Capitulo 1
Eu comecei a fazer terapia porque sentia que havia algo de errado comigo. Estudante, 23 anos, um emprego de meio período que ajuda com as despesas da faculdade e muita saúde. Até aí nada de anormal. Pareço até uma pessoa bem comum. O problema são os meus pensamentos. Os meus pensamentos sexuais.
Não importa onde eu esteja, basta eu ver uma pessoa que me atraia sexualmente, seja homem ou mulher, que eu consigo criar na minha cabeça uma cena de sex* explícito e ardente. E mais que imaginar, com bastante frequência eu parto pra cima e coloco em prática tudo aquilo que minha fértil imaginação criou. Isso Não pode ser normal!
Pensando nisso, decidi que eu precisava de ajuda. Uma ajuda profissional pra me tirar dessa vibe constante de procrastinação. Pesquisei, pedi indicação aos meus amigos e, por fim, encontrei uma clínica que teria uma profissional pra me atender no horário que eu tinha disponível.
No dia marcado, estava eu sentada numa poltrona bem macia, foleando uma revista qualquer que falava sobre amor próprio, quando uma porta se abriu, e eu ouvi uma voz calma e aveludada chamando o meu nome: "Victória?”... Eu levantei os olhos por cima da revista e congelei. Aquela ali seria a minha psicóloga? Ela não se parecia em nada com a mulher de meia idade, coque no cabelo e corpo robusto que eu tinha imaginado.
“Victória?”... Saí do meu transe momentâneo quando ouvi o meu nome pela segunda vez. "Sim, sou eu!”, falei e me levantei ao mesmo tempo, indo em direção a ela. “É um prazer conhecê-la. Meu nome é Eva, e eu irei fazer o seu atendimento. Entre e escolha um lugar pra se sentar”. Passei por ela e senti um cheiro gostoso de frutas vermelhas. Qual será o perfume que ela usa? “Se concentra, Victória. Se concentra”!
A sala era ampla e acolhedora. Tinha um divã no canto, uma poltrona mais ao centro, e um sofá de dois lugares do lado oposto. Tinha também uma pequena mesa com um notebook, uma caderno, e algumas canetas em um pote. Uma prateleira com alguns livros, pequenas plantas e dois quadros na parede.
Eu escolhi a poltrona e me sentei. Ela foi até a mesa, pegou o caderno e uma caneta e se acomodou no sofá. Eu observei o seu caminhar seguro, absorvendo o seu cheiro que estava por toda parte. Ela vestia um terninho azul marinho com risca de giz. Ele estava aberto, deixando a mostra uma blusa social branca com decote em V, e nos pés um Scarpin vermelho com salto a meia altura. Muito elegante!
Nem preciso dizer que minha mente começou logo a imaginar aquela mulher nua. Mas eu logo a repreendi. Eu estava ali pra me livrar da imoralidade que habitava em mim, e não para alimentá-la. Meu debate interno foi interrompido pela voz de Eva. “Então, Victória, o que trouxe você aqui”? A voz dela combinava perfeitamente com o seu conjunto.
Uma morena linda, com cabelos negros cacheados caindo sob os ombros, e aquele terninho que parece ter sido costurado em seu corpo, tamanha a perfeição do caimento nas suas curvas. “Não, não, não, não, não. Pode ir parando por aí, Victória”.
“Bem, eu quero aprender a controlar os meus pensamentos”. Eva me olhou curiosa: “Que tipo de pensamento você precisa controlar”? Eu me senti envergonhada de dizer aquilo em voz alta, e comecei a questionar se aquilo tinha sido uma boa ideia. Percebendo o meu conflito, Eva disse calmamente: “Tudo que você compartilhar comigo, ficará apenas entre nós. Eu apenas quero entender a sua linha de raciocínio, e pra isso preciso fazer perguntas pontuais. Mas não se sinta pressionada a responder, leve o tempo que precisar”.
Eu respirei fundo e decidi que já que eu estava ali, iria falar o que eu precisava. “Minha mente não tem limites quando o assunto é sex*!”, falei tudo de uma vez, antes que eu desistisse. Sem mudar a sua expressão, ela perguntou: “ E por que , exatamente, isso é um problema pra você”? "
Porque eu tenho todo tipo de fantasias sexuais, com várias pessoas, e em qualquer lugar. Com pessoas que eu nem deveria, inclusive.”
Enquanto eu falava, Eva fazia algumas anotações e balançava a cabeça mostrando que estava entendendo. “Pode me dar algum exemplo”? Olhei surpresa pra ela. Não esperava por essa pergunta. Enquanto ela me olhava e aguardava pacientemente a minha resposta, eu ponderava sobre qual exemplo citar. Talvez eu pudesse falar sobre o dia que eu me imaginei comendo a operadora de caixa do supermercado lá da rua de casa, bem em cima daquela bancada, com todos olhando. Ou do dia que acabei me masturbando no cinema, porque vi a atriz nua e imaginei ela me fodendo. E tem também o dia em que a mulher da academia me pegou babando o namorado dela, que era um gato. Depois de vir tirar satisfações comigo, acabei indo com os dois pra um motel.
“Você”! Falei sem pensar. “O que tem eu?”, ela perguntou. “Desde o minuto que pus os olhos em você, não consigo parar de pensar em como você deve ser por baixo desse terninho”. Olha, sinceramente. De tantas situações embaraçosas que eu tive na vida e que eu poderia ter dado como exemplo, eu tinha que ter falado aquilo. Se o tapa mental que eu me dei fosse real, eu teria rodopiado.
Eva se remexeu na poltrona e trocou a posição das pernas, que estavam cruzadas. Provavelmente desconfortável com o meu comentário. E eu nem posso culpá-la por isso. Esperei que ela se levantasse e me mandasse sair e não aparecer mais na frente dela. Ao contrário disso, ela pousou o caderno sob o colo, olhou nos meus olhos e disse: “Ainda não entendo porquê isso é um problema pra você”. Como assim ela não entende?
“Uma pessoa normal não é assim”. “E o que você sabe sobre o que os outros pensam”? Eu pensei nisso por um instante, mas ela continuou. "Você tem o costume de sair por aí falando sobre isso com todo mundo”? Eu neguei com a cabeça. Era a primeira vez que eu falava sobre isso com alguém. “E o que te faz pensar que as outras pessoas também não façam o mesmo, em diferentes níveis, é claro, e apenas não falam sobre isso”?
Aquilo me fez pensar: será que isso era algo normal, então? Será que eu sempre me recriminei por uma coisa que todo mundo fazia? Como se lesse os meus pensamentos, Eva disse: “Não estou determinando que isso seja algo normal. O que eu quero dizer , é que as pessoas são o que são. E algumas abraçam isso. Quando você aceita o que você é, começa a ter controle sobre isso, porque vai parar de te afligir. Entende o que eu quero dizer”? Eu entendi! Até que fez sentido pra mim. “Então, basicamente, eu tenho que aceitar quem eu sou e aprender a conviver em harmonia comigo mesma”, ponderei. “É por aí! Muitos dos seus pensamentos, são viáveis para serem praticados, sejam eles sexuais ou não. Outros já não são. Você apenas tem que filtrá-los”.
Ficamos um tempo em silêncio. Eu absorvendo aquelas palavras, e ela aguardando o meu parecer. Eu fiquei curiosa, então resolvi perguntar: "Você se sentiu incomodada com o meu comentário a seu respeito?”, foi a minha vez de esperar sua resposta, que veio sem cerimônias. “E por quê eu ficaria desconfortável? Na verdade, me senti lisonjeada. Você é uma jovem muito bonita e atraente”. Apesar de achar aquela resposta pouco ortodoxa, eu gostei do que ouvi". E de repente comecei a me perguntar se aquele seria o momento certo para começar a abraçar quem eu sou. E por quê não?
Me levantei e fui em direção ao sofá que ela estava sentada. Tirei o caderno do seu colo, e o joguei no chão. Ela não se moveu, apenas me olhou fixo nos olhos. Descruzei as suas pernas e me sentei em seu colo, um joelho de cada lado do seu quadril. Meu sex* já pulsando sob o seu.
Automaticamente ela levou suas mãos até minha bunda e me puxou pra mais perto. Eu inclinei a cabeça e invadi a sua boca com a minha língua, com uma pressa que parecia que ela poderia escapar dali. Mas a forma como ela cravou suas unhas nas minhas costas, deixou claro que ela não iria a lugar nenhum.
A excitação era latente entre nós, e seu cheiro doce de frutas vermelhas se misturou ao cheiro de sex*, formando um aroma agridoce, que pairava entre nós. Eu me afastei do seu beijo, que era quente e macio, tempo suficiente pra tirar a parte de cima do seu terninho, e arrancar a sua blusa, deixando a mostra o seu sutiã branco, perfeitamente desenhado.
Peguei as suas mãos e as segurei acima da sua cabeça. A beijei novamente, com mais calma dessa vez. Saboreando a textura daquela boca e imaginando se a bucet* seria igualmente macia e molhada. Rebolei em seu colo enquanto descia a boca até o seu pescoço e com a mão livre, fazia um breve reconhecimento do seu corpo. Eva soltava breves suspiros, e eventualmente gemia baixinho, o que me deixava louca.
Soltei os seus braços e comecei a escorregar pelo seu corpo, sem perder o contato da minha boca com a sua pele. Abri o seu sutiã e dei liberdade àquele belo par de seios. Passei a língua sob os mamilos já duros de excitação. Mordi, beijei e lambi novamente. E embaixo de mim, sentia o seu corpo já se contorcendo, impaciente, implorando por mais. E eu dei!
Segui com a trilha de beijos pela sua barriga, e parei um pouco abaixo do umbigo, onde ainda tinha o bloqueio da sua calça, que eu logo dei um jeito de me livrar. Junto com a calça, puxei a calcinha, que acredito fazer conjunto com o sutiã, mas não tenho certeza. Estava com sede, com pressa, não ia perder tempo com esse detalhe.
Tão logo tirei a roupa de baixo, o sofá já estava molhado. E Eva, encharcada. Queria prolongar um pouco mais as coisas, mas ela também estava com pressa. Quando dei a entender que escalaria seu corpo novamente, Eva enfiou uma mão nos meus cabelos, e segurando com força, guiou o meu rosto até o meio das suas pernas. Eu sorri do seu desespero, mas fiz o que ela queira.
Peguei as suas pernas e coloquei sob os meus ombros, e então comecei a passar a língua por toda a extensão da sua bocet*. Levemente mordi o seu grelo, beijei os seus lábios e então mergulhei a língua naquela fenda quente e molhada. Ouvi o seu gemido um pouco mais alto agora. E sua mão segurando com mais força os meus cabelos, não me deixando sair daquele contato nem se eu quisesse. E claro, eu não queria.
Eu ch*pei a bocet* de Eva com vontade, sem deixar escapar nenhuma gota do seu prazer, que parecia não ter fim. Deixei minha língua escapar até o seu ânus, e ela se contorceu. Não penetrei, apenas brinquei ali por um tempo e depois voltei minha concentração pra sua bocet*. Comecei a alternar entre a bocet* e o grelo, e a mão dela que antes segurava o meu cabelo, se agarrou na almofada do sofá, e suas pernas começaram a fazer pressão na minha cabeça. Ela iria goz*r!
Seu corpo começou a tremer, e quanto mais eu ch*pava, mais suas pernas me apertavam. Enfiei novamente a língua no seu sex* e aumentei o ritmo do vai e vêm. Isso foi o suficiente pra ela se derreter na minha boca. Eu absorvi aquele gozo enquanto sentia o seu corpo se relaxar e suas pernas caírem amolecidas ao lado do meu corpo.
Eva me puxou para cima dela enquanto se deitava no sofá. Beijei sua boca, e ela pôde sentir o seu gosto e cheiro através da minha. Entre um beijo e outro ela falou: “Me fode com força”! Aquilo me arrepiou dos pés a cabeça e sem me fazer de rogada, eu me ajeitei por cima dela, e comecei a acariciar o corpo. Seus seios, abdômen, sua coxa... Até chegar no centro do seu prazer, que mais uma vez já estava pronto pra me receber.
Eu a penetrei com dois dedos e comecei uma fricção cadenciada, bem devagar, preparando o terreno. Na medida que nosso beijo se intensificou, meus dedos ganharam vida própria, e eu comecei a foder ela mais rápido e mais forte. Não dava mais pra manter o ritmo do beijo, porque ela era só gemidos. Suas mãos começaram a me apertar, e eu senti que suas unhas deixariam marcas no meu braço. Mas isso não era um problema. Eu queria arrancar todo o prazer daquela mulher com as mãos.
Eu olhei Eva nos olhos e aumentei o ritmo das estocadas. Seu olhar era puro fogo, e eu me sentia consumida por ele. Comecei a sentir sua bocet* se fechar nos meus dedos, e novamente o tremor em seu corpo. “Goz* pra mim”, eu pedi a ela. Eva sorriu fechou os olhos e chamou meu nome em meio a um gemido: “Victória!”... “Victória!”...
Senti um toque no meu braço, que me tirou do meu transe. Eva estava parada na minha frente, com um olhar curioso e preocupado. “Está tudo bem com você, quer água?”. “O que aconteceu?”, perguntei. "Estávamos conversando sobre filtrar os seus pensamentos, e você não disse mais nada. Ficou aí, parada e com o olhar fixo. Deixei você pensar com calma sobre o assunto e esperei. Mas aí você começou a suar, e eu fiquei preocupada”.
Eu queria me enfiar num buraco de tanta vergonha. Não acredito que eu fantasiei uma trans* com a minha psicóloga enquanto ela observava. Pelo menos dessa vez eu me comportei, ao que tudo indica.
Eu olhei para Eva ainda parada na minha frente, e eu só consegui pensar no quanto eu queria que aquilo tivesse sido real. Sacudi a cabeça pra espantar aquele pensamento, e me levantei, ficando de frente pra ela. "Me desculpa por isso, não quis preocupar você. Eu estou bem! Agradeço pelo atendimento, foi esclarecedor”... Sem esperar por resposta, eu saí porta a fora.
Aquela fantasia em particular tinha sido intensa, e minha calcinha molhada concordava comigo. Essa com certeza era uma das que eu queria realizar. Sem pensar demais, abri novamente a porta. Não sei exatamente quanto tempo tinha que eu havia saído, mas Eva estava parada no mesmo lugar. Ela apenas levantou os olhos e me encarou quando eu comecei a falar: “Caso não tenha ficado claro, eu vou dispensar os seus serviços como psicóloga. Mas, se tiver interesse em saber detalhes da minha breve viajem no seu consultório, você tem o meu contato”. Fechei a porta atrás de mim, e sorri triunfante da minha ousadia. Agora era com ela.
No caminho para casa, eu revivia aquelas imagens na minha cabeça, como se tivessem sido reais. E eu quase podia sentir o gosto dela na minha boca. Senti o celular vibrando no bolso, e peguei para ver o que era. Pasmem, era um mensagem de Eva, que dizia apenas: “Curiosa apenas pra saber se você realmente consegue me fazer goz*r duas vezes”.
E eu achando que tinha me comportado e sido discreta. Mas, desafio feito é desfio aceito. Fiz o retorno e voltei pro consultório. O que aconteceu depois eu deixo pra sua imaginação!
Fim do capítulo
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Desobedience
Em: 06/06/2023
Que conto maravilhoso,inspirador e sexy...tão sexy.
Nunca mais vou ver a terapia como algo tedioso ou invasivo.kkk
Resposta do autor:
Olá!
Vc só precisa olhar por outro ângulo ;) Bjos
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Rosa Maria
Em: 12/09/2022
Karol...
Que consulta, imaginação, pensamentos ou desejos foram esses? Só sei de uma coisa, seja o que foram, foram sensacionais...
Beijo
Rosa Maria
Resposta do autor:
Oi, Rosa Maria!
Não sei vc, mas as sessões de terapia nunca mais serão as mesmas pra mim kkkkk.
Beijão
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Karol Rodrigues Em: 23/11/2024 Autora da história
Oi, Rita.
Fico feliz que tenha gostado.
;)