-então você mentiu- ele balançava a arma na direção da morena que não parecia com medo .

- ela não mentiu, não estamos mas juntas. Agora larga essa arma.

Nesse momento Jessica se vira em minha direção e levanta os braços praticamente se jogando pra mim.

-Mama - a seguro antes que a mesma caísse e nesse momento que escuto o que mas temia , um disparo que vai de encontro com minha amada.

-NAOOOOO!

Ouvi dois disparo e o corpo de Nick vindo ao chão.

Olho em direção a Renato e o mesmo estava caído no chão e bem atrás estava Jordana,  Carlos e Neto com as armas em punho. Vi Alexa correr em direção a morena e se ajoelhar tentando estacar o sangue que manchava sua roupa.somente naquele momento me dei conta do que realmente havia acontecido e corro pra perto da ruiva, me ajoelhado a seu lado.

- Nick?- lágrimas molhavam meu rosto , Jessica parecia espantada e chorava sem parar.

-chama uma ambulância!- a ruiva grita pra alguém que não vi quem era.

- meu amor , você voltou - a morena falava com dificuldade.

- não fale nada , já está chegando a ajuda. Por favor não nos deixe outra vez.

-jamais as deixaria vocês.

Nesse momento a morena perde os sentidos , me desespero e choro com nossa pequena em meus braços.

-Ela vai ficar bem, ela e forte e vai resistir - a ruiva estava toda ensanguentada .

Quando a ambulancia chegou , ali mesmo fizeram os primeiros socorros.

-esta quase sem pulsação,  temos que correr se quisermos que ela se salve.

O paramédicos se aproximam de Renato e percebe que o mesmo não respirava mas,  aquilo de alguma forma me chocou pois por minha causa o amor da minha vida também poderia estar morta.

-vou com ela na ambulância - falo quando a colocam na maca.

-acho melhor eu ir Ayla, vá com os outros.

-nao eu vou , não quero deixá-la só.

-vos

--você nao está em condições de ir na ambulância, a Jessica precisa de você - de alguma forma eu sabia que a ruiva tinha razão, estava muito abalado com tudo aquilo.

-minha menina senhor, salve ela!

Maria estava aos prantos nos braços das sobrinhas que não estavam tão diferente de mim. Andréa vendo minha situação chega próximo e pega a pequena de meus braços.

-deixa que eu cuido dela.

-vem Ayla, venha conosco na viatura a Alexa tem razão,  você não está em condições de acompanha-la na ambulância.

Nessa altura já haviam levado minha morena pro veículo. Vi Kaira amparando Jordana e resolvi seguir meu amigo , queria está no hospital se algo acontecesse. Carlos ligou a sirene da viatura e seguimos a ambulância. Duda e Jaque resolveram  ir conosco deixando as outras na mansão, minha cunhada estava inconsolável e seu olhar era acusatório para meu lado.

-não vou me perdoa se algo acontecer a ela Carlos, tudo poderia ter sido diferente se eu estivesse com ela e não me escondendo , fugindo.

-você  nao teve culpa Ayla, o Renato estava fora de si e mesmo que você estivesse perto da Nick, ele ia atentar contra sua vida do mesmo modo.

Quando chegamos no hospital,  vi a ruiva no corredor pois haviam levado Nick pra sala de cirurgia pra fazer a extração da bala. Quando me aproximei ouvi o médico conversando com ela.

-a bala se alojou em um local delicado, vamos fazer de tudo pra retira-la sem causar nenhum dano mas vou ser sincero, a risco dela vi a óbito é  grande.

Me desesperei  e me agarrei a meu amigo que também ouviu as explicações do médico.

-faça  de tudo para sava-la doutor, o que preciso for.

-preciso da autorização de familiares.

-sou irmã dela, faça o que for preciso eu autorizo-Jaque se aproxima autorizando

O médico só acenou com a cabeça e seguiu para o centro cirúrgico nos deixando cada uma em suas lamentações.

....

P/ALEXA.

Enquanto seguia na ambulância com minha amiga , cenas de horas antes não saiam de minha mente. Quando entrei na sala com Duda, vi aquele louco com a arma em punho apontando para morena e meu coração se apertou pois Jessica estava em seu colo, o cara parecia ensandecido perguntando pela detetive. Assim que Ayla chegou respirei aliviada até escutar as sequências de tiros tanto em direção da Nick,  como em direção a ele dados por Carlos e um outro policial que estava com eles.

Estávamos aguardando a volta do médico, já havia se passado mas de três horas que minha amiga estava no centro cirúrgico, e ninguém aparecia pra aplacar nosso desespero que só aumentava a cada minuto.

-que demora senhor, não aguento mas ficar sem saber noticias - a detetive se levanta da cadeira em que estava até o momento abraçada a Carlos e começa a andar pelo corredor.

-calma Ayla , ficar nervosa não vai nos ajudar em nada.

Assim que término de falar o mesmo médico que esteve mas cedo conosco aparece . S.eu semblante estava abatido pelas inúmeras horas em cirurgia.

-Como ela está doutor? Ela vai ficar bem?- Jaque questiona o médico.

- Ela está instável agora, durante a cirurgia teve duas paradas cardíacas mas conseguimos estabiliza-las...

-podemos vê-la ?- Ayla se mostra nervosa, ou apavorada por saber que a morena por alguns instantes esteve sem seus batimentos, seu rosto estava banhado de lágrimas.

- Ela está na UTI, tivemos de coloca-la em coma induzido . Provavelmente só se acordar a amanhã e podemos transferi-la para um quarto. Por hoje o melhor que vocês fazem e ir pra casa pois não poderam acompanha-la.

-não vou a lugar nenhum, nem que eu tenha que ficar a noite aqui nessa cadeira esperando que acorde - a detetuve estava irredutivel.

- Ayla o melhor e irmos pra casa, a Jessica precisa de você, ainda deve está assustada.

Ela sabia que tinha razão, mas seu medo de sair de perto da morena era maior.

-deixa que cuido da minha sobrinha, ela sumiu esses dias todos , pode continuar assim- senti mágoa na fala de Jaque, a entendia pois era sua irmã que conhecerá a pouco tempo que estava inferma.  somente olhava a situação mas intervi a favor da detetive.

- Jaque , a Nick  ia querer que a Ayla cuidasse da pequena , depois vocês conversam sobre o que está te incomodando , esse momento é hora de nos unirmos.

A mas nova deu os ombros e se afastou . Carlos que estava a seu  lado a abraça.

-preciso ir a delegacia passar para o delegado tudo o que aconteceu . Não fique triste pois nada disso foi culpa sua...

-tenho sim meu amigo uma parcela de culpa, se não fosse entrar na vida dela, isso jamais teria acontecido.

Ouvir aquilo me incomodava , não a culpava , tinha acontecimentos na vida que nos fugia o entendimento.

-e você não teria conhecido o amor da sua vida, tenho certeza que a Nick preferia mil vezes está nessa situação, do que não ter te conhecido - seu amigo tentava anima-la.

- ele tem razão Ayla, nada disso foi culpa sua, a Jaque só está com medo de perder a irmã.

Seguimos para a mansão,  Carlos voltou para a delegacia sozinho pois nem Jordana que havia ficado em casa estava em condições de tomar alguma atitude.

...

P/JORDANA

Aquele dia estava sendo longo pra meus amigos, depois de encontrar Kaira na entrada do condomínio de Nick ,houve uma sucessões de acontecimentos que até agora não consegui atinar.

Não consegui acompanhar os demais ao hospital , eu estava com muito medo por minha amiga, não somente eu mas Kaira também que depois dos tiros só faltou desmaiar. A entendia , afinal minha irmã,  sua mulher teve um fim muito parecido mas por pessoas mal caráter que queriam rouba-la e a mesma apesar de não reagir foi morta covardemente.

Quando chegamos em casa, Maju veio a nosso encontro e nos abraçou,  a criança parecia está adivinhando que necessitavamos de segurança e seus carinhos.

-você  Está bem? - Kaira parecia preocupada , eu realmente não estava me sentindo muito bem , meu corpo parecia reagir a tudo de ruim que aconteceu no dia.

-na sei te explicar, mas não me sinto bem.

Ela me analisa com um olhar percursor e me assusto com sua expressão de preocupação.

-Jordana,  você está sangrando , precisamos ir pata o hospital.

Só naquele momento me dou conta que meu short está sujo. Me desesperei , não queria perder meu bebê. Meus olhos se enchem de lágrimas e a secretaria me ampara me sentando na cama. Ela corre até seu guarda roupas e volta com um vestido me ajudando a trocar, a mesma já havia vestido uma calça de moletom e uma blusa de frio.

Pegamos a pequena que estava quase dormindo no sofá assistindo a um desenho e corremos para o hospital, para nossa sorte a médica que me atendeu na vez passada estava de plantão e ao ver nosso desespero nos atendeu de imediato.

-o que aconteceu ?- ela pergunta.

- eu estou sangrando , não quero perder meu bebê - Kaira me abraçava juntamente com Maju.

-se acalme , aconteceu alguma coisa hoje que pergurtubasse seu dia  alguma, tribulação passada.

Foi Kaira que respondeu suas perguntas, estava ainda aflita com a possibilidade de perda . Quando meu amor acabou de falar a doutora me olha e sorri.

-o que ocorreu foi somente pela agitação do dia, muita coisa que abalou seu emocional. Mas vamos fazer uma ultrassom e vou receitar um remédio pra que pare o sangramento.

Respirei aliviada. Quando nos encaminhamos pra sala que iria fazer o ultra-som meu coração palpitou e se aqueceu pois ia finalmente poder ver meu pedacinho de amor.

Assim que entramos na sala que ia fazer o exame, a médica pediu que vestisse uma roupa hospitalar .

-Vou passar um gel em sua barriga, pra poder deslizar o aparelho, vamos ver como esta esse bebezinho.

Kaira e eu ficamos com os olhos vidrados no aparelho enquanto a médica  deslizava por minha barriga. Não conseguia ver nada, somente um borrão, mas que me emocionou e me fez derramar algumas lágrimas.

-Tá vendo esse pontinho aqui-pergunta e confirmo com a cabeça pois dificilmente a voz sairia - é o bebê de vocês.

Ela continua insistindo com o aparelho deslizando sobre minha barriga e sua fisionomia mudava a cada segundo.

-tenho uma novidade, na verdade duas novidades , vocês terão gêmeos.

Naquele momento Kaira apertou na minha mão,  se derramando em lágrimas junto a mim.

...

Estava devastada.  Saber que Nick estava inconsciente e ainda por cima estava em estado grave ainda me desesperava.

Assim que entramos na casa da morena tudo já tinha se ajeitado por la, graças o destreza de Maria que ainda tinha os olhos inchados pelo choro. Jordana e Kaira já haviam ido para casa, precisavam cuidar da filha mas pediram que assim que chegássemos desse notícias.

-Como minha filha está Ayla? me diz que ela está bem?

-ainda não sabemos seu real estado Maria, ela está em coma induzido. Segundo o médico só saberemos seu condicionamento quando acordar.

Nesse momento Andréa chega na sala com jessica, que ao me ver se agita pra ir pro chão e quando é  solta corre a passos incertos em minha direção chorando.

-Mama - a peguei rm meu colo a abracando forte. Esta com a pequena em meus bracos de alguma forma acalmava mas meu coracao.

-ma  Ni,  mama- entendi que ela perguntava por sua outra mãe.

-A ma Ni,  logo estará conosco meu amor.

- ela ainda não comeu nada Ayla, se recusa a comer qualquer coisa.

-obrigada por cuidar dela Andréa,  vou dar-lhe um banho e fazê-la comer algo.

A mas nova se aproxima de Jaque a beijando , fazendo com que minha cunhada se aconchegasse em seu colo.

-menina Alexa vá tomar um banho, sua roupa está suja.

- vou sim Maria- a ruiva se vira pra mim - Ayla durma aqui também,  qualquer coisa me avise.

Só confirmei com a cabeça e seguiu com a pequena para o quarto da morena. Assim que entrei lembrei dos últimos acontecimentos e me arrependi de pelo menos não ter escutado meu amor. Apesar de saber que, o que cometeu era errado ,mas como me explicou Carlos ela deveria sim ter algum motivo para seus atos.

A noite foi de insônia e  principalmente por Jessica que a cada hora assustavasse perguntando pela mãe,  o trauma que passou vai demorar um pouco a sumir. Pela manhã já me apontava para ir para o hospital,  queria ficar com a morena nem que fosse só de longe, observando. Meu coração estava agitado e parecia que o mundo ia desabar sobre minha cabeça. Assim que adentro na cozinha já estavam Maria e Alexa conversando.

-Bom dia , estou indo pro hospital, você vem Alexa?

Seu olhar era preocupado e sem qualquer tipo de emoção e aquilo só fez com que me apavorada e mais.

-Aconteceu  alguma coisa...

-me ligaram a pouco do hospital, a Nick teve uma parada cardíaca durante a noite e teve que voltar pra sala de cirurgia.

Me apoiei na mesa sentindo meu corpo próximo ao chão.

Fim do capítulo