Meus queridos e amados leitores, sim, eu sei que a minha moral esta abaixo de zero, inclusive, nem sei se vocês ainda estão ai, se vão acompanhar o final da historia, porque literalmente há exatamente 3 anos que não é atualizado. Mas, agora retornei e a historia já esta finalizada, preferir finalizá-la e ir postando  durante a semana.

Como tinha deixado em algumas notas, de 3 anos pra cá muita coisa aconteceu em minha vida e infelizmente não conseguir finalizar o conto, e peço desculpas do fundo do meu coração, e espero que todas ainda continuem ai para descobrir o desfecho dessa historia, inclusive terá segunda temporada da historia em cima de outro patamar da vida delas que não posso deixar spoiler. Então é isso!!!!!!

POV ALICIA

Acordei completamente assustada, pra variar meu celular estava descarregado, logo, o despertador não tocou e já havia passado horas desde que adormeci na cama do Guga, e imaginando que a Camila já estaria colocando ovo com a minha demora. Tratei de ser rápida, me arrumei e retornei para o hospital, como já imaginava reclamou pela minha demora, expliquei o que aconteceu e ela riu, acordei meu amigo que estava já dormindo no sofá e o achei estranho, mas imaginei que poderia ser o cansaço, o acompanhei até a saída do hospital e o agradecendo por toda força que estava nos dando, retornei para o quarto, e a Camila estava bem dengosa, me cobrando ate pela demora, ou eu devo ser muito boa ou essa queda dela fez a mudar de personalidade, hahahaha, brincadeira. Ficamos trocando algumas palavras carinhosas ate adormecer. Na manhã seguinte me chega uma enfermeira com olhares de segundas intenções achando que eu, a bonita, não iria perceber, né? E como essas mulheres estão mais atiradas e cara de pau hoje em dia, apenas fiquei mirando tanto a enfermeira quanto a Camila, para poder analisar ate onde as duas lindinhas iriam né, e larguei logo uma indagando a Camila sobre a enfermeira, e a cínica só fazia da risada e dizer que nem tinha reparado nela, deixei passar dessa vez, mas já mostrei a ela que sou bem observadora e que a vidinha que ela levava acabou, e que se fosse necessário iria fazê-la entender sempre. Ciumenta? Não, apenas observadora.

A semana foi passando, e a Camila ainda iria ficar um bom tempo no hospital, infelizmente eu precisava trabalhar, pois era a semana de nova publicação, e também não era tempo ainda de confundir as coisas, precisava manter a minha postura como profissional, até porque não era necessário ficar o tempo todo no hospital já que a Cida estava revezando comigo, ficando pelo dia e eu pela noite, e vocês já podem imaginar o quanto eu estava acabada naquela semana, dormindo mal porque em hospital sendo o mais chique possível a dormida é péssima, fora as enfermeiras da noite entrando umas mil vezes para verificar a Camila e aplicar mediações, e o negocio ficou feio no novo projeto, eu estava uma pilha de nervos, parece que toda a responsabilidade do projeto caiu sobre mim, eu estava me sentindo sobrecarregada e cansada, estava a ponto de explodir. A Gabriela ficou me rodeando naquela semana como se soubesse de algo que estivesse acontecendo, inclusive, tentava de todas as formas tirar algo de mim, mas como disse, ninguém sabia da gente ainda e fora que a Camila sempre foi reservada, nem sabia ainda se ela iria querer assumir para todos sobre nosso relacionamento, e já estava trabalhando isso dentro de mim, tanto para assumir ou não, até porque tenho que pensar nesse quesito da minha vida por causa dos meus pais, que ainda não faço idéia de como seria a reação deles.

A semana foi finalizando, na sexta o Guga teve uma crise alérgica, a Camila pediu para que eu ficasse com ele e logo no sábado pela manha se ele estivesse melhor eu iria pro hospital, aproveitei também para poder descansar já que a semana foi bem puxada e eu estava com um cansaço terrível acumulado, e assim foi feito, dormir a noite inteirinha, acordei logo cedo me arrumando para ir pro hospital ficar com a Camila e na esperança dela ter alta ainda nesse final de semana. No caminho pro hospital liguei para meus pais, conversamos amenidades sobre a semana, minha mãe parecia que pressentia algo porque sempre me indagava se eu não tinha nada a mais pra falar a ela, eu simplesmente desconversei e dei a entender que o que ela estava perguntando era sobre o Luan, e eu confirmando que ele estava quieto e estava tudo sob controle.

Chegando ao quarto da Camila me deparo com a cena inusitada da talzinha da enfermeira e Camila em altos papos.

- Atrapalho? – Ergui a sobrancelha.

- Bom dia senhora, não. – A talzinha se afastou desesperadamente, parecendo ate que estava devendo alguma coisa, e ainda deixou toda a bandeja cair no chão. 

- Bom dia meu bem. – A cínica da minha namorada.

- Esta nervosa, enfermeira...È... – Fui bem irônica com a talzinha e ainda cheguei bem perto do seu jaleco pra ler o nome, mas claro que de longe eu já tinha visto, né – Enfermeira Bruna Silva?

- Não senhora, me atrapalhei apenas. Estava preparando a senhora Camila para o banho.

- Pode deixar. – Falei já me aproximando de Camila.

- Pode deixar o que? – Ela me perguntou assustada.

- Quem ira da banho nela sou eu. – Olhei bem firme pra ela afim dela entender logo o recado.

- Tudo bem senhora, mas precisa ter cuidado por causa dos acessos dela. – Ela foi caminhando ate Camila novamente e já mexendo nos acessos. - Vou colocar aqui uns esparadrapos coberto com esse saco, na hora só nos sinalizarmos que retornamos para colocá-la novamente na medicação.

- Ok, pode deixar. – Já fui ate a Camila sem olhar mais pra enfermeira.

Depois de finalizar os procedimentos a enfermeira saiu da sala.

- Eita que minha namorada é brabinha. – Camila foi fazendo graça me puxando pra um beijo.

- E você é muito safadinha, tome tento e pode ir colocando suas asinhas pra dentro viu gracinha. – Falei e ela achava graça.

- Oxe linda, fiz nada, ela estava apenas falando umas besteirinhas normais. – Riu.

- Ta bom Camila, ta bom, nem quero render isso viu, vamos logo tomar banho. – Já fui puxando a coberta dela.

- Eita muier braba... Quero saber desde quando você sabe da banho em doente hein. – Ela se divertia, confesso que nunca imaginei que ela teria esse lado palhaço.

- Não sei, mas vou aprender agora. – Comecei a entrar na brincadeira dela.

- Essa eu quero vê hein.

Começamos a nos encaminhar para o banheiro, fui ajudando a Camila para tirar a camisola do hospital, ela estava de calcinha, e senti um certo incomodo nela, mas a deixei bem a vontade, ela já estava bem recuperada, me sinalizou que conseguia fazer sozinha que eu ficasse apenas perto para caso ela precisasse, ela estava de costa pra mim, tentei puxar alguns assuntos para deixá-la mais a vontade, percebi que pelo seu corpo moreno bronzeado tinha algumas marcas assim, mas tentei não fixar os olhos para que ela não percebesse e se sentisse mais incomodada, fui ficando de lado fingindo que estava me arrumando no espelho e falando que nem um papagaio para deixá-la mais a vontade, e parece que funcionou, ela continuou tomando seu banho já se soltando mais como se tivesse sozinha, e assim foi, ela finalizou, vestiu outro roupão, ajudei ela a pentear seus cabelos que estava mais duro que tudo, parecendo que não via pente a anos, e na parte de trás tinha uma parte raspada que foi da cirurgia, então tentei ser bem delicada para não machucá-la. Deixei ela toda pronta, cheirosa e arrumada, e logo após fui chamar alguma enfermeira que não fosse a outrazinha la, logo veio outra enfermeira colocando ela novamente na medicação, logo terminou e nos deixou a sos.

- Agora sim, to linda e cheirosa. – Deu um sorriso de lado pra mim.

- Mais né?  - Brinquei e sentei ao seu lado na cama.

- Se você diz, eu acredito. – Sorriu pra mim.

Ficamos conversando por longo da manhã, o médico tinha vindo fazer a ultima avaliação nos dando a noticia que ela teria alta no final do dia, pois estava apenas aguardando um resultado sair, que era o resultado da substancia que foi encontrada no organismo dela, e ela logo se assustou com a informação, e eu expliquei que não tinha comentado nada, pois não saberia que tipo de substancia seria essa ou se ela fazia uso de algo, pela expressão dela, ela não ficou muito satisfeita com a minha informação, tratei de me desculpar, mas deixando claro que ela precisava entender meu lado, pois ainda tudo era recente e eu não sabia nada sobre ela, justamente por permissão dela, mas ela me garantiu que não fazia uso de nada e que nem remédios corriqueiros ela fazia uso, e isso logo nos preocupou, vi que ela ficou bem pensativa, eu puxava assuntos e ela não correspondia, ate que a deixei no mundo dela e fiquei mexendo no celular me atualizando nas redes sociais e lendo as noticias da semana e colocando algumas coisas em dias.

A manhã logo passou, almoçamos e ela ainda continuava bem pensativa, eu não queria invadir os pensamentos dela naquele momento, pois percebi que isso tinha mexido um pouco com ela, e eu também fiquei pensativa sobre, pois o medico disse que foi um dos motivos do desmaio dela, então não era algo bom pra ter causado isso tão intensamente.

O dia passou bem rápido, apesar das duas estarem apreensiva pelo resultado do exame, graças a Deus foi tudo muito rápido. Já no final da tarde já tínhamos nos organizado, a Camila já estava pronta, as coisas arrumadas apenas esperando o medico com a alta e o resultado do exame, e logo ele não tardou em chegar.

- Oi meninas, ansiosas para ir pra casa? – Ele entra brincando com nos duas.

- Ah, com certeza, to entediada nisso aqui, Dr. – Camila dispara já sem paciência, eu apenas dei um sorriso sem graça.

- Imagino minha querida, então vamos lá, o resultado saiu e como já desconfiava sobre a substancia, de fato ela foi detectada em seu sangue em grande quantidade, a substancia era forte e os sintomas mais prováveis seria desmaios, convulsões, delírios, entre outros. E foi exatamente o motivo do seu desmaio no banheiro. – Estávamos assustadas com a noticia e ele continuou. – Você me notificou que não faz uso de drogas, certo?

- Não Dr, não uso nenhum tipo de drogas e nem faço uso de medicamentos. – Camila falava exaltada.

- Tudo bem minha querida, mas, por esses tempos tinha andado em baladas, locais onde seu copo ficaria vulnerável?

- Não Dr, não ando em baladas e os barzinhos que freqüento a minha bebida não fica a disposição de outras pessoas.

- Certo, também pela quantidade eu descartaria essa hipótese, pois parecia substancias corriqueiras, onde você esta ingerindo sempre.

O medico continuou a explicar sobre a substancia e a cada momento eu via a Camila mais pensativa, provavelmente tentando puxar da memória o que poderia ter sido isso, ele deu algumas recomendações, por causa da cirurgia passou muitas recomendações e alguns remédios e deu alta para ela, saindo do quarto e se despedindo, continuamos em silencio pegando as coisas e nos preparando para irmos para a casa.

- Baby, você esta bem? Se quiser conversa estou aqui. – Tentei quebrar o clima do silencio.

- Sim, estou bem, mas tentando juntar as peças, ta muito estranho esse resultado.

- Você pode imaginar o que seja?

- Alicia, na crise que Gustavo teve dias atrás a medica me perguntou se as medicações dele estavam sendo feita corretamente. – Ela me olhava fixamente.

- Sério? E porque não tinha me dito nada sobre?

- Não sei, só sei que tem algo estranho em tudo isso que esta acontecendo ultimamente nas nossas vidas, e eu já posso desconfiar de quem seja.

- Como assim Camila? – A indaguei preocupada.

- Não quero falar disso agora, podemos ir?

- Como assim não quer falar, se trata da minha vida também, você esta me deixando preocupada. – Falei bem irritada com ela por esta me isentando de algo que desrespeito a mim também.

- Fique tranqüila, deixa eu colocar os pontos nos i que te explico tudo.

Ela não me deu a chance de dizer mais nada, e assim saímos do hospital a caminho de casa.

Fim do capítulo