Oi galera, demorei, mas voltei!
Não aconteceu nada!
POV MARI
Acordei e senti minha cama vazia, estranhei Petra não estar ali e me levantei indo até o quarto dos meus filhos, e a cena que eu encontrei deixou meu coração quentinho. Petra estava com o Zé no colo ao lado da caminha de Malu e cantava uma música de ninar para os dois.
- Estava com saudades de ver essa cena. — Falei baixinho e ela sorriu pra mim.
-E eu estava com saudades da nossa família. — Me aproximei e beijei seus lábios.
-Vou tomar banho, jaja temos convidados. —Petra acenou com a cabeça e eu parti para o banho.
Hoje receberiamos alguns amigos, para celebrar a chegada do nosso pequeno José. Eu estava tão feliz, minha família estava completa novamente e agora teríamos uma nova oportunidade de recomeço.
-As crianças dormiram novamente. – Petra entrou no banheiro me despertando dos meus pensamentos. – Então acho que tenho um tempinho pra dividir esse banho.
Dei um sorriso malicioso e a chamei com o dedo, Petra se aproximou e tomou meus lábios em um beijo voraz. O beijo foi tomando proporções maiores e quando dei por mim, já estava me derramando em um orgasmo intenso.
-Gostosa. – Petra disse em meu ouvido, enquanto eu tentava me recompor.
-Preciso de um tempinho pra me recompor. – Demos alguns beijinhos e terminamos nosso banho.
{...}
Eu estava feliz demais, o Zé foi recebido de braços abertos pelos nossos amigos, ele foi acolhido pela família de Petra e eu sei que meu filho será muito amado, isso mesmo, meu filho.
-Mari, ele é muito lindo. — Gabi segurava o Zé no colo enquanto Fernanda brincava com sua mãozinha.
-Ele é sim. –Sorri e coloquei Malu no sofá. – Meus filhos são lindos mesmo.
Petra e Val preparavam o almoço enquanto conversávamos na sala, só faltava me sogro chegar. Dona Helena, Julia, Fernanda e Gabi já estavam em nossa casa desde cedo.
-Me dá ele aqui Mari? – Dona Helena pediu para segurar o José e passou a cheirar o cabelinho do meu filho. — Eu amo esse cheirinho.
-Esse cheirinho acalma até o furacão da sua neta. — Falei sorrindo e Malu me pediu colo. —Acho que tem alguém com ciúmes.
Minha filha me abraçou e eu cheirei seu pescocinho. Malu percebeu que a atenção do dia era toda voltada para o José, mas eu não deixaria minha filha se sentir deixada de lado.
-A mamãe ama você tanto. — Deixei um beijo em sua bochecha e ouvimos a campainha tocar. —Vamos abrir para o vovô?
-Maluzinha. – Meu sogro largou as enormes sacolas no chão e pegou minha filha no colo. — Que saudade da minha neta preferida.
-Oi vovô! – Malu beijou o rosto do avô e eu fui abraçar Clarisse.
-Que bom que chegaram, Petra já estava preocupada. – Os dois entraram e cumprimentaram os restante do pessoal.
O Dr. Petrônio encheu meus filhos de presentes e Maria Luiza rasgou todas as embalagens em uma empolgação contagiante. José também ficou feliz com alguns brinquedos, sentamos os dois no tapete e ficamos ali olhando a interação dos dois. Petra terminou os preparativos do almoço e veio nos chamar para a sala de jantar.
-Nossa filha, isso está uma delícia. – Meu sogro disse e todos nós concordamos.
O almoço transcorreu de forma leve, as crianças mais fizeram bagunça do que realmente comeram. Nossas amigas conversavam sobre vários assuntos até que Petra disse em meu ouvido que era hora de fazer o convite.
-Bom, primeiramente eu quero agradecer a presença de todos vocês e dizer que somos muito felizes em tê-los ao lado de nossa família. – Todos os presentes sorriram e eu continuei. – Se não fosse por vocês eu acho que não conseguiríamos sozinhas.
-Isso é verdade. – Julia disse sorridente e Fernanda cutucou ela. – Só estou dizendo a verdade.
-Você foi essencial Ju – Nossa amiga sorriu vitoriosa e eu prossegui. – Por isso queremos convidar você para ser madrinha do José.
-Eu? – Julia parecia não acreditar e todos mundo sorria da reação dela. – Você tem certeza que quer uma madrinha doida para o seu filho?
-Não podíamos ter escolhido alguém melhor. – Petra respondeu e segurou a mão de Julia. – Por tudo que você fez por nós, eu não podia querer outra comadre.
-AAh eu amo meu casal. – Ela disse sorrindo e se levantou para nos abraçar.
O resto da tarde foi bastante divertido, ver minha família e amigos juntos não tinha preço, e ter Petra ao meu lado era uma coisa surreal de bom. Desde o pedido de divorcio eu percebi o quanto eu amo essa mulher e que sem ela eu não sou feliz, e por isso eu decidi lutar pelo nosso casamento, se depender de mim Petra e eu vamos morrer velinhas cheia de filhos e netos.
{...}
Os dias seguintes se passaram rápido, Petra e eu nos desdobramos pelas crianças, mesmo atarefada com a inauguração do restaurante, Petra não deixou de dar atenção para nossa família, e eu sabia o quanto ela estava se esforçando para isso.
Amanhã seria a inauguração do restaurante e Petra estava uma pilha de ansiedade e hoje ela me ligou avisando que não teria hora para voltar pra casa, pois estava resolvendo alguns detalhes com Leticia, pedi que ela não demorasse muito, pois ela precisava descansar um pouco ela se despediu e disse pra não me preocupar.
Desliguei a chamada e fui dar uma olhada em meus filhos, Zé e Malu estavam dividindo o mesmo quarto enquanto o dele não ficava pronto e às vezes eles dormiam entre Petra e eu. Dei um beijo no cabelinho dos dois e fui para o meu quarto tentar esperar Petra acordada.
Já passava das duas e meia da manhã, eu já estava quase me entregando ao sono quando ouvi a porta do quarto sendo aberta devagar e Petra entrando tentando não fazer barulho.
-Meu Deus amor, está tão tarde. – Me sentei na cama e notei sua carinha de cansada. – Vá tomar banho, quer que eu prepare algo para você comer?
Ela negou com a cabeça e deixou o celular na mesa de cabeceira e partiu para o banheiro. Petra foi para o chuveiro e eu me levantei indo procurar uma roupa confortável para minha mulher. Fui até a cozinha e esquentei um leite e trouxe alguns biscoitos, sabia que Petra não tinha se alimentado direito, mesmo trabalhando em um restaurante.
Quando voltei para o nosso quarto ouvi o celular dela tocar, e quando fui atender já tinha parado, mas algumas mensagens estavam chegando e meu sangue ferveu, e minha curiosidade falou mais alto. Eram mensagens de Leticia e eu respirei fundo antes de fazer alguma besteira.
Leticia via whatsapp:
-Você deixou marca!
"Foto semi nua"
-Quer me explicar? – Petra saia do banho enxugando os cabelos. – Quer me explicar que marca você deixou naquela vagabunda?
-Mari. – Petra pegou o celular da minha mão e olhou confusa. – Leticia não devia ter feito isso, não aconteceu nada.
-Estou esperando sua explicação Petra. – Me sentei na cama e minha vontade era ir até lá e quebrar a cara da Leticia.
-Mari, olha pra mim? – Petra se ajoelhou em minha frente. – Eu jamais faria algo assim com você, amanhã mesmo eu irei conversar com Leticia e se ela não parar com isso eu vou desfazer nossa sociedade. A marca que ela está dizendo, é sobre uma receita que estava testando para o cardápio de amanhã e acabou que respingou uma gota de óleo quente no ombro dela.
-Isso não vai dar certo Petra, essa mulher não vai sossegar enquanto não te tirar de mim. – Eu estava com raiva, e segurava meu choro.
-Eu amo você, eu sou capaz de largar tudo por você, então por favor. – Petra segurou meu rosto entre as mãos. – Não deixe de acreditar em mim, e se você quiser eu desfaço a sociedade.
-Não precisa, amanhã eu vou botar essa mulher no lugar dela. – Sequei meus olhos e encarei Petra. – E você tem que parar de ser ingênua, Leticia fica igual um abutre em cima de você.
-Eu sei, me desculpe. – Leticia beijou levemente meus lábios e foi se trocar.
Me deitei e fiquei pensando em como essa Leticia merecia uma surra, mas o que é dela está guardado e amanhã eu irei resolver isso. Petra se deitou ao meu lado e me abraçou pela cintura deixando um beijo em meu ombro.
-Me desculpe por isso. – Ela suspirou cansada. – Ela passou dos limites.
-Passou mesmo, ela pega o boi que sou pacifica. – Petra deu uma gargalhada. – Tá rindo de que?
-Você não é pacífica amor, inclusive estou até com medo do que você pode fazer. – Dei um tapinha em seu ombro e ela continuou sorrindo.
-Cê tá me chamando de barraqueira, Petra? – Perguntei fingindo indignação.
-Não, mas você gosta de uma treta. – Ela me beijou suave nos labios. – Mas eu prometo que vou dar um jeito em Leticia, eu não vou admitir isso.
-Espero que ela entenda, ou ela vai ver como as perucas são caras, depois que eu a deixá-la careca. – Petra gargalhou e me agarrou pela cintura.
O dia amanheceu e eu não encontrei Petra na cama, provavelmente ela já havia saído, suspirei e fui ao banheiro fazer minha higiene. Hoje eu não iria ao escritório, e como eu estava sem assistente, devido a demissão de Bruno, eu tive que desmarcar todas as minhas reuniões.
O restante do dia passou de forma rápida, passei o resto da tarde no salão de beleza na companhia de Julia, Fernanda, Gabi, Val e dona Helena, eu queria ficar linda para prestigiar a minha esposa em seu dia tão especial. Por volta das sete e meia Petra chegou em casa e eu já a esperava com as crianças prontas.
-Uau! Você conseguiu ficar ainda mais linda. – Ela me segurou pela cintura e me deu um selinho demorado.
-Vá se arrumar, se não iremos nos atrasar. – Ela me beijou novamente e subiu correndo.
{...}
O restaurante estava incrivelmente lindo, devo confessar que a sirigaita da Leticia tinha feito um ótimo trabalho, o lugar era a cara de Petra e eu estava feliz em ver minha esposa tão empolgada. Por falar em Leticia, vi quando a mesma chegou e pedi que Julia e Fernanda cuidassem dos meus filhos, enquanto eu resolvesse um assunto particular com Leticia.
Entrei no banheiro e vi que ela retocava o batom, me posicionei atrás dela e ela sorriu pelo espelho quando me viu.
-Mari, que surpresa! – Ela se virou e sorriu cinicamente. – Petra conversou comigo sobre a foto de ontem, não se preocupe que não aconteceu nada.
-E nem vai, por que se eu ver você com gracinha pra cima da minha mulher, eu vou quebrar essa cara. – Segurei seu braço com força. – Se você se quer se aproximar de Petra com alguma intenção que não seja relacionada ao restaurante, você vai se arrepender amargamente de ter me conhecido.
-Me solta Mariana. – Ela se debateu e eu apertei ainda mais.
-Se Petra quisesse você, ela não teria se casado comigo, então para de agir como um adolecente e se coloque em seu lugar. – Falei aquelas palavras de forma rude e Leticia se encolhia. – Petra nunca olhou pra você da mesma forma que ela me olha, ela nunca se quer se apaixonou por você, é só um recado, se você não parar, eu vou acabar com a sua raça e saiba que o seu esposo não iria gostar de ver como a esposa dá em cima de mulher casada.
Soltei seu braço e a empurrei, Leticia não disse nada e eu saí do banheiro com um sorriso no rosto e vi Petra subindo ao palco e me chamando para acompanhá-la.
-Um minuto da atenção de vocês. – Petra subiu ao palco improvisado e começou a falar. – Hoje é um dia muito importante pra mim, é a realização de um sonho, meu próprio restaurante, meu próprio lugar, onde eu posso me entregar de corpo e alma. Primeiramente eu quero agradecer minha família, que sempre me apoiou, eu não estaria aqui hoje se Mariana não estivesse ao meu lado por todos esses anos. – Os convidados começaram a aplaudir e eu segurei a mão dela. – Quero agradecer a minha vó e ao meu pai, e um agradecimento especial a Leticia e Dr Manolo, que fizeram esse espaço com toda a dedicação e carinho. E obrigada a todos vocês que estão presentes, fazendo parte desse momento tão especial pra mim. Obrigada! Espero não decepcionar vocês. – Olhei para baixo e vi Leticia amuada em um canto do salão enquanto Dr Manolo sorria ao lado dela.
Fim do capítulo
EITAAAAA
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lis
Em: 04/01/2022
Que maravilha o José em casa com elas, e elas se entendendo, ainda bem que dessa vez a Mari não tirou conclusão precipitada e ouviu a Petra, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk amei a Mari colocar a perua no lugar dela e com classe ainda, parabéns autora suas estórias são maravilhosas
Resposta do autor:
Muito obrigada meu bem!
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