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Amoras por Klarowsky

Ver comentários: 5

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Palavras: 2062
Acessos: 689   |  Postado em: 04/06/2022

Linda Mulher

Alice

A noite foi tensa. Pesadelos e mais pesadelos de tudo o que vivi desde o sequestro. Acordei com o coração palpitando e a roupa encharcada de suor. Além dos pesadelos constantes, dormir a noite toda em uma só posição tem sido uma das coisas mais chatas dessa minha nova rotina de vida, isso porque, da cintura pra baixo, meu corpo ainda não responde ao que quero fazer, mas a sensação de formigamento dos membros que estão começando a voltar fazer parte do corpo, é constante. Por um lado fico muito feliz, mas tem horas que isso me irrita profundamente. Não existe nada a fazer para que esse formigamento passe. É dia e noite, todos os minutos. As muitas investidas para que isso viesse acontecer está causando efeito. Não vejo a hora de isso tudo ficar apenas no passado e como experiência de vida.

É engraçado pensar nisso. Vivemos desejando ter experiências disso e daquilo para poder contar para as pessoas e incentivar, tem quem faça até curso de coaching para treinar as pessoas, mas vivenciar a experiência, pouquíssimas pessoas querem. Passar na pele o que é a resiliência de não desistir de si mesmo, é para poucos.

Venho treinando com a fisioterapeuta, voltar a ser independente. Definitivamente é a tarefa mais difícil que já enfrentei na vida.

Costumava carregar uma empresa inteira nas costas e fazer com que se tornasse referência no mercado, agora, carregar minhas próprias pernas, é muito além do que já estudei anos a fio em bancos universitários.

Tenho que assumir que minha visão para muitas coisas na vida se abriram. Por tantas e tantas vezes fui ao mercado e não me preocupei em perceber se tinha lugar para cadeirantes estacionar. Visitei várias cidades em países distintos, e em nenhum passeio parei para perceber se a calçada tinha acessibilidade para quem não pode se locomover com a força das pernas. Hoje, entendo a necessidade disso tudo. Esses dias me lembrei de uma vez que fui a uma empresa e estava tão apertada para ir ao banheiro que não pensei duas vezes em usar o banheiro com acessibilidade. Eu, mulher sem deficiência alguma não pude esperar dois minutos para usar o banheiro a mim destinado. Me lembro de pensar: “Ah! É rapidinho!” e quando abri a porta, estava uma moça cadeirante à espera, agoniada. Sorri sem vontade para ela e ao olhar os outros banheiros, todos estavam desocupados. Que vergonha! Quem dera pudesse voltar no tempo e fazer diferente. Como não posso, daqui pra frente minha atenção está voltada para isso. Minha mãe sempre falou: “Só a gente sabe o que a gente vive”. Eu achava uma frase clichê para várias situações. Hoje endosso o coro para dizer a quem quer que seja que realmente, só a gente sabe o que a gente vive.

Pra além dessas questões que me fazem ficar refletindo o tempo todo, tem algo que me martiriza a cada vez que olho para Laura. Alguma coisa me diz que preciso contar a ela algo muito importante mas não consigo me lembrar. Meus pesadelos constantes me trazem memórias da explosão misturada a baile, chutes e muita dor mas quando chega na parte que tem o Joseph conversando com uma mulher, eu acordo e continuo sem conseguir lembrar. Até conversei com a psicóloga sobre isso. Ela me falou que provavelmente meu cérebro bloqueou a memória por precaução, o que me intriga ainda mais. Se meu cérebro (por conta própria) fez isso, é porque é algo realmente importante e eu tenho que me lembrar pra contar a ela.

Hoje ela volta ao trabalho e eu estou com o coração apertado por isso. Queria poder acompanhá-la e estar ao seu lado para o que der e vier. Tenho medo dela ficar andando por aí sozinha, mesmo não estando sozinha. Passei por tudo isso e passaria de novo e de novo se fosse para poupá-la de sofrer.

Uma fenda no tempo e espaço separam a Laura Veigas de três meses atrás para a de agora e essa fenda está recheada de cifrões e dígitos a mais, o que a torna ainda mais cobiçada e visada. Isso muito me preocupa.

Senti de perto a maluquice do Joseph e posso imaginar que ele não está nem um pouco feliz com o desfecho dessa história. Se quando ele ainda tinha poder e masculinidade potente já era louco, imagine agora que está praticamente sem o que perder.

Entre meus pensamentos, me peguei olhando para ela que dorme profundamente. Minha linda e doce Laura. A mulher da minha vida. Quem a vê nas ruas, toda imponente e poderosíssima, ostentando carros de milhões e roupas que chegam a valer um apartamento, nem imagina a doçura e meiguice que esconde esse corpo avantajado.

Ama o conforto mas despreza o luxo. Quer vê-la feliz? Ofereça uma xícara de café forte e puro e um pão na chapa com manteiga e verá o sorriso mais encantador que alguém pode ter. Abrace-a com toda sua alma e sinta seu corpo se moldar ao seu. Conte algo de você e veja seus olhos brilharem como fogos de artifício que explodem no céu de reveillón. Ela é pura, simples e singela. Tem um coração que não cabe no peito, e olha que os peitos são grandes e lindos. Ajuda a todos ao seu redor sem pedir absolutamente nada em troca. Tampouco expõe que ajudou esse e aquele. Só essa semana, eu mesma constatei em suas anotações as doações exorbitantes que fez a dez ONG’s. Nunca antes eu imaginava isso.

Quando a via apenas como a super Laura Veigas, por vezes até cheguei a pensar que era mesquinha pois nunca aparecia nenhuma notícia de que a tal Veigas havia ajudado alguém. A única vez que a ouvi falar em público sobre isso foi quando a acusaram de roubar no shopping e a causa ganha de Racismo seria doada para uma ONG. Hoje vejo que tem muito, mas muito mais coisa que nunca foi divulgado. Além de não divulgar, não gosta que seja tocado nesse assunto. Já percebi que é algo que a incomoda e chega até a irritar. Fala rispidamente:

- Ninguém precisa saber o que você faz de coração.

Se ela soubesse que isso me encanta ainda mais. Aliás, nem sei se ainda é possível eu me encantar ainda mais por essa mulher. Quando penso que já cheguei no auge do encantamento, ela surge do nada, descabelada e com um moletom confortável, senta ao meu lado e começa a falar bobeiras que me fazem rir, conta coisas de sua infância e acabamos em beijos e abraços descontraídos e quando olho pra mim, lá estou eu um pouco mais encantada.

Mas hoje será meu momento de a encantar. Como não vou poder ir junto ao trabalho, consigo demonstrar um pouco da gratidão que tenho por não desistir de mim.

Com todo cuidado para não a acordar, puxei minha cadeira, me apoiei nos braços e rapidamente me transferi para o assento. Escolhi uma roupa limpa, me arrumei e fui para a cozinha.

A cheff Larissa já estava preparando as refeições do dia e se assustou com minha entrada no ambiente.

- Bom dia dona Alice. Precisa de algo?

- Dona? - sorri franzindo o cenho - Sou dona de nada não.

Sorrimos juntas e ela ficou tímida.

- Bom dia Larissa. Como está? Eu estou ótima e preciso sim de uma coisa muito importante.

- Estou bem também, don… - meneou a cabeça - Alice - sorriu - O que precisa?

- Quero fazer uma surpresa pra Laura e para isso, preciso ficar sozinha aqui - sorri timidamente.

- Tem certeza? - perguntou segurando o riso.

- Absoluta. Quero fazer um café simples  e provar pra mim mesma que sou capaz.

- Uau! Não tenho dúvidas de que é perfeitamente capaz! Posso te ajudar em alguma coisa?

- Hum - fiz uma careta ao pensar - Acho que tenho tudo sob controle - sorri - Pode ir descansar ou fazer alguma coisa que deseje.

- Está bem! Vou sair caminhar então - falou ao tirar o avental e a dólmã - Volto depois que a Srta Laura sair para o trabalho - me piscou sorrindo.

- Combinado! Boa caminhada - pisquei de volta e comecei a pensar na organização do que faria para surpreender minha Amora.

Liguei uma playlist no fone e cuidadosamente fui preparando as coisas. Café forte, pães de queijo, frutas, pães simples. Estava feliz por estar conseguindo fazer tudo como pensara. Orgulhosa por me aceitar e procurar viver da melhor forma possível.

No fone, tocava “Quisera eu” da minha cantora favorita, Zélia Duncan e me peguei cantarolando: “

Em pé, encostada no beiral da porta, Laura me observava com olhos vibrantes e sorridentes. Não pensei duas vezes e a convidei para um abraço de bom dia e ela, não pensou nem uma vez em aceitar. Correu ao meu encontro e nos abraçamos com vontade e muito amor. Definitivamente, o melhor lugar do mundo é dentro do seu abraço.

Conversamos, sorrimos, comemos, namoramos. Curtimos nosso tempo juntas e enamoradas enquanto ela se arrumava para o trabalho.

Meu Deus! Que espetáculo de mulher!!

Não que eu tenha esquecido da potência feminina que ela é, mas a tanto tempo estivemos reclusas da sociedade empresarial, sem necessariamente estarmos vestidas adequadamente que agora, quando a vi em um macacão Versace com decote profundo em estampas africanas nos tons de amarelo, preto e branco, calçada em um Loubotin amarelo, paralisei.

Para completar o look nada básico, foi até o closet e voltou vestida da sua coroa afro. Um turbante preto com um par de brincos de argolas douradas que chegavam até seus ombros.

Me faltaram palavras, ar, condições para conseguir expressar a obra de arte exposta a minha frente.

Colocou uma das mãos na cintura e virou-se sobre o próprio salto.

- Como estou, mon amour? - me perguntou graciosamente.

- C-co-mo-mo está? - pisquei vagarosamente para tentar assimilar melhor a imagem que via - Nem sei quantificar o quanto está maravilhosa! Meu Deus!

Ela sorriu alto e se abaixou para me dar um beijo. Seu perfume, com essência de uma mulher audaciosa e livre, um ambarado feminino de personalidade forte e com frescor surpreendente me invadiu os sentidos com o deslumbre de seu decote exibindo cuidadosamente a curva dos seus seios e senti seus lábios carnudos e perfeitamente desenhados pelas deusas envolverem os meus, num frenesi que me incendiou todos os poros e células do meu frágil ser, dominado por essa potência arrebatadora a quem eu carinhosa e humildemente chamo de minha Amora.

- Obrigada, minha riqueza! - falou ao final do beijo - Vou de amarelo hoje em homenagem a proteção da Mãe Iansã.

- Você está um espetáculo!! Iansã deve estar babando também em você - sorri e pisquei - Se eu fosse trabalhar hoje, perderia metade do seu império.

Gargalhamos e ela se afastou para concluir a maquiagem e o interfone tocou anunciando que eu a perderia de vista por algumas horas, o que me fez pegar ranço de todos que poderiam ter sua presença o dia todo. Ela voltou a atenção para mim e começou a me levar para a sala de fisioterapia, cuidadosamente montada próximo à piscina.

- Vou sentir tanto, tanto, tanto sua falta! - falei com dengo.

- Oun minha princesa! Eu também! Já estou sentindo na verdade - me respondeu depositando vários beijinhos pelo meu rosto.

- Não demora voltar?

- Não! Prometo que venho o mais rápido que puder e serei toda sua.

- Toda, toda? Só minha?

- Todinha - me mordeu os lábios inferiores - Se é que me entende - e me beijou com malícia e sedução.

-  Amo você, Laura Veigas - segurei seu rosto entre minhas mãos e a olhei profundo - Te amo com todo meu ser.

- Eu Amo você com todo meu ser, Alice Stromps.

- Tenha cuidado, por favor!!

- Terei meu amor. Fica tranquila. Foca na sua evolução e não se preocupe com mais nada.

- Quem está com nós é mais forte! - falamos juntas, com os olhos fechados e as testas encostadas.

Me beijou outras centenas de vezes e saiu. O tintilar do seus saltos ecoaram pela casa pela primeira vez desde nossa mudança. Sorri com o som que me arrepiou a espinha.

- Essa é a super Laura! - sussurrei sorrindo para as paredes.


Fim do capítulo


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Comentários para 85 - Linda Mulher:
mtereza
mtereza

Em: 15/07/2022

Lindas demais elas juntas amo aqui no terreiro de uma amiga Yalorixá que frequento amarelo são as cores de Oxum, Iansã é o vermelho.

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patty-321
patty-321

Em: 07/06/2022

Aí aí como são lindas e como VC escreve bem. 

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Eva Bahia
Eva Bahia

Em: 05/06/2022

Elas são realmente lindas... Parabéns por mais um escrito viu.. nos alegramos e saber que vc está de volta

. Mas faça tudo no seu tempo.. 

Deus continue lhe abençoando e dando forças, alegrias e inspiração..

Bjs baianos 

 

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Rafaela L
Rafaela L

Em: 04/06/2022

ratificando

*Assuntos muito bem abordados.

 

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Rafaela L
Rafaela L

Em: 04/06/2022

A risada,em resposta ao comentário anterior.Foi malévola!

Senti e tive a sensação de ouvir daqui. # tenso!!! A perguy é: o Gil sempre foi do mal.Ou foi persuadido? Muito bem camuflado.Tomara que morra. ( Tô mau hoje)

Os pensamentos da Alice.Fazem a gente refletir real! Coisas corriqueiras que passam desapercebidas diariamente.E a menos que aconteça com a gente,nunca notariamos.

Aliás, a história inteira nos faz refletir.O racimo, tráfico das meninas.. já vimos de tudo aqui.Assuntos muito bom abordados.

Algo me diz,que a Alice voltará a ter o movimentos logo.Não tenho conhecimento técnico.Meus achismos vêem esse formigamento como sinais. Tomaraaaaa!!!!

Boa noite, autora querida! ótimo fim de noite.

 

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