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Fronteiras por millah

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Palavras: 4303
Acessos: 669   |  Postado em: 06/11/2021

Capitulo 24 os novos dias são assustadores

 

Corri junto a Marga pelas ruas ate chegar a um ponto de ônibus e por sorte ser um dos que passava próximo ao morro. Entramos e sentamos juntas em total silencio com as únicas quatro pessoas no fundão. Acho que nossas mentes ainda permaneciam naquele ato feroz, naquela imagem assustadora dele erguendo-se do chão quebrando todas as leis que conhecíamos e que foi capaz de nos fazer congelar de medo. Minha asma tinha vindo com força e nem utilizar minha bombinha direito eu tava conseguindo de tanto que ainda tremia depois de todo o trabalho que tivemos.

--que..droga!—falei chacoalhando a bombinha mas Marga segurou minhas mãos e me ajudou a usar a bombinha.

--só respira direito cacete.—disse ela apertando umas quatro vezes quase me matando de vez.

Ela virou o olhar para a janela e reprimiu toda aquela merd* que estava sentindo e isso durou todo nosso caminho de ônibus ate a parada próxima a entrada do morro. Nada explicava o fato daquele guarda que tinha morrido baleado por Marga ter levantado e nos atacado, e se isto fosse a react na sua forma final teríamos um sério problema em mãos.eu via como Marga olhava ao nosso redor pela rua vigiando como se a qualquer momento fosse vê-lo novamente e isso me deixou paranoica conferindo o mesmo. Foi um choque e tanto, torrei ate minha bombinha no ônibus e Marga continuava calada e sem expressões além da cara fechada.

Quando chegamos ao portão norte Marga respirou aliviada e parando no ponto de vigia ela foi objetiva ao pegar uma garrafa de agua para beber.

--Lina chegou?—perguntou ela em sua calmaria.

--sim o furgão já ta guardado.—respondeu a guarda.

--ótimo. fecha os portões.—disse ela mas a mulher que ouviu seu pedido sequer entendera.

--Elas chegaram sem problemas chefe, sem policia na cola..

--fecha logo essas merd*s!!eu quero todo o morro selado!!pior que um rabo!!ninguém entra e ninguém sai dessa porr* entendeu?!!—Marga explodiu e deixou a mulher branca de medo com a mudança.

--Marga, não pode fazer isso agora.—falei e ela veio com toda sua fúria na minha direção.

--você viu aquela merd*. Você viu!!

--eu sei mas se prender as pessoas aqui muitas não vão gostar!!tem gente que ainda ta chegando do trabalho, não pode simplesmente deixar elas lá fora! A gente precisa pensar com cautela cada passo daqui pra frente. Se meter os pés pelas mãos não vai ter adiantado nada todo esse trabalho.—falei e ela respirou fundo contendo toda aquela raiva para si.

--...quem chegar, você verifica se mora aqui e se não ta mordido.—disse Marga a guarda e ela me olhou confusa não entendendo a dona do morro.

--mordido?—perguntou ela achando ate que Marga havia enlouquecido.

--é porr*,mordido!

--ou se tiver com sinais da react.como a febre e a tosse.—falei ganhando sua atenção.—poderiam também tomar cuidado ao entrar em contato com eles.ao menor sinal de ferimentos ou estranheza é melhor nem se aproximar.—falei e a mulher veio a mim curiosa.

--a doença piorou?—perguntou ela receosa.

--só não deixa ninguém entrar nessa merd* de morro e põe gente pra cuidar dos outros portões. É só isso que precisam saber por hora.—concluiu Marga e ela acenou.

--sim senhora.

--e você não vai contar porr* nenhuma pra sua mãe.—isso soou mais como uma ameaça vindo dela.

--o que eu vou contar? ein? Oi mãe, hoje fui roubar um banco com a Marga e um dos guardas que ela matou voltou a vida e tentou nos matar! Eu nem consigo respirar direito! Dizer isso pra ela é cavar de vez minha cova.

--se o nível de contaminação for igual ao daquele guarda quanto tempo vai levar pra cidade toda ta assim?—aquela pergunta era intrigante mas me fez pensar.

--eu não sei..uma semana ou duas..sem contar que..os doentes que não sobreviveram ao estagio dois ainda permanecem contaminados depois de mortos e talvez..possam também se levantarem..por isso estavam sendo queimados pelo controle de doença eu não sei.

Marga depois daquela duvida preferiu não ouvir mais.

--o que a gente faz agora?—perguntei a ela.

--eu vou pra minha casa. Hoje já deu.

Ela tomou a frente e seguimos para casa. Eu não parava de pensar que se tivéssemos errado apenas uma vez naquela fuga não estaríamos ali. Era a coisa mais louca pra mim.depois de alguns minutos subindo encontramos a nossa espera o resto da equipe na porta da casa de Marga. Lina e as outras já se encontravam impacientes.

--mas que porr* foi aquela Marga??o cara acordou dos mortos??—Lina nos recebeu preocupada.

--era um zumbi?

--zumbi não existe dani.—respondeu Milena irritada.

--depois daquilo que eu vi eu já não acho. Credo. A gente tem que rezar por ficar falando do defunto desse jeito.—Dani se benzeu e pelo visto também se arrepiou com a conversa.

--para o meu escritório.—Marga falou e todas seguimos.

Todas entramos e minha mãe já estava de orelha em pé com toda aquela galera passando pela sala.

--onde as senhoritas estavam?—perguntou ela nos vendo passar.

--passeando. Mostrando um pouco mais do negocio de família.—Marga foi irônica o que minha mãe odiava.

--Marga não começa.

--ta tudo bem mãe.

No escritório Marga não parecia muito bem quando sentou em sua cadeira atrás do mesão e me lembrou uma mulher de negócios com aquela cara fechada e o falatório de Lina,Dani e Milena era de enlouquecer todo mundo.

--fala logo Mari,o que aconteceu?—disse Lina e todo mundo olhou pra mim como se eu fosse algum tipo de especialista.

--ele tinha sido mordido por um cara possivelmente também contaminado e no mesmo grau de infecção. Ele precisava tomar um remédio mas acho que não ia adiantar..a react evoluiu muito rápido pela mordida.--falei tentando controlar meu nervosismo.

--eu atirei nele e todas estão de prova. Só que o desgraçado levantou e nem parecia que tinha um buraco no meio das banhas. Ele correu atrás da gente e sorte a nossa aquela policial safada ter aparecido.—Marga ainda não estava satisfeita com o rumo das coisas tendo Alice se intrometido em nosso caminho.

--Alice?—perguntou Lina.

--Ele avançou nela como um bicho pronto para destroçar. —respondi.

--não destroçou??—perguntou Milena curiosa.

Marga e eu trocamos um rápido olhar e acho que o orgulho jamais deixaria ela dizer que salvou Alice porque implorei então ela deixou pronta o semblante desinteressado ao assunto.

--fora a palhaçada que você fez lá Milena, de contestar minhas ordens, você estava certa. Não pode deixar nada te impedir de cumprir a missão. Já Mari,ta com cara de choro ate agora.(rs)

Marga sorriu pra mim e isso para aquelas mulheres era como jogar um pedaço de carne para leoas.

--(rs) eu me lembro!!não mate ele! Não faz isso! Não faz aquilo!(rs)—Lina se acabava de rir me imitando e Milena e Dani também.

--ate que ela foi bem gente para..mas que foi uma franguinha isso ela foi.(rs)—disse Marga para me chatear e isso rendeu mais uma leva de risadas.

Enquanto elas riam e debochavam de mim Marga apenas assistia minha reação e claro que aquele deboche infantil não combinava comigo e era o jeito mais imbecil dela de me avisar que me quer longe dali então resolvi sair com Marga já mudando a pauta e falando de seus fornecedores.

Com toda aquela correria mais uma vez me vi no banho e aquela imagem daquele homem não saia da minha cabeça. As contas que comecei a fazer para responder Marga sobre a contaminação não parava de aparecer na minha cabeça me fazendo escrevê-las com o dedo no vidro do box quando o ar quente subia. Me senti uma louca. Logo a cidade se tornaria um caos se o controle de doenças perdesse.

Me vesti,um short e uma camisa e meu cabelo preso em um coque era o que eu podia fazer para o resto daquela noite e quando desci minha mãe logo me recebeu na cozinha.

--to preparando sua macarronada favorita.com muito molho.—o vermelho sobre o macarrão na panela não me agradou como antes porque sim a idiota tava lembrando daquele merd* morto de novo.

--valeu mãe.to morrendo de fome.—falei sem muito animo.

--o que foi?ta bem tristinha hoje.

--eu to bem.

--sério?

--só alguns problemas com a react..o que não é novidade nenhuma.

--olha,não deixa a Marga te puxar para os problemas dela okay.

--(rs) por que implica tanto com ela? Até eu já to mais ou menos de boa com a Marga.

--porque conheço bem a figurinha.

De repente todas da reunião desceram as escadarias bem animadas, nem parecia que vimos uma prova do inferno na terra.

--eu já to indo.—disse Milena com um sorrisinho no rosto todo debochado pra mim.—quer me acompanhar ate os portões?

--acho que sabe muito bem o caminho.—respondi a ela recebendo o dedo do meio.

--(rs) minha franguinho preferida.(rs) te vejo outro dia.—Lina empurrou Milena para andar e agradeci.--Helena eu to sentindo o cheiro dessa comida boa la de cima.eu posso?—antes que ela chegasse a cozinha Marga a puxou pela camisa.

--nem pensar,eu te paguei pra você poder parar de comer de graça pelo menos nesses dias aqui.

--nunca vi,negando comida a quem precisa!—retrucou ela e eu tinha que me segurar pra não rir dessas brincadeiras dela.

--vai.

--oh pode comer la em casa.eu também sei preparar essas massas bestas italiana.—Dani era um pouco mais velha mas Lina abraçou ela e a ergueu em seu abraço.

--porr* dani eu vou!!tchau otarias.

Lina acompanhou Dani e Milena ate a saída e Marga se juntou a gente na bancada da cozinha.

--to morrendo de fome.—Marga falou e era impressionante, parecia que não tinha acontecido nada.

Jantamos com minha mãe e ela atualizando todo um dia pra gente era o entretenimento perfeito mas eu ainda brincava com as almondegas e o molho vermelho no prato. Odiava esconder as coisas da minha mãe e aquele momento estava me matando. Vimos um homem morto se erguer e nos atacar isso no mínimo deveria ser posto a mesa, mas Marga estava me encarando como se lesse meus pensamentos e repudiava a ideia de abrir a boca para falar um “a” daquela historia. O que me deixava indignada e me frustrava.

Depois minha mãe fez questão da gente assistir um filme na tv e estávamos indo bem no silencio daquele resto de noite ate que a entrada surpresa do jornal trazia mais uma noticia da doença.

O filme cortou para a cara da jornalista bem preocupada e seus papeis.

--estamos sendo informados que subiu o índice de agressões e atentados pela cidade devido o caos da nova doença React.videos estão chegando todos os dias e sem muita explicação. Pessoas contaminadas estão se tornando violentas e muitos acreditam que devido ao serviço de postos e hospitais públicos que estão incapacitados de receberem novos pacientes por causa da lotação. De acordo com o controle de doenças nacional, é recomendado que todos que podem trabalhar em home office devem permanecer em casa e em segurança, serviços básicos continuaram funcionando normalmente como postos de gasolinas e supermercados sendo altamente protegidos, para aqueles que tem que sair recomendam a máxima cautela e cuidado. Agora exibiremos alguns destes ataques e ao telespectador sensível recomendamos que..não assista.—a jornalista estava tensa e só de pensar que veríamos aquilo de novo gelei na hora.

Marga e eu trocamos um olhar preocupado. Minha mãe já se ajeitava no sofá e sua curiosidade estava me sufocando. Logo o vídeo foi exibido.

Era uma câmera de uma residência que filmou o exato momento que um homem perambulava pela rua tentando entrar nas casas, agarrando os portões em seu desespero. Logo uma dupla de mulheres que vinha conversando foi surpreendida por ele as atacando. Ver aquilo me encheu de arrepios. Ele a mordia enquanto a outra mulher correu por sua vida.

--mas que merd* é essa?!?vocês viram isso?!?!—minha mãe ficou chocada vendo aquele ataque e quando eles trocaram o vídeo para outro ataque eu tive que olhar para Marga porque eu não conseguia mais olhar aquela droga de sangue e violência e sorte a nossa que o vídeo não tinha som porque aqueles grunhidos que o guarda fazia ficaram grudados na minha cabeça e era o que mais me aterrorizou.

Aquilo que queríamos esconder da minha mãe estava ali explicito na TV. Não podíamos fazer nada. Marga me olhava irritada e eu nem sequer conseguia responder minha mãe. Meu corpo travou pra falar a verdade.

--por que estão tão caladas??—perguntou minha mãe não ligando para o outro vídeo de mais um ataque.—sabiam disso??

--tô vendo isso hoje.—respondeu Marga se ajeitando melhor no sofá e pior que ela não estava mentindo.

 --Mari, sei que não vai mentir pra mim. O que ta acontecendo?

--é verdade mãe..a gente descobriu isso hoje.

--no posto??

--não!—respondeu Marga com os olhos fulminantes sobre mim.

--então como?—eu odiava aquela pressão mas eu a entendia, nunca deixávamos de contar algo uma pra outra e Marga viu o quanto ela era insistente.

--tenho informantes fora da cidade e..eles me disseram que o controle de doença estava..exterminando as pessoas doentes que tentavam sair do pais.—disse Marga voltando sua atenção a tv.

--o que??eu não vi isso em lugar nenhum, não começa me enrolar Marga.

Marga se calou e suspirando puxou da primeira gaveta da mesinha ao lado do sofá um cigarro da cartela e o acendeu.

--na hora achei loucura o motivo de estarem sequestrando doentes e esses vídeos estão deixando todo mundo paranoico demais. Ta mais que na cara que o motivo é esse..

--(rs) pelo visto sempre vou ser a ultima a saber das coisas aqui né.—minha mãe lançou um olhar a mim e a ela.

--eu fechei os portões, essas porr*s não vão entrar aqui.—disse Marga.

--você o que?!

--por que ta brigando comigo? é o certo! Se preocupa com ela ali ó, porque o posto ta lotado.

--o controle de doenças recomenda que famílias que possuem contaminados no estagio dois devem isolar seus parentes e chamar o controle de doenças para encaminha-los ao hospital mais próximo com os primeiros sintomas de tosse com sangue.ao menor sinal de violência ou estranheza devem evitar o máximo o contato e ligar para os números abaixo recomendados.—a mulher na tv parecia certa de suas palavras e pelo menos disso estávamos de acordo.

--o que isso significa?—perguntou Marga a mim e ela estava curiosa.

--...que tem mais do que a gente imagina.—falei e pela primeira vez, acho que assustei Marga.

Eu não queria mais falar sobre aquilo.

Eu não queria ver minha mãe chocada olhando para aquela televisão e enchendo Marga de perguntas que nem a gente sabia direito responder por isso me levantei e subi as escadas quase correndo porque sabia que se ficasse mais um segundo naquela sala elas iam me ver desabar e eu desabei quando cheguei no corredor dos quartos. Era mais uma crise em meio ao meu choro. Tudo que passamos essa noite era uma visão do inferno. Algo que me fazia tremer e querer que tudo não passasse de um pesadelo. O vazio que a falta de ar me fazia não era nada comparado ao medo que eu tava sentindo. Amanha eu voltaria ao posto e eu não parava de pensar que abriria a primeira porta e encontraria aquela visão novamente. Uma espécie de zumbi poderoso pronto para me devorar.

A bombinha no bolso do meu short era minha salvação mas aquela crise me tirava tudo. Meu ar, minha audição e toda minha coragem ao pensar que era aquilo que eu tinha que enfrentar. Agitei a bombinha e tomei mas não funcionou e o desespero logo veio, tive que ser rápida para tomar mais uma vez e com isso nem vi Marga se aproximando, só senti o tapa leve no meu braço.

--para com essa merd*! Que coisa irritante! Se controla!—disse ela baixinho e bem irritada.

--o posto ta cheio daquelas coisas e amanha eu vou ter que ir pra lá. Eu não sei se consigo ficar mais lá depois do que eu vi.

--hey, coisas não, nossa gente. Eles precisam de você e ate o momento que eles não te atacarem eles ainda são pessoas doentes! Aquelas porr*s que a gente viu, aquele cara, ele tava mordido. Lembra disso. A contaminação evoluiu mais uma vez, mas você não pode ficar com medo. A cidade deve ta cheia desses escrotos escondidos por ai então para de chilique.eu vou ter que contar tudo pra sua mãe.—ela falou aquilo tão calma nem parecia que eu tava surtando.

--eu to tendo uma crise por causa disso sua filha da puta!—essas palavras quase não saíram da minha boca.eu tava surtando por causa dela evitando a porr* do assunto e agora essa.-- Você disse que..não ia contar!!

--a situação mudou. Vou precisar dela nos portões. As minas vão precisar de organização para lidar com eles.

--(rs) você é inacreditável.

--pelo menos estou informando antes dela subir aqui furiosa contigo então se quiser me ajudar nessa e livrar sua carinha colabora.

--e falar o que? Que te ajudei a roubar um banco!?

--tem gente que nem o próprio demônio na rua comendo pessoas e você acha que ela vai ligar pra essa simples parte do plano?

--(rs) ela vai. Ela vai!—chacoalhei minha bombinha, mas Marga tomou da minha mão e a jogou longe pelo corredor. Aquilo era desesperador, mas ela segurou meu rosto e me forçou olhar bem para ela. Juro que mesmo naquele meu surto sem ar,focar no olhar dela foi algo que me deu uma certa calma.

 Ela era sempre tão concentrada e sabia o quanto era destrutivo deixar suas emoções no controle assim como eu estava me sufocando nos meus mas ter ela no controle mais uma vez daquela crise me deu uma certeza de que logo passaria como da ultima vez.

--respira fundo e devagar.—disse ela com os olhos focados na minha boca me vendo tentar sugar todo o ar que podia para dentro dos meus pulmões enquanto eu me agarrava aos seus pulsos presa aquele fio de esperança que estava tudo bem, que isso ia passar.—a gente precisa contar pra sua mãe..

--...contar o que pra mim??—Marga e eu viramos nossos olhares ao súbito aparecimento dela no corredor e sua cara ao nosso momento era assustadora.

Depois de me ajudar com a crise minha mãe me colocou do ladinho da Marga no sofá e em pé na nossa frente ela andava de um lado a outro enquanto eu terminava meu copo d’água.

--terminou??—perguntou ela macabra parando seus passos e com isso coloquei meu copo de lado.—eu quero saber exatamente a merd* que fizeram para que da noite para o dia aparecessem de segredinhos. Que amizade foi essa que perdi??do nada??Marga e Mari, pensei ate que se odiassem..

--você viu bem o que ta atormentando a cidade e com certeza é um problema de todos por isso acho justo perguntar. Precisávamos de dinheiro, quatro milhões foi o que conseguimos no banco nova fronteira. Ela foi de intrometida.—disse Marga e eu estava desacreditada. Fui jogada as labaredas.

--intrometida?(rs) eu fui porque você levou Milena o que foi de uma irresponsabilidade terrível! Ainda mais nas condições atuais em que a mãe dela sumiu e o pai morreu de react.—respondi duramente.

--não acredito que levou essas meninas para um roubo de banco!!—minha mãe estava começando a ficar puta com Marga e pelo visto ela era a única que ela realmente temia.

--isso é o de menos, a gente teve a chance de ver esses contaminados de perto, bem perto e posso dizer que foi interessante e instrutivo. O guarda tinha sido mordido e eu tive que atirar nele. Ele tava acabado com aquela tosse só ia nos contaminar mas as surpresas que a gente encontra nessa vida são tão incríveis.—Marga tava toda sarcástica do meu lado.

--que merd* ta falando?—perguntou minha mãe irritada com o sorrisinho da Marga.

--ele levantou mãe, como se não tivesse levado um tiro e morrido! Ele estava furioso e gritava atrás da gente. Nem parecia que ele já foi uma pessoa porque ali não existia vestígio de nada.ele só queria nos atacar. Tinha força e rapidez. Foi quando Alice apareceu quando saímos e Marga e eu tivemos que..soltar aquela fera para fugir.—falei e minha mãe estava pasma com a historia.

--pula para o mais importante.—pediu Marga.

--o que?

--não vou permitir que esses zumbis cheguem aqui. Tenho fornecedores e o dinheiro vai ser usado para comprar mantimentos e mais armas.—aquilo foi uma surpresa pra mim e pra minha mãe.

--e quanto ao controle de doenças??a policia??eles virão atrás de vocês!

--meu amor,pela rapidez da coisa já deve ter centenas pela cidade sem contar os doentes que lidamos aqui e os doentes que entopem os hospitais por lá. Eles tem problemas maiores e não vão se preocupar com o morro. Alice deve ta tendo uma síncope, (rs) foram tantas emoções ate agora e se duvidar ta cagando para o roubo. A gente tem que se proteger. Pensar na gente. Por isso que o primeiro passo são os portões fechados.—Marga parecia confiante mas era questão de tempo para aparecer problemas.

--Isso vai virar um barril de pólvora amanha cedo!—falei.

--acha que as pessoas vão querer sair depois do jornal de hoje?—perguntou Marga bem tranquila.

--elas precisam de dinheiro é claro que vão tentar a sorte.—disse minha mãe impaciente.

--se eles quiserem continuar aqui no meu morro vão ter que aceitar que ninguém vai sair!

--(rs) que ótimo dona Marga, vai sustentar todo o morro ate quando??Não pode simplesmente prender todo mundo aqui e esperar tudo passar!—minha mãe estava certa. Mesmo sendo uma solução que daria resultados não poderíamos manter esta prisão por muito tempo.

--sabe por que eu to contando tudo isso??por que preciso de você Helena.—Marga olhou bem para minha mãe e eu podia sentir toda sua energia investida para convence-la do que ela queria.

--(rs) ah não.não vem com essa.—minha mãe ate sentou na mesinha do centro na nossa frente.

--você melhor do que ninguém sabe como organizar as mulheres desse morro.

--não Marga..

--colocar as melhores para proteger os portões, bem posicionadas sob suas ordens.

--esta de acordo com isso Mari? Com essa insanidade?—eu tava caladinha e minha mãe pedindo minha opinião é porque a coisa tava feia. Ela sabia que não tinha chances sob pressão.

--..não tem como você entender...não ate ver de perto.—falei e ela balançou a cabeça a pensar.

--eu to toda cagada com esses vídeos. Acha que quero ver eles de perto?!

--sei que esta cansada de ficar parada e não fazer nada dentro dessa casa.—ela olhou para Marga e realmente minha mãe parecia mofina sem fazer nada.

--por que eu quero trabalhar!—retrucou ela a Marga porem Marga se ergueu do sofá e sua postura intimidadora sempre nos deixava atenta a cada movimento.

--você quer nos ajudar. Soube disso desde a invasão. Poderia ter simplesmente descido o morro e buscado Mari como uma mãe que teme pela filha mas não só salvou ela como me salvou.—minha mãe não tinha o que dizer e claro os olhos de Marga podiam convencer quem fosse do que ela queria.

--eu não quero que se machuque e se não quiser tudo bem mãe..

--eu não gostei do que fez. Mesmo sendo por uma boa causa eu não gostei..—dissera ela pensativa e tive que olhar para Marga.eu tinha dito. Minha mãe era uma mãezona super protetora e no dia que ela não ligasse para um roubo de banco é porque estava doente. Por isso ela veio ate mim.—por você..eu faço.

Marga se animou enquanto ela me abraçava, o que queria dizer que um fino sorriso tinha aparecido em seu rosto. Era tudo que ela queria, ver minha mãe na ativa e com uma arma na mão.

--amanha eu começo. —disse ela ao se levantar.

--legal. Agora se me dão licença.

Marga subiu as escadarias e minha mãe assistiu ela sumir para voltar sua atenção a mim.

--(rs) zumbis..por um momento eu pensei outra coisa.—disse minha mãe me enchendo de curiosidade.

--o que?

--pensei que iam me contar que estavam de caso.(rs) então zumbis foi bem fácil de aceitar.

Minha mãe riu e nem sabia o quanto me deixou travada de vergonha com isso.um gay panic fodido. Ela não tinha nos encontrado em um bom momento, talvez nossa proximidade a fez entender algo entre nós, mas o que eu podia fazer? Marga me fazia travar sempre que se aproximava demais ainda mais em uma crise. Enfim, rir foi o que me escapou dessa conversa e fugir para o meu quarto foi uma opção.

--vê se vai dormir e não estudar.

--claro mãe.

Já na minha porta ouvi a voz de Marga vinda do quarto dela fugindo pela brecha da porta mal encostada. Ela estava rezando sentada na beirada da cama e de cabeça baixa falava em espanhol e outra língua enrolada mas que com sua voz grave me fez parar e tentar adivinhar toda aquela mistura de culturas que fazia. Eu era boa em espanhol e entendi perfeitamente ela pedindo proteção e forças para as ações que faria daqui pra frente, e foi bem clara quando disse que teve medo pela primeira vez em anos por minha causa. Sua voz ate falhou e a demora a continuar a falar se perdeu em seu silencio. O que eu causava a ela eu não entendia, mas foi uma surpresa boa.

 Logo no finalzinho do dia ouvir este momento vindo dela me animou. Depois de todo o caos que vivemos saber que ela se preocupou comigo pôs um fim na minha visão de que ela não se importava com nada além de seus interesses. Além do mais ela ajudou Alice quando pedi e se já achava isso impossível saber agora que sou algo que causa tanto medo a ela para ouvir ela em oração desabafar me abriu os olhos e para mim ninguém procura deus pra dizer isso a toa. Eu não era apenas mais uma conhecida, me senti sua amiga. Eu só esperava que deus dividisse essa força dela comigo.

Fim do capítulo

Notas finais:

Gente me digam ai,vocês estão gostando da historia??quero muito saber a opinião de vocês. amo todo mundo e ate a proxima!!~~<3


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Comentários para 24 - Capitulo 24 os novos dias são assustadores:
Lea
Lea

Em: 21/05/2022

Como pensei,a Helena já percebeu o interesse da Mari pela Marga,de qualquer forma a Helena abriu espaço para Marga ver a Mari de outra forma. Por enquanto é se preocupar com suas próprias vidas e ajudar os moradores do morro. 

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 07/11/2021

Zumbi credo e agora, salvar Alice foi foda.

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