Quando conseguimos dormir o dia estava praticamente amanhecendo, e como sempre dormimos abraçadas, uma buscando o calor do corpo da outra, que tinha claras evidências de que a madrugada tinha sido maravilhosa.

Acordei com uma sensação maravilhosa de realização, do tipo que você tem vontade de gritar para o mundo inteiro que encontrou o amor da sua vida.  Ainda de olhos fechados, passei a mão pela cama, procurando o corpo de mulher que me proporcionou uma das melhores noites da minha vida. Assustei-me quando vi que a cama estava vazia, enrolei o lençol no corpo e ao chegar a cozinha, vi que a mesa estava linda, posta com um café da manhã perfeito. E quando estava parada tentando entender como ela havia conseguido fazer tudo aquilo sozinha sem que eu percebesse, ela saiu do banheiro vestida com um roupão e com os cabelos molhados.

_Bom dia namorada!

_Bom dia amor! _ falei sonolenta e encantada _como conseguiu fazer tudo isso e não me acordar.

_Não consegui dormir por muito tempo, acordei umas nove horas e preparei tudo, infelizmente o que seria um café da manhã, será quase um almoço.

_Adorei a surpresa, vou só tomar um banho e tomamos café.

Tomamos café em um clima descontraído, evitando falar sobre assuntos que nos deixariam pra baixo, só estranhei o fato dela não ter falado sobre o ex namorado, mesmo sabendo que era um assunto muito pesado, era inevitável, um dia teríamos que conversar sobre isso. Mas resolvi, deixar por conta dela, esperaria o tempo dela e ouviria tudo que ela quisesse contar, mas eu tinha plena certeza que seria uma conversa muito difícil, tanto pra mim quanto pra ela.

_Amor, pode me levar em casa á tarde?

_Claro, é so falar que horas você quer ir.

_Acho que no final da tarde, vocês ficam um pouco comigo e na volta pegam a Flávia.

_Ela deve tá p da vida, por que tem que trabalhar, enquanto eu a Karina vamos sair de rolê.

_Como assim dar um rolê, sabia não dessa parte _ Aline falou sentando no meu colo.

_É forma de falar, meu anjo ciumento.

_Sei...

_Acha mesmo que iria deixar você em casa e sair, sem contar que o que você ver na Karina, é só uma casca, ela é louca pela Flávia, respeita ela pra caramba, é muito difícil ela sair sozinha pra curtir.

_Faz muito tempo que a Flavinha trabalha no shopping?

_Quando eu as conheci ela já trabalhava. Por que?

_Estava pensando em algo, depois te falo.

Arrumamos a bagunça do café da manhã e resolvemos dar uma volta na praia, aproveitar o tempo juntas. Pleno domingo a praia estava cheia, o dia estava lindo, não iriamos tomar banho, mas fomos de biquíni, aproveitar o sol tímido. Fomos caminhando de mãos dadas, e era impossível passar na rua e não chamar a atenção, nem tanto pelo fato de ser duas mulheres, mas sim pelo biquíni que a gata da minha namorada estava usando.

Quando chegamos na praia alguns amigos estavam se preparando para surfar e ns paramos para cumprimentar eles, obviamente todos evitavam , mas acabavam olhando pra Aline, e quando eu percebia eles disfarçavam, a cena chegava a ser engraçada.

_Você fica linda nesse biquíni, metade da praia tá olhando.

_Te incomoda?

_De forma alguma, só olhar, pode.

Ficamos cerca de uma hora na praia e quando voltamos a Karina estava tirando a moto pra levar a Flávia no trabalho.

_Bom dia meninas! Ka, vai comigo levar a Aline, na volta pegamos a Flavia.

_Vou então precisamos ir próximo do horário que ela sai.

_Vamos fazer o seguinte, quando a Flávia sair vai lá pra casa, preciso falar com ela, e depois vocês voltam juntas.

_Falar comigo?

_Sim, ficamos combinadas?

_Sabiam que estamos aqui?

_Cala a boca nick! Quem manda é a Aline_ Karina falou debochando.

_Aprendeu o nome dela? Interessante...

_Claro, eu já estava ficando toda roxa.

_Como assim, não entendi, você não sabia o meu nome? E por que estava ficando roxa?

_Pergunta pra sua mulher, ela que vive me batendo.

_E você falando besteira, me provocando.

_Calma crianças_ Flávia falou rindo _ vamos estamos em cima da hora. Beijos amores.

Quando as meninas saíram, fomos para o final do quintal onde ficava um chuveiro. O engenheiro Carlão, fez um muro, separando o quintal e colocou um chuveirão, sempre usávamos para tirar a areia do corpo quando chegávamos da praia ou pra tomar um banho gelado quando estávamos de ressaca.

_Vou pegar as toalhas.

_Amor, pega minhas coisas, já que você diz que ninguém vem aqui, vou tomar banho aqui mesmo.

_Vou só colocar o aviso por via das duvidas.

O aviso era uma placa escrito STOP, quando estava pendurada no muro todos sabiam que tinha alguém usando o local.  Subi as escadas peguei tudo que precisávamos e desci rápido, mesmo sabendo que ninguém iria aparecer, era melhor não arriscar.

_Meu anjo, acho que consegui pegar tu... _parei desacreditando do que eu estava vendo.

_Deixa tudo aí nessa mesinha, e vem pra cá, a água esta uma delicia.

Parei admirando a Aline, ela estava embaixo do chuveiro completamente nua, e de costas pra mim. Deixei tudo em cima da mesa, tirei o biquíni e aproximei dela, como pode uma mulher fazendo algo tão simples, de forma tão sensual. Ela estava com as mãos apoiadas na parede, a cabeça levemente inclinada para a frente, enquanto a água cai nas costas dela e escorria pela bunda maravilhosa que estava com a marca do biquíni. A pele dela brilhava em contato com a água, aquela mulher ainda iria me enlouquecer.

Abracei ela por trás sem deixar que ela tirasse as mãos da parede, beijava o pescoço, enquanto minhas mãos passou pela barriga dela até chegar aos seios. Quando segurei os montes perfeitos, ela gem*u se esfregando no meu corpo.

_Amor, para, alguém pode aparecer.

_Não se preocupe, garanto que ninguém vai interromper o que eu quero fazer.

_Abre as pernas, me ajuda, inclina o corpo pra frente quero te comer bem gostoso.

_Não faz isso, sabe que adoro quando fala comigo assim. Não vou conseguir parar...aaaaahhhhh

Ela gem*u quando eu toquei a pele lisa entre as pernas dela, passei um dedo entre os grandes lábios sentindo o gozo escorrendo, enquanto esfregava o meu sex* naquela bunda maravilhosa, mordia o pescoço, deixando a pele dela arrepiada.

_Eu te amo tanto que chega a doer _ Aline falou manhosa _me faz goz*r só me tocando, sem penetrar.

_Assim, ou assim? _falei alternando entre o clit*ris e os pequenos lábios.

_De qualquer jeito você é perfeita.

Comecei a estimular o clit*ris dela de forma circular, e quando senti ela muito molhada, prendi o corpo dela na parede i intensifiquei os movimentos, fazem ela gem*r e pedir mais.

_Amor, eu vou goz*r...

_Isso minha vida, goz* que eu vou beber tudo.

Quando senti que ela não iria aguentar, fiz com que ela ficasse de frente pra mim, e desci o meu corpo até a altura daquele sex* maravilhoso. Me aproximei sentindo aquele cheiro, e comecei a passar a minha língua desde o himem até o clit*ris. Ela se contorcia e pedia que eu ch*passe com mais força., e atendendo seu pedido suguei com força até sentir ela flexionar levemente as pernas e goz*r na minha boca. Percebendo que ela estava molinha, subi de volta e abracei ela pela cintura.

_Eu te amo Dra. Aline Caire.

_Sinto esse amor quando me beija, quando faz amor comigo, quando cuida de mim e me protege, até mesmo quando tenta disfarçar esse pontinha de ciúmes.

_Amor melhor entrarmos antes que alguém apareça.

_Vamos sim, pensei em ir um pouco mais cedo pra casa, quero dar uma olhada em um carro, estou pensando em trocar o meu. Você e a Karina podem me ajudar.

_Pode ser, então é melhor terminar esse banho.

Já em casa ajudei Aline a arrumar as coisas, e antes mesmo dela voltar pra casa, eu já sentia a falta dela, e essa semana seria corrida, eu precisava começar a procurar emprego, precisava ver algumas pessoas que me ajudariam com algumas indicações, mas não deixaria de dar atenção a minha gata. Ela com certeza teria uma semana bem difícil, não falamos sobre o Igor depois da conversa que tivemos, mas com certeza ela já sabia o que iria fazer em relação a ele. A única coisa que eu poderia fazer era apoia-la incondicionalmente e esperar que o estrago não fosse tão grande.

Saímos da Barra por volta das quinze horas, e indiquei o caminho a Nicole, queria dar uma olhada no carro antes de ir pra casa, pra não ter que sair de casa depois, assim teria mais tempo de ficar com as meninas.

Quando chegamos na concessionária do amigo da Aline, era visível o excesso de atenção que ele tinha com ela, deixei ela a vontade e fiquei aguardando com Karina em uma sala enquanto ela olhava os carros. Se eu já era apaixonada por carros, quando vi os modelos que tinham naquela loja, fiquei encantada, lindos e caros, o sonho de qualquer pessoa.

Eu estava olhando alguns e mails no celular quando Aline entrou acompanha do amigo e dono da concessionária.

_Amor, já escolhi o modelo, quero um XC40 da Volvo, mas ainda não decidi a cor. Tem outras marcas, mas me apaixonei por esse, vamos lá ver se você gosta.

_Vamos sim, achei que queria um carro menor, mais compacto, geralmente os carros da Volvo são imponentes, enormes.

_Eu sei, mas ele é perfeito, mas acho que você vai gostar.

Realmente o carro era perfeito, por fora e por dentro e praticamente do mesmo tamanho do que ela tinha. Mas de cara vi que ela não mudaria de ideia.

_O branco é lindo...

_Decidido vou ficar com esse. Me espera vou resolver tudo, acho que não demora _falou me dando um selinho e saindo pra fechar o negócio.

_Desde quando namora mulher_ o amigo dela perguntou

_Desde que me apaixonei por ela_ falou já entrando no escritório.

Quase meia hora depois Aline retorna, e eu já impaciente, não pela demora mas por ver o cara secando ela o tempo todo. Me aproximei e  abracei ela  pela cintura.

_Podemos ir?

_Claro amor, já resolvi tudo, desculpa por vocês ficarem esperando esse tempo todo.

_Sem problemas, o problema não é a demora... é o calor, hoje está mais quente do que o normal _falei de forma irônica encarando o engomadinho.

_Como assim aqui..._quando a lesa da Karina ia falar alguma besteira , eu dei uma cutucão nela e arregalei os olhos pra ela.

_Então estamos resolvidos, amanhã a tarde você manda alguém entregar o carro.

_Tem certeza de que não quer dar o outro como entrada.

_Não, venho planejando essa compra a muito tempo, vou pagar a vista mesmo, tenho planos para o meu carro, obrigado pela atenção.

Quando ela se despediu dele, segurou a minha mão e nós saímos daquele lugar, minha irritação era visível. Eu não falei nenhuma palavra, mas quando estávamos dentro do carro, a Karina não perdeu a chance.

_Achei que fosse socar a cara dele._ Karina ria horrores

_Como assim gente, aconteceu alguma coisa e eu não percebi, amor porque não me falou nada.

_Aquela imbecil não parou de secar você, podia pelo menos ter disfarçado, essa falta de respeito por parte dos homens quando se trata de um casal de lésbicas é intolerável.

_Eu juro que não percebi, eu só não volto pra desmanchar o negocio porque o meu irmão é sócio daí, e não tinha lógica comprar em outro lugar.

_Eu entendo, desculpa, mas não consegui segurar.

_Você é demais nick, a loja toda climatizada e você falar que estava com calor...

Somente quando a Karina falou isso, é que a Aline se tocou do que tinha acontecido, tudo que eu paguei um mico, mas não podia deixar ela mais tempo perto daquele cara inconveniente. E o meu ciúmes foi motivo de piada o restante do caminho.

Quando eu parei o carro em frente ao portão da casa dela, esperei que ela procurasse o controle, e quando o portão abriu eu entrei com o carro e estacionei ao lado do carro dela, a ajudei a tirar a mala do carro e quando chegamos em frente a porta principal, ouvimos a voz do Igor.

_Então quer dizer que agora você vai encher a casa dos nossos pais de sapatão.

Fim do capítulo