Únicos.
Agora que estou tomando meu chá, gostaria de relatar como foi minha madrugada. Há tempos não acontecia isso; há tempos meu sono não era insuficiente.
Acordei às 3 AM, suada, tendo calafrios que percorriam todas minhas extremidades. Respiração exagerada, semelhante a exaustão pós-luta. E em meu meio, uma quentura conhecida, mas que havia sumido com os dias; afinal, viver em pandemia é algo complicado, principalmente pra nossas faculdades mentais.
Terá sido o sonho? Que até então foi tão inocente. Começo a me lembrar da penumbra, do sorriso doce, da voz firme, das mãos frias, mas do toque bruto ; brincando sobre minha barriga, em movimentos circulares ao redor do umbigo... subindo e descendo, chegando a quase tocar o meu seio.... mas nunca toca. Nunca tocou. Lembro desse carinho ingênuo, que acelerava meus batimentos e dava vida ao meu quadril.
Contato. Almejando uma continuidade. Um passo mais profundo. Ousado.
Cretino corpo. Por que nunca se habitua?
Até em sonho, o objetivo daquela mulher é me torturar.
Então, durmo. Forço-me a dormir e a acordar sem relar a mão em minha própria pele.
Mesmo em chamas, não posso ceder.
Até quando terei essa memória carnal?
Até quando essa dominação permanecerá em cada pulsar?
E assim saboreio meu chá de camomila com hortelã; agradecendo aos deuses por ser uma masoquista tão f*dida.
Fim do capítulo
Minnha recomendação de amiga seria, independe de ter apreciado ou não, tomar um chá;
chá de camomila com hortelã, talvez?
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