Amor é como um mapa pra lugar nenhum
Nossas conversas nunca foram muito longas, eram resumidas em pausas. Nossas rotinas tinham um desencontro muito doido e eu ficava me perguntando quando o encontro chegaria, mesmo com a rotina corrida, com a pouca conversa, mesmo sem nem sequer conhecer realmente quem ela era eu permanecia com o pensamento fixado naquele rosto, naqueles olhos castanhos.
Nas voltas da faculdade rabiscava seu rosto no meu caderno de desenho e me perdia desenhando seus cachos em mil devaneios; Minhas colegas perceberam que eu sempre desenhava o mesmo rosto e me perguntaram quem era a garota que tinha finalmente prendido minha atenção mas numa pausa pra reflexão apenas respondi "não sei".
Apesar das trocas de mensagens, das visualizações em stories, quem era a Bárbara? Qual era sua música preferida e seu maior medo? Qual era seu maior sonho? Qual era sua ambição? Qual era seu refúgio? Seu filme preferido? Eu não fazia idéia. E não tinha abertura suficiente pra saber ou perguntar. E ela também, não fazia idéia de quem eu era.
A verdade é que, éramos duas estranhas uma pra outra, e a diferença mínima disso tudo era que eu tinha algo despertado e novo em mim em relação a ela, enquanto ela, sequer pensava em mim. Nesse dia eu me senti bem idiota.
Depois de algumas conversas picadas e muitas inseguranças para um convite decidimos nos encontrar pela segunda vez, marcamos de dar uma volta no Parque Ibirapuera com amigos no final de semana.
O coração bateu mais forte.
Fim do capítulo
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