Whitout me por Kivia-ass
Você não para de me olhar
POV THEODORA
Sabe quando você está tão feliz que o sorriso quase não cabe no rosto? Era exatamente assim que eu estava me sentindo. Ver Catarina em minha frente dizendo que quer ficar comigo era a melhor coisa de se ouvir, eu já não conseguia mais esconder o quão apaixonada eu estava, mas era impossível não apaixonar por aquele sorriso lindo que ela dá sempre que está feliz, impossível não se apaixonar pelos olhos verdes que me deixam hipnotizada, era impossível não me apaixonar por Catarina.
Liguei pra Luiza e contei tudo o que tinha acontecido, não omiti nada, ela falou que já sabia e só estava esperando eu assumi pra mim mesma, gargalhei com as graças de Luiza e marcamos de nos vermos amanhã. Despedi da Lu e me deitei com o coração batendo apaixonado por Catarina.
Acordei na segunda e me preparei para a aula, hoje era um dia atípico, pois eu estava animada além do normal, estava louca pra chegar na faculdade logo. Tomei um banho demorado, vesti uma roupa bonita e até passei uma maquiagem de leve. Depois de juntar meus materiais desci para tomar café.
-Bom dia meu amor, tudo bem? – Dei de cara com a minha mãe tomando café. – Você está tão linda!
–O que aconteceu com você? – Estranhei ela estar de bom humor.
-Oras, só estou te elogiando. – Claudia nos serviu e se retirou. – Como foi a viagem?
-Foi boa, e Milão como foi? – Havia muito tempo que minha mãe e eu não tínhamos uma conversa civilizada.
-Foi incrível, e posso adiantar que vai vir muita coisa boa para a Malvina's. – Conversamos amenidades e minha mãe estava estranha, eu não estava acostumada em vê-la tão animada.
-Mãe, você precisa assinar minha recuperação. – Aproveitei que ela estava de bom humor.
-Claro filha, mas espero que você recupere no próximo semestre. – Sim, minha mãe estava estranha. – Vamos? Ramires já está nos esperando.
Juntamos nossas coisas e saímos conversando amenidades, essa viagem fez bem a minha mãe, depois que meu pai foi embora, minha mãe e eu nunca mais tivemos um dia tranquilo. Já no carro ela respondia alguns e-mails enquanto eu trocava sms com Luiza.
-Sua avó virá passar uns dias conosco. – Desviei o olhar do celular para olhar para minha mãe. – Ela deve chegar no fim da semana.
-Estou morrendo de saudades dela. – Minha vó morava na nossa fazenda, e eu amava quando nos encontrávamos.
Despedi da minha mãe e ela me convidou para almoçar, combinamos de ir ao restaurante que eu gostava, dei tchau Ramires e entrei pra faculdade. A aula passou praticamente voando, encontrei com Cat na biblioteca e trocamos alguns beijos, era uma sensação única estar com ela, eu me sentia nas nuvens.
-Oi dona Gê, como a senhora está? – Depois de Catarina precisar conversar com Laura eu fui ver dona Geralda.
-Eu estou bem e você? – Ela limpava os armários do corredor. – Você está com uma carinha tão boa.
-Eu estou feliz! – Respondi sorrindo e ela me encarou.
-Tem cheiro de romance no ar. – Dona Gê falou despretensiosamente e meu coração bateu rápido. – Você é uma pessoa muito especial Theo, quem for a dona desse coraçãozinho ai é uma grande sortuda.
-Ai dona Gê!. – Respondi sem graça, pois a única dona do meu coração naquele momento era a filha dela. – Eu preciso ir, a gente se vê depois.
Me despedi dela e voltei pra sala. Catarina e eu não tivemos tempo de conversar, mas eu queria chamá-la para sair mais tarde, queria fazer algo só nós duas, pois eu estava morrendo de saudades de beijá-la. Depois da aula deixei ela e Isis no ateliê e fui almoçar com minha mãe.
-Filha, quer ir ao Rio de Janeiro comigo? – Minha mãe perguntou enquanto esperávamos nossos pedidos. – Irei participar de um programa de TV em uma emissora.
-Não sei, eu tenho aula. – Respondi sem me importar muito.
-Queria muito que você fosse, tenho uma amiga que quero apresentar a você. – Minha mãe deu um gole em seu espumante. – O filho dela tem a sua idade e seria legal você conhecê-lo também, fazer um novo amigo e quem sabe namorar.
-Mãe, eu já tenho amigos. – Respondi revirando os olhos.
-Theodora você chama aqueles dois de amigos? O que eles fazem da vida além de ficar atrás de você? – Estava demorando.
-Você estava indo tão bem. – Bufei irritada. – Saiba que Luiza vai ser muito famosa com a música dela e o Enzo é um cara muito inteligente.
-Eu não quero brigar, quero que você saiba aproveitar melhor suas amizades. – Ela tinha um tom ameno. – Pelo menos aquela sua amiga Catarina, não é de todo mal.
-O que você quer dizer com isso? – Senti um frio na barriga.
-Ela é muito talentosa, esforçada, sem contar que é muito bonita. – Soltei o ar que prendia, minha mãe elogiando alguém era algo que quase nunca acontecia. – Estou pensando em promovê-la como minha assistente pessoal.
-Isso é incrível mãe! – Meu sorriso foi tão grande que não consegui me conter. – Ela merece muito.
-Ela me traz lembranças nostálgicas, eu já fui muito sonhadora, assim como ela. – Malvina tinha um breve sorriso nos labios. – Eu também vim debaixo e eu reconheço um talento quando vejo um.
Por um instante pensei em abrir o jogo e contar que Catarina e eu estávamos juntas, mas achei melhor esperar, afinal ainda não tínhamos rotulado nada e também poderia afetar as decisões da minha mãe. Terminamos o almoço com minha mãe insistindo no convite de ir para o Rio, falei que ia pensar e ela aceitou a resposta. O dia passou rapidinho e graças a Deus já estávamos no fim do espediente.
-Hey, fiquei com saudades. – Encontrei Catarina no corredor saindo da sala do Rogerio. – Quer tomar um sorvete comigo?
-É claro que eu quero. – Ela deu aquele sorriso enorme e saímos juntas. – Quer chamar a Isis?
-Pensei em irmos só nós duas. – Falei timidamente.
-Então vamos.
A sorveteria não ficava muito longe, optamos por ir andando, conversamos sobre o nosso dia e a cada momento eu sentia meu coração bater ainda mais por ela. Na sorveteria fizemos nosso pedido e aguardamos em uma mesa do lado de fora, Catarina me contava como estava empolgada com o cargo de assistente da minha mãe, ela estava feliz por receber um salário melhor e que poderia ajudar a mãe um pouco mais.
-O que foi? – Eu não parava de olhar pra ela, a luz do pôr do sol a deixava ainda mais linda. – Você não para de me olhar.
-Eu não tenho culpa de você ser tão linda. – Ela deu um sorriso timido. – E eu tô louca pra beijar você.
Ela fez um carinho em minha mão e a moça se aproximou trazendo nossos sorvetes, continuamos a conversar sobre minha recuperação, Catarina prometeu me ajudar e me garantiu que eu me sairia bem. Depois de um tempo me sentei ao lado dela, pois já não estava mais me aguentando de vontade de beijá-la. Segurei sua nuca e dei um selinho demorado que foi se tornando mais intenso, como Catarina era mais contida que eu, interrompeu o beijo com um pequeno selinho.
-Oi meninas, que surpresa ver vocês aqui. – Assim que nos afastamos vi Rogerio parado em nossa frente.
Fim do capítulo
Eita
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