Era lindo ver Mirian interagir com nosso filhos, ela os amava assim como eu e os demais.

Chegando á praia, agradeci mentalmente por estar calma e vazia, pois os pequenos poderiam correr sem nos preocuparmos pois dava para os acompanhar.  

Arrumamos o nosso cantinho e ao terminar me deitei para tomar um pouco de sol. Os demais foram para a água ficando somente eu dona Renata e os gêmeos debaixo do sombreiro.

- Ai minha filha, ótima escolha em virmos a praia viu, nunca vi tanto homem gotoso junto, Jesus!  - diz dona Renata baixando o óculos para ver os homens que passavam à sua frente.

- São lindos mesmo. Porque não vai dar um volta para dar uns beijinhos? Eu fico com os gêmeos. E aproveita que a Mirian está na água.  - minha sogra arranca sua saída de praia exibindo seu corpo bem cuidado.

- Eu vou mesmo, porquê a Mirian enche o saco que eu não tenho com o ciúmes dela. Tchau minha filha.  - diz dona Renata seguindo atrás dos rapazes sarados que chamaram sua atenção.

Me despeço da mais velha e volto a me deitar novamente, ficando por um tempo curtindo a brisa, até ver minha esposa voltar com as crianças.

- Mamãe a água está ótima.  - diz Maria sentando ao lado da mãe.
- Vedade mamãe tá boa só exagelaram no sal.  - diz Biel ainda nos braços de Mirian que riu do filho.

- Mas Gabriel a água do mar é salgada. Você não sentiu da outra vez que veio?  - pergunto ao pequeno enquanto olho a ruiva que sorria lindamente.

- Mas eu não engoli mamãe, e dessa vez ela me pego de boca abeta.  - diz Biel sorrindo.

- Menino você não tem jeito em!   - coloco o pequeno no chão ainda rindo.

- Vai se refresca Bia eu olho os gêmeos.  - vejo Beatriz assentir e logo retirar sua saída me deixando hipnotizada novamente.

- Querem vir com a mamãe ?  - pergunto aos dois sentados junto a Mirian.

- Vamos sim, mas você tem que ir com a boia agora Gabriel.  - diz Maria pegando a boia para o irmão.

O mais novo não reclamou, e deixou sua irmã colocar a boia em seus braços e pernas. A amizade e cuidado entre os dois é linda, eles nunca brigavam, ouvia somente discussões de filmes que as vezes um discordava, mas, com uma conversa os dois sempre entravam em acordo. Meus filhos são perfeitos! 

Já devidamente protegido, vejo ambos pegarem nas mãos de Bia e seguirem em direção ao mar, porém, nesse caminho dei por falta de Mainha, onde será que ela estava?  

Olhei para os lados levantei andei um pouco, não tão longe, mas ainda olhando gêmeos, e por um momento achei ter visto uma mulher parecida com a minha mãe, mas não poderia ser ela, porque a mulher estava pendurada no pescoço de um salva vidas no maior amasso. Mas como alegria de pobre dura pouco...

Ambos resolveram sessar o beijo e foi ai que eu quase caio na areia quente. Vocês acreditam que era Mainha que estava no maior grude com o salva vidas? Eu voltei para a minha cadeira vendo João se aproximar.

- Que cara é essa Mirian?  - pergunta o moreno se jogando ao lado da amiga.

- Tu acredita que Mainha tá ali agarrada com salva vidas?!!  - olho com desespero para João que levou a mão ao peito fazendo o leve "O" com a boca.

- Mentira viada?!!! Eu amo a dana Renata!   - diz João rindo e procurando a mais velha.

- Para João, ela é nossa mãe! Não é pra ninguém fica agarrando!  - falo brava ainda vendo João procura Mainha.

- Larga de ser besta Mirian! A sua mãe merece fuder assim como nós meu amor, então larga de besteira. Mas cadê ela?   - pergunta o moreno ainda sem ver a senhora.

- Tá ali ó...  - aponto para o local onde Mainha já estava se pegando de novo.

- Mulher que gato! Daqui da pra ver os braço do homem, Jesus! Ela vai ter que me contar tudo.  - diz o moreno ainda olhando a tia. 

- Eu não quero saber de nada. Mas disfarça que Beatriz esta chegando com as crianças.  - do um tapa no braço do moreno que se deitou ao meu lado na cadeira, mesmo sem espaço.

- Mainha eu tô paxonado... - dispara Biel ainda segurando a mão da Bia.

- Ai que lindinho!!  - um João alegre bate palminhas enquanto Beatriz sorria.

- Ai meus Deus, só me faltava essa! Você esta apaixonado por quem pequeno?  - falo rindo ainda sem acreditar que aquele mine homem estava me falando.

- Ela e linda Mainha, só tá um poco vermea por causa do sol. Mas é a cor do amor...  - continua Biel com cara de apaixonado.

- E cadê ela meu lindo ?  - pergunto ao pegar o pequeno o pondo sentado em meu colo.

- Ela tá ali!  - Gabriel aponta para a familia reunida mais á frente, onde tinha uma menininha linda aparentemente da mesma idade do pequeno.

- E você já foi fala com ela ? - pergunto ao apaixonado que me olha com espanto.

- Não mamãe o pai dela é enome. Maior que tio Jao.  - diz o menino ainda olhando para a sua paixão.

Assim como eu, Beatriz, João e até a Maria não conseguimos conter o riso.

- Mas ela não é o amor da sua vida ?  - pergunto séria para o meu filho que mostrava o cenho um pouco franzido.

- Eu sei Mainha, mas a senhola viu o tamanho do papai dela ? Acho que to novo ainda plá me apaixona.  - diz o menino descendo do colo da morena.

- Para a paixão não tem idade, apesar de você ser muito novo para saber o que é amor. Mas é sempre bom curtirmos nossa infância sem preocupações.  - bagunço os cachos do pequeno apaixonado.

- Entende Mainha, mas se meu colação acelelo é porquê tô apaixonado.  - fiz o pequeno com firmeza.

- Então esta bem pequeno apaixonado. Vocês estão com fome?  - pergunto olhando para todos que logo confirmar.

- Vamos para o Quiosque amor, lá posso alimentar os gêmeos com calma também.  - olho para a  morena que logo confirma. 

Seguimos para o local que também não estava cheio, e já próximos as mesas o Gabriel saiu correndo gritando um nome conhecido por mim.

- Plofessola Lebeca!!! - diz o menino abraçando a professora.

Quando o Gabriel saiu correndo olhei para Mirian que logo iria correr atrás dele, porem parou ao ver quem ele abraçava. Não sabia de quem se tratava, mas para meu filho ir abraça-la poderia deduzir que era tal professora. 

Logo quando vi Gabriel se agarrar a Rebeca, meu coração deu um leve disparo e olhei em direção a Beatriz que não me olhava, e sim encarava a mulher que ainda abraçava nosso filho. 

- Oi Biel que bom te ver aqui. - diz Rebeca se erguendo já com o menino no colo, admirando a bela morena se aproximar.

- Gabriel já falei que não pode sair correndo dessa forma, é perigoso!!  - estendo meus braços pegando o pequeno sapeca que me fitou um pouco arrependido, e já em meu colo escondeu seu rosto na curva do meu pescoço.

- Diculpa mamãe, eu quelia falar com a plofessola.  - diz o menino ainda agarrado ao pescoço da mãe.

- Era só falar que iramos vir. Só não faz isso de novo tá bom ? Se não ficara de castigo.  - abraço meu filho que confirma com um leve aceno.

Depois desse tempo com o pequeno me lembro da professora que ainda estava parada a nossa frente me olhando estranho de novo.

- Desculpa por isso Rebeca. - falo para a mulher que sorri de forma leve.

- Não precisa se desculpar, são crianças, a maioria dos seus atos são sem maldade e sem preocupação, o mais importante é que ele entendeu e se desculpou.  - completa a professora ainda sorrindo.

- Obrigado, mas agora preciso ir minha familia me espera.  - falo sorrindo ainda com o garoto agarrado a meu pescoço.

Iria me despedir da mulher com um aperto de mãos, mas para minha surpresa e susto. Ela me abraçou junto ao meu filho finalizando com um beijo molhado em minha bochecha.

Eu não consegui esboçar nenhuma reação, na minha cabeça só passava a seguinte frese " fudeu Beatriz está vendo! Será que fico bonita de preto ? "

A professora se distanciou e seguiu um caminho que eu nem sabia pra onde dava, a minha preocupação maior era voltar e olhar para Beatriz, que com certeza, iria arrancar alguma parte do meu corpo mesmo sem a minha vontade.

E tomando coragem, me virei ainda com meu filho no colo seguindo em direção a mesa sem olhar para a ruiva. E chegando, não foi a mulher que me questionou e sim meu amigo.

- Quem era aquela pendurada em teu pescoço Mirian ? - pergunta João com deboche. 

Ô vontade que me deu de bater naquele viado, mas me contive em responder.

- É a professora do Gabriel...  - respondo colocando o pequeno em sua cadeira onde logo engatou em uma conversa com sua irmã.

- Aquela que falou que você é bonita?  - continua João me encarando de braços cruzados.

- É João. Já fizeram os pedidos Bia ?  - ao responder meu amigo tomo coragem para encarar a ruiva que se concentrava em amamentar os gêmeos.

- Não, estávamos esperando você.  - eu estava com raiva. Mas não daria o gostinho da minha raiva ali para a morena, pois em casa que ela iria me explicar direitinho aquele beijo independente de onde foi. 

Olhei para a ruiva que não me encara, e escutei um riso baixo de João e ao olhar para o moreno pude ler em seus lábios a minha sentença.

- Se fudeu...  - falou rindo de forma contida e logo voltando falsamente sua atenção ao cardápio.

Posso dizer que estou com medo? Creio que sim né ? Mas como a ruiva não reclamou apesar de achar estranho, decidir deixar os acontecimentos de lado e logo fazer nossos pedidos. E ainda aguardando a chegada da comida a minha digníssima mãe aparece com um sorriso tão grande que não soube como coube em seu rosto.

- Oi meus amores!!  - dona Renata solta um beijo ar para sua filha e os demais.

- Mulher fiquei sabendo que a senhora estava se divertindo com o salva vidas gato. Me conta ?  - João pega uma cadeira e senta do lado da mais velha que sorria abertamente com a curiosidade do filho.

- Menino nem te conto... Que mão é aquela? Ô pegada gostosa viu. Deus me perdoe, já quero de novo.  - diz dona Renata se abanado com a mão.

- Mainha! Eu to aqui sabia?  - falo brava olhando para minha mãe que fingiu não ouvir.

- Eu vi de longe já achei um gato imagina a senhora que conheceu até a boca.  - diz o moreno rindo junto com a mais velha que se aproximou do seu ouvido para falar baixo.

- Bem que eu queria conhecer mais. Porem infelizmente ele teve que ir trabalhar.  - completa com decepção na voz.

- Pegou o número dele pelo menos ?  - o moreno volta a forma correta na cadeira após ouvir o relato da mais velha.

- Com certeza! Já marcamos de sair.  - diz uma dona Renata sorridente.

- Mas chega disso, vamos comer que estou faminta. Cadê a Diana e o Matheus?  - pergunto me dando conta da falta dos mesmos.

- Ainda estão na praia. A senhora sabe como são aqueles dois. Pode preparar os ouvidos para as reclamações quando chegarem com a pele ardendo de tanto tomar sol.  - respondo a minha sogra ainda sem dirigir meu olhar a morena, que sentia me queimar com os olhos.

- Se eles vierem me reclamar vou bater encima das queimaduras. Já falei mais de mil fezes para eles passarem protetor, mas é mesmo que falar com um pedaço de pau. - completa uma irritada dona Renata que já imaginava o que aconteceria ao voltar.

- Eu nem falo mais, não adianta mesmo. - completo ainda olhando para a ruiva que não me dava atenção.

A comida chegou fazendo todos manterem suas bocas ocupadas da forma mais deliciosa possível. Logo Diana e Mateus voltaram já reclamando do sol, o que rendeu um belo tapa dado por Mainha nas costas de ambos que pararam de reclamar na hora, e se sentaram para comer. Beatriz também se juntou logos após alimentar os gêmeos que se entregaram ao sono novamente.

O restinho do dia foi regado a brincadeiras e mais banho de mar e uma Beatriz que não me dirigia a palavra. 

Nos despedimos daquele mar lindo e voltamos para casa, onde cada um seguiu para seu quarto. Eu levei Maria e Gabriel para o banho e logo os deixando e seguindo para meu quarto encontrando a ruiva dando banho em Renan, e para ajudar, peguei o Caleb o colocando na outra banheira deixando meu pacotinho limpinho e cheirosinho. Terminando, o vesti devidamente e ainda brinquei um pouco com o pequeno porem não demorou a chorar e dormir já que estava de barriguinha cheia. 

Ao pôr o pequeno no berço, voltei ao quarto encontrando uma Beatriz ainda de biquini procurando uma roupa pois iria tomar banho. Não consegui conter meu olhar safado, que vagou pelo corpo gostoso da minha mulher que ou perceber minha presença, se virou me encarando friamente e seguindo para o banheiro batendo a porta com força. Ainda fiquei ali parada, olhando para o nada e imaginando o quão enrascada eu estava, então pequei minha roupa me sentei na cama esperando a ruiva sair, mas como acabou demorando fiquei distraída mexendo no celular até a porta se abrir, e o cheiro que me enlouquecia inundar o quarto.

Eu estava com tanto ódio de Mirian, que não consegui nem olhar direito para a cara dela, mas a forma faminta que ela me encarou e seu olhar em meu corpo me fez fraquejar... Eu estava com saudades, desdo nascimento dos pequenos não tivemos contato intimo a não ser somente beijos e olhe lá. Mas a imagem daquela perua pendurada no pescoço da minha mulher, beijando seu rosto e a morena que não se deu nem o trabalho de se afastar se formou novamente o que me fez entrar no banheiro rápido e batendo com força a porta.

Fiquei tempo suficiente para me acalmar e tirar a maresia do meu corpo. E logo quando sai, a morena estava deita na cama ainda de bermuda e biquíni exibindo aquele abdômen maravilhoso agora mais moldado, porém desviei meu olhar ao perceber que ela também me encarava. Segui para o closet achando que a morena já tinha seguido para o banho, mas para minha surpresa, ela me aguardava agora de pé e braços cruzados. Eu estava somente de lingerie o que atraiu mais ainda o olhar daquela tentação morena.

- Não vai falar comigo Bia ? - pergunto seguindo devagar em direção da ruiva, que mantinha o olhar firmes nos meus.

- Não tenho nada para falar com você Mirian.  - desfaço aquele contato tentador seguindo para a outra parte do quarto já que ela se aproximava em passos lentos.

- Se foi por causa da Rebeca, eu não fiz nada na verdade, fui pega de surpresa. Tanto que eu estava com a mão estendida mas fui surpreendida.  - me justifico de forma calma acompanhando cada passo da ruiva que pegou seu creme e começou a passar de forma lenta na sua coxa grossa.

- Você poderia muito bem ter se distanciado Mirian. Não me importaria se fosse outra pessoa, mas não a professora que até ontem, te chamou de linda na frente dos nossos filhos.  - continuei passando o hidratante em minha perna, mas parei ao sentir o calor da morena em minhas costas mesmo sem me virar. 

- Bia... - falo baixo vendo a ruiva se ergue ao sentir meu corpo já quente colar em suas costas. 

- Já falei que não fiz por mal. Eu estou morrendo de saudades de você. E te ver assim só esta aumentando a minha vontade de te jogar nessa cama e te fuder a noite toda.  - os pêlos da sua nuca se arrepiaram e ela cravou as unhas no meu braço que já rodeava sua cintura de forma rude a trazendo  para meu corpo.

- Para com isso Mirian...  - sentia os seios da morena em minhas costas, seus braços apertarem minha cintura e sua mão ousada apertar um de meus seios.

- Eu não consigo, preciso ter você agora Bia.  - sussurro em seu ouvido deixando uma mordida leve no lóbulo da sua orelha e descer marcando seu pescoço.

Beatriz gem*u baixo me enlouquecendo ainda mais, porém, quando virei a ruiva de frente para mim, ela desfez o contato se distanciando rápido com a respiração pesada.

- Vai tomar banho.  - foi a única coisa que consegui falar. Eu estava tremendo meu corpo ardia, mas não poderia ceder tão fácil, ainda mais pela a cena vista. E para meu alivio a morena mesmo com uma cara de tarada deliciosa atendeu ao meu pedido.

- Esta bem, mas não vou demorar.  - meu coração estava acelerado, estava com sede daquela ruiva e pretendia saciar ela ainda esta noite.

O banho não demorou muito, e como já tinha levado minha roupa para o banheiro, já sai do local vestida encontrando Beatriz deitada e um travesseiro e um lençol estavam arrumados na ponta da cama, estranhei um pouco porém o silêncio foi cortado com as exigências da ruiva, que só disparou com as palavras. 

- Pode pegar o travesseiro e o lençol e ir dormir em outro lugar, hoje comigo você não dorme.  - falo firme tentando não vacilar mesmo vendo a morena de cabelos molhado e top com uma bermuda colada deliciosamente ao seu corpo.

- Mais eu achei que... - não consegui completar, a ruiva me cortou e continuou.

- Pois pensou errado, você não dorme comigo hoje.  - me viro ao lado contrario da morena desligando o interruptor deixando o quarto a meia luz e uma morena de boca aberta.

Eu não soube nem o que responder... A ruiva me deu as costas e foi dormir, e não me restou mas nada a não ser pegar minhas coisas e seguir para o quarto de um dos meus filhos.

Fim do capítulo