Miss Simpatia
Pérola
— E quando Mainha se assumiu para minha Voínha foi complicado no início porque a igreja que ela ia pregava que tudo que era diferente era pecado. Mas vovó conseguiu fazer com que minha voinha abrisse a sua mente.
— Mas sua avó largou a igreja, não né? - Mamãe perguntou comendo seu açaí.
— Não!! Ela só procurou um templo onde fosse acolhida, na verdade a sua família. Ela começou a frequentar uma igreja lá na barra que incluía vários LGBTs e também os familiares.
— Eu não vou falar para vocês que acho normal. Mas se vocês são felizes… e vejo o amor nos olhos das duas. - Mamãe disse para AnaLu e Luiza. - Deus é bom, Deus é amor. Mas nem sempre no culto o pastor lembra disso.
— Mas mamãe, porque a senhora continua indo naquela igreja?
— Seu pai, filha. Desde que o pastor Elias arrumou para ele um emprego, tudo o que o homem diz vira lei lá em casa. Meninas, desculpe falar isso para vocês, mas graças a Deus que nenhum dos meus filhos é como vocês porque não sei como seria com o Pedro. - Senti todos os olhares sobre mim, até mesmo o de minha mãe. - Pedro é um bom homem, só que vive a vida sobre a palavra.
— Dona Lara, o problema, ao meu ver, não é a palavra, é a interpretação que se dá. Vovó é espírita e fazemos o evangelho no lar toda semana. Nós lemos a Bíblia, e garanto para senhora que não li em nenhum lugar que Jesus é contra homossexuais. Bem pelo contrário, Jesus sempre falou para acolhermos todos. - Essa faceta de AnaLu estava me deixando abismada. Nesses dias sempre vi a garota como uma metralhadora de coisas engraçadas e falando tudo que pensava. Mas notei, nesse momento, que quando precisava, a garota controlava o impulso e focava no que importava.
— Eu vou pensar nisso com carinho, filha. Não digo que não vá mais na igreja do pastor Elias, mas vou pensar no que você falou. - segurou a mão de Liz - E você Penélope, essa daqui é sua maior fã…
— Eu também! - meu amigo se intrometeu.
— Sim, você também é Fabrício. Mas não é no seu quarto que tem uma gaveta cheia de fotos da Penélope. - tá agora ficou constrangedor.
— Para mamãe…
— Eu sei Dona Lara, e a senhora saiba que a Pérola é uma menina de outro, ficamos muito amigas e quero levar essa amizade para sempre…
— Essas amizades assim são ótimas né Lu? - AnaLu falou como quem não quer nada dando um sorrisinho de lado.
— Com certeza AnaLu, é pra vida toda. - Luiza sorriu largamente entrando na brincadeira e o que eu mais queria era que um meteoro caísse na minha cabeça para fugir dali.
— Eu até queria que Pérola voltasse comigo para conhecer o Rio - “Peraí, como é?”
— Isso!!!!! E aí você pode conhecer a minha família! E o Sabrino - “Ai MEU DEUS”.
— Eu não sei Li… Penélope. Não tenho dinheiro e papai não iria deixar. - retruquei aflita.
— Ah, mas sua mãe vai deixar né? Eihn, dona Lara? Prometo que trago ela de volta sã e salva. Esses dois meses a Pérola trabalhou demais! Precisa de uma semana de férias.
— Não, fora de cogitação né, mamãe. Não tem como eu ir. Papai nunca iria deixar.
— Eu falo pro Pedro que você vai ficar mais uma semana trabalhando. - O que???? - Vai sim minha filha, e tira muita foto!
— Agora sim!!! - AnaLu abraçou a minha mãe- E quando a senhora puder, fica convidada a passar uns dias lá em casa! Ai conhece a voinha e vai no culto com ela!
Penélope/Liz
Pérola estava com uma cara emburrada desde que chegamos ao hotel. Certamente estava brava por não a ter consultado antes de pedir para sua mãe autorização para que viajasse comigo para o Rio. Até foi tomar banho sozinha e trancou a porta do banheiro para que eu não entrasse. Quando sai do banho a encontrei lá fora.
— Vidinha… não fica puta comigo. - A abracei por trás enquanto ela olhava as luzes das embarcações no lago. Estávamos na sacada e a noite nos livrava de olhares curiosos.
— Liz, você novamente decidiu coisas sem me falar antes.
— Desculpa, a ideia veio na minha cabeça naquela hora. E pretinha, me entusiasmei… falei… desculpa…
— Liz…
— Por favor, pretinha… - beijei a sua nuca e ela logo deu um gemidinho baixo. Sabia o quanto aquela parte da sua anatomia era sensível. - Dona Lara já deixou… Nós duas no Rio de Janeiro… imagina?
— Para Liz… - disse séria, mas não parei de beijá-la. - Você precisa me prometer que não vai mais decidir as coisas por mim, como se eu fosse uma criança que não tem voz…
— Tá certo… prometo, mas agora vamos aproveitar que as nossas vizinhas devem estar no maior love dentro daquele quarto e me deixa fazer o que estou a dias querendo… - coloquei minhas mãos por baixo do seu roupão felpudo encontrando seu corpo nu.
— Liz… para! - pediu ofegante. - E se tiver alguém olhando?
— A luz do quarto tá desligada amor, ninguém vai ver nada - levantei o seu roupão deixando a sua bunda deliciosa livre para meus dedos. - Na minha casa… a gente vai se amar na piscina, ao ar livre… e eu vou te ch*par bem gostosinho sob a luz das estrelas.
Minha Preta segurou forte a sacada enquanto eu acarinhava a sua bucet* quente e úmida. Com a minha outra mão, segurei seu seio fazendo uma leve pressão. Pérola gem*u baixinho e entreabriu mais ainda suas pernas. Ch*pei com vontade a pele do seu ombro perto da nuca enquanto meu dedo médio invadia a sua intimidade. Nossa, como era delicioso sentir o seu interior e as suas paredes respondendo ao meu toque, apertando meu dedo como se quisesse que fosse parte dela. Iniciei o movimento de vai e vem, tateando e procurando o local que dava a ela mais prazer. Lia os sinais que o seu corpo me dava e aumentava a pressão conforme ela pedia. Os suspiros e gemidinhos dela estavam me deixando cada vez mais excitada. Procurei seu clit*ris com a outra mão e ela prendeu um grito que teimava em escapar.
— Pretinha… se toca… brinca com ele como eu tô fazendo… - Segurei sua mão com a minha e mostrei o que queria que ela fizesse. Pérola murmurava palavras desconexas. Inseri com facilidade mais um dedo na sua bucet* devido ao quanto molhada ela estava. Fechei os olhos aproveitando a sensação.
— Pê… rebol* nos meus dedos vai… - pedi sussurrando ao seu ouvido. A luz do pátio lá embaixo deixava que eu visse a sua expressão de prazer. Gemi quando ela começou um rebol*r nos meus dedos e deitei a minha cabeça nas suas costas tentando me apoiar e aproveitar tudo o que ela me dava.
— Liz… faz… faz… mais rápido, uhmm… faz? - Perguntou sôfrega. Quase enlouqueci ao ouvi-la me chamar com aquela voz cheia de tesão.
— Ai pretinha… você tá me matando aqui… que deliciosa… que delicia essa bucet* toda minha… - aumentei o ritmo e ela gozou nos meus dedos os esmagando. Senti sua bucet* me apertando e pulsando. Como os caras não sabiam quando uma mulher goz*va? Ficava impressionada com os relatos das minhas amigas héteros falando que fingiam. Como eles não sabiam a diferença?
Segurei suas mãos e a levei até a grande cama de casal. Nada foi dito. Retirei seu roupão e o meu. Liguei a luz do abajur. Fui até a minha mala e peguei um objeto que a tempos queria usar com ela. Pretinha me olhava curiosa não entendendo o que era o artefato rosa que eu tinha em mãos.
— Esse… - liguei o aparelho que fez um zumbido. - é um dos meus melhores amigos… quando tô sozinha, ou quando ficava imaginando você… - comecei a passar o artefato pelo seu abdome e notei que sua pele ficou arrepiada. - Quando a gente conversava e não se conhecia pessoalmente - coloquei no seu mamilo esquerdo e ela curvou as costas gem*ndo fracamente. Sua respiração era entrecortada e eu estava adorando o que acontecia…
Pérola
— Essa é a primeira vez que uso ele com outra pessoa. - Liz disse enquanto o sugador acariciava meu mamilo. A sensação era maravilhosa…Não me controlei e curvei as costas no colchão indo de encontro ao aparelho. - Pelo jeito você gostou pretinha…
— Aham… Liz… eu quero… - “Nossa, como pedir? Como colocar em palavras o que eu mais queria que ela fizesse? Nossa que vergonha!”
— Fala meu amor… pede o que você quer? - Disse enquanto ch*pava o lóbulo da minha orelha. Liz começou a viajar com o objeto na direção do meu sex*, resvalando levemente no meu clit*ris, o que fez com que eu desse um gritinho.
— Não me tortura… por favor… - pedi dengosa.
— O que você quer que eu faça preta? - Seus lábios estavam no meu seio e o sugador no meu sex*, mas sem chegar no clit*ris. Aquela sucção com a vibração estava me enlouquecendo.
— Por favor… - disse num fio de voz retorcendo meu corpo. - Me ch*pa… - Liz me fitou com uma expressão tão safada que molhei mais ainda. Seus lábios começaram a descer e ela a cada momento dava pequenas mordidinhas na minha pele, alternando entre sugar e morder.
— Você me deixa maluca Pérola… - Abocanhou meu sex* como se fosse uma fruta madura e suculenta. Liz ch*pava e lambia o meu sex* intercalando entre meu clitoris e a entrada da minha vagin*. Não consegui manter meus olhos abertos enquanto segurava a sua cabeça pressionando-a levemente de encontro ao meu corpo. Dei um pulo quando seus lábios foram trocados pelo artefato que ela segurava. - Calma amor - falou diminuindo a intensidade. Seus olhos claros estavam mais escuros devido ao tesão que sentia. Meus olhos estavam entreabertos e quase não conseguia mantê-los assim. Sentia ondas de prazer e tinha a vontade de tirar o sugador do meu clit*ris, achando que não iria conseguir aguentar tudo aquilo. - Pretinha… - olhava para ela suplicando., mas sem saber o que… - Eu sei, calma, deixa vir… eu tô aqui com você…
— Liz… - suspirava e gemia.
— Se entrega amor, se entrega a sensação… deixa vir…
— Liz… - choraminguei. - Liz… Liz… - agarrei os lençóis da cama e gritei ao sentir um orgasmo arrebatador e longo. Meu corpo inteiro estremeceu até que fiquei imóvel. Minha respiração estava completamente alterada. Liz desligou o sugador e saiu da cama, voltando com lenços umedecidos. Começou a limpar com cuidado o meu sex*, e mesmo o menor contato fazia com que eu estremecesse ainda.
— Pretinha, se quiser dormir pode. - Deitou e me puxou pro seu peito. Prontamente me enrosquei nela. - Eu tô aqui com você. Não pensa em nada não… só aproveita.
Liz/Penélope
Pérola admirava encantada os aviões taxiando na pista. Estávamos na sala vip esperando a hora do nosso embarque. Para ela tudo era novidade pois nunca havia viajado. Ela, como sempre, era toda sorrisos e notei que estava nervosa por não calar a boca. Uma das coisas que sempre me encantou nela era seu jeito tímido, mas ao mesmo tempo expansivo. É um contra senso eu sei, mas a minha pretinha sempre que chegava em um lugar perguntava o nome de quem nos atendia e era extremamente simpática com todos. Uma Miss simpatia. Pensando bem isso deveria ser o mínimo de civilidade de todos nós, mas a gente sabe que a realidade era outra. Principalmente, quem atende o público, passa por vários perrengues devido a várias pessoas mal educadas que acreditam ser melhores que as outras.
— Menina sabe que o João que nos serviu foi quem fez esse bolo de cenoura que tá bonzão? - Eu já tinha perdido as contas de quantas vezes ela já tinha pegado algo para comer. Me divertia ao ver o quanto ela estava adorando todo aquele mimo.
— É mesmo? - Falei algo só para deixá-la feliz. - Mais uns 15 minutos e a gente embarca.
— Então vou ao banheiro rapidinho. - Levantou e saiu andando até o toilet. Ainda bem que eu estava de óculos escuros porque aquela calça que usava deixava a sua bunda um espetáculo.
— Quer um babador amiga? - Cacau me olhava divertida.
— Tô precisando. - ri com ela. - Você viu Cacau, como ela tá feliz?
— Vi sim. Ainda mais com o emprego que você arrumou pra ela. - olhei para os lados apavorada pensando que ela estivesse perto.
— Quieta! Imagina se ela descobre? - Mexi meus pauzinhos e consegui uma vaga para ela como técnica de enfermagem de uma casa de repouso no plano piloto. Pérola iria trabalhar vinte horas semanais com um bom salário. Começaria no próximo mês.
— Como vai ser daqui pra frente? Esse rolo de vocês?
— Vou tentar vir todos os meses para Brasília.
— E vai ficar onde?
— A princípio em um hotel. Mas de repente alugo algo. Meu sonho é que ela vá morar sozinha.
— Liz, dá uma aliança de compromisso pra essa menina. Você longe ela vai ficar com a cabeça toda cheia de minhoca. Ainda mais que tem a sua vida de “popstar” nas redes sociais.
— Por mim casaria com ela, mas sei que não é a hora de pressioná-la. Tem toda a história do pai dela…
— Vai sair do armário mesmo?
— Vou, assim que a novela estiver em andamento.
Pérola
Desde criança eu sonhava em andar de avião e sempre achei que nunca iria acontecer. Como eu poderia sonhar com uma coisa dessas se muitas vezes não tinha uma mistura pra comer, apenas fubá e feijão? Por isso, estava me sentindo como uma princesa. O aeroporto era gigante demais, e tinha aquelas esteiras de andar que só havia visto em filme. Em cada portão uma aeronave levava para um lugar diferente. Um monte de restaurante chique podia ser encontrado pelo caminho. Liz parava várias vezes para tirar selfie com fãs. Mesmo assim sempre estava de olho em mim.
Mesmo ansiosa com a viagem sabia que daqui pra frente tudo seria diferente. Meu maior medo era de que a atriz se cansasse de mim. Dela enjoar de uma candanga que não sabe muito do glamour que ela vivia. Até porque não tínhamos conversado nada sobre o futuro. Pensando nisso, minha garganta deu um nó e senti meu nariz arder com o choro que estava segurando. Não sabia mais viver sem ela.
Fim do capítulo
Oi lindas!
Será que a Pérola vai aguentar ficar longe e a Liz tendo a sua vida de superstar?
beijocas!
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Ester francisco
Em: 25/06/2023
Que capítulo foi esse!!!!! Meu Senhor.......
Então autora.....essa coisa de distância machuca demais. E quanto mais sério o relacionamento fica, mais aumenta esse machucar...dói demais...
Mas, pelo andar da carruagem, elas vão passar por esse tormento. Sairão mais maduras. Vai doer....mas vai passar. Acredito muito nesse amor e nessa entrega delas. E...realmente....a vida é curta demais.
Dona Lara.....meu coração tá apertadinho e muito acelerado....gostaria de conversar umas coisas com a senhora...Rsrsrsrs
Valeu, minha linda! Ameeeiii demais esse capítulo.
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Marta Andrade dos Santos
Em: 25/06/2023
Complicado mas porque pensar só aproveita o momento Pérola, aquela frase a vida é curta pois é bem curta mesmo.
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Ester francisco Em: 26/10/2023
Siiimmmm....Tb tive essa dificuldade. Mas com um esforço dá pra sentir tudo...rs