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Borboletas e Furacões por HumanAgain

Ver comentários: 1

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Palavras: 2428
Acessos: 311   |  Postado em: 16/10/2022

Capitulo 1

 O calendário marcava 26 de junho de 2017. O que pode significar uma data ordinária para você, mas, para mim, certamente não é. É o 27º aniversário da minha esposa, Isabella Gonçalves.

Eu faria uma festa de arromba para ela, porque a mulher merece. É incrível, atenciosa, fofa, linda, e mais uma infinidade de adjetivos que poderia ficar até amanhã listando. Mas sei que Isabella é mais reservada, não gosta de festas muito espalhafatosas, então optei por fazer um bolo. Simples, mas significativo; fiz um curso de confeitaria e decorei o glacê com a data do nosso primeiro beijo, 14 de abril de 2008, a data do nosso namoro, 6 de julho de 2008, e a data do nosso casamento: 7 de março de 2013. Sim, eu sei, eu sou uma agenda ambulante; Isa não se lembra de todas as datas, diz que o importante é o nosso amor, mas sei que ela irá reconhecer todas elas no glacê.

O relógio marcou seis e meia da manhã e o despertador tocou. Eu me apressei até a cama, porque geralmente acordo às sete, e não queria estragar a surpresa. Deu tempo de deitar, me cobrir e fingir que ainda não havia levantado, porque Isabella mal ergueu a cabeça quando eu alcancei a cama.

— Que merd*. — Ela grunhiu, limpando a remela dos olhos. — Já é segunda de novo?

Eu a observei pelo canto do olho, enquanto minha musa levantou e se espreguiçou. Ela é linda; é gordinha desde a adolescência, o que eu particularmente acho sedutor, tem os mesmos olhos verdes brilhantes e o mesmo cabelo preto que fizeram com que eu me apaixonasse. De quatro anos para cá, Isa vem cortando o cabelo curtinho, deixando um topete em cima de sua cabeça. Gosto dela de qualquer jeito, mas esse corte combinou muito com seu rosto.

Continuei bancando a desentendida enquanto ela escovava os dentes, penteava o cabelo e trocava de roupa. Isa apanhou da cadeira o seu jaleco, em que eu mesma bordei as inscrições “Dra. Isabella Gonçalves” de preto, e me deu um beijinho na testa; isso tudo, claro, pensando que eu estava dormindo.

Não resisti em emitir um meio sorriso com a boca, porque adoro o calor de seus lábios na minha pele. Se ela notou a minha farsa, não emitiu nada que deixasse isso claro.

Contei no relógio: Foram cerca de quinze segundos até que Isabella adentrasse a cozinha e visse o presente que eu havia preparado para ela.

— Meu deus! — Consegui ouvir, com minhas orelhas à postos. — O que é isso?

Achei que era o momento propício para me levantar, então assim o fiz. Isabella estava à frente do bolo que eu havia feito, lendo as suas inscrições. Quando olhei uma segunda vez, percebi que ela estava chorando.

— Ora, ora… — Abri um sorrisinho tímido. — Está emocionada, doutora Gonçalves?

—- Maju… — Foi tudo o que ela conseguiu me dizer. — Você quem fez isso? Está lindo!

Assenti com a cabeça. Ela me abraçou com força e carinho, atacando minha pobre bochecha com beijos.

— Você é incrível. — disse ela, meio ao turbilhão de beijos que me depositava. — Eu amo ser sua esposa. Meu Deus, eu amo muito ser sua esposa!

— Você que é incrível, meu amor. — Aninhei minha cabeça rente ao seu pescoço. — Eu sou muito sortuda por ter me casado contigo. E, só para que eu não me esqueça: Feliz aniversário!

Ela sorriu de uma bochecha à outra e me beijou com avidez e voracidade. Senti naquele beijo todo o amor que Isabella nutria por mim, todo o carinho que compartilhávamos juntas. Eram quatro anos de casamento, mas eu tinha certeza que viriam muitos outros.

— Ah, amor, o que dizer de você… — Isabella segurou minha cabeça entre suas mãos. — Esse bolo está com uma cara ótima, mas eu vou precisar deixar para depois.

— Vai negar algo que eu fiz com tanto carinho? — Fiz beicinho.

— Prometo que vou comer ele com vontade mais tarde. E vou te comer também. — Ela mordeu o lábio inferior, sugestiva. Eu ri e ergui uma sobrancelha. — Mas, agora, eu preciso me apressar, caso contrário irei me atrasar para o trabalho.

— Tá bom, doutora, eu aceito essa desfeita. — brinquei. — Desde que você me coma direitinho mais tarde.

Ela me beijou mais uma vez, toda sorridente, e encerrou o beijo com um selinho suave.

— Às suas ordens, madame. — sussurrou sensualmente no meu ouvido. — Mas sério, eu preciso ir mesmo. O pessoal não tolera atrasos lá no hospital.

— Até mais, meu amor. — Não queria me desvencilhar de minha esposa, mas era necessário. — Espero que você esteja morrendo de fome mais tarde. Nos dois sentidos.

Ela riu, enquanto caminhava até a porta com a chave na mão.

— Você não presta, Maria Júlia. — Lançou-me uma piscadela. — Tchau, amor.

Eu acenei enquanto ela fechava a porta, observando a imagem de Isabella lentamente desaparecer diante de meus olhos. Eu a amava demais.

E, já que iria passar a manhã longe do meu docinho, era melhor me manter ativa. O salão da minha mãe não abria às segundas — Pois abria aos domingos. — e eu não iria passar o meu dia de folga vendo televisão.

Decidi deixar a casa um brinco para a minha princesa. Comecei pela louça, que eu mesma havia acumulado, passei pelo lixo e terminei limpando o chão. Com um balde e um esfregão, eu tirava toda a sujeira encrustada do nosso apartamento, deixando todo o piso molhado.

Dado momento, eu me lembrei de que não havia colocado uma música para acompanhar a limpeza. Fui correndo buscar o meu celular e, nisso, escorreguei.

Caí direto com a cabeça na quina da mesa.

(Separador diferente - Troca de POVs de Maria Júlia)

Eram seis e quarenta da manhã e eu já estava na rua, pedalando com a minha bicicleta até a casa do meu melhor amigo, Dante.

Claro que eu poderia usar o carro da minha mãe ou, como segunda opção, pegar um ônibus, mas eu gostava de pedalar. O vento frio se chocava com a minha cara e colocava meus pensamentos em ordem.

Naquele dia em específico, eu estava particularmente necessitando de uma boa dose de ar fresco. Não apenas porque era segunda e eu estava cansada do batente da semana inteira, mas também porque havia tido uma crise de ansiedade à noite.

Pode parecer um pouco estúpido para você, mas eu venho tendo essas crises desde que completei vinte e sete anos. Não faz muito tempo, foi em março, mas a frequência delas me assusta.

Toda vez que eu tenho um encontro com uma moça nova, ela vem. Já é certeiro; basta marcar um encontro com uma menina do Tinder, da balada ou do salão e meu coração começa a palpitar. O motivo? Estou começando a desconfiar que vou morrer sozinha.

Logo eu, Maria Júlia Azevedo, a mais desejada por todos os meninos na época do colégio. Estou vivendo o medo de ficar para a titia.

Tudo bem, vinte e sete anos não é nada, mas entenda uma coisa: Eu sou lésbica. As lésbicas se casam cedo, são mais intensas. Eu tenho medo de chegar aos trinta e não encontrar nenhuma garota solteira da minha idade, o que é basicamente um atestado de titia.

Você pode dizer que isso é besteira, que não existe idade para casar e que não tem problema nenhum não se casar também. Racionalmente, eu sei disso. Mas ainda há aquela voz no meu cérebro que sussurra: Velha, velha, velha, velha…

E, para piorar, não consigo dar certo com ninguém. Ninguém! Minha psicóloga diz que a minha ansiedade causa isso, e ela tem razão. Mas, Deus, entenda a minha posição!

Quanto mais desesperada eu ficava, mais eu acelerava no pedal. Queria chegar à casa de Dante logo, só ele sabia me confortar.

E, numa virada perigosa — Os carros precisam prestar mais atenção. — cheguei na casa do meu amigo. Ela ficava numa esquina escura, escondida atrás de duas majestosas árvores.

Toco o interfone com minhas mãos suando, apesar de estar frio. A desgraça da ansiedade não me abandona jamais, embora ela tenha dado uma trégua com a bicicleta. Ele demorou um pouco para me atender, de forma que eu decidi gritar:

— DANTE! — E bati nervosa na porta. — DANTE, EU TÔ AQUI!

Vi seus dois olhos escuros por trás da janela e ele logo veio ao meu encontro, com o seu tradicional cabelo penteado com gel e a camiseta de botões azul.

Dante é um rapaz de traços leste-asiáticos, cabelo preto, barba discreta, braços fortes e pernas finas. É o típico cara que só malha os membros superiores, mas ele não se importa muito. Diz que seu foco é fazer os seios parecerem menores.

Neste dia, ele estava de binder, então os seus seios não estavam perceptíveis. Não que eu tenha reparado muito nisso, me encontrava ansiosa demais para qualquer coisa.

— O que te traz aqui, Maju? — Ele destrancou a porta em movimentos lentos. — Eu tenho que trabalhar.

— Você trabalha de casa. — falei, um pouco impulsiva e meio sem pensar. Para a minha sorte, eu e Dante já tínhamos convivência o suficiente para que ele não levasse isso a mal.

— Isso não significa que não seja um trabalho. — disse, e eu notei que ele mascava um chiclete.

Dante é designer, eu o conheci quando precisava de alguém para fazer banners do salão de minha mãe. Desde então, nos tornamos amigos bem próximos, e eu conto para ele basicamente qualquer coisa. Atualmente, ele está desempregado — Ser uma pessoa trans realmente dificulta na sua empregabilidade. — mas pega alguns bicos aqui e ali.

— Dante, eu preciso de ajuda. — balbuciei, esbaforida. — Tô mal pra caramba. Suando, tremendo, com o coração acelerado…

Ele levantou uma sobrancelha. Não precisei de muito para justificar o meu estado; logo o rapaz me convidou para entrar, pedindo para que eu me sentasse no sofá.

— Vou fazer um chá para você. — anunciou ele, solícito.

— Você não tem um remedinho aí não? — pedi, torcendo para que ele tivesse qualquer coisa que pudesse acalmar minha ansiedade. — Chás não resolvem nada.

— Eu não vou deixar você se automedicar, Maria Júlia. — Às vezes, me irritava um pouco o quanto ele era responsável. — Além disso, não tenho nenhum remédio adequado por aqui. Você vai ter que se contentar com o chá.

Assenti e liguei a televisão, assistindo qualquer coisa enquanto ele deixava a chaleira no fogo.

— Tem um encontro hoje? — Ele questionou, enquanto escolhia uma das caixas em sua prateleira.

— Sim. — Não que fosse algo muito difícil de se deduzir. — Espero que seja dessa vez que eu encontre a tampa da minha panela.

— Você vai muito focada nisso. — Dante despejou água em uma xícara com dois saquinhos de camomila. — Precisa aprender a curtir. Sentir o momento. Querer casar no primeiro encontro é o seu mal.

— É fácil para você! — A tremedeira estava começando a sumir, mas meu coração ainda palpitava. — Tem 24 anos!

— Três a menos que tu, apenas. — retrucou, e eu não tinha como dizer que ele estava errado.

Dante adoçou o chá com cinco gotinhas de adoçante e o entregou para mim numa xícara lascada. Não me importei; verti seu conteúdo como se fosse a última bebida do mundo.

— Sabe, Maju… — Ele repousou as mãos na cintura. — Eu acho que você precisa ver um psiquiatra.

Interrompi o que estava fazendo na mesma hora.

— Já conversamos sobre isso… — Eu estava irredutível. Não iria me sujeitar a isso, jamais.

— A vaca da Isabella não é a única psiquiatra da cidade.

Eu odiava Isabella Gonçalves desde 2007, e Dante a odiava também, depois de eu contar a ele o que a moça havia feito. (Tudo bem, eu não contei o que eu fiz antes, mas isso não deveria ser desculpa. De forma alguma).

— Bom, se quiser me pagar outra, fique à vontade. — ironizei. — Ela é a única que atende pelo SUS.

— Eu posso te ajudar com isso. — Ele suspirou. — Ganhei um dinheirinho bom essa semana. Se eu te der metade, acho que conseguimos inteirar o valor de um psiquiatra no particular.

Arregalei os olhos. Eu e Dante tivemos aquela conversa inúmeras vezes, e esta era a primeira vez em que ele me oferecia ajuda financeira.

Eu sabia o quanto aquele dinheiro faria falta para ele, então só podia agradecê-lo. Presenteei meu amigo com um abraço e apertei seu corpo com muita força.

— Dante… — Chorei. Não estava preparada para aquele desfecho. — Obrigada, Dante…

— De… De nada. — Ele não era um grande fã de abraços, eu já sabia disso, mas tinha que agradecê-lo de uma forma ou de outra. — Aqui está. 150 reais. Espero que sejam úteis.

Em suas mãos cascudas, estava o dinheiro que ele me prometeu. O agarrei com carinho e enfiei no meu bolso.

— Obrigada, querido. — E beijei sua bochecha. A isso, ele não se opôs. — Você é um anjo.

— Embora eu ache que… — Dante fez uma pausa, como se não estivesse certo do que diria a seguir. — Você poderia superar o ranço que tem de Isabella e ir se consultar no SUS mesmo.

O fuzilei com o olhar assim que ele pronunciou as palavras, e acho que Dante entendeu o recado.

— Ih… — Ele se pôs em posição de defesa. — Má ideia?

— Péssima. — confirmei. — Dante, muito obrigada pelo dinheiro. Eu já estou indo, viu? Não vou te atrapalhar mais. A gente se fala outra hora.

Ele acenou para mim. Eu atravessei a porta da frente e despedi-me do meu amigo mais uma vez, subindo no assento da bicicleta.

Já mais calma, tomei a estrada com um sorriso estampado em meu rosto. Pensava em mil coisas: Como seria mais fácil estar utilizando os medicamentos corretos, como Dante era um grande amigo e de que forma eu pagaria a próxima consulta… Mas, bem, um passo de cada vez, certo?

Talvez eu estivesse tão absorta nos meus pensamentos que não percebi quando um carro veio diretamente na minha direção.

Desviei o guidão de uma só vez, mudando o rumo da bicicleta de forma abrupta. Consegui evitar ser atropelada, mas a bicicleta tombou e eu bati a cabeça com tudo no chão.


Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Capitulo 1:
Lea
Lea

Em: 16/10/2022

A queda,vai ser o momento da "troca"?

Não é um tanto maldoso,"separar" a MAJu que ama,por a que não ama? 

A Maju do "mal", não me parece uma boa pessoa!

*

É muito bom tê-la aqui novamente,amo sua escrita!

Bom começo de semana!!!


Resposta do autor:

Talvez um pouquinho hahahaha mas as coisas se desenrolarão assim 

 

Obrigada Lea, é um prazer vê-la na caixa de comentários!!! Espero que continue gostando!!!

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