POV MARIANA

As palavras de Petra ficaram martelando em minha mente. A deixei em meu escritório para ela pegar a moto e fui buscar Malu na escolinha, fui o caminho todo pensando no motivo para que Bruno se juntasse aos meus pais pra destruir minhas chances com o José! Amanhã eu teria uma conversa com ele e o desligaria do meu escritório, não vou aceitar que ele passe impune depois de ter entregado meu divórcio aos meus pais.

-Mamãe eu estava morrendo de sodadi. -Minha filha pulou em meu colo assim que me viu.

-Eu também estava, minha princesa. -Andrea observava nossa interação. -Vamos pra casa? A mamãe Petra está esperando a gente.

-Vamoooos! -Não falei pra provocar a professora, mas notei que ela sorriu sem graça. -Tchau tia Deia, até amanhã.

-Tchau Malu, até amanhã. -Ela me entregou a mochila da minha filha e saímos.

-Mamãe? -Malu chamou minha atenção quando liguei o carro para partimos. -Quando vou poder ver o Jusé? Estou com tanta sodadi dele mamãe.

-Oh meu amor, a mamãe vai tentar levar você pra vê-lo tá bom? -Minha filha se apegou ao Zé assim como eu. -A mamãe tá tentando trazê-lo pra morar conosco tá?

-E a mamãe Peta? -Sorri, pois essa era a minha intenção. -Ela não vai embola mais?

-Ela vai ficar com a gente meu amor. - Espero que Petra não vá embora nunca mais.

Fiquei batendo papo com minha filha até chegarmos em casa, ela fez manha e eu tive que subir com ela no colo. Malu estava um chumbo, mas eu amo mimar minha filha nessas pequenas coisinhas, ser mãe foi a melhor coisa que já me aconteceu. Entrei em casa e logo levei Malu pro banho, organizei suas coisas e a deixei assistindo TV enquanto fui tomar o meu banho. Entrei no quarto e Petra cochilava de bruços, ela vestia apenas uma cuequinha boxer e aquilo me dava margem para pensamentos inapropriados. Retirei minha blusa e meus saltos, subi em cima dela e passei a deslizar minhas unhas pelas suas costas. Comecei a distribuir beijinhos pelo seu pescoço e ela se remexeu na cama.

-É muito bom ser acordada assim. -Ela disse com a voz rouca e eu sorri.

-Então fica quietinha pra eu te acordar melhor. -Sussurrei em seu ouvido e ela suspirou. 

Deitei em cima do seu corpo e enfiei minha mão por dentro da sua cueca e passei a acariciá-la, Petra abriu mais a perna me dando um espaço maior. Estimulava seu sex* e ela gemia baixinho me deixando excitada. 

-Mais rápido amor. - Ela pediu em um suspirou e prontamente eu atendi seu pedido. 

-Desse jeito tá  bom amor? - -Sussurrei aumentando o ritmo e ela apertou os dedos no lençol. -Goz* pra mim, minha delicia. 

Eu mal fechei a boca e senti o corpo dela relaxando embaixo do meu. Ela controlava a respiração e eu deitei ao seu lado sorrindo. 

-Quero ser acordada assim, mais vezes. - Petra sorriu me puxando para um beijo intenso. 

Ficamos namorando mais um pouquinho até que levantamos para tomar um banho, ela tomou rapidinho e foi ver Malu. Ela e eu temos muito que conversar, mas eu ando amando essa fase de recém casadas novamente, no início era um grude e não largavamos uma da outra hora nenhuma. 

Flashback on:

-hey minha princesa, a mamãe não vê a gora de pegar você no colo e encher seu pescocinho de beijos. - Ela estava deitada em minha barriga e conversava com o nosso bebê. 

-Como você sabe que é menina? - Ainda não tínhamos feito o ultrassom, tínhamos acabado de descobrir que nossa IV tinha dado certo. 

-Eu sei que é, vai ser uma menina linda. - Ela me deu aquele sorriso que eu amo. - Vai ser linda igual a você. 

-Boba, eu te amo, sabia? - Quase três anos de casadas e Petra ainda faz meu coração acelerar. 

-Eu amo vocês duas! Ela alisou minha barriga e me deu mais um beijo. - Já pensou em algum nome? 

-Eu só consigo pensar em nomes de menino. - Sorri pra ela. - E você, pensou em algum? 

-Pensei. - Ela coçou a cabeça. - Pensei em colocar o nome da minha mãe. 

Meu peito se comprimiu, pois sei que ela sentia falta da mãe, mesmo sem conhecê-la.

-Maria Luiza? - Perguntei e ela balançou a cabeça em afirmação. - Gostei, Oi Malu a mamãe Mari também não vê a hora de apertar sua carinha.  

Ficamos mais um tempo se curtindo na cama até que o interfone tocou e ela correu pra atender, Petra me tratava como se eu fosse quebrar, ela não me deixava fazer nada, mesmo eu dizendo que gravidez não era doença, com ela não tem discussão. 

-Amor, é a sua mãe. - Ela disse com receio na voz e eu suspirei irritada. 

Minha mãe não conversava comigo desde meu casamento, ela ignorou o convite dizendo que jamais participaria de uma promiscuidade dessas. Calcei meus chinelos e fui até a sala esperar que ela subisse, já podia me preparar pra ouvir alguma ladainha sobre meu casamento. Petra abriu a porta e ela passou com sua pose arrogante sem ao menos cumprimentar minha esposa. 

-Como sempre eu sou a ultima saber das coisas que se passa com você! - Ela já chegou me atacando. - Grávida Mariana? Você mal terminou a faculdade. 

-Oi mãe está tudo bem comigo sim e com a senhora?- Falei com ironia e irritou ela. 

-Você vai mesmo levar isso como se fosse algo normal? - Minha mãe estava áspera como sempre. - O que as  pessoas vão pensar sobre isso? 

-Vão pensar que duas pessoas que se amam resolveram ampliar esse amor. - Respondi e eu já começava a me irritar. - Eu não devo nada a ninguém, mãe. Eu trabalho, minha esposa trabalha e eu sei que nada vai faltar para o nosso bebê, pois ele já tem o principal, que é amor. 

-Essa mulher fez uma lavagem em você Mariana. - Ela apontou para Petra, que até então estava calada escutando tudo. - Você está totalmente influenciada por essa desvirtuada, mas eu não a culpo ela cresceu sem mãe e aquela vó dela sempre a deixou fazer tudo. 

-A senhora lave a boca pra falar da minha vó, te garanto que ela é uma mãe muito melhor que você. - Petra respondeu antes de mim. - Primeiramente não devemos nada a você, se a senhora acha que pode chegar aqui e nos intimidar, está muito enganada. 

-Eu conheço sua reputação garota, não dou até o nascimento dessa criança pra você meter um par de chifres nessa daí. - Ela apontou pra mim e Petra cerrou os punhos. 

-Mãe, chega! - intervir antes que as duas  se pegassem. - Não vou admitir que a senhora chegue aqui e destrate a minha mulher. 

-Cada vez que você fala isso se afasta mais de Deus, você me envergonha Mariana, se eu soubesse que seu futuro seria esse eu jamais teria aceitado engravidar pela segunda vez. - Aquelas palavras doeram como navalhas cortando a minha pele.

-Cala a boca sua jabiraca e saia da minha casa. - Petra me abraçou de lado e eu suspirei fundo sentindo um desconforto no “pé da barriga”. 

De repente tudo foi ficando escuro e se Petra não estivesse ao meu lado eu teria caído no chão, mas ainda a escutei gritando com minha mãe. 

-SE ALGO ACONTECER COM A MINHA MULHER OU MINHA FILHA EU JURO QUE MATO VOCÊ. - Petra me chamava, mas eu não ouvia. 

Acordei em um quarto de hospital, me desesperei pensando que algo tinha acontecido com o meu bebê. Petra estava ao meu lado roendo as unhas e quando me viu acordada pulou ao meu lado. 

-Oi meu amor, que susto você me deu. - Ela beijou minha testa e eu estava com medo de perguntar o que tinha acontecido. - Como você está?

-E o bebê? - Perguntei me preparando pela resposta. 

-Está tudo bem, foi só um susto. - Ela alisou meu rosto. - Nossa princesa só estava de saco cheio da avó megera dela. 

A médica apareceu e nos explicou certinho o que estava acontecendo, eu tive um aumento de pressão e por isso o desmaio, ela disse que estava tudo bem com nossa filha e agora eu precisava evitar coisas que me deixassem estressada. Depois de receber alta fomos pra casa e o cuidado que Petra já tinha comigo triplicou, ela realmente estava levando a risca todas as recomendações médicas. 

Flasback off:

Sai dos meus pensamentos quando vi que a água da banheira estava fria. Minha mãe sempre fez questão de dizer que não apoiava meu casamento e só eu sei quantas vezes ela destratou Petra, não era fácil, mas Petra nunca abaixou a cabeça pra ela e isso era algo que eu admirava.

-Baby, estou indo para o restaurante, não sei se volto antes de você dormir. - Ela entrou no quarto devidamente vestida com Malu no colo. - Hoje irei conversar com o Paulo.  

-Huum, tinha tanto tempo que você não me chamava assim. - Fui até ela e deixei um selinho em seus lábios. 

-Eca, “bejo na boca”. - Malu tampou os olhos e virou o rosto. 

Gargalhei e fiz cócegas nela, a peguei do colo de Petra e demos mais um beijo escondido. 

-Vou te esperar, ou você pode me acordar quando chegar. - Sorri com malícia e ela entendeu o que eu quis dizer. 

-Tchau minhas gatinhas. - Ela se despediu e saiu. 

Fim do capítulo