Do alto do Palácio de Alamut a jovem princesa encarava o pôr do sol uma bela paisagem , mais sua mente parecia distante seus olhos azuis e antes tão brilhantes, agora jaziam sem brilho. Fazia 3 dias desde de a partida de sua melhor amiga Tamina ao templo Sulion onde deveria se tornar uma sacerdotisa, lembrava do momento em q se fora e um grande vazio habitou seu peito, as palavras lhe ditas na intensão de acalentar seu coração acabaram machucando mais, fechou os olhos relembrando cada palavra.

“__ Não chorei minha princesa seus olhos parecem um mar revolto, quando está triste e eu não gosto de vê-los assim prefiro recordar destes como um céu sem nuvem.

Limpando algumas lágrimas que teimavam em cair, se próximo dando um leve beijo em sua face, ambas as jovens permaneciam deitadas na grande cama da princesa uma de frente para outra tentando gravar em suas mentes cada pedacinho do rosto da outra. Na manhã seguinte Tamina partiria logo no raiar do dia, e só de lembrar disso o coração da princesa parecia se comprimir.

__ vou pedir para meu pai não deixar que te levem, você não pode sair do meu lado Nurati eu não irei aguentar (disse a princesa segurando sua mão e levando até seus lábios)

__ Ayana você sabe que não é tão simples e meu dever seguir esse caminho sabíamos que esse momento chegaria, e mais vc e a princesa tem seus deveres mesmo que eu não tivesse que ir, um dia vc iria se afastar de mim.

 Ayana num impulso se pôs sentada às palavras de Tamina lhe incomodaram, ela nunca se afastaria da garota mesmo que por obrigação e muito menos por vontade, não sabia definir o q sentia realmente,mais já a algum tempo percebia um sentimento maior que amizade habitava seu coração, tinha ciúmes de ver Tamina perto de algum soldado pois estes sempre cortejavam a garota, afinal a futura sacerdotisa era realmente muito linda.

Sentiu um toque em seu ombro a tirando de seus pensamentos, encontrou o olhar escuro como o céu sem estrelas da jovem, está lhe olhava intrigada parecia querer rouba-lhe os pensamentos, Ayana olhava em seus olhos e sentia uma necessidade de tê-los sempre “preso” a ela, baixou mais um pouco o olhar para sua boca rosada e entre aberta seu corpo pareceu ter vida própria, tocou com as pontas do dedo seus lábios sentindo a textura e num impulso a puxou para si a beijando, sentiu um misto de sentimentos mais felicidade era o que lhe dominava, não foi repelida pela outra mais ao mesma não foi correspondida, talvez por surpresa. A jovem princesa não tinha receio continuo sua exploração, ousando colocar a língua e foi nesse momento q a Tamina pareceu despertar e colocando as mãos ao redor do pescoço da princesa a puxou mais para si e entre abriu mas os lábios permitindo com bom grado aquela “invasão”, ambas as garotas pareciam não pensar em nada apenas sentir as novas emoções que dominavam seus corpos, as mãos ganharam vida própria e Ayana deixava estas explorarem as costas de Tamina querendo sentir seu corpo, a princesa sem parar o beijo desceu uma alça da manta que a garota a sua frente usava e foi nesse momento que o segundo estala aconteceu, mais dessa vez não foi tão bom como o primeiro pois a futura sacerdotisa de forma abrupta empurrou Ayana a olhando incrédula ainda com a respiração ofegante a mesma lhe lançava um olhar assustado, o que incomoda e massacrou o coração da princesa com as palavras que vieram à seguir.

__ você enlouqueceu ?! (disse a garota se levantando da cama) isso nunca devia ter acontecido Ayana eu devo ser pura, estou noiva

A garota tentava controlar a voz mais seu nervosismo não a deixava pensar direito.

__ Eu te amo Tamina, me dei conta tarde demais mais não consigo mais negar isso a mim mesma (disse a princesa segurando pondo de pé)

__ Não diga bobagem você está confundido as coisas, isso é loucura somos ambas garotas e eu noiva

A princesa tentou se aproximar mais a jovem a sua frente não a permitia se afastando sempre q Ayana dava um passo em sua direção.

__ não é loucura e um sentimento lindo e sei q tbm nutre por mim só tem medo de admitir (parou e passou as mãos pelo rosto buscando se acalmar) sabe o que é loucura ?! E o fato de vc estar indo para um lugar viver presa num templo com a desculpa de ser noiva de uma estatua (riu nervosamente)

__ não ouse dizer uma blasfêmia dessas, Set não e só uma estatua ele é o filho de Isis, o Deus da fertilidade ser sua noiva e uma dádiva e eu ... eu quero isso (disse sem muita firmeza)

__ Então porque correspondeu ao meu beijo?? (Disse Ayna se aproximando e agora a segurando pelos braços) Diga olhando nos meus olhos que não é recíproco o que sentimos ... (a encarava firme como se quisesse ver sua alma) diga e eu juro que deixo você ir

Tamina parecia perdida naquele mar azul a sua frente não conseguia dizer uma só palavra, mais saiu de seu tupor e empurrando levemente a princesa saiu quase que correndo do quarto, sem olhar pra trás deixando um coração dolorido pra trás.”

 Naquela mesma noite sem a princesa saber sua nova paixão fora mandada para o templo de onde jamais deveria voltar.

__ Chega disso irmã já se passaram três dias e você ainda continua nessa lamuria (dizia Kaspar tirando a princesa de seus pensamentos) existem muitas meninas no reino escolha uma para ser sua amiga.

Ayana soltou um forte suspiro, seu irmão sempre fora tão despreocupado com tudo nunca se apegando a ninguém e nem tendo nenhum amor, todas que passavam por sua cama eram apenas prazer, as vezes a princesa o invejava.

__ o que você quer Kaspar sei q preocupação com minha pessoa e que não é.

__ nossa maninha vc me julga tão mal (disse sorrindo e se encostando no parapeito agora ao seu lado) mais já que perguntou eu andei pesquisando e descobrir que hoje anoite terá um tornei no povoado e os melhores soldados iram se enfrentar então pensei porque não juntar o útil ao agradável não (disse sorrindo).

__ qual seria o útil?!! Realizar seus prazeres ? (Disse o olhando e erguendo um das sobrancelhas)

__ O Útil seria lhe tirar desse estado decadente lhe dando algo pra socar e o agradável e mais importante seria eu me divertir tirando o dinheiro daqueles babacas que não me respeitam (sorriu) o que acha maninha.

__ não quero Kaspar estou melhor aqui aproveitando minha decadência (suspirou) não sei porque vc insisti nisso nem precisa do dinheiro deles.

__ realmente não preciso mais é impagável ver a cara deles quando vc tira o capacete e eles percebem que apanharam de uma mulher e que pior ainda está é a jovem princesa (disse sorrindo) por favor maninha vamos prometo não lhe importunar mais depois dessa

__ da ultima vez nosso pai quase nos baniu quando soube, não quero ouvir seus desaforos

__ ele nos pegou porque vc deu mole e o general lambe botas nos viu (suspirou)

__ não fale assim do Sr. Kadam ele é um digno general e melhor amigo do nosso pai

__ ta bom prometo nunca mais desrespeita-lo só vamos por favor maninha, pensa dar uma surra alivia esse sofrimento que está sentindo (disse sorrindo)

__ você não vai me deixar em paz não é .

__ só saio daqui se aceitar ou se me bater e ambos não queremos a segunda opção (piscou)

__ você não quer mais para mim ela é tentadora (sorriu e deu um suspiro vencido) okay nos vamos mais nada de se embriagar ou agarrar as moças tente agir sem chamar atenção

Kaspar abriu um largo sorriso e saindo marcou a fuga dos dois na pela parte de trás do Palácio como sempre faziam, dentro de 1 hora. O céu se mantinha escuro e a jovem princesa agora se vista nunca levantaria suspeita sobre sua real identidade pois a mesma se assemelhava a um pequeno e franzino rapaz com aquelas roupas esfarrapadas e largas uma toca com capuz cobrindo- lhe os longos cabelos negros, apenas seu olhar penetrante permanecia intacto, mesmo que sem deu habitual brilho. Olhava a todo instante buscando ver seu irmão até avistar a figura tbm encapuzada se aproximar em passos largos.

__ Porque demorou tanto eu já estava por desistir (disse a sem paciência)

__ Culpa de nosso pai querendo saber se você ainda estava viva (disse sorrindo) eu o tranquilizei e garanti que nossa fuga não seja notada (disse com orgulho)

__ não quero nem saber o que você inventou... agora vamos antes que eu me arrependa.

E assim a realeza deixava o Palácio se escondendo entre a escuridão e isso faziam com aptidão já que aquela não era sua primeira vez, os passeios dos herdeiros era algo habitual, algumas vezes Tamina ia com eles geralmente quando havia festivais no povoado, Ayana se sentia viva e livre naqueles momentos sem olhares admirados ou solenes ali ela era apenas uma jovem sem importância nenhuma, onde podia xingar e rir da forma que quisesse aquela sensação era única e com Tamina ao seu lado era ainda mais perfeita.

Depois de alguns minutos de caminhada enfim chegavam a cidade, as vielas eram habitadas por todos os tipos de pessoas desde camponeses até ladrões e prostitutas, todo cuidado era pouco ao andar naquela área, mais ao centro da cidade era onde apenas as pessoas “de bem” ou os nobres habitavam e eles não invadiam seus espaços, exceto pela arena ali os nobres esqueciam de seus status e iam para apostar e se divertir sem julgamento ou dignidade, Ayana e Kaspar seguiam para aquele lugar que ja conheciam bem, Tamina nunca esteve com eles em suas visitas ao local, a princesa sabia que sua jovem amiga a julgaria se visse o local, e realmente para uma dama estar ali no meio de tanta perversão era indigno mais, Ayana não se importava com o que via, cada um tinha a liberdade e o prazer que queria não estava em si julgar os atos dos outros.

Assim que entraram num grande e velho casaram já ouviram os gritos e xingamentos, assim como gemidos e risadas se olhassem com atenção nos lugares mais escuros era possível ver as damas do prazer (como eram chamadas) fazendo seus trabalhos e deixando seus clientes satisfeitos. Ali todo o cuidado era necessário se não prestassem atenção poderiam ter seus pertences roubados pelas pequenas ratazanas, que eram crianças que passavam fome e eram obrigadas a roubar para os adultos, Ayana não gostava daquilo com certeza era algo que mais a incomodava naquele lugar e sabia que se um dia assumisse o trono mudaria aquela situação. Passando pelo meio de algumas pessoas teve seu braço preso e foi puxada dando de cara com um par de seios enormes a sua frente.

__ Então docinho vamos nos divertir essa noite (dizia uma mulher mais madura prendendo a cabeça de Ayana entre os seios) vc e um rapazinho franzino mais garanto que faz gostosinho não é (sorriu) os pequenos sempre são os que tem o maior “instrumento”

Dizia ela prensando mais o rosto da princesa contra seu seios quase a deixando sem ar, Ayana tentava se afastar mais a mulher tinha força até que em um momento a mesma se afastou encarando a jovem de perto parecia encantada e animada falou.

__ Eu deixo você me comer de graça quantas vezes quiser, se me engravidar ( trouxe para mais perto deixando seu hálito fedido alcançar as narinas da princesa a trazendo enjoos) quero um filho ou filha com seus olhos posso vende-lo por um bom preço depois.

Ayana já estava a pondo de vomitar tinha medo de falar e sua voz fina lhe entregar, mais já estava quase fazendo isso quando sentiu um puxão a tirando das mãos da mulher e a voz divertida de seu irmão foi ouvida.

__ sinto muito nobre dama mais esse mocinho e um eunuco não lhe servirá de nada

__ que droga moleque porque não disse antes, estava se divertindo entre meus seios não é (disse ela ofendida dando às costas saiu resmungando)

Ayana empurrou Kaspar com raiva

__ porque demorou tanto pra agir seu imbecil, eu estava quase vomitando (disse ela passando por ele e seguindo)

__ Tente aproveitar as oportunidades maninha (disse ele entre risos)

Ayana bufando começava a se arrepender de ter escolhido aquele “passeio”.

Fim do capítulo