Hoje no Gaby entrevista trago Débora Mestre, autora de Indestrutível, Diário de Júlia, Inesquecível, Canto da Maré e Aliança de Prata, Débora fala um pouco da sua trajetória como escritora entre outras coisas. Espero que gostem da entrevista e comentem. Obrigada Débora por gentilmente responder minhas questões e um super valeu a Sabrina minha querida amiga por intermediar e possibilitar meu contato com a autora, já que não tenho um Istagram para chamar de meu.
Capitulo 5 - Gaby entrevista Débora Mestre
01. Como funciona o seu processo de escrita?.
Meu processo é bastante lento. Demoro meses ou até anos para decidir começar a escrever uma história. A ideia precisa estar madura, bastante formada. Não precisa estar inteira, geralmente começo sem saber como vai terminar, mas os principais pontos narrativos, que dão força pra maquinaria do enredo rodar, estão lá. Preciso encaixar esses pontos, costurar na minha cabeça antes de sentar e escrever, por isso é bem demorado. Pra escrever demoro bastante também, em médio um ano, pois vou e volto muito. Chego a saber trechos inteiros de cor, porque muito da minha escrita passa pela releitura.
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02. Qual personagem mais se aproxima de Débora Mestre?.
Sem dúvida é a Júlia, do "Diário de Júlia". Esse livro ficou dez anos na gaveta, porque sempre o considerei muito pessoal. Eu o escrevi durante meu próprio processo de saída do armário, e a Júlia acabou virando meu alter ego. A história em si é toda diferente da minha, mas muito do que ela experiencia e sente sobre si mesma foi experienciado e sentido por mim, principalmente na adolescência.
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03. Tem algum traço que considere marcante em seus livros?.
Acho que minha marca mais característica é falar sobre a realidade, as consequências do preconceito, sem medo de desagradar. Acho difícil falar de relacionamentos homossexuais e ignorar os problemas que as pessoas enfrentam. Vejo muitos livros que fogem desse assunto, como se fosse tabu. O livro não precisa ser um conto de fadas para ter um final feliz.
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04. De suas personagens qual a que causou mais frisson nas leitoras?.
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Sem dúvida é a Stella, de "(In)destrutível". Ela é bastante controversa! É aquele clichê da mulher fatal, a vilã que se torna a queridinha. Jamais imaginei que ela teria fãs como tem, ela não foi criada para isso. Mas acho que justamente o que a deixa carismática são seus defeitos, Stella é tão imperfeita que chega a parecer real.
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05. Se pudesse trazer uma personagem sua a vida qual seria?.
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Com certeza a Lena, do "Diário de Júlia". Se na Júlia criei meu alter ego, na Lena criei o que considero a namorada dos sonhos.
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06. Quais as escritoras que considera suas principais fontes de inspiração?.
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Cassandra Rios e Sarah Waters.
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07. O que faz nas horas de lazer ou fazia antes da pandemia?.
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Lazeres primordiais para mim são ler... e escrever. Na pandemia estou tendo vários períodos de bloqueio criativo para escrever, então estou lendo e pintando. Mas claro que não nego umas horinhas no sofá vendo séries ou animes.
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08. O que não pode faltar em suas histórias?.
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Gosto de passar algo além de uma história de amor entre duas mulheres. Gosto de debater questões sociais e que os personagens passem por metamorfoses doloridas. Se eu não encontro isso em uma ideia minha, nem começo a escrever.
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09. Como escritora o que aconteceu de mais curioso ou inusitado em sua relação com as leitoras?.
Ao tirar meus livros da gaveta, várias coisas inusitadas aconteceram na minha vida. O causo mais incrível com certeza foi uma moça tatuar a Stella na perna! Ao mesmo tempo que fiquei feliz com a homenagem, também fiquei assustada de perceber o grande impacto que o que escrevemos pode ter na vida de alguém. Eu sei que sou muito impactada por autoras, mas só percebi que eu também podia impactar quando isso aconteceu.
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10. O que está escrevendo no momento?.
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Durante a pandemia, consegui escrever dois volumes de uma trilogia de época. Comecei o terceiro, mas agora dei uma pausa nesse projeto para ver se consigo atender uma demanda que as leitoras estão cobrando cada vez mais. Não prometo que vai dar certo, mas prometo tentar.
Fim do capítulo
só para lenbrar que a moça da tatuagem da Stella é minha amiga Sabrina. hahahaha
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Gabriella Herculano Autora da história
Em: 01/03/2021
Xará se eu avacalhasse com a Mestre a Sabrina não intermediava mais nenhuma entrevista, kkkkkkkkkkkk a bixa é ruim quando fica brava, mas, ela é doidinha sim, quando ela não está na escola não tem nem graça. Estou pensando em entrevistar a criadora do Lettera, a Christiane não me pergunte o sobrenome que não saberia dizer hahahahaha.
Gabi2020
Em: 28/02/2021
Olá Gabi!
Com o perdão do trocadilho, a Mestre é mestre mesmo! Adoro o estilo de escrita dela, parabéns pela entrevista!
Só acho que você pego leve! Kkkkkk... Brincadeira, foi no tom certo, bem leve e gostosa de ler.
Sabrina é doidinha né? Kkkkkk...
Beijoss
Ps. Já pensou na próxima?
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