Whitout me por Kivia-ass
Minha pessoa!
POV THEODORA
Eu andava de um lado para o outro arrumando os últimos detalhes da confraternização de Natal, enquanto Catarina estava lá em cima terminando de arrumar as crianças. Era a primeira vez que nós duas recebíamos toda a família e amigos para uma festa de Natal e isso estava me deixando extremamente ansiosa.
-Kelly, você acha que é o suficiente? – Eu perguntava pela quarta vez.
-Calma Theo, vai até sobrar. – A mulher respondeu sorrindo. – Vai lá terminar de se arrumar, eu termino aqui.
-Tem certeza? – Perguntei receosa e Kelly afirmou com a cabeça.
-Pode ir ajudar a Cat com os pequenos. – Deixei um beijo na bochecha da mais velha e subi correndo.
Do corredor dava pra ouvir as gargalhadas dos meus filhos, meu coração aquecia sempre que eu os ouvia felizes assim, entrei devagar e vi Catarina fazendo cócegas nos dois.
-Que bagunça é essa aqui? – Os três se assustaram com a minha chegada repentina.
-SALVA A GENTE, MAMÃE. – Luna gritou tentando se levantar.
-A mamãe vai salvar vocês. – Primeiro puxei o Bê, mas Catarina foi mais rápida e segurou Luna.
-Não vai escapar tão fácil, mocinha. – Minha esposa beijava e continuava as cócegas na nossa filha.
-Amor, solta ela. – Pedi tentando puxar minha filha.
-Mudança de planos. – Catarina encarou Luna com as sobrancelhas levantadas. – ATAQUE DE COSQUINHAS NA MAMÃE THEO.
-Não ouse, dona Catarina. – Dei alguns passos e encontrei a cama atrás de mim. – Olha o Bê aqui.
-Não seja por isso. – rapidamente ela pegou nosso filho e Luna veio correndo pulando em meu colo. – Vamos ao ataque Lulu, você enche ela de beijos e eu de cócegas.
Catarina veio correndo, fazendo cócegas na minha barriga, enquanto eu me contorcia gargalhando de rir. Bernardo não ficou pra trás e subiu em cima de mim também.
-Trégua, por favor. – Falei tomando fôlego. – Eu não consigo respirar, por favor.
-Mamãe? – Luna cessou os beijos. – Vamos dar uma "tegua"?
Catarina parou as cócegas segurando seu corpo no ar sobre o meu. Suas íris verdes me encaravam profundamente, seu olhar era capaz de ler a minha alma.
-Theo? – Ela colocou meu cabelo atrás da orelha. – Eu te amo, eu te amo muito.
-Eu amo você, Catarina. – Ela selou meus lábios rapidamente e logo puxamos nossos filhos para um abraço em família. – Eu não vivo mais sem vocês.
{...}
Na nossa enorme sala recebíamos nossos familiares e amigos, as crianças empolgadas com a decoração de natal, brincavam próximo a nossa grande árvore, fiz questão de escolher uma bem grande.
Minha mãe e meu pai chegaram trazendo presentes para todos, eles fizeram questão de comprar algo para cada um dos convidados, incluindo, Claudia, Ramires, Katia e Kelly. Meu irmão foi o primeiro a correr e pular no meu colo, beijei meu pequeno e logo ele se juntou às outras crianças.
Ester e Luiza não tardaram a chegar também, Luiza estava com seus seis meses de gravidez e eu não poderia estar mais feliz pelas minhas amigas, Laura também estava esperando seu primeiro filho, mas ainda estava bem no início. Nossas amigas falavam sobre bebês quando Isis chegou fazendo sua barulhada de sempre.
-Cheguei família. – Ela segurava vários presentes nas mãos e vinha seguida por Nandinho. – Trouxe presentes para todos os meus sobrinhos.
-Oi meu amor. – Abracei a morena. – Que bom que chegaram, agora só falta Bia e Mari.
-Não falta mais. – Ouvi a voz de Bia atrás de nós. – Chegamos, minhas senhoras.
Demos início a nossa ceia, ter todas aquelas pessoas ali me aqueciam o coração de tal forma que eu nem conseguia explicar. O sorriso de felicidade da minha mãe ao lado do meu pai, minha sogra ao lado do namorado novo, meu cunhado empolgado com o casamento marcado, essas coisas me tornava uma mulher completa.
-Filha, já pensou na minha proposta? – Meu pai perguntou empolgado.
-Tô esperando Catarina decidir, pai. – Minha esposa me encarou sorrindo. – Ela precisa tirar férias, eu e as crianças estamos por conta.
-Vamos, Cat? – Minha mãe pediu em súplica. – O ano novo em Londres vai ser perfeito.
-Eu ainda estou resolvendo questões do ateliê. – Revirei os olhos sorrindo.
-Tá virando Malvina 2.0, pai. – Brinquei com ela e minha mãe.
-Olha olha Catarina, ninguém merece uma Malvina melhorada. – Minha mãe respondeu entrando na onda. – Vamos? Vai ser só alguns dias.
-Ok, nós vamos. – Comemorei batendo palmas. – Laura e Júlio também estão indo.
-E tratem de voltar antes do aniversário do Arthur. – Isis entrou na conversa.
-Quem diria que a tia Mal estaria convidando Catarina para viajarem juntas. – Luiza comentou tirando sarro da minha mãe. – Esse mundo dá muitas voltas, Theozinha.
-Você tem razão, Luiza. – Minha mãe respondeu minha amiga. – Inclusive se me dissessem que eu escutaria suas músicas todos os dias no meu carro, eu chamaria a pessoa de louca.
-Malvina a maior fã de Luiza. – As duas deram um toque de mão. – Fica tranquila Mal, da Theo eu sempre quis só amizade, mesmo ela beijando a minha mulher.
-Eu me arrependi disso já. – Larguei o garfo sorrindo. – Foi um deslize.
-Isso magoou, Theodora. – Ester cruzou os braços fingindo irritação.
-Desculpa Tete, mas nada supera os beijos da Catarina. – Meu olhar apaixonado pra minha esposa chegava a brilhar.
-Eu amo meu casal. – Laura fez coração com as mãos.
Depois da ceia, nos sentamos todos na varanda e começamos a abrir os presentes, as crianças eram as mais felizes, principalmente minha filha que vinha correndo mostrar cada brinquedo que ela ganhou. Desde a nossa festa de casamento decidimos que sempre nos reuniremos, não importava se era uma comemoração de aniversário ou apenas assistir um jogo de futebol, sempre juntamos todo mundo e a diversão era garantida.
Estava deitada entre as pernas de Catarina, enquanto conversávamos sobre o casamento do meu cunhado que aconteceria em Fevereiro, Cadu e Dani estavam tão animados que me lembrava do dia do meu casamento com Catarina. Sorri com os meus pensamentos quando senti Luna pulando no meu colo.
-Mamãe, eu tô "cum" sono. – Ela esfregava os olhinhos vermelhos.
-Deita aqui no meu colo, meu amor. – Ela se acomodou me abraçando pelo pescoço, beijei sua testinha e logo Luna fechou os olhinhos.
-Essa sapeca não quis subir quando eu levei o Bê pro quarto. – Catarina abraçou nós duas beijando nossa filha. – Cheia de manha.
-Deixa minha princesa. – Beijei novamente meu bebê que adormecia tranquilamente.
-Theo eu sempre achei que você seria a mãe brava, mas pelo visto é a mãe babona. – Ester falou do outro lado da sala com Valentina no colo.
-Eu não tinha dúvidas que ela seria a mãe bobona. – Laura retrucou no colo de Julio. – Olha como ela tratava a Catarina, faltava carregar água na peneira, e pelo visto não mudou nadinha.
-Isso é verdade, Theo até babava quando Catarina estava perto. – Meu cunhado entrou na onda.
-Eu gosto de mimar meus bebês. – Me virei selando nossos lábios.
-Eu me sinto uma das pessoas mais felizes do mundo ao ver que minha filha está feliz, amando e sendo amada. – Minha mãe se aproximou beijando minha testa. – Obrigada por me proporcionar isso, Catarina.
As horas foram passando e nossos amigos resolveram se despedir, apenas Laura e Julio passariam a noite na nossa casa, mas amanhã continuaremos a festa com um churrasco e festa na piscina. Ajeitei Lulu no quartinho dela e logo fui para o meu, Catarina já arrumava a cama para deitarmos, mas antes eu a abracei pela cintura respirando seu perfume.
-Você estava uma deusa hoje. – Ela se virou sorrindo me segurando pela cintura.
-Você também está linda. – Seus lábios juntaram-se aos meus. – Na verdade você é linda todos os dias.
-Boba. – Passei a mão pelo seu rosto delicado. – Catarina, não quero que se sinta pressionada para irmos viajar com meus pais, se não puder ir, marcamos outra data.
-Ei, eu quero ir, e nós vamos. – Ela devolveu o carinho no meu rosto. – Eu não quero colocar vocês em segundo plano, o ateliê sobrevive sem mim por alguns dias.
-Eu amo você. – Sorri com sua resposta e nos entregamos a um beijo apaixonado. – Feliz natal meu amor.
-Feliz natal minha Theo!
POV CATARINA
O vento gelado de Londres soprava lá fora, enquanto Luna, Bernardo e eu esperávamos Theo terminar de se aprontar. Desde o nosso casamento temos esse ritual de decidir na sorte quem toma banho primeiro, ela sempre perde e isso me tira boas risadas. Não demorou e ela saiu do banho enrolada na toalha e eu me distraia brincando com nossos filhos.
-Vou me vestir rapidinho, a Gringa já está a caminho. – Assenti e continuei brincando com meus babys.
-Mamãe, nós vamos ver neve? – Luna perguntou curiosa.
-Vamos, por isso tem que se agasalhar bem. – Theo respondeu no outro comodo. – Calça o tenis no Bê, amor.
-Já vou calça-lo. – Deitei o Bernardo na cama e terminei de vestir sua roupa. – Luna, se veste aqui, já vamos descer pra encontrar o Gus.
Depois de um tempo nós quatro estávamos devidamente agasalhados, descemos para encontrar meus sogros que já nos esperavam para o café. Laura e Julio desceram na mesma hora e comemos juntos com várias risadas e conversas amenas.
-Seu irmão e a Dani, chegam que hora, Cat? – Gael perguntou olhando para o relógio.
-O voo tá marcado pra aterrizar ao meio dia. – Respondi limpando a boca no guardanapo.
-Então eu aproveito e busco eles lá. – Meu sogro se levantou indo até Malvina. – Meu amor, prometo ser rápido no escritório e a noite prometo que te levarei pra jantar.
-Te espero, meu bem. – Malvina respondeu com um enorme sorriso, a cada dia eu me apaixono mais pela história dos dois.
-Tchau filha. – Ele beijou Theo nos cabelos. – Tchau família, volto para o almoço.
-Quero beijo, vovô. – Luna pediu manhosa e Gael correu para atender seu pedido.
-Todos os beijos do mundo para minha neta preferida. – Ele levantou Luna a enchendo de beijos, repetiu o gesto com o Bernardo e com o filho.
{...}
Theo e eu resolvemos passear por Londres, apesar de já ter vindo aqui eu nunca tive tempo de explorar o local, pois eu sempre vinha a trabalho. Theo me apresentava tudo e sempre contava alguma história engraçada sobre o local. Sua amiga Johanna também me arrancou boas risadas, Laura e Júlio aproveitaram para comprar umas coisinhas para o meu afilhado que estava a caminho. Na hora do almoço resolvemos voltar para a casa dos pais de Theo, pois Cadu e Dani já estavam por lá, convidamos a gringa para comer conosco e logo estávamos reunidos conversando sobre a festa de ano novo.
-Que pena que minha sogrinha não pode vir. – Theo disse fazendo bico. – Saudade da minha Gege.
-Prometo que vamos passar uns dias com ela lá em Goiânia. – Fiz um carinho em sua mão. – Aproveitamos e passamos uns dias na chácara do meu pai.
-As crianças vão amar. – Ela abriu um sorriso lindo pra mim.
Desde o meu casamento, minha relação com meu pai mudou da água pro vinho, ele está mais participativo e querendo viver mais ao meu lado e ao lado dos netos, ele e Theo estreitaram os laços e ele vive nos chamando para passarmos uns dias lá com ele.
Depois do almoço, resolvemos descansar um pouco antes de passear mais. Bernardo e Luna cochilavam na nossa cama e eu puxei Theo pra deitar comigo no sofá da varanda.
-Que frio. – Ela se acomodou nos meus braços puxando a mantinha que estava nas minhas pernas.
-Eu te esquento. – Beijei seu ombro e a puxei pra mais perto.
-Aqueles dois ali vão hibernar a tarde toda pelo visto. – Ela apontou para os nossos filhos.
-Vão mesmo. – Sorri com a sua carinha de apaixonada, Theo era uma mãe incrível e a cada dia que passa eu sei que Deus me deu uma oportunidade única de viver isso ao lado dela. – Amor, estive pensando em uma coisa.
-Em que, minha deusa? – Ela virou levemente o resto.
-Theo eu sou muito grata por ter você de volta ao meu lado, às vezes eu penso que tudo isso é um grande sonho, mas aí eu acordo e você tá lá dormindo enroscadinha em mim. – Theodora se virou mais e eu continuei. – Aquela Catarina imatura sonhava com isso aqui, mas era covarde demais pra arriscar, porém hoje eu sou uma mulher completamente realizada e feliz por ter escolhido amar você de novo, e eu pretendo amar você todos os dias.
-Catarina, assim você me deixa sem palavras. – Ela segurou meu rosto entre as mãos. – Você sempre foi a minha pessoa, a que eu mais amei, e amo.
-Eu sei disso. – Colei nossos lábios novamente. – Obrigada por me escolher, obrigada por me permitir viver os meus melhores dias ao seu lado.
-Não precisa agradecer, pois eu não estava vivendo antes de ter você. – As palavras doces de Theo me acertaram em cheio. –Mas em que você estava pensando?
-Eu quero outro filho com você. – Falei de supetão fazendo ela arregalar os olhos. – Aceita aumentar nossa família?
Ela não precisava me responder com palavras, sua reação já era a minha resposta. Eu sou completamente entregue a essa mulher e pode ter certeza que o meu " eu te amo" pertence à Theodora Barcellos
FIM
Fim do capítulo
Oi minha galera! Chegamos ao fim ???? conseguimos concluir mais uma e eu quero agradecer a todo mundo que ficou até aqui, obrigada!!! Essa aqui foi uma das minha favoritas até agora e eu amei escrever ela com vocês, peço desculpas pelos erros, eu confesso que não corrijo sempre, minha ansiedade não deixa! Mas estou imensamente feliz pelo resultado, só tenho a agradecer e até a próxima (ou não) beijos ????
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Marta Andrade dos Santos
Em: 03/03/2023
Parabéns Amei a história.
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HelOliveira
Em: 02/03/2023
Amei a história, parabéns e obrigada por presente Maravilhoso que foi acompanhar sua história, ok
Obrigada de ??’“
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Lea
Em: 02/03/2023
E foi bem melhor do que minhas expectativas!
Fui uma anti-Catarina,mas já sabia que esse amor era para ser construído entre as duas. O tempo mostrou que o amor era verdadeiro e nem o abalo que tiveram foi capaz de destruí-lo.
Cada personagem foi especial!
*
Kivia,prefiro o "até breve",pois é muito gostoso ler suas estórias!
Resposta do autor:
Fico feliz que tenha ficado até aqui, muito grata pela companhia! E até breve
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