Capítulo 20 – O final
A sequência foi assim: Lia finalmente se lembrou de boa parte das conversas daquela fatídica noite de segunda-feira, o dia que Isa foi mandada embora, um dia antes de Isa voltar. O dia do porre, que antecedeu à ressaca, que foi antes de Amélie aparecer, e ir embora, e bem antes de Robertinha entrar para a história também. Quando ainda eram só elas, Lia e Isa, e elas nem eram nada. Só duas colegas de trabalho se conhecendo, bebendo numa noite abafada, uma delas de calcinha pela casa, a outra só de top.
Naquela ocasião, agora usada como start de todos os demais eventos, nenhuma das duas poderia imaginar a grandiosidade dos eventos que cobririam juntas, e o poder de suas ações de investigação. Mas já pareciam sentir que algo estava reservado para elas, ao menos no campo pessoal, porque desde praticamente o primeiro dia uma já estava a fim da outra. Se não era algo que estava “escrito nas estrelas”, certamente estava previsto na Gazeta, porque Lia assim escreveu.
E aí se lembrar foi muito foda porque finalmente permitiu à Lia algum tipo de paz de espírito (uma vez que aquele assunto a atormentava há dias), ela pôde finalmente entender melhor Isa (o porquê de suas ações, a origem dos traumas), e também reestabeleceu uma conexão que estava começando naquele dia do porre, e que logo depois foi interrompida, por uma série de diversos eventos.
De lá até aqui, Tomás rodou e Lia virou editora de um jornal que agora ia fechar. Claro, o dono tinha sido preso, passou até na TV! – repetidas vezes, e mesmo à beira do desemprego Lia sempre sorria com muita satisfação quando via as milhares de reprise sobre o caso (logo virou um dos endereços salvos nos seus “Favoritos”). Era um regozijo!, uma sensação de ter cumprido com o seu dever! E aparecer o nome dela, ao lado do de Isa, como responsável por desvendar o caso, junto com a PF, era só detalhe de um cenário já maravilhoso.
Mas isso aconteceu depois, quando Sérgio já estava na cadeia. Antes, muita água rolou. E tudo partiu das lembranças resgatadas.
Pela manhã, na quinta-feira, ao ouvir Isa conversando com o pai por telefone, Lia finalmente se lembrou das confissões feitas naquela noite. No segundo encontro que tiveram, elas ficaram a madrugada inteira revelando seus segredos mais íntimos, e é claro que nisso saiu um trauma ou outro de infância, uma vergonha qualquer, alguma situação embaraçosa, e até chegar ao fato de Lia ser virgem foi só uma sequência de assuntos.
Foi isso inclusive que impediu Isa de fazer algo naquele encontro. E também porque Lia ria sem parar, precisou ser ajudada na hora de trocar de roupa, quando foi dormir, e aí chorou na beira da cama lembrando do pai. Não tinha clima!
Inicialmente achou que talvez ela própria tenha bloqueado essas lembranças do encontro porque sentia vergonha (de Isa, das coisas que disse) e talvez medo (de Isa também, de se relacionar e até mesmo de fazer sex*). Mas Isa lembrava de tudo, e nunca mencionou uma letra sobre o assunto. Ou os assuntos, porque foram vários.
Ao se lembrar das informações (travestidas de confissões), a infância sofrida de Isa, os traumas que ainda hoje a afetavam, e aos seus breves relacionamentos, e especialmente a confiança que ela sentiu naquela noite para revelar todas essas coisas, Lia se deixou levar pelo impulso – uma das únicas vezes na vida em que agiu assim. A beijou porque a amava. E foi inédito isso. Sentir aquilo.
Isa não retrucou, mas foi o beijo e só. Tinham muito trabalho para fazer e a primeira coisa que Lia fez depois do beijo foi ajeitar os textos de todos os signos para a previsão do horóscopo de sábado. Tinha que fazer algo, e antes de o jornal rodar, para agilizar e potencializar. Pelo menos foi com essa intenção que ela editou todo o conteúdo astral, os dedos trabalhando mais rápido do que nunca.
No fim do dia foi ver Robertinha, a moça do sorriso mais lindo dessa Terra. Foi sem saber ao certo como seria, para talvez até terminar o que nem tinha começado, ou ver se ela teria alguma solução para o seu dilema que era, basicamente, gostar dela e de Isa. E o que Robertinha fez foi arranjar mais coisa para a cabeça de Lia, já tumultuada, ao revelar que ela estava saindo com Isa. Robertinha era a crush que caminhava logo cedo com Isa, elas foram juntas ver alguns casarões abandonados. Inclusive, para fins de conhecimento, foi Robertinha quem mostrou para Isa o brasão pintado nos imóveis.
Sexta era dia de muito trabalho na Gazeta, aquela correria de sempre, Natasha fazendo drama, Luís impaciente, Alexandre sendo lento nas tarefas e Isa querendo ser prestativa (às vezes até atrapalhando um pouco, mesmo com boas intenções). Lia até quis falar com ela sobre Robertinha, mas além do frenesi do fechamento do jornal, estavam às voltas com a investigação e Isa ainda a convenceu a ir com ela na casa reformada no fim do dia (aquela, do endereço do papel), para colocar uma câmera, que ficou escondida de frente para a porta, na entrada da sala. Essas imagens correram o mundo, em especial quando a polícia entrou, e prendeu todo mundo (foi um evento, Passarinhal ficou estarrecida!).
Foi a primeira vez que os jornalistas da Gazeta e dA Folha se uniram em volta de uma mesa de bar, por horas (e riram juntos!), mas como isso não saiu no jornal, depois ninguém da cidade acreditou que tinha acontecido de verdade.
Para essa cena ser possível, Lia se sentiu antes quase uma agente secreta, entrando naquela casa vazia, ajudando Isa a instalar a câmera. Já estava escuro quando invadiram, ela ficou iluminando o ambiente com a lanterna do celular, morrendo de medo de ser flagrada (as mãos ficaram trêmulas e suadas). Antes de sair, ainda ficou pensando que sozinha jamais teria chegado ali. Ou ido até ali.
Ao levá-la embora, Isa revelou que, obviamente sob intenso sigilo, já havia uma operação montada para o dia seguinte; a Polícia Federal estava com o esquema todo montado, pois há meses investigava os envolvidos (e mais alguns que naquela noite não estavam presentes, mas que foram presos também, na sequência).
Foi inclusive com o aval do delegado Mauro que elas foram ao local (e depois Lia soube que já na sexta tinha polícia de olho na movimentação dentro da casa). A câmera também foi o pai de Isa quem providenciou, e foi inevitável não responsabilizar o horóscopo por toda aquela agilidade policial!
No sábado Lia passou o dia ansiosa, roeu todas as unhas, e foi a primeira vez que foi até a casa de Isa, que morava perto da saída de Passarinhal. Passaram o dia juntas, todo o tempo falando da ação de logo mais. Quando almoçaram, a mãe dela passou pela cozinha, mas parecia um fantasma, nem disse nada. Em nenhum momento Lia conseguiu brecha para inserir o assunto Robertinha nas conversas.
Na verdade, Robertinha só surgiu entre as duas à noite, quando Isa chamou Lia para dormir com ela. Porque estava tarde, ela de verdade não parecia ter alguma segunda intenção (não desta vez, ou não de maneira descarada, explícita). Foi nessa hora que, primeiro revelou saber da virgindade de Lia, e depois disse que tinha conhecimento de que Lia estava saindo com Robertinha. Alegou ter sido avisada naquela manhã, e que não falou nada porque estavam às voltas com o caso (nessa hora a polícia ainda não tinha dado a batida). Mas Isa falou de um jeito que deu a entender que sabia que Lia tinha descoberto antes, e também não disse nada, mas não fez caso daquilo.
A conversa foi interrompida porque, agora sim, a polícia chegava ao local, a movimentação na tela do computador chamou a atenção delas, e ficaram quietas, só assistindo – ao vivo e de camarote. No final, o pai da Isa ainda fez um joinha para a câmera.
Todos os participantes da reunião – e, consequentemente, dos esquemas de corrupção em Passarinhal – foram presos com as calças curtas. Ou melhor, abaixadas. Nas imagens que a imprensa divulgou, o prefeito estava sempre só de cueca, junto dos dois vereadores e o presidente da Câmara. Sérgio, quando mostrado, aparecia só de gravata e cueca, além de meias até as canelas.
Patéticos! Melhor final para uma corja machista e falocrática, que se diziam poderosos: atrás das grades (porque nessa história de fantasia tudo é possível!, até a justiça!).
Lia acabou dormindo na casa de Isa. Reconheceu que estava tarde, e ela estava cansadíssima. Além das últimas horas terem sido muito intensas, teve uma semana puxada no jornal – e à toa, porque com aquela batida da Polícia Federal, que envolveu até helicóptero, a capa com o menino dentro do bueiro, traficando, teve validade de mais ou menos 24 horas (se chegou a tanto). No domingo o assunto na cidade era sobre a prisão dos políticos, e a população passou o dia dando f5 nos sites dos dois jornais, que não atualizaram porque os jornalistas estavam bebendo, todos juntos.
Lia nunca tinha estado na casa, muito menos no quarto de Isa, que não tinha decoração; era só a cama e um guarda-roupa, uma televisão na parede e uma mesa no canto, perto de uma poltrona (nada pendurado nas paredes brancas). Ficou sem graça (de estar ali, e dormir ali), mas cedeu. Vivia um momento em que se permitia ousar, e fazer coisas como aquela (no caso, aceitar ao convite de Isa e dormir “de amigas”, na inocência).
E aí dormiu. Na cama de Isa, perfumada como ela, e dormiu profundamente, o verdadeiro sono das justas. Dormiram as duas de conchinha, sim. Encaixaram os corpos e formaram quase um laço (um elo!). Pegaram no sono já perto das 4h, e teriam dormido mais, se não tivessem sido acordadas logo cedo, com alguém falando no quarto.
- Mas vejam só, mas olhem bem – a voz disse, e foi quando Lia despertou, mas ainda um pouco perdida, sem saber direito onde estava – Que cena linda vocês duas aí deitadas juntas, uau!
Lia coçou os olhos e teve que apertar a vista para enxergar (não sabia onde estavam os seus óculos). Reconheceu Robertinha ali na porta, os dreads presos para cima, o sorriso estampando o rosto. Não soube o que pensar, porque estava sonolenta e confusa (estava muito quentinho ali debaixo daquelas cobertas, difícil para raciocinar).
- Oi, sua linda – Isa fala, e Lia percebe, nesse momento, que estavam com as pernas entrelaçadas, deitadas na mesma direção, Isa na frente. A mão de Lia estava aconchegada entre os seios dela, o outro braço passava por debaixo do pescoço e estava até um pouco dormente – Que delícia acordar e já ver tanta beleza! Olha! – Isa abria os braços conforme falava – Você é linda demais, Robertinha! Fico passada! Vem, cabe você aqui. Não cabe, Lia? – ela pergunta, a voz sonolenta, mas a cara de safada. Olhou só por cima do ombro e não esperou resposta – Cabe, Robertinha, vem. Deita aqui com a gente. Que horas são?
- Oito da madrugada – Robertinha responde, deitando na cama, sem pensar duas vezes, de frente para Isa. Ao abraçá-la, a mão chegou em Lia, nas costas, e a puxou para perto, a fazendo pressionar Isa com a parte da frente do corpo – Super cedo, mas você falou que podia.
- Podia – Isa resmunga, e mesmo sem ver, Lia sabia que ela estava sorrindo – É que a gente ficou acordada até bem tarde, prendendo uns caras maus. Né, Lia? – ela pergunta, puxando com o braço a cintura de Lia. Encaixou o quadril no dela e continuou segurando, assim como Robertinha, que ainda a puxava pela camiseta.
- Nossa, mas vocês são muito fodas! – Robertinha fala e dá um beijo em Isa, que deu um gemidinho – Botam os homi no chão! Muito fodas!
- Uhum, na prisão! – Isa complementa, a beijando, dando o gemidinho de novo. Lia viu que Robertinha estava inteira na sua boca, e aquele som que Isa fazia com o fundo da garganta estalava na pontinha do clit*ris, e Lia pressionou mais o corpo contra Isa, aproveitando que Robertinha ainda a puxava. A mão de Isa também ainda estava em sua cintura, segurando por trás, no começo da bunda, e apertava quando ela se pressionava. Isa gem*u, quando Lia beijou seu pescoço.
- Ai, eu gosto desse gemidinho – Lia resmunga, e isso a faz gem*r mais. E também Robertinha. E as duas aceleraram o beijo, talvez por isso, o que fez a respiração mudar (das três). Isa e Robertinha se beijavam, mas as duas a puxavam para a cena até com um certo desespero, e Lia só estava paralisada porque já estava com muito tesão – Vocês programaram isso? – foi tudo o que conseguiu perguntar.
- Não, você escreveu sobre isso? – Isa retorna a pergunta, e se vira de frente para ela. Estava com a cara amassada, de sono, mas um brilho no olhar que Lia jamais tinha visto. Quando seus olhos se encontraram, desceu de propósito para a boca de Lia, antes de beijá-la. Lia sentiu no beijo o gosto de Isa, e o de Robertinha! – Você atraiu a gente, Lia? – Isa insiste, parando de beijá-la só para conseguir terminar a frase.
- Eu... – Lia não consegue responder porque sente o peso do corpo de Robertinha passando por cima delas, e logo se encaixando atrás. De repente, ela ficou no meio das duas – Eu...
- Você tem um cheiro bom aqui – Robertinha diz, cheirando e beijando a nuca de Lia, a fazendo se arrepiar inteira. Até o couro cabeludo.
- É, e aqui também – Isa fala, cheirando o pescoço, as mãos puxando a camiseta para cima, Robertinha puxando a calça para baixo. Sincronizadas – Isso, vamos tirar tudo, vamos cheirar tudo – Isa senta brevemente na cama e tira a camiseta. Com o movimento, o cabelo caiu sobre os seios, mas ela tirou e mostrou para Lia. Se mostrou – A Lia gosta dessa coisa de cheiro, vamos deixar ela cheirar bem a gente.
- Claro, tudo pelo bem desta ciência – Robertinha também estava tirando a blusa, toda a roupa, e quando se deitou, Lia sentiu o calor do seu corpo nu às suas costas, os seios pressionando contra a pele.
- Eu nunca fiz isso – Lia conseguiu dizer, as partes íntimas latejando, já. Estava completamente nua, debaixo das cobertas com duas mulheres lindas e experientes, também desnudas. Sentia os pelos de Isa acariciando sua coxa direita, depois que ela passou a perna por cima, Robertinha a segurando, prendendo Lia numa chave de dois corpos.
- Tudo bem. Vem cá, querida – Robertinha a virou um pouco e começou a beijá-la, e agora Isa lambia sua nuca e mordiscava o seu pescoço, roçando o corpo contra o corpo de Lia – Relaxa – ela diz, e a beija de novo – Isso, é só carinho – numa ação coordenada, as mãos das duas deslizaram pelo corpo de Lia, começando pelos braços, depois as pernas – Só carinho – Robertinha murmura, se roçando também, rebol*ndo. O movimento fez Isa gem*r atrás, e Lia gem*u junto.
- É, além do cheiro, o som, Isa – Robertinha fala, como se as duas estivessem mesmo estudando Lia – E o toque – ela aperta os mamilos de Lia, que gem* de novo – É, o toque também, anota aí depois – lambeu onde tinha apertado, provocando outro tipo de reação.
- Alexa! – Isa disse, de repente, e um aparelho eletrônico fez um bip – Tocar playlist “Surubão musical” – ela continuou, e Lia abriu a boca, surpresa. Começou a tocar Moby e Skylar Grey, The last day. Isa sorriu, antes de jogar o cabelo para o lado – Muito bem, Dj Ale – ela resmungou, antes de beijar Isa, agora com mais vontade, apertando todo o seu corpo, subindo em cima dela para tê-la mais perto. As púbis se tocaram e Lia gem*u com o contato. Era quente!
- Minha playlist – Lia disse, sem querer falar naquilo, mas precisava!
- Sempre ouvi suas músicas – Isa responde, como se aquilo fosse óbvio. Sentou montada em cima dela e assim que se encaixou, a mão de Robertinha e a de Lia tocaram seus seios.
Isa começa a rebol*r lentamente, no ritmo da música, os grelos se encostando, molhados, deslizando. Levantou os braços, e dançou para elas, prendendo as pernas na lateral das pernas de Lia, contraindo a bunda conforme se movimentava, o tronco indo para a frente e para trás na cadência do som, o abdome mostrando quais músculos se envolviam na dança, que era uma verdadeira exibição – Isa parecia muito satisfeita em se exibir. Lia a puxava, a direcionando pela cintura, mostrando como queria que ela se mexesse, em qual direção e ritmo. Robertinha se ajoelhou, meio de quatro, e colocou a boca no seio de Isa, que jogou o corpo um pouco para trás, ainda guiada por Lia, e as três gem*ram por motivos variados.
Lia quis tocar em Robertinha, quando sua boca subiu para beijar Isa, e encontrou o tesão todo definido em torrentes que brotavam e agora pingavam dos pelos encaracolados (o lençol estava molhado). Fez a mulher gem*r com a mão ali, e se sentiu tão poderosa que gozou. Também porque Isa dançou num ritmo muito certinho.
- Saiba que esse foi só o primeiro – Isa se inclina para beijá-la. Continuou sentada ali, mesmo que Lia latejasse, e gozou beijando Robertinha, que se masturbou com a mão de Lia.
Aquele foi um domingo de intensas comemorações. Lia nunca imaginou que sex* poderia desidratar – ela desidratou, e fizeram pausas para comer, porque Robertinha insistiu. Se dependesse de Isa e Lia, nem teriam comido. Comida.
Em dado momento, passou pela cabeça de Lia (muito brevemente porque aquele não era um dia para reflexões) se aquele encontro a três seria graças às manipulações do horóscopo, mas descartou porque ela nunca pediu por aquilo, especificamente. Lia interveio, mas o destino tinha se encarregado com a parte criativa.
Desde o primeiro instante Lia teve uma certeza muito forte de que, se dependesse só do seu poder de criação, tudo teria ficado muito restrito. E aí deu razão para Isa, que dizia que cada pessoa é um universo – e é mesmo. E muitas vezes é justamente essa mistura de mundos que leva nossas vidas para caminhos que sempre estão além dos nossos objetivos, tantas vezes rasos.
Os dela eram não ter nada que abalasse sua vidinha até então pacata. Mirava lá na aposentadoria, quando teria tempo para ficar em casa só cuidando das plantas, fazendo as coisas que gostava, escrevendo. E se dependesse dessas vontades, que a faziam ser muito velha (apesar de ser tão nova, como diria Tiago), Passarinhal ainda estaria amarrada aos retrocessos da corrupção, na mão de poderosos, parecidos com tantos outros que vemos Brasil afora.
No fim, Lia constatou que o poder de mudar sua vida sempre lhe pertenceu, ela só não sabia. Que tinha o poder, que podia mudar. Ela sempre escreveu sua própria vida, muito antes de escrever horóscopos.
Passarinhal entrou no mapa do turismo depois que as histórias da Operação “Nu com a mão no bolso” da Polícia Federal esfriaram (sempre há outra notícia, e depois outra). O país descobriu as belezas naturais da cidade, havia muitas espécies de pássaros raros, o município entrou para várias rotas de turismo ecológico. Os imóveis vazios acabaram virando pensão, ou outro tipo de comércio.
Os jornalistas se organizaram, e reabriram os jornais; era importante ter concorrência, mas não eram mais adversários. Ao contrário, todo ano, no dia da prisão, faziam festa com champanhe.
Lia assumiu a Gazeta e repaginou todos os cadernos, começando com Cultura. Meteu um anúncio no lugar dos horóscopos, que agora vinham num suplemento à parte, com 25 páginas (de previsão e Carta do Leitor, oficialmente chamado de “O Ninho”).
Fim do capítulo
Música do capítulo:
Moby e Skylar Grey, The last day (https://www.youtube.com/watch?v=0Cvzt9crhBs)
Grata, querida leitora, por chegar até aqui! <3
Escreva boas histórias pra sua vida!
#leiacaribu
Comentar este capítulo:
May Poetisa
Em: 06/04/2024
Caribu, que delícia de história. Gostei muito!
Lia é ótima, Isa nem se fale e que surpresa a Robertinha, adorei. Parabéns!
Obrigada por compartilhar conosco o seu talento. Adorei.
Beijos e abraços, May.
[Faça o login para poder comentar]
FlaviaPortela
Em: 25/07/2023
Que delícia essa história!
E que final perfeito! Amei essa cena! (e ela me lembrou de uma coisa que vc disse...e eu deixei passar...brisei)
O difícil de vc é que quando acaba a vontade é de ir além. A cada final, todos os ingredientes para um rico (re)começo, para uma nova história!...
Gratidão, Alce ;)
Resposta do autor:
Olha só quem apareceu por aqui!!
Que bom que gostou da história! Tenho bastante carinho por ela, pela forma como foi escrita, pelo resultado depois... Bom demais!
Não lembro que cena te disse, e que vc deixou passar, mas quero saber rs Por favor, me conta rs
Fico feliz que, ao final, a vontade seja de ir além! Pq sempre que finalizo uma história, já tô pensando em outra, e é importante ter pessoas como vc lendo todas elas (as que passam batido, eu te mostro, como essa rs).
Grata!
Beijos!
FlaviaPortela
Em: 25/07/2023
Sim, de todas as formas, em todas as histórias, a vontade é ir além…
Que bom que me mostrou essa! Continue me apontando os caminhos que eu não esteja vendo, por favor! Na arte e na vida, em muito pouco tempo, vc já fez isso de várias formas e todas elas me nortearam em boas direções. Gratidão!
Vou te contar sobre o que me referi na cena rs
Beijo!
[Faça o login para poder comentar]
jakerj2709
Em: 09/02/2022
Olá !! Que história gostosa de ler!!!
Pena que acabou :( merecia mais uns cap para as nossas meninas,mas enfim já estou com saudades!!! Obrigada mais uma vez por dividir conosco seu trabalho . Parabéns!!!
Resposta do autor:
Menina, e vc já terminou de ler! <3
Imaginei que seria rapidinho, mas não tanto rsrs
Essa é uma história delicinha msm! A ideia era que desse msm essa vontade de ler mais rsrs
Curiosidade: o livro foi escrito em dez dias, tem dez capítulos, cada um tem dez páginas, e todos os parágrafos terminam no final das páginas!
=D
Grata por ter lido, e comentado!
Tem mais história minha aqui no Lettera! Talvez você aprecie tb!
Beijos e até a próxima!
[Faça o login para poder comentar]
Nenete
Em: 27/12/2021
Que pena que acabou, acho que merecia mais uns capítulos, para explicar o trisal. Eu acho que a Lia tinha que ficar somente com a Isa. Mas as duas são loucas, reLmente precisam de terapia. Adorei a história, parabéns!
Resposta do autor:
Hahaha
As duas são loucas e precisam msm de terapia! Quem não precisa?rs
Eu tb acho que cabe mais capítulo, quem sabe um dia esse livro ganha uma continuação...?
Eu gosto da ideia do trisal! Acho que a Lia merecia rs
Que bom que gostou da história! Eu a escrevi em lindos dez dias, e gosto bastante do resultado!
Grata pela leitura e tb pelo seu comentário!
Beijos!
[Faça o login para poder comentar]
NovaAqui
Em: 07/11/2021
Oiê!
Saudades de tu? S2
Menina! Comentar seu romance me fez ganhar um livro: Controle, de Natalia Borges Polesso,
Muito feliz! Uhuuuuuu
Volte sempre, tá?
Abraços
Resposta do autor:
Oi, minha leitora querida! <3
Menina, eu vi que ganhou o livro, até dei "amei" no facebook!rs
Muito legal, fiquei contente por vc!
Depois me fala se é bom! <3
Voltarei sempre, pode deixar! Inclusive estou aqui escrevendo, em breve trago um conto futurista sapatônico! <3
Saudades tb!
Se a inspiração bater antes, escrevo uma crônica, só pra não ficar mto tempo afastada rs
Beijos!
P.S.: não sei se tem instagram, mas se tiver, me segue (a.caribu), pra gente se manter em contato! <3
[Faça o login para poder comentar]
Marta Andrade dos Santos
Em: 06/10/2021
Parabéns! Deixou saudades.
Resposta do autor:
Grata, que bom que gostou!
Eu adorei tb!
Beijos!
[Faça o login para poder comentar]
cris05
Em: 05/10/2021
Que história maravilhosa!
Sucesso com a operação "Nu com a mão no bolso"
Lia assumindo o jornal
Lia feliz no trisal
Passarinhal entrando no mapa do turismo
Eu amei tudo!
Você arrasa demais, caribu! Parabéns!
E tô muito feliz que você tomou a segunda dose. Eu também já tomei a minha.
Beijos!
Resposta do autor:
Que bom que vc gostou! Me dou por satisfeita sabendo disso!
Quero que vc tb receba meu amor sempre que essa história for lida!
Grata pelo apoio nessa jornada (e em outras!). É importante pra mim <3
Tô super feliz de estar vacinada! E coincidiu com o término da história, mto bom!
Será que a Lia mexeu no meu horóscopo?rsrs
Feliz que vc esteja imunizada tb! Agora só falta os poderosos da nossa vida real caírem tb!
Beijos!
[Faça o login para poder comentar]
Raf31a
Em: 05/10/2021
Que capítulo delicioso... mas como assim acabou?!
Não estava preparada para me despedir da história. Acho que ela merecia e cabia mais uns 3 capítulos polomenus.
Obrigada por fugir dos desfechos óbvios e dos enredos repetitivos. Adorei a história. Parabéns.
Resposta do autor:
Rsrs
Foi o programado, 20 capítulos!
E escrevi cada um com exatas dez páginas.
E todas as páginas terminam no fim do parágrafo!rsrs
Que bom que ficou um gostinho de "quero mais". Tb acho que cabia mais história, mas...
Quem sabe algum spin-off um dia...
Ou um volume 2! Seria legal tb rsrs
Por ora, nos despedirmos dessas queridas, com os homi tudo preso e as mina arrasando!
Grata por ter lido, e comentado!
Em breve voltamos com novas histórias!
Beijos!
[Faça o login para poder comentar]
NovaAqui
Em: 05/10/2021
Puxa! Acabou?
Parabéns! Nota mil para você
Amei seu livro! Feliz por ter participado on line!
Feliz pelo trisal!
Feliz pelo carinho entre elas! Por Lia ter tomado as rédeas de sua vida, mesmo achando que foi o horóscopo
Adorei cada capítulo e cada comentário que postamos
Isa! Você foi muito legal! No início não simpatizei com tu não, mas você conseguiu limpar sua barra kkkkkk e tomei simpatia por tu
Parabéns, Caribu! Você foi muito feliz na abordagem do tema trisal! Ainda é um tabu para algumas pessoas. Eu quero que as pessoas sejam feliz. Não me perturbando, seja feliz! €:-)
Volte! E volte logo!
Abraços S2. €;-)
Resposta do autor:
Acabou! Foi uma brisa breve, mas intensa! <3
Estou feliz que esteja feliz, e agradeço pela sua companhia ao longo da história!
Foi muito importante pra mim, jamais vou me esquecer! Receba meu amor, cada vez que essa história for lida! <3
Que bom que Isa caiu na sua simpatia rsrs O trisal veio a calhar, né!
Fiquei contente pela Lia tb! Amo o fato de que ela tem mto mais espaço pra criar agora rs
E as cartas dos leitores terem ganhado um espaço na repaginação da Gazeta me deixou emocionada!
TB acho que o tema é tabu, eu mesma tenho zero experiência!
Mas eu tb acho que o importante é ser feliz!
Em breve volto! Com Amor Incondicional e com uma história fresquinha, que tá nascendo!
Beijos!
P.S.: hj tomei minha segunda dose <3
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
caribu Em: 17/07/2024 Autora da história
Oi, minha querida! Me perdoe por demorar tanto em te responder aqui!
Quero te agradecer pelo comentário e especialmente pela leitura! Fico mto feliz que tenha gostado, de verdade!
Já pode ler as outras histórias agora rsrs
Beijos!