XXII. Rebelião
XXII. Rebelião
- Amor, já tem quanto tempo que você luta?
- Anos, bem antes de entrar para polícia, ainda na época da escola meus pais me colocaram no balé, eu cabulava, para ir no judô com meu irmão. Eles tentaram também dança moderna, sem muito sucesso, fui por poucos meses, só por ter desenvolvido uma paixão platônica pela professora, que com toda a sua beleza e talento, chamava a atenção de todos quando dançava, certo dia todo encantamento se quebrou, na hora de ir embora quando acabei vendo ela beijando seu esposo. Foi na adolescência que conheci o MMA e gosto tanto que pratico até hoje.
- Mentira que você se apaixonou pela professora.
- E nem foi a única, meu fraco são as mulheres inteligentes, por isso, tenho que casar contigo, você é a minha perdição, inteligente, bonita, simpática e gostosa.
- E você toda galanteadora e o MMA já te ajudou muito na sua profissão?
- Bastante, assim como defesa pessoal, ter um bom condicionamento físico na minha área é fundamental, gera até mais segurança, por isso, procuro sempre me manter atualizada e recomendo o mesmo para os meus colegas.
- Certíssima.
- Preparada para conhecer seus sogros?
- Não, mas, vai dar tudo certo.
- Vai sim, prometo que eles serão gentis contigo.
- Nós vamos sair daqui que horas amanhã?
- Pode ser por volta das onze, eles disseram que vão preparar churrasco para o almoço. Vamos levar o Nick?
- Não, ele ainda não aprendeu a fazer sujeira no local certo, se ele resolve sujar o tapete da tua mãe, morro de vergonha. Melhor ele ficar, para evitar constrangimentos.
- Numa próxima levamos ele conosco então.
- Agora vamos tomar uma boa ducha e fazer nosso skincare?
- Vamos, gostei dessa nova linha de cremes que você comprou.
- Sentiu a diferença na pele?
- Sim, menos oleosa e até mais macia.
Após o banho, as duas realizaram os cuidados com suas cútis, em seguida preparam o jantar e antes de dormir assistiram dois episódios da série que estão acompanhando.
O domingo em Botucatu foi mais agradável do que elas imaginavam, Ohana foi muito bem recebida e seus sogros fizeram questão de demonstrar que já a consideram como membro da família, passaram a tarde toda por lá e prometeram em breve retornar.
A semana delas iniciou tranquila, já acostumadas com a nova rotina, fazendo questão de dormir sempre juntas, intercalando entre as casas e totalmente ambientadas.
No finalzinho da semana, a paz delas voltou a ser abalada.
Aisha, bateu na porta da sala que já estava aberta e Ohana abriu um sorriso lindo, não fazia ideia de toda a problemática que estava por vir.
- Boa tarde! Vou adorar ter a tua companhia no almoço (afirmou levantando da sua cadeira e depositando um selinho nos lábios da namorada).
A loira retribui o beijo e deu um abraço apertado nela, não queria a soltar mais, pois, assim teria a certeza que nada de ruim lhe aconteceria. Tudo que mais queria era proteger sua amada. Optou por revelar o real motivo de ter aparecido sem avisar só após o almoço, não tinha se atentado nem mesmo para o horário.
- Anjo, tudo bem?
Desconversou e decidiram almoçar num restaurante próximo do jornal.
- Linda, você está muito calada e ao mesmo tempo alarmada. Quer me dizer algo?
- Conversamos depois de comer, sim?
- Certo, essa berinjela a parmegiana está deliciosa. Prove!
Depois de se alimentarem retornaram para a sala da jornalista e não tinha como adiar mais, respirou fundo e começou a dizer.
- Meu bem, prefiro te dar essa notícia, vai ser ruim de qualquer forma, mas, não queria que você soubesse por terceiros.
- O que foi? Estou começando a ficar preocupada.
- Ainda não temos nenhuma confirmação, temos que aguardar as próximas horas, para ter certeza. No final da manhã teve uma rebelião.
- Gaspar fugiu? (Perguntou trêmula).
- Não sabemos. Já foi dada ordem para invadir o presídio, vamos ter essa informação somente após a contagem, fizeram reféns, mas, ainda nada foi dito sobre fugas.
- Eu não acredito nisso. Quando finalmente conseguimos ficar em paz, retornando a normalidade. Não me conformo. Parece mentira. Que agonia!
Bruno que trabalha na sala ao lado, ouviu quando a amiga começou a chorar e correu ao encontro delas.
- Algum problema? Posso ajudar? (Questionou todo preocupado).
- Entra e feche a porta. O que vou contar ainda não pode ser noticiado, está sendo tratado internamente pela polícia.
Ela relatou tudo que tinha acabado de contar, ofereceu água para a morena, tentando acalmá-la, algo muito difícil, tratando-se de uma pessoa extremamente traumatizada.
- Não vou conseguir me concentrar no trabalho, estou até com dor de cabeça. Bruno por favor, peça para o Luca dar um pulo aqui.
- Claro, já volto.
- Amor, olha por favor, se deixei remédio nessa última gaveta, uma cartela.
Aisha logo encontrou e sentindo a sua cabeça latejar, também tomou um comprimido.
- Ohana, não se preocupe, vá para casa, deixa que a gente segura as pontas, você já deixou tudo adiantado, temos conteúdo suficiente e se precisar de algo pode me ligar.
Luca disse assim que foi informado sobre tudo e na sequência as duas deixaram o jornal. Bruno foi com elas até o carro e combinou de encontra-las a noite, com intuito de tentar ajudar de alguma forma, mesmo sem saber por onde começar. Toda a situação os deixou perdidos, apreensivos e inseguros.
▪♡▪
XXII. I. Nick
Quando chegaram no apartamento, a porta estava aberta e com isso elas tiveram a certeza que ele tinha conseguido fugir, aumentando o desespero. A inspetora raciocinou rápido, mandou mensagem pedindo reforços, mas, a sua intuição dizia que ele já não estava mais ali, sacou a arma, pediu para a morena não desgrudar das suas costas e procurou em cada cômodo. Se atentou ao silêncio e observou alguns itens espalhados.
- Cretino! Teve a audácia de invadir a tua casa, vamos conferir se ele não roubou nada.
- Nick!
Gritou apontando para o cachorrinho, que estava apagado em cima da cama e ao seu lado estava a caixa do remédio que ela usava para dormir.
Fim do capítulo
Olá! Então, por isso, perguntei se todas estavam preparadas para os próximos capítulos, confesso que não estou, mas, estou trabalhando nisso e sobrou até para o cachorrinho, olha o drama minha gente. Acertou, quem apostou que o dilema com o gaspar ainda não tinha acabado. Agora estou na torcida para que a semana seja tranquila, com bastante tempo para escrever e que eu tenha a criatividade como companheira. Beijocas e até logo. May
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Mille
Em: 08/11/2021
Oi dona May
Você está muito ma kkkkk esse crétino devia era ter morrido na rebelião. Só espero que agora ele tenha o fim merecido debaixo de sete palmo de terra.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Olá! Mille é pq eu estava muito boazinha e já estava ficando chato kkk Má...yara em ação hahaha
Beijocas e até breve.
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Marta Andrade dos Santos
Em: 08/11/2021
Aí deveria ter metido a bala na cara do miserável é ida sem retorno.
Resposta do autor:
Marta, neste comentário você narrou o sentimento da Aisha, se ela já tivesse acabado com ele, tudo estaria resolvido e lá vem confusão pela frente. Até breve, beijos e abraços, May.
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Socorro de Souza
Em: 08/11/2021
Poxa, autora com o dog tbm pq!?? Cruel viu aff
Resposta do autor:
Socorro, que situação né
Nossas personagens não conseguem ficar em paz.
May sendo cruella cruel, mexendo com o cachorrinho, que acabou de surgir na história.
Te agradeço por acompanhar e deixar seu comentário. Até breve, beijos e abraços, May.
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