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Capitulo 1
- Você tem que ir embora mesmo?
Essa foi a pergunta que a pequena Aurora me fez pela milésima vez, quando estava agarrada no meu gato chamado Supino.
Meu nome é Ludmila. Tenho 36 anos. Sou Professora Universitária e Personal Trainer. Nasci em Minas, mas moro em Vitória desde que fui me graduar no curso superior de Educação Física na Universidade Federal do Espírito Santo.
E por que eu vou embora?
Estou indo morar no Rio de Janeiro para ocupar a carga de professora substituta na UFF (Universidade Federal Fluminense) por um período de dois anos.
Voltando à Aurora! Aurora tem cinco anos, mora com sua mãe, Letícia. Letícia é produtora de moda, tem 33 years, é separada do pai de Aurora e é linda. Se ela me desse bola eu continuaria como sua vizinha, ou até mais que vizinha, e não viria embora. Sempre que ela vem aqui a casa com a pequena é certo que eu vou me masturbar pensando nos seus olhos cor de mel, nos seus cabelos castanhos caindo sobre os ombros e na sua boca carnuda e bem desenho no batom vermelho. Algumas vezes tenho a impressão de que ela sente tesão por mim, porém não avanço o sinal.
Desde que comuniquei minha mudança, senti que ela ficou mais retraída, mas não quis saber o porquê. Preferi não alimentar minha imaginação fértil com meus "achismos".
Dezembro foi o mês da despedida. A empresa responsável pela mudança garantiu que tudo chegaria no dia marcado. E eu acreditei. Acredito até em Herbalife!
O choro de Aurora e o abraço apertado de Letícia, com aquela voz rouca no meu ouvido dizendo que sentiria saudades e minha falta, por pouco não me fez desistir.
Supino, o gato, já medicado para dormir grande parte do caminho, além de coisas pessoais, foram meus companheiros de viagem. Chorei, ri, chorei novamente e parti para meu novo endereço: a cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
O apartamento que vou morar foi alugado com a ajuda de Lu. Falei que só iria substituí-la se ela me ajudasse com minha nova morada. E ela fez o dever de casa direitinho: um apartamento em um prédio com garagem, que aceita animais e perto de tudo o que preciso para me adaptar mais rápido. O antigo proprietário facilitou minha arrumação: armários embutidos por todos os cômodos.
Cheguei e fiquei no aguardo da mudança, que "chegaria", do verbo "não chegou" e não chegará, dia 23 de dezembro. Pois é! Eu fiz essa loucura de me mudar na semana mais frenética do ano. Todos os meus planos foram por água abaixo. Eles incluíam uma mudança chegar e eu conseguir ter um pouco de tranquilidade para passar o Natal sozinha.
Saí procurando alguns itens para não ficar na mão. Fiz uma compras para não passar fome e uma cafeteira - café é vida - e já estava conformada de que dormiria no colchonete.
Chega o dia 24 e, com ele, a mudança. Um entra e sai de caixas, os funcionários da empresa colocando cada uma no seu lugar. Toda hora um pedido de desculpas. Pelo menos eles apagam a cama no lugar e o fogão funcionando.
Banho toma, roupa simples para relaxar junto com um vinho.
O interfone toca e o porteiro diz que tem uma encomenda para mim, de um restaurante. Estranhei, mas pedi para que subisse. Poderia ser alguma coisa enviada pela Lu. Esperei a campainha tocar e quando abo a porta, uma surpresa:
- Leticia!
- Não iria deixar você passar a véspera de Natal sozinha!
Convidei-a para entrar e vibrei com a visita inesperada e deliciosa.
Ela disse que Aurora estava com o pai e que ficaria com ele até o dia 26.
- Senti saudades! E resolvi vir!
Confesso que fiquei um pouco sem ação com ela ali, mas recuperei a sanidade rapidamente.
Sentamos no chão. Tudo estava cheio de caixas.
Ela realmente trouxe comida, bebida e tudo que é necessário para a noite.
- Sabia que você não teria tempo de pensar em comida e com certeza comeria um monte de besteiras.
Eu só me prepare rir, tamanha era a minha felicidade!
Conversamos, bebemos vinho.
Mostrei a vista do prédio.
Ficamos ali na janela. Nossos braços próximos. Eu nervosa! Até que tomei coragem.
- Por que você veio? Eu estive com você esse tempo todo ...
- Eu fiquei arrasada quando você disse que viria para cá. Não imaginei que fosse ficar tão mexida.
- Eu não sei o que pensar!
- Não pensa nada por enquanto! Vamos curtir o momento!
"Curtir o momento" talvez fosse o problema! E depois, como eu ficaria?
Fiz um carinho em seu rosto e ela fechou os olhos. Fui me aproximando e nos abraçamos. Tê-la ali tão perto estava mexendo com meu corpo!
- Eu sinto um tesão enorme por você Ludmila!
- Você poderia ter me falado ...
- Cada vez que eu via você com alguém, morria de ciúmes.
- Eu não imaginava ...
Aqueles olhos cor de mel me fitando eram o que faltava para mim aproximar e procurar seus lábios, que tocaram os meus com urgência. Nossos corpos se aproximaram; como línguas se entrelaçaram!
O caminho até o quarto foi feito entre beijos, abraços, gemidos e risos.
Ter Letícia em minha cama fez meu tesão aumentar.
Deitei com ela e ficamos curtindo aquele momento único e nosso.
As roupas foram postas de lado. Seu corpo nu sob o meu fez meu desejo por ela aumentar.
Beijei sua boca com vontade. Se era para começar, que fosse com um beijo que a deixasse querendo mais. Afinal, acredito que eu era sua primeira experiência com uma mulher.
Lambi seu pescoço e em seu ouvido disse que a queria, que queria fazer amor com ela; ela me apertou mais e gem*u.
Desci e cheguei naqueles peitos, acariciei e mordi, ch*pei fazendo Letícia puxar o ar com mais força e pedir mais.
Desci até suas coxas e beijei cada uma com carinho e desejo.
Letícia arqueou o corpo e entendi que esse movimento era um convite para tocá-la em sua intimidade. Atendi seu pedido e fui provar sua doçura. Me afoguei em sua bocet*. Ch*pei, lambi. Seus gemidos me excitavam e quase me fizeram goz*r. Em um sussurro, me pediu para que a penetrasse e assim eu fiz: a penetrei com um, dois dedos. Acredito que o prédio inteiro interno meu nome ser gritado quando Letícia gozou e como gozou. Me deletei com seu gozo e quando subi ela estava com os olhos fechados e um sorriso nos lábios. Essa foi a certeza de que havia gostado. Ela me olhou com um sorriso muito safado.
E mesmo ligando sob mim, foi escorregando até chegar em minha bocet*. Ela me lambeu com tanto gosto que fiquei na dúvida se era sua primeira vez. Quando me ch*pou, derreti em sua boca. Como ela me fez goz*r gostoso!
Adormecemos entre beijos, abraços e carícias. Nada foi dito ou prometido.
Dia 25 de dezembro! Abri os olhos e ri sozinha. Feliz pela noite maravilhosa que tinha tido. Aquela gostosa de boca carnuda estava aqui comigo.
Virei para o lado ea cama estava vazia.
Levantei e fui procurá-la pelo apartamento.
Em cima do sofá, um pacotinho de presente e um cartão:
"Esse foi o meu melhor presente de natal que já ganhei na minha vida!
A noite foi deliciosa!
Você me deixou com vontade de quero mais. Na verdade, com vontade de quero sempre!
Você é maravilhosa!
Sempre sua,
Leticia!".
Fim do capítulo
Agradecimentos:
* A todes que irão ler;
* A todxs que irão comentar; e
* À caribu pelo incentivo para escrever.
Comentar este capítulo:
Rosa Maria
Em: 16/06/2022
Novaaqui..
Sensacional quanto carinho, desejo, sensualidade, entrega e tesão. Adorei...
Beijo
Rosa
Resposta do autor:
Olá, Rosa Maria!
Obrigada pelo comentário!
Viajar de Vitória para o Rio para dar um presente de Natal teria que ser assim.
Que bom que gostou!
Bom feriado ♥
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