AQUELE POTINHO por kpini
Só um conto....
Capitulo 1
Hoje estava parada olhando pela janela da sala, me sentindo sozinha e entristecida. Não conseguia saber o porquê, ou melhor não queria admitir que esse sentimento era por sua causa.
Achei que conseguiria superar, mas não. Sua lembrança estava a mais de duas semanas me procurando através de sonhos.
O tempo é muito estranho mesmo, às vezes ele te faz esquecer e às vezes ele simplesmente não te deixa esquecer.
Quando olho para trás me vejo perdida em caminhos tortuosos que me mostram apenas que em minha vida as escolhas as vezes se fizeram praticamente sozinhas; porque não sinto que eu tenha feito algumas delas.
Me peguei pensando em como eu era antes de você, nas estradas percorridas que chegaram apenas a precipícios onde eu precisava me virar e caminhar novamente para o começo.
Tudo nebuloso como se estivesse esperando alguma coisa que me fizesse seguir em frente, me arriscar, mas não foi assim que aconteceu.
Quando eu te conheci não acreditei que poderia realmente ser feliz, que poderia conseguir uma vida diferente, e por medo de me machucar, por ciúmes bobos, por brigas que não levaram a lugar nenhum o que poderia ter sido uma vida cheia de momentos incríveis apenas não aconteceu.
Existem coisas que a gente até tenta, mas não consegue esquecer não é verdade?
Aquela risada gostosa de coisas bobas, aquele choro depois de um filme romântico, a pessoa amada em nossos braços dormindo tranquilamente depois de uma noite de amor, as conversas ao final da tarde, o bom dia ao pé do ouvido.
E é isso que acontece quando se abre mão de alguém que você verdadeiramente amou, as lembranças passeiam por sua cabeça o tempo todo. Durante um período você consegue esconder tudo isso. Você pegas todas essas coisas, embala, coloca dentro de um pote bem pequenininho, tampa e esconde em uma prateleira em um cantinho secreto.
Não mexe mais, e todas as vezes que seus olhos tentam passear por aquela parte você sai correndo dali. Porque você sabe que não pode chegar perto, Ah você sabe ...
Mas nada é para sempre, e de repente você se deixa levar, mesmo sem querer, para aquela bendita prateleira.
Quando a gente menos espera lá vem aquela música abalar nossas estruturas, aquele livro que faz a gente lembrar do passado, o filme que nos faz chorar de recordação, os textos da internet que parecem feitos na medida pra gente, quando tudo isso acontece de uma só vez, o estrago está feito.
Você chegou no canto proibido, como se guiada por uma mão invisível.
Aí não tem jeito, aquele potinho guardado dentro do armário do coração acaba explodindo e abrindo a tampa, ai tudo aflora!
E você que estava parada na frente da prateleira é atingida por esses sentimentos que escaparam sorrateiramente.
Então se descobre que o tempo passou, mas a saudade não, os anos passaram, mas o amor não. Ele estava lá o tempo todo, escondido, mascarado. E junto com ele todas as outras emoções, os desejos, os sonhos, o tesão.
Aquilo tinha acontecido comigo.
Caminhei até meu quarto e me deitei com os braços sob a cabeça e me recriminei internamente pelo solavanco que senti no corpo quando certas lembranças me alcançaram.
Ah mas esse não é uma questão de amor? Disse a mim mesma. E você está sentindo desejo?
Sim. Me respondi. E por acaso o tesão não faz parte do amor? Ou a gente ama e não sente desejo, o ato sexual não é um complemento do sentimento? Afinal o que se sente não é platônico, queima, na verdade incendeia!
E depois dessa reprimenda a mim mesma, apenas me deixei levar, livre sem mais nada que me detivesse.
Deitada na cama olhando para o teto foi como se um espelho estivesse me mostrando cada cena das nossas muitas batalhas amorosas, que as vezes não precisavam nem de um toque para se iniciar.
Aquela troca de olhar já mostrava o quanto o corpo estava desejando, a voz que enrouquecia e ficava mais aveludada era um convite, e o sorriso deixava clara a intenção.
Bastava apenas um milésimo de segundo para que estivéssemos com as bocas coladas, as línguas dançando um balé de pura malicia. Recordei de como me olhava quando eu pedia que você entregasse sua língua para que eu a enrolasse na minha, e a sugasse.
As mãos? Essas já estavam perdidas dentro das roupas que ainda restavam no corpo. Buscando os espaços úmidos e quentes.
A forma redonda e macia dos seus seios com os bicos duros, que eu prendia e beliscava, antes de mordiscar enquanto meus dedos te tocavam até você goz*r. Lembrei que te chamava de minha manteiga derretida de tão lubrificada que ficava, tão fácil de penetrar.
Então a minha boca ia descendo lentamente, deixando uma trilha de fogo por sua barriga, se escondendo em seu umbigo, bem devagar percorria a maciez da sua pele, eu conseguia sentir seu sex* pulsando de pura ansiedade na ponta dos meus dedos como se estivesse gritando por mim.
Mas não, eu não ia diretamente na fonte do teu mel, primeiro, beijava sua virilha, sentia teu cheiro, e me deliciava sentido teu corpo se retorcer de desejo e vontade. Descai por suas pernas, mordendo a parte de dentro da sua coxa para só depois subir novamente.
O melado do teu prazer que te deixava ensopada, esperando para ser provado por meus lábios sedentos só ia aumentando cada vez mais, e quando por fim encontrava aquele ponto sensível com o calor da minha boca, o arrepio e estremecimento que te fazia gem*r e chamar por meu nome.
Ainda consigo sentir o sabor, a ponta dura se enroscando em minha língua, enquanto meus dedos te penetravam e procuravam teu ponto mais sensível para me movimentar primeiro devagar e depois com mais rapidez e força, conforme te ch*pava mais intensamente e você rebol*va loucamente, puxando meus cabelos e explodindo em um orgasmo profundo.
Lembrar de tudo isso me fez ficar desesperada por você, meu corpo retesado de puro tesão clamando pelo teu, minhas mãos que queriam estar deixando marcas avermelhadas em sua bunda macia, pelos tapas na hora do sex* mais selvagem, ao invés disso estão me proporcionando o prazer que não posso ter com você.
Sim eu acabei chamando teu nome, por diversos momentos, nessa viagem ao planeta sensual em que me perdi a sua procura!
E agora que tudo passou apenas estou aqui, como se não soubesse o que fazer.
Me tocar lembrando de você não foi o suficiente.
Isso não me saciou, porque faltou tua presença ao meu lado no final!
Queria poder te falar de tudo isso, te lembrar das nossas loucuras.
Queria te contar do meu dia
Queria te mostrar meus ferimentos
Queria estar em seus braços macios para chorar minhas saudades.
Queria sua cabeça em meu peito enquanto falava das coisas banais do dia a dia
Eu só queria você novamente em minha vida!
Mas o tempo passou, e eu não sei se você também guardou o seu potinho, ou se jogou fora.
Será que ainda sente o mesmo que eu??
Preciso fugir disso, me esconder desses pensamentos e vontades, afastar teu rosto da minha mente.
Fechar o nariz para o cheiro do teu perfume que invadiu o meu quarto
Esquecer as imagens que vislumbrei no teto.
Tua nudez que fotografei em um lindo dia de domingo e que agora parece gravada em minha retina.
Esvaziar meus poros do prazer que senti te imaginando presa na minha cama.
Preciso urgentemente parar com isso
Meus dedos percorrem meus cabelos e a única coisa que eu consigo pensar é que tenho que me concentrar em outra coisa porque se eu não conseguir fazer isso corro o risco enorme de te procurar para dizer que ... eu te amo! Sempre te amei e sempre te amarei.
Me diga, como eu faço para fechar esse potinho que se abriu em meu peito e me trouxe você de volta!
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:

NovaAqui
Em: 18/09/2021
Só um conto? É que conto!
Esse amor tem horas que precisa sair do potinho e ser vivido! Depois pensa no depois!
Bom ver você aqui
Espero que esteja tudo bem com você
Seja bem-vinda!
Bom final de semana!
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Oi Minha Linda!
Bom dia.
Que bom que gostou, fico muito feliz!
É, seria interessante que ele pudesse sair do potinho não é mesmo? Mas amores do passado será que dariam certo?
Bom para eu pensar se faço uma continuação desse conto.
Bom estar por aqui. Estamos tentando melhorar. E você como esta?
Obrigada pelo carinho de sempre.
Ótima semana.
Bj
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