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A Vizinha por Dud

Ver comentários: 2

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Palavras: 4467
Acessos: 1383   |  Postado em: 15/02/2023

Notas iniciais:

One-shot bem leve só para que eu tirasse essa história da mente.

Capitulo 1


Não posso reclamar das minhas sextas em casa, sempre são na melhor companhia possível, mesmo que ele acabe sugando cada gota de energia com tantas danças e brincadeiras. Uma mãe solteira sabe se divertir... com o filho. Lucas era o centro do meu mundo desde o primeiro segundo que descobri da sua existência e talvez, apenas talvez isso tenha me feito parar, eu vivia pra ele e mal me olhava e com isso (e muitos outros fatores) veio a separação com a mãe dele. Eu estava bem, depois de 6 meses eu finalmente me sentia bem, mas ainda só vivia pra ele e após algumas sessões de terapia, eu resolvi me olhar um pouco. Doideira, no início me culpava porque talvez eu teria salvado meu casamento, mas depois consegui entender que não era apenas um motivo. 



Mas para a surpresa de todos, essa sexta seria diferente, eu teria um encontro. Eu me arrepiava só de pensar. Lucas brincava na casa da vizinha, eu nunca a tinha visto, mas a mãe dela ia visitar as vezes junto com o irmão e com a Dona Lourdes eu conversava, o filho mais novo tinha a mesma idade que o meu bebezinho, 8 anos.  



No meio de tantas conversas sobre maternidade e plantas, contei a Dona Lourdes que teria um encontro depois de tanto tempo e precisava de uma babá de confiança, ela logo se dispôs a ficar com o Lucas e bem, eu confiava nela, ela vinha umas 10 vezes no ano visitar a filha e sempre tirava um tempo pra bater papo, jogar conversa fora, um cafezinho, eu a considerava uma amiga, uma amiga madura pela idade, mas o espírito era de uma adolescente. Ouvi meu celular tocar e fui a caça dele pelo closet. 





  • Está nervosa? - Ouvi a voz de Miguel, meu melhor amigo, do outro lado e sorri. 




  • Você não faz ideia, nunca pensei que com 29 anos eu ficaria tão nervosa por causa de um encontro que marquei por aplicativo. - Soltei uma risada breve e até mesmo desacreditada. 









  • Eu quero foto do look, espero que tenha colocado aquele vestido preto que você comprou e nunca usou. - Ele falava animado, mas eu estava tão nervosa que nem notei o silencio que pairou na ligação. - Sabe, Melía, você é uma mulher linda, forte, batalhadora, engraçada, gostosa, - eu ri com esse último adjetivo - você merece se dar essa chance, não faz mal nenhuma sair, flertar, TRANSAR. Você não vai se tornar menos mãe por isso. 




  • Eu sei, eu acho que já entendi isso, só é tão difícil sair da zona de conforto. - Suspirei. 




  •  Você é nova, teve o Lucas nova, casou nova. Você merece, amiga. Agora vai, me manda foto e termina de se arrumar. 




  • Vou correr mesmo porque eu preciso fazer a mochila do Lucas e deixar com a dona Lourdes, ele já tá lá, tava doido pra testar aquele jogo novo com o Dom. - Sorri lembrando da animação do meu filho. - Beijo beijo. 




  • Beijos, arrasa. - Ele encerrou a ligação e eu suspirei mais uma vez.  







Me olhei no espelho uma última vez e fiquei satisfeita, meu cabelo longo e castanho estava ondulado e com a metade dele preso, apenas com duas mechas soltas na frente, o vestido era longo, preto e tinha duas fendas enormes mostrando minhas pernas, a maquiagem era básica, um delineado e uma boca vermelha e nos pés uma sandália de amarração. A mochila do Lucas estava nas costas e uma bolsa preta na mão, atravessei a rua do condomínio e toquei a campainha, ouvi um som elétrico indicando que estava destrancado e abri uma frestinha, o quintal era quase que padrão, uma piscina na lateral, um caminho largo no meio e a garagem do lado, notei que alguma confraternização acontecia, tinha pelo menos uns 3 carros na garagem, o cheiro de churrasqueira recém apagada e uma baguncinha de quem recebeu algumas visitas, além do mais, a frente estava toda aberta e eu ouvia som de violão e vozes. Fechei a porta atrás de mim e andei pelo caminho pensando no incômodo, assim que cheguei perto o suficiente, identifiquei a sala e umas 5 pessoas nela,  dei duas batidas na lateral e pedi licença, o som do violão cessou e eu já estava vermelha igual um tomate. 





  • Boa noite! - Juntei toda a coragem e avancei, cumprimentei um por um, deixando a dona Lourdes por último. - Desculpa, vim trazer as coisinhas do Lucas. 




  • Claro, Melía, não precisa se desculpar. - Ela sorria gentil – Esses são amigos da minha filha, da Leticia.  




  • Então você é a mãe daquele garotão esperto. - Uma loira de cabelos curtos que se apresentou como Ana sorriu e eu mais ainda, elogio pro meu filho era melhor que pra mim. - Parabéns, viu?! 




  • Agora sei da onde veio tanta beleza! - Um rapaz negro, careca e de olhos mel jogava charme, Leo se não me engano. 







Sorri sem graça e agradeci aos dois, eu realmente amava que elogiassem meu filho, só não sabia receber um direcionado pra mim. 





  • Não tem vergonha, Leo? - Ouvi uma voz grave e olhei na direção da escada, ela devia ter pelo menos 1,70, os cabelos ondulados naturalmente e os olhos azuis chamavam tanta atenção quanto o corpo escultural, eu devo ter babado ou desligado, mas logo tratei de me recompor. - Você deve ser a Melía, certo? 




  • Prazer, você deve ser a Leticia. - Sorri e estendi a mão. - Sua mãe fala muito de você! 




  • Ela também fala muito de você. - Ela apertou a minha mão e me olhou, não sei se analisando ou admirando, mas eu gostei, não me sentia bem sendo observado tinha muito tempo. - Sei que tem compromisso, mas senta um pouco, gostaria de conhecer um pouco a vizinha que rouba minha mãe de mim. - Ela riu e me indicou uma poltrona, eu ainda tinha 30 minutos e o restaurante escolhido era perto, não estava com tanta pressa, então sentei. 




  • Espero que o Lucas não esteja dando trabalho pra vocês! - Disse um pouco preocupada. 









  • Luquinhas é um amor, mas eu tava pra te contar mesmo... - ela fez um suspense e eu fiquei apreensiva já achando que ele tinha feito algo. - Eu não aguento mais perder no fifa pra ele. - Ela riu e eu a acompanhei. 




  • Bom, se ele venceu você significa que seria como tirar doce de criança jogar com você. - Falei e notei que a outra mulher, Monique, ruiva, linda por sinal, me fuzilava um pouco, não sei se ciúmes ou incomodo de uma estranha estar no recinto. 




  • Tirou onda contigo Leticia - Leo gargalhava acompanho de Ana e dona Lourdes. - Ô Flávio, tu viu essa? 




  • Agora ela vai ter que provar! - Flávio, como Léo tinha chamado, agora gargalhava, ele tinha o violão no colo até então. 




  • Tem tempo pra uma? - Leticia sorria com um tom de competição e eu claro, aceitei. 







A partida foi tranquila, 6x1. As crianças tinham descido e Luquinhas torcia por mim enquanto dizia: Viu, tia Lê, eu disse que a minha mãe era a melhor. Aceitando a derrota, vi Leticia fingir passar uma coroa para minha cabeça e entrando na brincadeira, aceitei.  





  • Bom gente, foi ótimo esse alimento para meu ego, - sorri – mas preciso ir, tinha que ter saído a uns 5 minutos. 




  • Hoje que é o seu encontro, mãe? - Lucas perguntou me deixando sem palavras, como ele sabia?  




  • Filho... 




  • Tudo bem, eu sei, eu ouvi você e o tio Miguel conversando ontem. - Ele sorriu e me deixou boquiaberta. 









  • Então quer dizer que perdi a oportunidade? Que coisa... - Leo dizia decepcionado, Lucas franziu a testa e tomou a frente, como se fosse me defender. 




  • Minha mãe não gosta de homens!  




  • LUCAS! - Repreendi ao mesmo tempo que ficava vermelha, ele deu de ombros e correu pra brincar no segundo andar. - Desculpa por isso, Leo. 




  • Eu que peço perdão, Melía, não sabia! - Ele disse um pouco sem graça mas logo se recompôs. - Então teremos uma mulher de sorte hoje, não é? 




  • Espero que sim! Primeiro encontro – Demonstrei nervosismo, me virei pra me despedir e então notei o olhar de Leticia sobre mim, eu estava gostando mais do que deveria. 







... 



 



Horrível. Essa era a palavra para aquele encontro. A moça mal sabia conversar e eu que estava parada no tempo não sabia mais o que fazer, ela estava tão nervosa quanto eu,  a gente apenas comeu por assim dizer, não rolou química, quando terminou paguei a conta e fui embora. Só queria dormir e esquecer daquele desastre e foi isso que fiz. 



O dia amanheceu e ás 8 eu já estava de pé, o sol estava me dando um bom dia daqueles, coloquei um biquini e separei uma sunga, iria pegar o Lucas e levar ele pra praia. Atravessei a rua e toquei a campainha ás 10:30 da manhã, o portão foi destrancado mais uma vez e assim que abri, vi Leticia limpando a piscina. 





  • Bom dia, vizinha! - A cumprimentei e sorri. 









  • Bom dia, vizinha! - Me devolveu sorrindo, largou o que estava fazendo e veio na minha direção me dando dois beijos no rosto. - Teve uma boa noite? 




  • Vim justamente comentar com a sua mãe o quão horrível foi. - Ri e ela mais ainda. 




  • Aplicativo? 




  • Aplicativo! - Ri um pouco mais. - Talvez eu vá na praia com o Lucas, queria convidar vocês também. 




  • Agradeço o convite, vizinha! - Vi o olhar parando nas cordinhas do meu biquini e bom, Miguel tinha dito que flertar não faz mal, então entrei na brincadeira, fingi que não via, respirei fundo estufando um pouco mais o peito e fingi ajeitar o biquini. Leticia desviou rapidamente quando voltei a olhá-la. - É então, vou fazer um churrasco, só pra gente, você podia ficar e aproveitar. Minha mãe deve tá indo embora na segunda. 









  • Não quero incomodar... 




  • Não vai! - ela sorriu de lado. - E não precisa trazer ou comprar nada, tem tudo aqui. Você vai comer o melhor churrasco do mundo. 




  • Então me sinto obrigada a fazer a melhor caipirinha do mundo pra senhorita. - Sorri um pouco mais que o normal. - Posso ajudar? 




  • Na verdade, já acabei, você pode entrar se quiser, tá muito calor, vou dar um mergulho agora. - Leticia tirou a blusa que cobria até metade da coxa e revelou o que a roupa da noite anterior já mostrava, era um corpo escultural. Parecia provocação.  





Ela entrou devagar e eu tirei o short, que era a única peça de roupa que usava e entrei logo em seguida, mergulhei molhando o cabelo e cheguei perto. 







  • O que você faz, Leticia? - Perguntei com genuína curiosidade, eu era vizinha dela a pelo menos 6 meses e nunca nem tinha visto o rosto dela.  




  • Chef de cozinha, eu tenho dois restaurantes. - Senti orgulho na voz dela e sorri. - E você? 




  • Fui advogada durante 6 anos da minha vida, mas depois do divórcio eu desacelerei um pouco. Tenho um escritório. - Sorri tentando não entrar no assunto separação. - Por que eu nunca te vi? 




  • Hmm, talvez eu chegue muito tarde. - Ela dizia nadando em círculos. - Só paro quando a minha mãe tá aqui. 




  • Por isso que ela vem tanto, pra tentar te fazer parar mais. - Deduzi. 









  • Touché! Isso mesmo! - Ela levantou as mãos em rendição e eu ri. - Eu já te vi. - Ela confesou parando finalmente de nadar, estava na minha frente sorrindo, os olhos claros estavam mais vividos por causa do sol. 




  • Como? - Perguntei curiosa. - Se eu nunca te vi, como me viu? 




  • Acho que você vive um pouco no mundo da lua. - Ela riu. - Você estava brincando com o Luquinhas lá fora. Não é nenhuma novidade pra mim que a mãe do Luquinhas é linda! - Ela chegou perto e senti meu corpo aquecer, ela apenas estalou um beijo na minha bochecha e saiu da piscina. 





 Fiquei mais um tempo na piscina, fiquei observando de longe a casa ganhar vida, Dom foi o primeiro acordar, deixei Luquinhas descansar porque segundo Leticia, os dois tinham ido dormir tarde jogando. Eu regulava bem os horários, mas vez ou outra não tinha importância ele dormir tarde e acordar tarde. Dona Lourdes apareceu já de maiô e super animada, me chamou para sentar enquanto Leticia acendia a churrasqueira. 





  • Me conta, como foi? - Ela estava curiosa que só. 









  • Foi péssimo! - Ri junto com ela. - Acho que estou mesmo enferrujada, o papo não fluía, química não rolava, eu nem beijei ela, Dona Lourdes. 




  • Mentira, Melía, nem um teste drive? - Ela gargalhava com a minha cara de decepção. - Essa geração é fraca demais, quando eu era jovem... 




  • Vamos com calma, senhorita – Leticia falou com as mãos na cintura. - Eu não preciso saber de tudo que a senhora fazia. 




  • O que? Ah Leticia, se eu fosse a Melía eu tinha dado umazinha mesmo – Ela soltou e eu ri com a espontaneidade, isso me encantava na dona Lourdes, vi Leticia ficar vermelha e ri mais. - Cuida dessa churrasqueira que eu cuido da minha amiga. 




  • Sabe dona Lourdes, eu até que estava com esperança mesmo. - Falei um pouco mais baixo. - Já tem tanto tempo que eu não sei o que é isso. 







O resto da manhã e tarde foi tranquilo, comemos, bebemos e rimos, eu me divertia com aquelas duas. Quando o sol já estava se pondo, Dom e Lucas pediram pra ir à pracinha mais próxima, eu ia levar, mas minha amiga fez questão, na verdade, segundo ela, esse seria o jeito de fugir da arrumação. Ri e concordei, ela sabia a senha da minha casa e foi até lá para que meu filho tomasse um banho e se trocasse, ele era independente desde cedo e sinceramente, estava adorando sair da rotina um pouco. 



Eu lavava a louça enquanto Leticia limpava a varanda, em 15 minutos estava tudo limpo. Quando terminei de secar o último copo, me virei para me despedir e vi a minha vizinha chegar com duas taças e um vinho, sorri e agradeci aos céus. 





  • Topa? - Ela balançou as taças. 




  • Você parece que leu minha mente. - sorri e me sentei no banco estofado, vi ela colocando a quantidade certa de vinho na taça e brindei. - À boa vizinhança! 




  • À boa vizinhança! - Tomamos um gole e vi o copo repousar na mesa. - Minha mãe gosta muito de você e agora eu sei o porquê. 









  • E por quê? - estava curiosa com sua resposta 




  • Você é divertida, prestativa, engraçada, interessante, entre muitos adjetivos, mas o que eu mais gosto é o jeito que você interage com a minha mãe, nem parece que tem mais 30 anos de diferença - ela sorriu 




  • Ela apareceu no momento certo, eu morava em outra ponta do Rio, fugi da loucura que era estar perto da minha ex mulher, da minha ex vida, mas estava sozinha e ela só queria uma muda da minha planta. - Ri lembrando do dia em que conheci. 




  • Foi difícil? - No primeiro momento meu rosto era de pura confusão, mas depois entendi. - Se não quiser não precisa responder. 




  • Tá tudo bem, hoje em dia é fácil, mas já estive em um momento que só de lembrar eu chorava, - ri e dei mais um gole, enquanto ela preenchia as taças novamente, já me sentia tonta, além daquele vinho, tínhamos bebido a caipirinha que prometi e outras coisinhas que um sábado de sol pede. - é foda, 10 anos, um filho... mas passou, agora meu maior problema são encontros fracassados. 









  • Eu posso te ajudar, mesmo com a vida corrida, eu sempre tiro tempo pra ter “encontros” - ela sorriu e se aproximou. - Finge que eu sou seu encontro, do que você falaria? 




  • Do Lucas? - sorri nervosa  




  • Não, - ela riu - não que esteja errado, mas assunto mais profundos e sérios como filhos ficam para o segundo ou terceiros encontros, - ela colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. - me conta o seu tipo preferido de filme ou música. 




  • Ok, deixa eu pensar... - dei uma pausa de quase um minuto, o que EU realmente gostava? - Eu gosto de romance, comédia romântica pra ser mais exata, daquelas bem clichês, sabe?! - ela concordou com a cabeça e me olhava fixamente. - De música, bom, eu sou carioca, cresci na baixada, eu fico oscilando entre pagode e funk. 




  • Quem diria que a princesinha da zona sul curte esse tipo de música? - ela riu debochada e eu cutuquei a cintura dela também rindo. 









  • Nascida e criada em Belford Roxo, já ouviu falar? - ri da cara da mesma, obtendo a resposta que já esperava. 




  • Você é uma caixinha de surpresa! - ela sorria, se afastou um pouco e eu senti que aquilo era pra sanidade das duas, mas mesmo assim me virei de frente pra ela apoiando minha cabeça na mão. -  Eu sou de Minas, acho que dá pra notar pelo sotaque, né?! Mas minha mãe é daqui do Ri- 





Um trovão cortou o céu e eu me arrepiei, a chuva veio forte meio segundo depois, minha primeira reação foi pegar o celular e lugar pra Dona Lourdes. 





  • Onde vocês estão? - perguntei preocupada 




  • Não se preocupe, nem saímos da sua casa, Luquinhas apagou assim que chegou e Dom também, deixa a chuva abaixar que eu levo o Dom e você vem. 









  • Pode ficar aí tranquila, Dona Lourdes, tá chovendo muito, descansa um pouco! Tem toalha limpa no quarto de hospede, lá também tem pijama limpo, fica à vontade, já já eu chego pra gente fazer um café e um bolo, dorme comigo hoje?! - sugeri e recebi um ‘claro’ como resposta, desliguei a chamada mais aliviada. 




  • Só a minha mãe recebe o convite de dormir com você? - Leticia perguntava me fitando. 




  • Nã-não, se você quiser pode dormir lá também, sempre muito bem-vinda, – respondi nervosa. - a cama do quarto de hospede dá pra vocês duas. 




  • Não gosto de dormir com a minha mãe, sou crescida! - ela se aproximava e eu me tremia com cada centímetro de aproximação, senti uma mão na minha coxa e me arrepiei, logo depois ela puxou minha perna, fazendo com que eu me sentasse em seu colo de frente. - É assim, Melía, que um encontro com uma mulher como você deve terminar. 




  • Assim como? - perguntei mais nervosa, eu me tremia, meu coração batia rápido, eu sentia um calor no meio das minhas pernas que a muito tempo não sentia.  









  • Me diz você, - ela aproximou o nariz do meu pescoço e encostou a ponta, meu corpo estremeceu e eu joguei a cabeça pra trás, eu estava entre o corpo dela e a mesa, o nariz deu lugar a boca, que apenas estalou um beijo ali e foi descendo até o meu colo. - o que você tá sentindo? Me explica em detalhes. 




  • Eu... - Parei pra sentir as sensações, ainda estava incerta de responder, mas o olhar dela me incentivava - Eu estou nervosa, de um jeito gostoso, - me contorci de novo com o beijo atrevido que ela deu na parte exposta do meu seio. - eu tô me sentindo desejada, - eu dizia ofegante – ansiosa e muito, muito excitada. 




  • E eu posso, - ela deu uma pausa e foi subindo os beijos até minha orelha, onde suspirou e eu quase faleci, meu coração pulou e eu tentei fechar as pernas numa tentativa falha de conter o líquido que já escorria – te levar lá pra cima? 




  • Deve! - Sem pensar muito, respondi. 





Leticia se levantou comigo ainda no seu colo e subiu as escadas com calma, talvez por eu estar em seu colo e ter que dividir a atenção em subir com segurança e beijar meu pescoço, chegamos onde deduzi ser seu quarto, estava apagado, mas a pouca luz ainda iluminava pouco, ela seguiu até o banheiro e me deixou sentada na pia, ligou a torneira e a banheira começou a encher, ela acendeu algumas velas, ela voltou a parar na minha frente e começou a se despir, tirou o biquini de forma majestosa, o corpo daquela mulher era coisa de outro mundo, eu babava e me excitava a cada centímetro mostrado, ela se aproximou novamente e me puxou pra frente, me fazendo descer da pia. Me conduziu até a banheira e me esperou entrar. 







  • Você consegue ser mais linda ainda com tesão! - ela disse enquanto sentava de frente pra mim, me puxou novamente pro seu colo. - Eu posso te confessar algo? 




  • Pode! 




  • Eu tô me segurando muito, em respeito a você. - ela estava ofegante, eu entendia essa “preocupação”, ela seria a primeira depois de muito tempo. Mas eu tenho 29 anos, sou uma mulher e eu estou quase me desmanchando de tesão. 





Sorri e me encaixei melhor em seu colo, dessa vez fui eu a beijar seu pescoço, enquanto ia em direção a sua boca, soltei a parte de cima do meu biquini e antes que ela pudesse ver, a beijei, um beijo avassalador, digno de filme, o tanto de tesão acumulado, de vontade... Quando senti a língua úmida e quente, gemi em satisfação, tudo que Leticia fazia era surreal de bom, ficamos um tempo nos beijando e a mão dela passeava em meu corpo, quando ela resolvei chegar aos meus seios, ela se afastou um pouco com um sorriso sacana pra ver eles “soltos”, segurei a mão dela e conduzi até eles, ela apertou e suspirou. No segundo seguinte a boca dela tomou o lugar da mão, eu gemia baixo, tentando me conter, porque com o mínimo de toque eu queria gritar de prazer, eu estava com um pouco de pressa, então desamarrei a parte de baixo e deixei de lado na banheira, esse ela sentiu e subiu a boca ao meu lóbulo. 





  • Você tem certeza, Melía? Sua última chance de desistir, daqui pra frente eu só paro quando você goz*r gritando meu nome. - Aquilo foi extremamente excitante, eu gemi só de ouvir e joguei a cabeça pra trás novamente. 







Ela entendeu bem e me encostou na banheira, minhas pernas abertas e meu peito subindo e descendo foi o convite perfeito, sem cerimônia ela introduziu dois dedos enquanto segurava a minha nuca, dessa vez não me contive e gemi alto, eu a olhei e ela sorria com satisfação, me beijou novamente e começou a movimentar os dedos. Os gemidos preenchiam cada canto da minha boca e ela me beijava vez ou outra, minhas mãos apertavam as costas dela enquanto a força das estocadas aumentavam. Eu não estava mais aguentando, sentia o tesão sair pelos poros, tentava me segurar a todo custo, mas fazia tanto tempo que eu não trans*va que o sentimento era como se eu fosse explodir, então resolvi não me segurar, fui pra cima dela e rebol*va enquanto as estocadas ficavam mais e mais fortes. 





  • Não se segura, goz* pra mim! - Foi como uma chave, eu apertei minhas pernas, minhas mãos apertaram mais os seus ombros e minha cabeça foi parar em seu pescoço, eu estava ofegante, tremia um pouco mas estava sorrindo. 




  • Isso... Eu... 





Ela sorria e sem mais me beijou novamente, meu corpo estava relaxado demais, minhas pernas não tinham forças e ela notou. Com muito cuidado ela levantou e me tirou da banheira, me levou para a cama e me deitou, ela me olhava como se eu fosse uma presa, ela não queria parar, eu também não. Então não paramos. 



... 



Acordei um pouco desnorteada, sentia meu corpo cansado mas ao mesmo tempo satisfeito, abri melhor os meus olhos e notei que não estava no meu quarto, fui lembrando aos poucos da noite e olhei debaixo da coberta, nenhum resquício de roupa, olhei para o lado e estava sozinha, me sentei devagar e me espreguicei. O sol estava ameno, algumas nuvens ainda estavam no céu, me levantei me cobrindo com o lençol e fui ao banheiro, pelo menos pentear o cabelo. Ouvi risada de criança e então lembrei da minha criança, meus olhos arregalaram e eu comecei a procurar minha roupa, encontrei uma muda perto da banheiro e me vesti correndo e saí da mesma forma, quando cheguei perto da cozinha chamei Leticia, um pouco baixo, não sabia quem estava na casa, quando tava chegando no quintal ouvi uma voz conhecida. 





  • Mãe? - Lucas estava em pé com um danone na mão e uma cara confusa, eu comecei a ficar nervosa pensando em uma desculpa. - Dormiu aqui?  




  • É filho... eu... - não saia nada da minha boca. 




  • Muita chuva, Luquinhas, a gente trocou de casa. - Dona Lourdes apareceu como uma luz no fim do tunel. - Vai lá jogar com o Dom que já já o almoço sai. 




  • Tá bom, tia, beijo mãe, te amo! - Ele saiu correndo e eu soltei o ar que tava preso. 




  • Sabe, Melía, primeiro lugar que te procurei foi no quarto de hospede... a cama tava arrumada. - Ela sorria perversa, ela sabia, eu tinha dormido com a filha dela e ela sabia. 




  • Me desculpa... 




  • Finalmente você tirou essa teia. - Ela ria baixinho e sentou na ilha e despejou em duas xícaras um café. 




  • Não tá chateada? - Me sentei preocupada e um pouco culpada. 




  • Claro que não, vocês são mulheres adultas e donas do próprio nariz. - Ela pegou na minha mão e apertou. - Aliás, adoraria te ter como nora e Luquinhas como neto emprestado. 




  • Calma! - Ri com a animação dela. - Foi só uma noite. 




  • Única?  




  • Não sei, eu nem encontrei com ela... Pode se tornar uma grande amizade.  





Ficamos conversando bobeiras por alguns minutos quando escutei a voz de Leticia do quintal, parece que ela estava chegando de algum lugar, Lourdes levantou e saiu e eu fiquei, acho que esperando ela. Meio minuto depois ela entrou na cozinha, ela estava um pouco tímida, chegou perto sem saber muito o que fazer, sorri e dei bom dia. 





  • Bom dia! - Ela zerou a distância e me deu um selinho, acho que nem ela esperava. - Dormiu bem? 




  • Acordei um pouco cansada, não lembro que horas fui dormir... 




  • Já estava de manhã quando a gente foi dormir. - Ela falou baixinho perto do meu ouvido e eu estremeci. 




  • Eu consigo me lembrar bem do motivo. - Respondi enquanto acariciava o braço dela. 




  • Sai comigo hoje?! - Ela perguntou quase suplicando, acho que estava insegura, eu não tinha visto a Leticia assim ainda. 




  • Está me convidando para um encontro, Dona Leticia? - Sorri do nervosismo dela e a puxei, beijei ela e afirmei com a cabeça. - Me busca às 19? 




  • Busco! 





 


Fim do capítulo

Notas finais:

Sem revisão, qualquer coisa só avisar amores. Feito com muito amor <3


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Comentários para 1 - Capitulo 1:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 15/02/2023

Nossa demais!


Resposta do autor:

Que bom que gostou!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lea
Lea

Em: 15/02/2023

Que perfeito esse conto! 

Amei!


Resposta do autor:

Fico feliz que tenha gostado, tenho outros contos, te convido a ler!

Responder

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