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Fronteiras por millah

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Palavras: 3190
Acessos: 1135   |  Postado em: 26/06/2021

Capitulo 3 Sem ar

 

Eles me levaram para uma das casas abandonadas no começo de uma das entradas do morro onde os escombros ainda serviam de esconderijo para os invasores e pela cara deles seria perfeito. Ele me jogou no chão da sala empoeirada e me amarrou.

--eu vou ser o mais franco possível e espero que também seja.

--não, nem vem!eu estava indo embora desse lugar! Eu não tenho nada haver com as merd*s desse morro!—respondi na hora.

--nem mesmo com a Marga? –perguntou ele me erguendo isso já me preocupou.ele estava impaciente e era obvio que ia dar merd* aquela conversa.

--porr* que garota ingrata.—disse o outro.--Todo mundo sabe que você e sua mãezinha foram contempladas na loteria da favela em morar com ela.

--porr* de favela fofoqueira!—retruquei e eles riram.

--(rs) as noticias correm gatinha. Você é mais valiosa do que qualquer um então acho justo Marga pensar bem antes de me trazer o meu irmão.

--e eu lá sei!—respondi desinteressada mas ele fechou o sorriso e veio para mais perto.

--Marga o trouxe para cá e com aquela vadia grandona ela pegou meu irmão na porr*da.eu quero saber cadê ele!

--eu não sei!—respondi e ele me empurrou contra a parede e socou ela para me assustar.

--cadê ele sua piranha!!!?

--eu não tenho nada haver com os negócios daquela maluca!

--(rs) olha essa sem noção.—eles estavam rindo tão forçadamente mas também ficando bravos comigo de uma merd* que eu nem sabia.

--é sério!eu não sei o que ela fez com teu irmão.—respondi a eles mas pareciam que minha palavra não tinha validade.

--só me diga onde ele esta. Onde?

--você é burro? Eu não sei!!Quantas vezes tenho que falar isso?

--(rs) já cansei dessa menina.chama aquele idiota la na rua..—a ordem dele ao grandão que o acompanhava me fez engolir seco.

Agora dois brutamontes estavam junto com aquele desgraçado e o barbicha agora só tinha um sorrisinho malicioso no rosto que me encheu de nojo.me pegaram e me dobraram numa mesa velha no canto da sala e com meus braços presos nas minhas costas eu comecei a me preocupar com o rumo das coisas.

--espera..não pode fazer isso.eu não sei de nada!

--Marga pegou o meu irmão e na pior das hipóteses ele ta morto!—disse o careca exaltado.--Nada mais justo que deixarmos uma surpresinha para ela também!(rs) depois de hoje queridinha você vai fazer parte da lista de mortos de Marga.—ele me deu um tapinha no meu rosto como se aquilo fosse uma forma de lembrar que eu que fui a idiota parando para esses cretinos.

Eles avançaram em mim e começaram a rasgar minhas roupas, apertavam meus peitos e me seguravam com tanta força que eu era incapaz de lutar contra os três.eu chutei, mordi e levei um tapa forte no rosto.minha bochecha ardeu e toda a esquerda da minha mandíbula agora doía. Eles iam me foder naquele buraco imundo e fedorento sem qualquer chance de escapar.eu queria chorar mas nem isso eu conseguia por tanto ódio da Marga. Era por causa dela que eu estava ali e se sobrevivesse nunca mais queria ver aquela mulher mas pelas frestas da janela velha eu vi ela.

 Marga vinha caminhando acompanhada de Lina e Lina vinha acompanhada de sua arma a tão temida AK-47 mata geral e eu sabia que no momento que ela apontou seriam segundos para tudo acabar. Eu ouvi o assobio de Marga e quando senti que aquelas mãos que me apertavam me soltaram eu tratei de pular a mesa e me encolher no chão. Levaram segundos para tudo acabar. Segundos de um potente tiroteio sem misericórdia e que penetravam meus tímpanos e parecia que o tempo não passava com meu peito apertado. e o silencio, quando finalmente chegou, só foi quebrado com os passos delas.

--eu falei que a gente tinha feito certo matando aquele filha da puta.—Lina falou mas nem isso me ajudou a sair daquele estado de nervosismo.

--olha todo esse estresse..esses ratos não param de entrar nessa porr* de morro trazendo essa droga maldita e depois sobra para mim..se livra desses corpos.—ordenou Marga tranquilamente.

--vou fazer um colar de piroca pra mim (rs)

--só joga fora esses merd*s!

--vou chamar as meninas, fica calma Marga.

Eu não conseguia parar de tremer enquanto elas conversavam, e ver aquele sangue que se aproximava de mim pelo piso me deu coragem para levantar com a agonia que ele encostasse em mim e me deparei com esses caras todos no chão e todo aquele sangue não me deixava menos aliviada ou feliz pelo que aconteceu, na verdade tirou todo o ar dos meus pulmões e tudo que eu podia dizer era que era mais uma das minhas crises.

Marga se aproximou de mim e ficou me encarando em pé do meu lado. Minha blusa tava toda rasgada e fiquei cobrindo meus seios e nem a pau eu queria olhar para ela.

--viu só o que acontece com você sem minha proteção? Foi o quê quinze minutos?—ela pegou minha mochila do piso e abriu. Tirou um par de roupas e jogou em mim. Por sorte ela também achou minha bombinha e me entregou e pude novamente respirar. Foi mais uma surpresa para ela porem nada quis dizer o que eu também preferi assim. —se troca..antes que venha mais gente.—ela falou e tive que olhar bem para ela para entender.—anda!...não vai querer que sua mãe te veja assim né? Eu viro e não vou nem olhar..—ela virou como disse e tentando não pisar naqueles cadáveres procurei me vesti.

Eu me troquei com ela me lançando espiadinhas. Tentei não ligar e quando finalmente terminei ela me puxou pela mão me tirando daquele lugar e voltando para os becos do morro.

Era tão estranho estar segurando sua mão, me dava segurança e me fazia me sentir uma criança ao mesmo tempo. Com ela andando na minha frente me puxando quase obrigada por ter feito aquilo me fazia me sentir pior, pois ela estava certa. Só pensei na minha mãe. Ela deve ter insistido a Marga para me buscar e só de pensar que ela seria minha babá daqui pra frente já me irritava. Ela matou três homens para me salvar e sei que eram péssimos, mas morreram por minha causa. Eu não sabia se me sentia péssima ou agradecida.

Chegamos a casa de Marga e minha mãe me abraçou forte.

--nunca mais faça isso entendeu?!Nunca mais! Eu te conto o que você quiser, mas não me abandone como seu pai fez.—nunca pensei que veria minha mãe daquela forma. Ela estava gelada e o olhar o mais triste possível ao lembrar do meu pai.

--tem alguma coisa para dizer Mari?—Marga passou por nós mas desta vez ela estava certa.

--..desculpa mãe.eu agi por impulso.

--viu só! Ela ta bem. perfeitamente bem.—enquanto Marga sorria satisfeita para minha mãe. Para ela não tinha sido nada e era o que mais me espantava.

--você não vai querer jantar?

--to sem fome.eu..só quero ficar um pouco sozinha.

--ok..me avisa se..ficar com fome.

--claro.

Voltei para meu quarto e tudo que eu mais queria era um banho.eu me esfreguei tanto que minha pele ficou vermelha e só de lembrar daqueles homens me tocando eu esfregava mais e mais e a agua do banho que já perdia toda a espuma e a esponja que apenas arranhava minha barriga me livrava daquelas lembranças e foi quando lembrei dela. Todo aquele sentimento ruim sumiu do meu corpo e os arranhões e a agua fria que corria por ele passaram a ser um conjunto que arrepiava minha pele e endurecia meus músculos ao pensar em Marga. Ela havia me salvado sendo quem é ou não ela fez isso e isto me esquentava ate a alma.

Eu escutei as batidas na porta e logo depois passos, mas nenhuma palavra foi dita. Era ela.

Peguei minha toalha e me cobri e deixando o banheiro eu a encontrei parada no meio do quarto.

--espero que esteja melhor.

--minha mãe sabe?

--não. Lina me ligou dizendo que você corria mais rápido do que dona de casa em promoção de supermercado. Sorte a sua que ela te viu saindo e voltando com os três ratinhos. Tudo que sua mãe sabe é que eu saí e te achei a tempo para te convencer a voltar.

--melhor assim.

Me sentei na cama e eu não parava de lembrar como aqueles imbecis haviam me tocado. Era como um filme se repetindo e me enojando. As gotas do meu cabelo caiam e Marga veio e se sentou ao meu lado na cama.

--eles não..chegaram lá né?—perguntou ela e a encarei.

--não!—respondi prontamente.

--tem certeza?

--eu sei como um pau entra em uma mulher Marga!

--ok,ok!eu só..queria saber.

--então agora já sabe.

Marga me analisava e tentando pegar no meu rosto me fez afastar meu rosto de sua mão.

--sua mãe não me contou que era asmática. E essas coisas comem dinheiro.

--o que você queria? Que ela procurasse você a cada crise minha? Ela me criou muito bem obrigada.

--você é igualzinha a sua mãe.(rs) orgulhosa ate o ultimo fio de cabelo. Tínhamos o quê quando você nasceu..24?é isso mesmo.eu estava no meio da minha faculdade de direito e ela já trabalhando tanto que poderia ter outra carteira de trabalho. Ela não tinha as mesmas oportunidades que eu tinha, mas valia mais do que um diamante e larguei tudo para fazer deste lugar um lar para ela.(rs) Helena nunca aceitou um real meu.ai seu pai apareceu, encheu o buxo dela e foi embora. Mudamos muito..mas nunca deixaria nada acontecer a vocês e esse tipo de merd* não é algo que se brinca. Por isso, não me decepcione fugindo novamente.—disse ela me dando medo com tamanha seriedade naquele rosto frio mas que por incrível que parecesse ela estava se preocupando comigo.—não foi tão ruim né?

--eu quase fui estuprada!

--quase. Pra mim é um passo bem distante do que poderia ter acontecido. Nada vai te acontecer do meu lado.

--você sequer se importa! Se tivessem chegado minutos depois..

--mas não cheguei.—disse ela convicta de suas palavras.

--mesmo assim se tivesse acontecido estaria aqui com a mesma cara, me dando o mesmo sermão.

--(rs) minha sororidade já fez demais por hoje Mari. Não me faça ouvir que vai ficar traumatizada por aqueles babacas. Você é mais forte do que isso. É a primeira que tem coragem de me desobedecer e me xingar sem medo de morrer. Isso já é muita coisa.

Ela saiu do quarto e só me restava ir dormir. Eu poderia dizer que aquilo foram palavras de força, mas vindo de Marga era difícil ate de acreditar. Enxuguei meu cabelo, vesti meu pijama e se fosse fácil depois de tudo que passei procurei ter sono. Apaguei a luz e deitei naquela cama. Uma cama macia e grande o suficiente para duas de mim. Eu me sentia solitária e vulnerável naquele lugar estranho e tão grande. Tanta coisa tinha acontecido e aquele sentimento vazio dentro de mim só me consumia.

Fechei meus olhos e afundei em meus sonhos se bem que poderia chama-los de pesadelos. Eu estava lá novamente e desta vez Marga não me ajudava. Ela ficava lá me assistindo junto a Lina enquanto eles me torturavam e abusavam de mim. Eu sentia tudo entrar, o suor de seus corpos e perfumes baratos e de suas bocas lambendo meu corpo. Eu sentia toda a dor e ela apenas ria de mim.

Acordei sem ar mais uma vez e minha bombinha dessa vez não me ajudou. Parecia que minhas crises me afetariam mais ali do que em qualquer outro lugar. Poderia ser o ar do alto da montanha eu não sei ou era apenas o medo daquilo tudo de novo. Eu apertei a bombinha e nada saia e isso não seria a primeira vez. Marga tinha razão quando dizia que aquele tipo de medicamento comia dinheiro. Agora eu estava ali passando mal sem minha bombinha.

Me levantei da cama e sai tombando pelo quarto ate o quarto da minha mãe. Bati na porta e ela veio sonolenta ate ver meu estado.

--Mari respira. Cadê sua bombinha?!—perguntou ela e reuni forças para responder.

--acabou..

Ela buscou a bolsa dela e sua carteira mas eu já estava entrando em um estado que não podia controlar. Recostei na parede e minhas pernas não aguentaram e escorreguei ao piso me sentando.

--eu vou comprar mais uma bombinha na farmácia enquanto isso você segura as pontas!!

--então vai.

--você vai ficar bem?

--mãe!!

--eu vou chamar a Marga!!

--não precisa..mãe!

Ela saiu correndo e eu estava implorando para ela passar reto pela porta da Marga mas eu mal conseguia ficar de pé agora enquanto ela esmurrou a porta e correu. Era impressionante, minhas crises não eram constantes mas aquele susto parecia que tinha piorado minha situação. Eu estava engasgando com o pouco de ar que eu engolia enquanto minha garganta trancava. Meu corpo todo amoleceu.

Marga apareceu na porta e me olhou curiosamente sinistra como sempre. Ela não demonstrava nenhum sentimento ou sinal de empatia e veio ate mim e me olhou como se eu fosse nada ali no chão.

--o que esta acontecendo com você? Aqueles filhos da puta te assustaram mesmo ein.—calma ela falou e nem sei como conseguia.

--não consigo respirar.—falei desesperada.

--cadê sua mãe?

--..foi..comprar mais uma bombinha. A minha..acabou e isso ta me ferrando..

--ok,para de falar. Já liguei para Lina para ajudar ela quando descer. —ela veio ate mim e me pegou no braço e me levou para o meu quarto. Não posso dizer que aquilo não foi uma surpresa. Ela me levantou tão rápido e sem problemas.

Na cama minha falta de ar não melhorava mas ela sentou-se atrás de mim e me assustei com suas mãos envolvendo minha barriga entrando por baixo da camisa.

 --o que ta fazendo?--Ela me apertou e pousou seu queixo no meu ombro esquerdo. O que ela queria?

--respira direito, ajeita a postura..controla o ar que entra nesses pulmões.

--não dá..—tentei tirar as mãos dela de mim mas ela me apertou e me puxou para mais perto dela.

--tem que fazer dar!—respondeu ela e quando virei para olhar para ela percebi que apenas centímetros nos separava.--Respira comigo.—ela inspirou profundamente e pude sentir em minhas costas seus peitos me empurrarem. Ela estava muito perto de mim e isto estava piorando minha situação.eu tentei seguir com seu plano e como me doía forçar o ar entrar.eu mal conseguia me concentrar. Todo aquele calor tava começando a me afetar como da mesma forma que me acolhia. Meu corpo estava todo arrepiado e minha mente apenas estava ali, preso naquela proximidade e o medo que eu tinha dela se aproximar mais.—agora expira pela boca.—o ar que saiu de sua boca tocou meu pescoço e tive que me segurar em seus braços e em seu aperto para conseguir fazer o mesmo.eu sentia ela me olhando e era sinistro. Me deixava nervosa cada segundo que passava porque com ela atrás de mim eu não sabia o que esperar. Não quando ela olhava para minha boca e para o fundo do meus olhos.

Ficamos ali repetindo aquele processo e estava realmente me ajudando.eu ficaria feliz se não tivesse ela me encarando de tão perto mas enfim respirar já era bom demais.

--melhor?

--sim..

--(rs) então não sonhe mais com bandidos.—ela se afastou e levantou e não sei porque mas agarrei seu braço.

--fica comigo!—nem sei o que deu em mim para pedir aquilo tanto que Marga me olhou surpresa.

--..o que?

--aqui..eu não quero ficar sozinha. Nem ter outra crise.

--(rs) Helena logo vai chegar. E você vai me odiar assim que voltar a respirar direito.

Minha mãe entrou no quarto quase derrubando a porta e me entregou a bombinha. Lina parecia pior do que eu,e eu já imaginava ela pulando da cama para ajudar minha mãe na farmácia. Ela sempre se desesperava com minhas crises.

 Marga me assistiu usar a bombinha esperando estar certa de suas palavras e quase não escondeu o sorriso com isto mas minha mãe estava nervosa ainda.

--então..funcionou?—perguntou minha mãe quase roendo as unhas.

--eu..to melhor.—respondi para ela e seu alivio foi imediato.

--graças a deus. As meninas elas..correram ate a farmácia comigo e (rs) elas são ótimas para convencer os atendentes a agilizarem o serviço.—minha mãe estava mais que aliviada pela rapidez em me ajudar.

--é, por isso que elas tem armas.—dissera Marga e era obvio que as mulheres do morro da prata estavam dispostas a ajudar a qualquer momento.

--é de família a correria. Helena parecia o vento correndo.—Lina falou e Marga conteve o riso.

--obrigada Lina.—falei e ela acenou com a cabeça.

--vou voltar para o meu barraco. Qualquer coisa tô la embaixo Helena,Marga,Mari.

--já fico feliz por resolver isto a tempo. Esta tendo uma confusão em uma das entradas no lado leste, tem ate policia por lá.—minha mãe mal sabia que essa era a entrada que quase fui estuprada e Marga também permaneceu sem alterações com aquela conversa.

--as meninas devem ter bloqueado a entrada de traficantes.Esses ratos sempre tentam entrar no morro da prata.—Marga estava calma mas temi esse papo.seus olhos focavam em mim e preferi ficar calada.

--enfim você esta melhor e longe de passar por uma crise pior como naquele dia.

--nem vem mãe.

--o que aconteceu?—perguntou Marga curiosa e minha mãe ate perdeu o sorriso.

--bom,ela foi assaltada voltando do colégio e perdeu a bombinha junto com os livros.eu estava sem dinheiro e ela..passou o dia desse jeito ate eu receber a grana do emprego e..foi horrível.

--poderia ter me avisado.—disse Marga conseguindo a atenção da minha mãe.

--eu não precisava do seu dinheiro Marga.eu recebi naquele mesmo dia.

--nem pela sua filha? Ela passou o dia desse jeito?!

--eu resolvi não foi? Aliás, não precisa fingir que se preocupa. Não vamos ficar aqui para sempre..logo vamos para uma kitnet e..—Marga riu interrompendo minha mãe e isso a deixou furiosa encarando ela.

--kitnet? Você já olhou em volta?

--é por isso que nunca deu certo Marga. E nunca vai dar.—minha mãe deixou o quarto e agora Marga estava ali parada no meio do quarto coçando a cabeça controlando-se para não surtar ate virar para me olhar.

--viu o que você fez?!!—disse ela a mim toda brava.

--ah agora ate passar mal eu não posso além de fugir?eu não tenho nada haver com vocês e essa relação maluca.

--(rs) eu enfio essa porr* de bombinha no seu cu se me encher o saco de novo.

--É, você tinha razão, eu te odeio.

--É, procura outra bucet* para ch*par essa noite.

Eu lamentava pelo palavreado dela mas não era novidade ouvir coisas do tipo. Infelizmente esse era o morro da prata e ela a rainha da favela e toda essa bosta toda. Educação é pra todos mas enfim uma escolha. Depois de ouvir minha mãe dizer que elas já não tinham e nem podiam ter alguma coisa fez minha noite menos dolorosa. Ela havia me salvado e eu estava devendo este favor a ela mas Marga não era a melhor escolha de pretendente para minha mãe e com isso eu tive que rir mas por que eu estava tão feliz?

Fim do capítulo

Notas finais:

Mari e Marga são a razão e a emoção e é impressionante que de toda conversa tenha uma discussão.

e porque será que Mari ficou feliz??


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Comentários para 3 - Capitulo 3 Sem ar:
Lea
Lea

Em: 18/05/2022

A garota está caidinha pela Marga! Isso vai dá merda, só acho!

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