When Happens por Jmtalkk
Capitulo 1
- Tá tudo bem, Renée, eram só seis semanas, certo?
- Não precisa ser tão durona comigo Anne, eu sei o quão ansiosa por isso você estava.
Era verdade, Anne passou a vida querendo ser mãe, e quando percebeu que talvez não encontrasse outra pessoa para isso resolveu que seria sozinha. Sabia como ninguém como ter um bebe, era ginecologista. Cuidava de mães, acompanhava gestações, fazia partos, essa era sua rotina diária. Não pensava em ser ginecologista, mas acabou seguindo essa carreira por conta do pai, do avô e de todos da sua família que sempre seguiram na área.
Já havia feito aqueles passos com milhares de mulheres, desde a faculdade acompanhava o pai em cirurgias, partos e em inseminações artificiais. Foi com o pai que se abriu sobre o desejo de ser mãe e com esse que fez todos os exames, ele mesmo que aplicou as injeções.
Estava com a amiga no refeitório do hospital em que as duas davam plantão às sextas. Renée na psiquiatria, sempre foi seu desejo mesmo antes de fazerem medicina juntas.
- Sim, acho que ter esse filho se tornou a coisa mais importante pra mim, mas você sabe que para lidar com isso eu preciso de uma garrafa de vinho grande.
- Você pensa em tentar de novo?
Perguntou Renée após engolir a última batata frita do seu almoço.
- Sim, acho que não quero desistir ainda.
Faziam apenas dois meses desde que perdeu o pai, foi um ataque cardíaco, não teve o que ser feito. Doeu por dias, por noites, por semanas. Agora ficava presa entre bebês e vagin*s.
- Sei que tudo isso é muito Anne, mas talvez devesse esperar um pouco, antes de seguir com as tentativas, tirar alguns dias pra descansar.
- Você sabe que eu gosto do meu trabalho…você que diz que sou obcecada por bebês e vagin*s!
As duas deram risadas, aquela piada era velha.
- Você é! mas tá na hora de procurar uma vagin* fora de um hospital, desde a Samantha você nunca mais namorou ninguém, qual a última vez que você transou? Com esse monte de hormônios, como você não ficou louca?
E ela estava certa, os hormônios a deixavam completamente emotiva, noite passada chorou assistindo um filme que estava na parte de comédia do site. Tinha picos de tesão que nunca tinha vivenciado antes, mas não queria ter que começar do zero outra vez. Ter que descobrir gostos de uma pessoa, vontades, história. Não queria.
- Você é uma babaca! Acabei por hoje e quero ir pra casa, você ainda sabe aplicar uma injeção ou agora só escreve sobre seus pacientes aí nesse caderninho?
Disse em tom brincalhão para a amiga. Adorava aqueles momentos em que podiam comer juntas, faziam isso desde a faculdade e desde que o pai morreu Renée aplicava as injeções de FSH.
- Vamos, acho que eu sou a única mulher pra quem você ainda tira uma peça de roupa!
Anne saiu do hospital cansada, dirigiu para o seu apartamento, tinha uma vida confortável, essa era uma das vantagens da sua profissão, ganhava bem o suficiente para viver bem o suficiente. Herdou tudo que era pai, a clínica, algumas propriedades, o carro que dirigia, mas o apartamento, este havia comprado sozinha, era seu grande orgulho, sentia que valerá a pena cada dinheiro investido na reforma, cada móvel que mandou fazer sob medida, se sentia feliz demais, era a sua casa.
Assim que entrou pela porta tirou a roupa que já deixou para lavar na máquina, andou despida até o banheiro da sua suíte, era grande e muito bem iluminado mas ela gostava do seu banho com pouca luz. Acendeu a vela que deixava próxima a banheira, era perfumada, deixava o clima propício para o que ela pretendia fazer. Voltou à cozinha para procurar qual garrafa de vinho que herdara do pai beberia hoje, não entendia nada, sabia apenas que eram caras e que sempre surpreendia pelo sabor, Dava risada pois lembrava do bom gosto que o pai tinha. Encheu uma taça, voltou para a banheira que já borbulhava com água ainda preenchendo menos da metade. Voltou para ligar a máquina e ajustar os níveis de sabão em pó. Colocou uma playlist e esperou que a banheira enchesse o suficiente para entrar. Entrou, seu corpo magro, a pele branca com algumas pintas espalhadas, era um corpo de despertar o desejo de qualquer mulher. Renée estava certa, fazia muito tempo que não trans*va com uma mulher, que não sentia um o corpo quente de outra mulher sobre o dela, não sentia o gosto que gostava tanto. As mãos de Anne passeavam pelo seu corpo, sentia seus mamilos muito mais sensíveis, sentia que queria o toque de outra pessoa. Imaginou-se sendo tocada, mãos apertando seus bicos sensíveis, cruzava suas pernas tentando segurar a excitação que sentia. Gemia baixo, sua mão começou a masturbar sua bocet* com entusiasmo, não demorou muito para goz*r intensamente. Abriu os olhos e no instante seguinte pos se a chorar, a mao agora acariciava a barriga, deu se abertura para colocar para fora todos os sentimentos que guardou por dias sobre o aborto. Queria tanto ter um filho que machucava saber que não conseguiu.
Fim do capítulo
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