Amor olha pra mim, tô ficando preocupada.
- Deixa só eu processar tudo isso, daqui a pouco eu volto ao normal.
- Tá.
Ficamos as duas sentadas no sofá, eu tentando processar todas as informações e ela preocupada com meu estado. Fui saindo daquele transe e deitando em em seu colo ao que logo ela se achegou e começou a mexer em meu cabelo fazendo cafuné.
- Eu tô aliviada. Minha mãe não é tão fácil assim, alguma coisa aconteceu pra ela mudar de ideia tão rápido, mas seja o que for eu estou agradecida.
- Ela me pareceu um pouco prendida a alguma coisa mas como se essas amarras estivesse se soltando. Eu achei ela tão legal, não esperava que fosse tratada tão bem assim.
- Ela é muito legal. Bastante séria com as coisas mas a melhor sogra que você vai ter e acho bom terminar com ela. (Me olhou travessa)
- Não sabia que era tão ciumenta.
- Não sou ciumenta só estou cuidando do que é meu.
- Mas porque você ficou tão abalada com a visita dela. Eu ainda estou sentindo vc um pouco tensa.
- É mais complicado do que só dar um tempo a minha mãe. Tem algo que queria te falar mas fiquei esperando pra ver se melhorava.
- E o que seria?
- O restante da minha família. Estou com medo das reações e a minha mãe me apoiar já é de grande ajuda mas não inibe alguns comentários maldosos e tem também outro ponto que tô quebrando cabeça.
- Ainda tem mais. Kkk ( Tentei brincar pra tirar o peso)
- Eu sinto muito mas tem sim.
- Então fala comigo. Eu vejo sua cabeça pegando fogo de tanto pensar.
- Me fala da sua família. Quero te fazer umas perguntas.
- O que você quer saber?
- Ah sei lá... nunca me falou como eles são e do nada solta aquela a minha mãe.
- Não falei porque não tive chance. Na sexta-feira você tava tão mal não queria colocar mais coisa pra perturbar sua cabecinha.
- Eu sei que minha cabeça fica meio paranóica quando se trata da minha família mas vou esquecer por um tempo. Quero ouvir você.
- Como posso dizer... Eu amo minha família, minha mãe, meu pai e minhas duas irmãs, eu sou a mais nova e também a que eles mais mimaram esperando eu alcançar suas expectativas. Todos eles são indiferente a esse assunto exceto minha irmã mais velha, nós somos unha e carne, minha mãe finge que não está acontecendo nada e meu pai saiu de casa eu era muito pequena então nunca se importou com nada que acontece comigo. (Falar da minha família era doloroso pra mim pois era algo que me machucava e eu não gostava de falar pra ninguém)
- Eu sinto muito, eles estão perdendo boa parte de você. Como você faz nas festas de fim de ano?
- No natal nós sempre vamos a igreja que minha mãe congrega quando termina o culto sempre temos uma ceia, geralmente alguns amigos da igreja se reúnem conosco depois eu saio com meus amigos, já no ano novo eu sempre estou tocando em algum lugar ou então saio com alguns amigos, não somos tão unidos como sua família.
- Eu não sei se essa união vai se manter tão firme depois de tudo isso. Eu falei com minha mãe a respeito do pessoal e ela me falou que tá sendo bem difícil. As conversas nos grupos que eu estou pararam, isso significa que estou sendo excluída dos outros em que estão falando de mim. Kkkk Amor eu estou sendo excluída de saber das fofocas. (Ela falou brincando mas eu sabia que existia verdade nas suas palavras)
- Não brinca com isso, as coisas vão se ajeitar e você vai estar fofocando com eles já já.
- É que eu nunca imaginei que um dia estaria distanciada deles. Eu amo meus primos e amo estar com eles. Sempre foram meus parceiros, meus amigos. Nunca gostei de certas amizades que só se aproximam da pessoa por interesse, quando conseguem o que quer vão embora e agem na maior falsidade, já sofri bastante c família são meus amigos. Não quero perder esse elo.
- Você não vai. Conversa com eles cara a cara, se eles são seus amigos vão te entender.
- Eu vou, estava esperando as coisas melhorarem com minha mãe pra contar pro restante.
- A pergunta que queria fazer sobre sua família é porque não sei se você sabe mas temos uma casa na praia de Caraúbas e nosso final de ano sempre passamos todos juntos, é uma grande bagunça, ninguém sabe onde vai dormir porque a casa não comporta dez famílias, mas pra mim não tem lugar no mundo que eu queira passar as festas senão com eles, mesmo que depois eu saia pra curtir com outras pessoas em outros lugares mas a ceia de Natal e a virada de ano sempre passo com eles.
- Então qual seria a pergunta?
- Eu não sei mais como fazer...kkkk Queria saber o que você acha? Tem planos pro final do ano?
- Eu não sei amor, estamos iniciando novembro agora, não costumo fazer planos mirabolantes. Kkkkkk
- Não rir de mim vai, eu sou assim.
- Tá bom não vou rir mas se acalme, tudo vai se ajeitar e se encaixar direitinho daqui pra lá.
- Tá bom. É porque tô ansiosa em te levar lá, quero que você conheça a família toda, quero que se envolva no nosso meio.
- E eu vou mas tudo no seu tempo.
- Tá bom eu vou tentar me acalmar, mas deixa eu te confessar uma coisa.
- Fala pra mim.
Ela que ainda estava deitada com a cabeça em meu colo segurou meu rosto puxando para baixo como se fosse contar um segredo.
- Eu tô doida pra te levar na praia pra gente fazer amor gostoso bem no meio dos barcos no escurinho com as ondas batendo e o vento cantando no nosso ouvido e você gem*ndo pra completar a melodia.
- Porr* Daniela assim você acaba com meu auto controle. Enquanto eu não realizo esse seu sonho você vai dá um jeito no meu tesão que você acabou de acordar.
- Não seja por isso, estou aqui pra te servir minha princesa.
Ela pulou do sofá se ajeitando no meu colo, tocou meu rosto como se estivesse desenhando.
- Você é tão linda e eu te amo tanto. Esperei por você todo esse tempo. Você me completa Lívia.
Me beijou com desejo e vontade, ela demonstrava com ações o que tinha acabado de falar, me deitou no sofá e foi tirando cada peça de roupa primeiro minhas e depois as dela, parou por sobre mim admirando meu corpo com desejo nos olhos. Com sua mão direita ela passeou pelo ventre até chegar aos seios onde contornou cada auréola como se estivesse desenhando, subiu a mão para meu rosto com o mesmo toque, desenhou meus lábios calmamente e os olhos dela tinha uma chama diferente que me queimava o corpo inteiro e arrepiava meus pêlos. Aquela áurea que emanava naquele ambiente era diferente, Daniela estava diferente, como se nossa conversa tivesse quebrado uma barreira de conexão entre nós e aos poucos eu ia percebendo esse amadurecimento no nosso relacionamento o que nos levaria a águas mais profundas, só esperava que não estivesse nesse barco sozinha.
Fim do capítulo
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Marta Andrade dos Santos
Em: 07/10/2023
Família sempre é um problema.
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